SpaceX lançará ‘Grupo 6-19’ de ‘Starlinks’

Serão mais 22 satélites para a “concha seis”

Resumo da campanha

A SpaceX planeja lançar na quinta-feira, 28 de setembro de 2023 às 19h28 horário do leste dos EUA – 23:02 UTC, 20:02 Brasília, o Falcon9 v1.2 FT Block 5 n° B1069.10 com vinte e dois satélites Starlink V2 Mini do Grupo 6-19 para a órbita terrestre. O foguete deve decolar a partir do Complexo de Lançamento Espacial 40 (SLC-40) na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. Segundo a empresa, existem três oportunidades de reserva disponíveis, das 20h09 até 22h48 horário do leste dos EUA. Quatro outras oportunidades estão disponíveis na sexta-feira, 29 de setembro, das 18h39 ET às 22h15 ET.

Perfil de decolagem e aterrissagem na balsa-drone ASOG no oceano Atlântico

Este é o décimo voo do ‘core’ de primeiro estágio B1069.10, que anteriormente lançou as missões CRS-24, Eutelsat HOTBIRD 13F, OneWeb 1, SES-18 e SES-19, e cinco lotes de Starlink. Após a separação, o primeiro estágio pousará no balsa-drone A Shortfall of Gravitas, que está estacionada no Oceano Atlântico, rebocada pelo navio de apoio Doug responsavel pela recuperação das conchas da carenagem de cabeça no oceano a 642km da costa. A liberação dos satélites deve ocorrer às 00:07:59.820 UTC no dia 29.

Os satélites serão colocados em uma órbita inicial de 315 x 323 km inclinada a 43º e deveria ser corrigida minutos depois pela segunda ignição do motor Merlin 1D Plus Vac do segundo estágio; Depois serão transferidos para a órbita alvo circular de 560 km, igualmente inclinada em 43°.

CONTAGEM REGRESSIVA
hh:min:ss: EVENTO
00:38:00 Diretor de Lançamento da SpaceX confere a prontidão para abastecimento de propelente
00:35:00 Começa o abastecimento do RP-1 (querosene RP-1)
00:35:00 O abastecimento de LOX (oxigênio líquido) do 1º estágio começa
00:16:00 O abastecimento de LOX de 2º estágio começa
00:07:00 Falcon 9 inicia o resfriamento dos motores (chilldown) antes do lançamento
00:01:00 Computador emite comando para iniciar as verificações finais de pré-lançamento
00:01:00 A pressurização dos tanques de propelente para a pressão de vôo começa
00:00:45 Diretor de Lançamento da SpaceX verifica a prontidão para o lançamento
00:00:03 O controlador do motor comanda a sequência de ignição para decolagem
00:00:00 Decolagem do foguete

LANÇAMENTO, ATERRISSAGEM E LIBERAÇÃO
Todos os tempos aproximados
hh:min:ss: EVENTO
00:01:12 Max Q (Momento máximo de estresse no foguete)
00:02:26 Corte do motor principais do 1° estágio (MECO)
00:02:29 1° e 2° estágios separados
00:02:35 Ignição do motor do 2º estágio (SES-1)
00:03:07 Liberação de carenagem
00:06:09 A ignição de reentrada do 1º estágio começa
00:06:32 Fim da ignição de reentrada do 1º estágio
00:07:59 Começa a ignição de aterrissagem do 1º estágio
00:08:27 aterrissagem do 1ª estágio
00:08:38 Corte do motor de 2º estágio (SECO-1)
00:53:57 Ignição do motor do 2º estágio (SES-2)
00:54:00 Corte do motor de 2º estágio (SECO-2)
01:05:07 Liberação de satélites Starlink

Este grupo inclui satélites miniaturizados Starlink v2 do chassi F9-2, versões de 64% dos modelos V2 projetados a serem lançados na nave reutilizável Starship que a empresa desenvolve e poderá ser testada em voo amanhã. Foram adaptados para serem acondicionados na carenagem de cabeça do Falcon 9 e são mencionados como ‘Starlink V2 Mini’; a massa de cada um é de 785 kg, levando a um total de cerca de 17.050 kg.

Os Starlink V2 otimizados para a Starship pesam cerca de 1.250 kg e medindo aproximadamente 6,5 por 2,7 metros . De acordo com o registro da FCC de outubro de 2022, os V2 Mini são bem maiores que os Starlink V1.5 atuais, pesando até 800 kg e medindo 4,1 por 2,7 metros. A SpaceX diz que o Starlink V2 Mini tem um par de painéis solares com um total de 116 metros quadrados. Assumindo que os V2 Mini são aproximadamente tão eficientes em termos de eletricidade quanto os V1.5 e usam paineis solares igualmente eficientes, isso indica que o aparelho poderia oferecer cerca de três a quatro vezes mais largura de banda utilizável.

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Chineses perdem um foguete Ceres-1

Lançador leve deveria lançar um satélite

Ceres-1 número Y11 decola de Jiuquan

Às 12h59 do dia 21 de setembro de 2023, a China usou um foguete transportador Ceres-1 (número Yao-11) para lançar o satélite Jilin-1 Gaofen 04B (também chamado “Lianxin Yingda-1”) no Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan. O foguete sofreu uma pane não identificada e, segundo a mídia oficial chinesa, a missão de lançamento falhou. As razões específicas estão sendo analisadas e serão divulgadas posteriormente. No vídeo oficial do lançamento, houve um breve brilho laranja no curso do funcionamento do primeiro estágio, em seguida o impulso continua até ocorrer uma explosão. O foguete então perde empuxo e acontece uma explosão com fragmentos aparentes.

Os Jilin-1 Gaofen-03 são uma série de satélites comerciais chineses de sensoriamento remoto para imagens de alta resolução dentro da constelação Jilin-1, projetados e de propriedade da Chang Guang Satellite Technology Co.

Emblema da missão de lançamento

O Ceres-1 (谷神星一号 ou Gushenxing-1 / GSX-1) é um pequeno veículo de propelente sólido desenvolvido pela Galactic Energy (星河动力) para transportar uma carga útil de até 350 kg para a órbita baixa. O emblema do míssil, numerado Y7, foi estampado com o slogan “Sortudo 7” com uma carpa espelhada (koi), e o foguete recebeu o nome de “Haohuanluo” (好欢螺号).

Este seria mais um voo comercial do Ceres-1, criado pela Beijing Xinghe Dongli Weapons Science and Technology Company (marca registrada Galactic Energy) e que provara ser de excelente confiabilidade com sete lançamentos bem-sucedidos em sete tentativas e com 28 espaçonaves lançadas em órbita.

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Soyuz MS-23 volta à Terra

Dois russos e um americano passaram 371 dias no espaço

A tripulação nave russa Soyuz MS-23 retornou da Estação Espacial Internacional hoje, 27 de setembro de 2023 às 08:17 hora de Brasília, 14h17 de Moscou. O módulo de descida da Soyuz, com os participantes das 68ª e 69ª expedições – cosmonautas da Roskosmos Sergei Prokopyev e Dmitry Petelin e o astronauta americano Franco Rubio, que passaram pouco mais de um ano (371 dias) a bordo da estação Estação Espacial Internacional – pousou perto da cidade cazaque de Zhezkazgan.

Os cosmonautas Prokopyev, Petelin e Rubio chegaram à ISS em setembro de 2022. A missão foi prorrogada até 27 de setembro devido à despressurização do circuito externo do radiador do sistema de controle térmico da Soyuz MS-22 que os levou ao espaço, ocorrida no dia 15 de dezembro. Para devolvê-los à órbita em modo não tripulado, foi lançada a Soyuz MS-23 em ferereiro passado. Para a espaçonave, o tempo total de voo foi de 215 dias, 10 horas e 53 minutos.

O fechamento das escotilhas de transição entre a espaçonave e o módulo Prichal do segmento russo da ISS ocorreu conforme o plano. No compartimento residencial da Soyuz, Prokopyev, Petelin e Rubio verificaram a estanqueidade das escotilhas de transição e vestiram os trajes espaciais Sokol-KV2, após o que passaram para o módulo de descida. O desencaixe da Soyuz MS-23 do módulo Prichal estava programado para 10h55, horário de Moscou. Depois de algumas horas em vôo independente, a Soyuz iniciou a manobra de saída de órbita às 06h24h09 UTC (13h24, horário de Moscou). O disparo do motor durou quatro minutos e 39 segundos e reduziu a velocidade da nave em 128 metros por segundo, garantindo a reentrada da espaçonave na atmosfera cerca de 22 minutos depois. Cerca de três minutos antes da interface de entrada, o módulo de descida separou-se dos módulos de habitação e de instrumentos. De acordo com o controle da missão russa, a cobertura do contêiner de pára-quedas foi alijada a uma altitude de 10500 metros, seguida pela liberação do pára-quedas de frenagem a uma altitude de 9500 m e iniciando o lançamento do pára-quedas principal. Ao completar seu trabalho, o pára-quedas de frenagem se separou a uma altitude de 8.500 metros.

A cápsula então soltou seu escudo térmico principal a uma altitude de 5.500 metros , expondo os motores DMP de pouso suave, programados para disparar a menos de um metro da superfície. Imediatamente depois disso, a uma altitude de 5,3 quilômetros, as linhas que sustentavam o sistema principal de pára-quedas foram alteradas para uma configuração de pouso.

Cosmonautas descansam nas cadeiras reclináveis após o pouso

O módulo de descida foi encontrado deitado de lado após o pouso. O controle da missão relatou as coordenadas do ponto de pouso como 47 graus e 16 minutos de latitude norte e 69 graus e 40 minutos de longitude leste. O pouso marcou o fim do voo de 371 dias para todos os três tripulantes, que retornaram a bordo da Soyuz MS-23, mas lançados na Soyuz MS-22. Este foi o voo espacial mais longo de um astronauta americano e o terceiro voo espacial mais longo de todos os tempos. Após deixarem a cabine, a tripulação estava programada para viajar de helicóptero até o campo de aviação perto da cidade de Karaganda, no Cazaquistão, onde Rubio embarcaria em um avião da NASA com destino a Houston, enquanto os russos viajariam para o Centro Gagarin de Treinamento de Cosmonautas.

Médicos russos e especialistas em serviços de busca e salvamento estavam de plantão nas áreas de pouso principal e alternativa durante o retorno à Terra da espaçonave. Em veículos todo-o-terreno especializados PEM-1 e PEM-2 “Sinaya Ptitsa” às áreas de serviço, com pessoal, roupas e equipamentos especiais para a evacuação segura dos cosmonautas do módulo de descida.
Cerca de 200 militares, helicópteros Mil Mi-8, aeronaves Antonov An-12 e An-26, bem como equipamentos de solo foram envolvidos no apoio de busca e resgate para a reunião da tripulação.

Sergei Prokopyev completou seu segundo vôo espacial e Dmitry Petelin, o primeiro. No momento do pouso, aos 371 dias no espaço, os três tripulantes concluíram o voo mais longo do programa da ISS. À frente deles estarão apenas os compatriotas Valery Polyakov, que passou 437 dias 17 horas e 58 minutos em órbita em 1994-1995 e Sergei Avdeev com 379 dias 14 horas e 51 minutos em 1998-1999, na estação orbital Mir.

O planejamento inicial era que a MS-23 decolasse em 16 de março com três cosmonautas para substitui-los, mas a pane na Soyuz MS-22 forçou a reorganização do cronograma, de modo que os três tiveram que cumprir o trabalho planejado para aquela tripulação. Esperava-se que o voo da Soyuz MS-23 durasse até o outono de 2023, mas em junho de 2022, a Roskosmos anunciou que um de seus tripulantes permaneceria a bordo da estação até 2024, cedendo seu assento para o retorno à Terra de um cosmonauta da Bielorussia, que, na época, estava programado para fazer uma visita à ISS no outono de 2023.

Imagem da cabine com a tripulação a bordo

Em caso de necessidade de evacuar a ISS antes da chegada da Soyuz MS-23, a NASA desenvolvera um plano improvisado para trazer seu astronauta Rubio, ou mesmo todos os três tripulantes da MS-22, a bordo da nave Crew Dragon USCV-5. Até a chegada da Soyuz MS-23, o forro do assento de Rubio fora transferido da MS-22 para a área de carga da Crew Dragon. Em caso de emergência, Rubio retornaria à Terra sem um traje pressurizado de proteção, mas usando seu gorro de comunicações do traje russo Sokol para manter adequadamente a posição de sua cabeça no forro do assento.

Em dezembro, enquanto a Soyuz MS-22 estava na ISS em estado dormente, devido a um furo no radiador, o circuito externo do sistema de controle térmico da nave foi despressurizado com vazamento de refrigerante para o espaço. Com isso, tornou-se impossível retirar o calor do equipamento aquecido no compartimento de instrumentos e montagens, para manter uma temperatura e umidade confortáveis para a tripulação no volume habitável da nave – o compartimento de amenidades e o veículo de descida. Especialistas russos descobriram que “um micrometeoróide esporádico entrou no radiador do compartimento de instrumentação”. Eles chegaram a essa conclusão depois de realizar um experimento no solo. A NASA ajudou a Roskosmos a investigar a causa da emergência: quando as câmeras do manipulador canadense SSRMS foram usadas, o local danificado na Soyuz MS-22 foi descoberto e filmado – o buraco no radiador com cerca de 0,8 mm. Depois de analisar as informações disponíveis, os especialistas descartaram a versão de partículas da chuva de meteoros Geminídeos furando o radiador. A suspeita de erro na fabricação também foi considerada e “não se encontrou confirmação”. De acordo com os resultados do experimento em laboratório, a possibilidade de quebra do radiador por detritos espaciais foi reconhecida como improvável, levando em consideração a direção do movimento e a velocidade muito alta da partícula em relação à velocidade de vôo do estação, bem como a ausência de possíveis candidatos nos catálogos de detritos espaciais. Casos de quebra por micrometeoróide de uma espaçonave ou estação orbital já ocorreram antes, mas, ao contrário da Soyuz MS-22, nunca levaram a consequências tão graves. Ao mesmo tempo, até agora nenhum país do mundo possui um sistema de observação que permita rastrear micrometeoróides de tais dimensões, de cerca de 1 mm. No entanto, as naves da família Soyuz, que operam no espaço desde 1966, mesmo nesta situação, provaram sua confiabilidade e funcionalidade.

Resumo do lançamento

A modernização do contorno externo do sistema de controle térmico com a adição de funções duplicadas exigirá grandes recursos financeiros e tempo e levará a um aumento na massa da nave. No entanto, esse caso será levado em consideração no desenvolvimento de uma nova geração de espaçonaves tripuladas, a Áriol, prevista para entrar em operação no fim desta década.

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Starlinks: SpaceX lança o Grupo 7-3

Foguete decolou da Califórnia

Foguete decolou do Complexo de Lançamento Espacial 4 East (SLC-4E) na Base da Força Espacial de Vandenberg

A SpaceX lançou na segunda-feira, 25 de setembro de 2023, às 01h48 PT (08h48 UTC), o foguete-portador Falcon9 v1.2 FT Block 5 n° B1075.6 com vinte e um satélites Starlink V2 Mini para a órbita a partir do Complexo de Lançamento Espacial 4 East (SLC-4E) na Base da Força Espacial de Vandenberg na Califórnia. O primeiro estágio pousou a 642 km de distância na balsa Of Course I Still Love You – estacionada no Oceano Pacífico rebocada pelo barco Signit Titan; O navio de apoio GO Beyond recuperou a carenagem a aproximadamente 678 km da costa. A reentrada do segundo estágio ocorreu no Pacífico Leste. Os satélites foram separados do segundo estágio em bloco em uma órbita inicial com apogeu de 297 km, perigeu de 286 km, com período de 90,34 minutos e inclinada em 53,05°. Uma vez separados da pilha, cada satélite seguiria para sua órbita final, circular com 525 km de altitude.

Os modelos Falcon 9 e Falcon Heavy somam 264 voos, 229 pousos de ‘cores’ de primeiro estágio e 201 reutilizações. Este foi o sexto vôo do booster de primeiro estágio, que lançou anteriormente o satélite SDA-0A e cinco lotes de Starlink.

Este grupo G7-3 inclui satélites miniaturizados (números 356 a 376) Starlink v2 do chassi F9-2, versões de 64% dos modelos V2 projetados a serem lançados na nave reutilizável Starship que a empresa desenvolve e poderá ser testada em voo amanhã. Foram adaptados para serem acondicionados na carenagem do Falcon 9 e são chamados “Starlink V2 Mini”; a massa de cada um é de 785 kg, totalizando 16.590kg.

Resumo da campanha de lançamento

Os Starlink V2 otimizados para a Starship pesam cerca de 1.250 kg e medindo aproximadamente 6,5 por 2,7 metros . De acordo com o registro da FCC de outubro de 2022, os V2 Mini são bem maiores que os Starlink V1.5 atuais, pesando até 800 kg e medindo 4,1 por 2,7 metros. A SpaceX diz que o Starlink V2 Mini tem um par de painéis solares com um total de 116 metros quadrados. Assumindo que os V2 Mini são aproximadamente tão eficientes em termos de eletricidade quanto os V1.5 e usam paineis solares igualmente eficientes, isso indica que o aparelho poderia oferecer cerca de três a quatro vezes mais largura de banda utilizável.

CONTAGEM REGRESSIVA

Perfil de decolagem e aterrissagem na balsa-drone

hh: min:ss Evento
00:38:00 Diretor de lançamento aprova o abastecimento de propelente
00:35:00 Começa o abastecimento do RP-1 (querosene)
00:35:00 O abastecimento de LOX (oxigênio líquido) do 1º estágio começa
00:16:00 O abastecimento de LOX do 2º estágio começa
00:07:00 Falcon 9 começa a resfriar o motor antes do lançamento
00:01:00 Comando do computador as verificações finais de pré-lançamento
00:01:00 A pressurização dos tanques para a pressão de vôo começa
00:00:45 Diretor de lançamento da SpaceX aprova o lançamento
00:00:03 O controlador comanda a sequência de ignição para decolagem
00:00:00 Falcon 9 decola

LANÇAMENTO, ATERRISSAGEM E LIBERAÇÃO DA CARGA ÚTIL

Todos os tempos aproximados

hh: min:ss Evento

00:01:12 Max Q (Máximo de estresse mecânico no foguete)
00:02:26 Corte do motor principal do 1º estágio (MECO)
00:02: 29 1º e 2º estágios separados (estagiamento)
00:02:35 Ignição do motor do 2º estágio (SES-1)
00:03:03 Descarte da carenagem
00:06:19 Começa a Ignição de reentrada do 1º estágio
00:06:42 Fim da queima de reentrada
00:08 :09 Ignição de pouso do 1º estágio
00:08:30 Aterrissagem
00:08:38 1º corte do motor do 2º estágio (SECO-1)
00:53:24 2ª ignição do motor do 2º estágio (SES-2)
00:53:26 2º desligamento do motor do 2º estágio (SECO-2)
01:02:19 Liberação dos satélites

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Cápsula da OSIRIS-REx volta à Terra

Amostras do solo do asteróide Bennu serão analisadas

Cápsula de 81 cm de diâmetro e 46 kg de massa pousou de paraquedas no deserto americano

O pouso da cápsula da sonda OSIRIS-REx (Origins, Spectral Interpretation, Resource Identification, Security – Regolith Explorer), com aproximadamente 250 gramas de solo de um asteróide, ocorreu ontem, 24 de setembro de 2023 por volta das 10h54 horário da costa leste dos EUA (11h54, horário de Brasília), no local de testes no deserto de Utah, a 122 km de Salt Lake City. A sonda lançou a cápsula de uma altitude de aproximadamente 102 mil km, a qual pousou de paraquedas após entrar na atmosfera – a cápsula cobriu sozinha o restante do caminho até a Terra, por quatro horas. Neste caso, a velocidade do objeto foi de 12,4 km/s. Na atmosfera terrestre, o módulo de pouso lançou um pára-quedas e pousou no deserto no sudoeste dos Estados Unidos. Cerca de 20 minutos depois de largar a cápsula, a espaçonave ligou seus motores para desviar da Terra em direção à sua nova missão ao asteróide Apophis – e foi renomeada como OSIRIS-APEX.

O lançamento do OSIRIS-REx ocorreu em setembro de 2016. A sonda chegou a Bennu em dezembro de 2018 e depois estudou-o em órbita durante 2,5 anos. Depois disso, o aparelho fez contato com a superfície do asteroide e coletou amostras de solo – tendo se aproximado da superfície do asteroide em outubro de 2020, a sonda coletou solo usando um braço manipulador. ; a sonda esteve em órbita ao redor desse asteroide por dois anos, durante os quais o estudou remotamente. Em maio de 2021 voltou à Terra. Os cientistas esperam que as amostras de solo de Bennu forneçam dados sobre a formação do Sistema Solar há 4,5 mil milhões de anos. Supõe-se que sua superfície possa conter substâncias preservadas desde o seu início. Esta é foi primeira missão da NASA a trazer amostras de solo de um asteroide.

Equipes de busca encontraram imediatamente a cápsula, que foi seguida por rastreadores infravermelhos

Após voar próximo à Terra, a OSIRIS-REx continuará sua jornada até o asteroide Apophis para estudá-lo. A missão recebeu um acrônimo que remetia ao nome do deus egípcio do submundo, Osíris, e o asteróide Bennu foi nomeado em 2013 em homenagem a um pássaro que simboliza a ressurreição desse deus. De acordo com cálculos de trajetória, o asteroide Bennu, descoberto em setembro de 1999, tem chance de colidir com a Terra no período de 2169 a 2199. A NASA considera este objeto um corpo celeste potencialmente perigoso para o planeta. A massa de Bennu chega a 140 milhões de toneladas e seu diâmetro é de 560 metros. A OSIRIS-REx foi uma das oito missões científicas planetárias que ganharam a extensão após uma “revisão sênior” de espaçonaves que já haviam completado suas missões primárias. A NASA estendeu as sete missões restantes – Curiosity, InSight, Lunar Reconnaissance Orbiter, Mars Odyssey, Mars Reconnaissance Orbiter, MAVEN e New Horizons – por três anos cada.

A espaçonave principal, depois de descartar seu contêiner de retorno de amostras, passou pela Terra em uma trajetória que a levará até Apophis em 2029, pouco depois de o asteroide passar a apenas 32 mil quilômetros de nosso planeta. A sonda passará 18 meses nas proximidades de Apophis, estudando o asteróide de 350 metros e aproximando-se o suficiente para usar os seus propulsores para remover rochas da superfície e expor materiais subterrâneos.

O Apophis há muito que interessa aos cientistas planetários devido à sua aproximação à Terra em 2029 e 2036, o que levantou preocupações sobre um impacto durante algum tempo após a sua descoberta. Embora os cientistas tenham descartado uma colisão, a aproximação abriu a perspectiva de missões espaciais para estudar o asteroide, algo que a equipe da OSIRIS-REx vem discutindo desde 2020.

“Apophis é um dos asteróides mais notórios”, disse Dani Della Giustina, vice-investigadora principal da OSIRIS-REx, em um comunicado. Ela se torna a investigadora principal da missão estendida OSIRIS-REx para o Apophis Explorer assim que as amostras de Bennu foram devolvidas à Terra. “Ficamos emocionados ao saber que a missão havia sido estendida.” Os cientistas usarão a missão estendida para estudar a composição do asteroide e determinar se a estrutura do asteroide foi afetada pela sua passagem perto da Terra. O projeto estima que a missão ampliada custará US$ 200 milhões em nove anos.

“A investigação apresenta riscos técnicos significativos”, escreveu Laurie Glaze, diretora da divisão de exploração planetária da NASA, num memorando de 25 de abril aprovando a extensão. A trajetória que o OSIRIS-APEX seguirá o levará a meia unidade astronômica do Sol, muito mais perto do que se pensava originalmente quando a espaçonave viajou para Bennu, exigindo o que ela chamou de “trabalho de engenharia significativo” para garantir que os sistemas da espaçonave que o aparelho pudesse resistir a várias aproximações antes de chegar a Apóphis.

Estação automática próxima ao asteróide

Outras missões estendidas

A NASA estendeu o módulo de pouso InSight em Marte, apesar das expectativas de que um declínio na potência de seus painéis solares forçará o término da missão ainda este ano, antes que a missão estendida possa começar. O relatório da equipe de revisão observou que o projeto dá à espaçonave apenas 5% de chance de sobreviver até o final deste ano, com expectativa de que os níveis de potência caiam para o que é chamado de “recuperação de ônibus morto” (DBR), que desativa a sonda espacial até dezembro.

Espaçonave completa

No entanto, a missão estendida permitirá algumas operações da estação se puder ser revivida no próximo verão marciano, em meados de 2023. “Se o AMS for capaz de ‘ressuscitar’ do DBR após o inverno intenso”, diz o relatório, “o desempenho do sistema precisará ser determinado naquele momento” para ver se uma missão expandida é viável.

A NASA também está monitorando de perto os níveis de combustível na Mars Odyssey, uma espaçonave que está em operação há mais de duas décadas. No geral, a nave está “notavelmente saudável”, disse o relatório de um especialista sênior, mas a incerteza sobre quanto combustível resta na espaçonave levanta questões sobre por quanto tempo ela pode continuar a operar tanto para pesquisa científica quanto para uso como retransmissor de comunicações para outras missões.

Resumo da campanha de retorno à Terra

Além do OSIRIS-REx, a NASA não divulgou o custo das missões expandidas. A proposta de orçamento fiscal da NASA para 2023 previa gastos entre US$ 7,8 milhões no InSight e US$ 45 milhões no rover Curiosity este ano. Glaze escreveu no seu memorando que para a New Horizons, que está prevista para custar 12,5 milhões de dólares em 2023, ela procurará partilhar os custos com as divisões de astrofísica e heliofísica da agência devido à ciência que as sondas espaciais remotas realizarão nas suas missões expandidas.

— Se o pouso for bem-sucedido, a expedição OSIRIS-REx será a terceira missão a entregar matéria de asteroides à Terra. Anteriormente, amostras de solo foram obtidas pela sonda japonesa Hayabusa-1 do asteroide Itokawa em 2010 e uma década depois pela sua compatriota Hayabusa-2 do asteroide Ryugu. A expedição americana trouxe uma quantidade recorde de substância alienígena – cerca de 400 g ”, disse Nathan Eismont, pesquisador líder do Departamento de Dinâmica Espacial e Processamento de Informação Matemática do Instituto de Pesquisa Espacial da Academia Russa de Ciências.
Ele observou que Bennu pertence ao grupo de asteróides próximos à Terra. Suas órbitas de tempos em tempos se aproximam ou se cruzam com a órbita da Terra. Existem cerca de 100 mil desses objetos, mas existem cerca de 5 mil candidatos óbvios a uma colisão com a Terra – Ryugu e Bennu entre eles.

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SpaceX lançou o ‘Grupo 6-18’

Mais vinte e dois satélites V2 Mini foram colocados em órbita de 43 graus

Foguete decolou do Complexo de Lançamento Espacial SLC-40 na Flórida

A missão Starlink Group 6-18 da SpaceX foi realizada na noite de 23 para 24 de setembro de 2023. Vinte e dois satélites Starlink V2 Mini foram colocados em órbita por um foguete-portador Falcon9 v1.2 FT Block 5 n° B1060.17, que decolou do Complexo de Lançamento Espacial 40 (SLC-40), da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. O Group 6-18 foi lançado às 03:38:30 UTC, 00:38:30 hora de Brasilia, e marcou mais uma missão operacional para a rede de internet. Os satélites foram liberados do estágio superior cerca de 65 minutos após o lançamento. O ‘core’ de primeiro estágio pousou na balsa-drone Just Read The Instructions a 643 km da costa. O barco de suporte Bob recuperou as carenagens no mar, a cerca de 683 km. Os satélites foram colocados numa órbita inicial 284 km x 293 km, inclinada em 43 graus, para depois serem movidos para uma órbita circular de 530 km igualmente em 43°. O segundo estágio, esgotado, fez sua reentrada durante a segunda órbita sobre o Oceano Índico.

O grupo incluiu satélites miniaturizados Starlink v2 do chassi F9-2, versões de 64% dos modelos V2 projetados a serem lançados na nave reutilizável Starship que a empresa desenvolve e poderá ser testada em voo amanhã. Foram adaptados para serem acondicionados na carenagem de cabeça do Falcon 9 e são mencionados como “Starlink V2 Mini”; a massa de cada um é de 785 kg, levando a um total de cerca de 16.485 kg.

Mais da metade das decolagens de foguetes da SpaceX deste ano foram dedicadas aos Starlink, que atualmente consiste em quase 5 mil satélites operacionais. A rede transmite sinais de internet de alta velocidade e baixa latência em todo o mundo, alcançando consumidores, comunidades carentes e outros usuários em potencial, como os militares dos EUA. A SpaceX diz que a rede já está disponível em 32 países.

Os Starlink V2 otimizados para a Starship pesarão cerca de 1.250 kg e medindo aproximadamente 6,5 por 2,7 metros . De acordo com o registro da FCC de outubro de 2022, os V2 Mini são bem maiores que os Starlink V1.5 atuais, pesando até 800 kg e medindo 4,1 por 2,7 metros. A SpaceX diz que o Starlink V2 Mini tem um par de painéis solares com um total de 116 metros quadrados. Assumindo que os V2 Mini são aproximadamente tão eficientes em termos de eletricidade quanto os V1.5 e usam paineis solares igualmente eficientes, isso indica que o aparelho poderia oferecer cerca de três a quatro vezes mais largura de banda utilizável.

Resumo da campanha de lançamento

Cronograma de lançamento

hh:min:ss: Evento

00:38:00 Diretor de Lançamento da SpaceX aprova o abastecimento
00:35:00 Começa o abastecimento do RP-1
00:35:00 Abastecimento de oxigênio líquido do 1º estágio começa
00:16:00 Abastecimento de LOX de 2º estágio começa
00:07:00 Falcon 9 começa a resfriar os motores antes do lançamento (chilldown)
00:01:00 Comando do computador para decolagem nas verificações finais de pré-lançamento
00:01:00 A pressurização para a pressão de vôo começa
00:00:45 Diretor de Lançamento da SpaceX verifica o lançamento
00:00:03 O controlador comanda a sequência de ignição dos motores para decolagem
00:00:00 Falcon 9 decola

Perfil de decolagem e aterrissagem na balsa-drone no oceano Atlântico

Lançamento, aterrissagem e liberação da carga útil
Todos os tempos aproximados

hh:min:ss: Evento

  • 00:01:12 Max Q (Máximo de estresse mecânico no foguete)
  • 00:02:25 Corte do motor principal do 1º estágio (MECO)
  • 00:02: 29 1º e 2º estágios separados
  • 00:02:35 Ignição do motor do 2º estágio (SES-1)
  • 00:03:07 Separação da carenagem
  • 00:06:07 Começa a ignição de entrada do 1º estágio
  • 00:06:29 A ignição de entrada do 1º estágio termina
  • 00:08 :05 Início da ignição de pouso do 1º estágio
  • 00:08:27 Aterrissagem do 1º estágio
  • 00:08:39 Corte do motor do 2º estágio (SECO-1)
  • 00:53:57 Ignição do motor do 2º estágio (SES-2)
  • 00:53:59 Corte do motor do 2º estágio (SECO-2)
  • 01:05:06 liberação dos satélites Starlink

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Rocketlab fracassa em lançamento de satélite para a Capella Space

Electron n° F41 colocaria mais um aparelho de radar SAR em órbita

O Arcadia 2 da Capella Space estava equipado com radar de abertura sintética

A Rocket Lab USA enfrentou um problema durante o lançamento da sua 41ª missão em 19 de setembro de 2023. Após a decolagem do Complexo de Lançamento LC-1 Plataforma B, na Península de Mahia, na Nova Zelândia às 18h30 horário local (03h30 Brasilia), o foguete Electron F41 completou a queima do primeiro estágio e a sua separação conforme planejado, antes que um problema ocorresse por volta de T+ 2 minutos e 30 segundos de vôo, resultando na destruição do foguete e do satélite da Capella Space. O problema surgiu ao ligar o motor do segundo estágio. O primeiro funcionou normalmente – desligou os motores, seguido pelo estagiamento, mas no momento em que o motor do segundo estágio deveria acender este não deu partida, e a transmissão da câmera on-board parou repentinamente.

Logo após o ocorrido, a empresa de Peter Beck emitiu uma declaração padrão nas redes sociais: “Lamentamos profundamente aos nossos parceiros Capella Space pela perda da missão. Estamos trabalhando em estreita colaboração com a FAA e agências de apoio à medida que a investigação sobre a causa raiz começa. O foguete Electron já colocou 171 satélites em órbita em 37 missões bem-sucedidas. Identificaremos o problema rapidamente e implementaremos ações corretivas e retornaremos à plataforma em breve. Nossa próxima missão, atualmente agendada para antes do final do terceiro trimestre, será adiada enquanto implementamos ações corretivas. Prevemos fornecer orientação revisada de receita para o terceiro trimestre nos próximos dias.”

Capella colocaria mais um satélite de radar no espaço

A missão “We Will Never Desert You” empregou um Electron de dois estágios básicos com um estágio superior tipo Kick Stage Curie. A espaçonave de sensoriamento remoto Arcadia 2, de 160 kg, deveria ser colocada na órbita-alvo aproximadamente uma hora após o lançamento. O satélite tipo Synthetic Aperture Radar (SAR), ficaria em órbita a uma altitude de 635 km, produzindo imagens de alta resolução de até 0,3 metros e velocidade máxima de entrega de pedidos para órgãos governamentais e clientes privados. O primeiro desses satélites fora lançado em órbita em 24 de agosto passado. O satélite equipado com radar de abertura sintética – Synthetic Aperture Radar (SAR), seria colocado em órbita a uma altitude de 640 km inclinada em 53 graus.

Satélite Acadia com as antenas e painéis solares estendidos

A Capella Space prevê que a constelação de trinta e seis aparelhos permitirá obter imagens de qualquer parte do planeta com intervalo não superior a uma hora. A empresa assinou em 2020 um contrato com o Pentágono para fornecer dados de radar de abertura sintética aerotransportada à Marinha dos EUA, bem como à Agência Nacional de Inteligência Geoespacial (NGA) dos EUA, que tem a tarefa de fornecer dados militares, governamentais e civis de espécies de usuários. reconhecimento.

Resumo da campanha de lançamento

A startup com sede na Califórnia está montando a constelação para vender imagens de alta resolução de até 0,5 metros a qualquer hora do dia e condições climáticas. A Capella planeja receber uma imagem de qualquer parte do planeta com intervalo não superior a uma hora. A empresa assinou em 2020 um contrato com o Pentágono para prover dados de radar de abertura sintética aerotransportada para a Marinha dos EUA, bem como com a Agência Nacional de Inteligência Geoespacial (NGA) dos Estados Unidos, cujas tarefas incluem fornecer usuários militares, governamentais e civis de dados de vigilância. Faz parte da comunidade de inteligência.

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SpaceX lançou o ‘Grupo 6-17’

Mais vinte e dois satélites V2 Mini

Foguete decolou do Complexo de Lançamento Espacial SLC-40 na Flórida

A SpaceX lançou na terça-feira, 19 de setembro de 2023 às 22h47 ET (02h47 UTC do dia 20) o foguete-portador Falcon9 v1.2 FT Block 5 n° 1058.17 com vinte e dois satélites Starlink V2 Mini para a órbita terrestre. O foguete de 568 toneladas decolou do Complexo de Lançamento Espacial 40 (SLC-40) no Espaço Cabo Canaveral Estação da Força na Flórida. Este foi o 17º voo do booster de primeiro estágio, marcando o primeiro core de Falcon 9 a atingir este marco, um recorde de reutilização que foi pouco comemorado pela empresa de Elon Musk. Anteriormente, o B1058 lançou as missões Crew Demo-2, ANASIS-11, CRS-21, Transporter-1, Transporter-3 e onze lotes de Starlink. Após a separação, o primeiro estágio pousou na balsa drone MARMAC302 A Shortfall of Gravitas, que estava estacionada no Oceano Atlântico. As conchas da carenagem de cabeça foram recuperadas pelo navio de apoio Doug numa posição estimada em 676km da costa. O segundo estágio fez sua reentrada durante a segunda órbita no Oceano Índico.

O G6-17 incluiu satélites miniaturizados Starlink v2 do chassi F9-2, versões de 64% dos modelos V2 projetados a serem lançados na nave reutilizável Starship que a empresa desenvolve e poderá ser testada em voo amanhã. Foram adaptados para serem acondicionados na carenagem de cabeça do Falcon 9 e são mencionados como “Starlink V2 Mini”; a massa de cada um é de 785 kg, levando a um total de cerca de 16.485 kg.

Já existem milhares desses satélites que formam uma constelação que provê serviços de Internet para muitas partes do mundo. Mais da metade das decolagens de foguetes da SpaceX deste ano foram dedicadas aos Starlink, que atualmente consiste em quase 5 mil satélites operacionais . Dos satélites lançados, 4.702 estão em órbita – 4.670 em condições de funcionamento e 4.015 já em órbita operacional. A rede transmite sinais de internet de alta velocidade e baixa latência em todo o mundo, alcançando consumidores, comunidades carentes e outros usuários em potencial, como os militares dos EUA. A SpaceX diz que a rede já está disponível em 32 países.

Resumo da campanha de lançamento

Os Starlink V2 otimizados para a Starship pesarão cerca de 1.250 kg e medindo aproximadamente 6,5 por 2,7 metros . De acordo com o registro da FCC de outubro de 2022, os V2 Mini são bem maiores que os Starlink V1.5 atuais, pesando até 800 kg e medindo 4,1 por 2,7 metros. A SpaceX diz que o Starlink V2 Mini tem um par de painéis solares com um total de 116 metros quadrados. Assumindo que os V2 Mini são aproximadamente tão eficientes em termos de eletricidade quanto os V1.5 e usam paineis solares igualmente eficientes, isso indica que o aparelho poderia oferecer cerca de três a quatro vezes mais largura de banda utilizável.

Cronograma de lançamento

Perfil de decolagem e aterrissagem na balsa-drone ASOG no oceano Atlântico

hh:min:ss: Evento

00:38:00 Diretor de Lançamento da SpaceX aprova o abastecimento
00:35:00 Começa o abastecimento do RP-1
00:35:00 Abastecimento de oxigênio líquido do 1º estágio começa
00:16:00 Abastecimento de LOX de 2º estágio começa
00:07:00 Falcon 9 começa a resfriar os motores antes do lançamento (chilldown)
00:01:00 Comando do computador para decolagem nas verificações finais de pré-lançamento
00:01:00 A pressurização para a pressão de vôo começa
00:00:45 Diretor de Lançamento da SpaceX verifica o lançamento
00:00:03 O controlador comanda a sequência de ignição dos motores para decolagem
00:00:00 Falcon 9 decola

Lançamento, aterrissagem e liberação da carga útil
Todos os tempos aproximados

hh:min:ss: Evento

  • 00:01:12 Max Q (Máximo estresse mecânico no foguete)
  • 00:02:26 Corte dos motores principais do 1° estágio (MECO)
  • 00:02: 29 1º e 2º estágios separados
  • 00:02:36 Ignição do motor do 2º estágio (SES-1)
  • 00:03:03 Liberação da carenagem
  • 00:06:10 Começa a queima de reentrada do 1º estágio
  • 00:06:32 Queima de reentrada do 1º estágio termina
  • 00:08 :06 Início da queima do pouso do 1º estágio
  • 00:08:28 Aterrissagem do 1º estágio
  • 00:08:39 Corte do motor do 2º estágio (SECO-1)
  • 00:53:31 Ignição dos motores do 2º estágio (SES-2)
  • 00:53:31 Corte do motor do 2º estágio (SECO-2)
  • 01:02:25 Liberação dos satélites Starlink

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China lança mais três satélites de sensoriamento remoto

YaoGan 39 02 A, B e C têm função mista

Longa Marcha CZ-2D n° Y83 decola de Xichang

Um foguete transportador Longa Marcha-2D transportando três satélites Yaogan-39 decolou às 12h13 horário de Pequim (04:13 UTC) de 17 de setembro de 2023. A China lançou os três novos aparelhos de sensoriamento remoto a partir do Centro de Lançamento de Satélites de Xichang, na Província de Sichuan, no sudoeste do país. O lançamento de domingo foi a 488ª missão realizada pela série de foguetes com o nome de Longa Marcha, sendo o 30º lançamento da construtora CASC este ano e também o 80º de um Longa Marcha 2D.

Os satélites, de observação terrestre para fins duplos (civil e militar) foram colocados em órbitas com parâmetros semelhantes (492km x 503km, com período de 94.56 minutos e inclinada em 35.00 graus; 491km x 502km, 94.55 minutos e 34.99 graus; 490km x 502km, períodp de 94.53 min e inclinada em 34.99. Já o último estágio do foguete entrou em órbita de 491 km x 503 km;94.55 minutos de período e inclinada em 34.90 graus.

Os satélites Yaogan são amplamente conhecidos por apoiarem principalmente a Força de Apoio Estratégico do Exército de Libertação Popular (PASSF), anteriormente conhecido como Bureau de Reconhecimento Aeroespacial do Segundo Departamento do Estado-Maior General. Os satélites são o programa sucessor do programa de veículos de reconhecimento recuperável Fanhui Shi Weixing (FSW), mas, ao contrário de seus antecessores, inclui uma variedade de classes utilizando vários meios de sensoriamento remoto, como reconhecimento óptico, sintético -radar de abertura ( SAR ) e inteligência eletrônica (ELINT) para vigilância marítima. Os satélites Yaogan são normalmente lançados a partir dos centros de Lançamento de Satélites de Taiyuan (TSLC) na província de Shanxi , de Jiuquan (JSLC) na Região Autônoma da Mongólia Interior e de Xichang (XSLC) na província de Sichuan.

Foguete ‘medalha de ouro’

O Longa Marcha 2 é o foguete “medalha de ouro” da China. Foi desenvolvido pela Oitava Academia da Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial – desenhado em 1990 e voando pela primeira vez em 9 de agosto de 1992, de modo que o modelo completa 30 anos de serviço. Segundo a mídia chinesa, com uma taxa de sucesso “extremamente alta”, índice de confiabilidade de 0,97 e é citado como o melhor de sua classe no mundo. Tem um empuxo de decolagem de 300 toneladas e uma capacidade de carga de 1,2 toneladas correspondente a uma órbita circular síncrona solar de 700 quilômetros; Os chineses o descrevem como de “alta confiabilidade, alta segurança, baixo custo e ciclo curto de preparação”. Ele pode ser combinado com um estágio superior para lançar “redes interorbitais multissatélite”, deste modo melhorando bastante sua capacidade de carga acima da altitude de 1.000 quilômetros.

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SpaceX lançou o ‘Grupo 6-16’

Mais 22 satélites para a rede de internet

Foguete decolou do Complexo de Lançamento Espacial 39A na Flórida

A missão Starlink Group 6-16 da SpaceX colocou vinte e dois satélites Starlink V2 Mini através de um foguete-portador Falcon9 v1.2 FT Block 5 n° B1078.5, que decolou do Complexo de Lançamento Espacial 40 (SLC-40), na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. O lote Starlink Group 6-16 decolou na sexta-feira, 15 de setembro de 2023 às 23h38 ET (03h38 UTC do dia 16). Os satélites foram liberados do estágio superior cerca de 65 minutos após o lançamento. O ‘core’ de primeiro estágio pousou na balsa-drone Just Read The Instructions a 643 km da costa. O navio de suporte Bob recuperou as carenagens no mar, a cerca de 683 km. Os satélites foram colocados numa órbita inicial 284 km x 293 km, inclinada em 43,00º, para depois serem movidos para uma órbita circular de 530 km igualmente em 43°. O segundo estágio reentrou sobre o Oceano Índico.

Já existem milhares de satélites Starlink que formam uma constelação que provê serviços de Internet para muitas partes do mundo. Mais da metade das decolagens de foguetes da SpaceX deste ano foram dedicadas à rede, que atualmente consiste em quase 5 mil satélites operacionais. Dos 5.113 satélites lançados, 4.764 estão em condições de funcionamento. A rede transmite sinais de internet de alta velocidade e baixa latência em todo o mundo, alcançando consumidores, comunidades carentes e outros usuários em potencial, como os militares dos EUA. A SpaceX diz que a rede já está disponível em 32 países.

O grupo G6-16 incluiu satélites miniaturizados Starlink v2 do chassi F9-2, versões de 64% dos modelos V2 projetados a serem lançados na nave reutilizável Starship que a empresa desenvolve e poderá ser testada em voo amanhã. Foram adaptados para serem acondicionados na carenagem de cabeça do Falcon 9 e são mencionados como “Starlink V2 Mini”; a massa de cada um é de 785 kg, levando a um total de cerca de 16.485 kg.

Resumo da campanha de lançamento

Os Starlink V2 otimizados para a Starship pesam cerca de 1.250 kg e medindo aproximadamente 6,5 por 2,7 metros . De acordo com o registro da FCC de outubro de 2022, os V2 Mini são bem maiores que os Starlink V1.5 atuais, pesando até 800 kg e medindo 4,1 por 2,7 metros. A SpaceX diz que o Starlink V2 Mini tem um par de painéis solares com um total de 116 metros quadrados. Assumindo que os V2 Mini são aproximadamente tão eficientes em termos de eletricidade quanto os V1.5 e usam paineis solares igualmente eficientes, isso indica que o aparelho poderia oferecer cerca de três a quatro vezes mais largura de banda utilizável.

O ‘core’ de primeiro estágio pousado na balsa

Estatísticas da missão Starlink G6-16

  • 5º voo do estágio B1078
  • 62º pouso bem-sucedido na plataforma JRTI
  • 65º lançamento da SpaceX este ano
  • 143º lançamento da empresa a partir da plataforma SLC-40
  • 152º pouso bem-sucedido consecutivo de um estágio
  • 178º pouso bem-sucedido do estágio em plataforma flutuante
  • 200º lançamento de um Falcon 9 Bloco 5
  • 226º pouso bem-sucedido de primeiro estágio
  • 235ª missão bem-sucedida consecutiva da empresa
  • 256º lançamento do Falcon 9
  • 268º lançamento da SpaceX

Cronograma de lançamento

Perfil de decolagem e aterrissagem na balsa-drone JRTI no oceano Atlântico

hh:min:ss: Evento

00:38:00 Diretor de Lançamento da SpaceX aprova o abastecimento
00:35:00 Começa o abastecimento do RP-1
00:35:00 Abastecimento de oxigênio líquido do 1º estágio começa
00:16:00 Abastecimento de LOX de 2º estágio começa
00:07:00 Falcon 9 começa a resfriar os motores antes do lançamento (chilldown)
00:01:00 Comando do computador para decolagem nas verificações finais de pré-lançamento
00:01:00 A pressurização para a pressão de vôo começa
00:00:45 Diretor de Lançamento da SpaceX verifica o lançamento
00:00:03 O controlador comanda a sequência de ignição dos motores para decolagem
00:00:00 Falcon 9 decola

Lançamento, aterrissagem e liberação da carga útil
Todos os tempos aproximados

hh:min:ss: Evento

00:01:12 Max Q (Momento de máximo de estresse no foguete)
00:02:26 Corte dos motores principais do 1° estágio (MECO)
00:02:29 1° e 2° estágios separados
00:02:35 Ignição dos motores do 2º estágio (SES-1)
00:03:07 Liberação de carenagem
00:06:09 A queima de reentrada do 1º estágio começa
00:06:31 Fim da queima de reentrada do 1º estágio
00:08:04 Começa a queima de aterrissagem do 1º estágio
00:08:25 aterrissagem do 1° estágio
00:08:39 1° Corte dos motores de 2º estágio (SECO-1)
00:54:07 2ª Ignição do motor do 2º estágio (SES-2)
00:54:10 2º Corte do motor de 2º estágio (SECO-2)
01:05:17 Liberação dos satélites

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Firefly lança com sucesso com seu terceiro ‘Alpha’

Foguete de classe leve colocou satélite militar em órbita

Foguete decola da plataforma do complexo de lançamento 2 Oeste em Vandenberg

O foguete Alpha FLTA003 da Firefly foi lançado do Space Launch Complex 2 West (SLC-2W) da Vandenberg Space Force Base, na Califórnia, às 0228 UTC de 15 de setembro de 2023. Esta foi a missão de demonstração ‘Victus Nox’. O satélite TacRS-3, pertencente à Força Espacial dos EUA, construído pela Millennium Space Systems foi projetado para rastrear outros objetos em órbita e monitorar o ambiente espacial. A Firefly Aerospace confirmou o lançamento do VICTUS NOX, e a Força Espacial o catalogou como objeto 57861 em uma órbita síncrona com o Sol de 476 km por 531 km, inclinada em 97,3 graus.

O voo começou com uma contagem regressiva nominal e decolagem e progrediu perfeitamente em cada estágio do voo, incluindo corte do motor principal do primeiro estágio (MECO), a separação e ignição do estágio dois. O Alpha então liberou o satélite da Millennium Space Systems no destino alvo em órbita baixa. A Firefly também testou com sucesso um religamento do segundo estágio e uma reentrada direcionada.

satélite sendo ejetado do adaptador

Uma característica especial deste lançamento foi a exigência do cliente de estar pronto para decolagem dentro de 24 horas. Após receber o comando, a Millennium Space Systems e a Firefly tiveram que integrar o satélite ao foguete em 60 horas e, em seguida, preparar o veículo lançador em 24 horas. Esta condição foi atendida e o tempo total desde o recebimento do comando até o lançamento do foguete foi de 27 horas (o que se tornou um novo recorde para esse tipo de procedimento). Este foi o terceiro lançamento de foguete da Firefly e o segundo bem-sucedido.A próxima missão da empresa (ELaNa 43) está prevista para este ano (ou início de 2024) e lançará vários cubesats científicos para a NASA. Com base neste sucesso , a Firefly está aumentando a produção e os testes do Alpha para vários lançamentos futuros, incluindo missões de apoio à Lockheed Martin, NASA, NRO e outras.

Resumo do lançamento

Resposta rápida à demanda de lançamento

Segundo anunciou a empresa de lançamentos americana, “… liderada pelo Escritório do Programa Space Safari do Comando de Sistemas Espaciais da Força Espacial dos EUA (SSC) e em parceria com o Programa de Lançamento de Sistemas de Foguetes, a missão aumenta a capacidade do país de responder rapidamente às necessidades em órbita durante um conflito ou em resposta a uma ameaça à segurança nacional. “Hoje foi um sucesso incrível para a Força Espacial, a equipe Firefly e nossa nação ao concluir esta complexa missão espacial responsiva”, disse Bill Weber, CEO da Firefly Aerospace. “Nossa equipe comercial e governamental combinada executou a missão com velocidade, agilidade e flexibilidade recordes, acrescentando uma capacidade essencial para atender às necessidades de segurança nacional.”

Carenagem de cabeça do foguete

“Estou extremamente orgulhoso desta equipe por completar esses marcos críticos da missão e lançar com sucesso em questão de horas, em vez de semanas ou meses em uma operação típica”, disse Adam Oakes, vice-presidente de veículos de lançamento da Firefly Aerospace. “Como nosso terceiro voo, esta missão valida ainda mais o rigor tecnológico, a paixão e a dedicação da Firefly, necessários para prevalecer como fornecedor líder de lançamentos responsivos para clientes governamentais e comerciais”.

“O sucesso da missão VICTUS NOX não só prova um aspecto fundamental da capacidade TacRS dos Estados Unidos, mas também proporciona verdadeira utilidade ao combatente”, disse o coronel. Bryon McClain, Diretor Executivo do Programa da diretoria de Conscientização do Domínio Espacial e Poder de Combate, que supervisiona o escritório do programa Space Safari do SSC. “Trabalhando em colaboração com nossa equipe de Acesso Garantido ao Espaço e parceiros da indústria, a equipe do Space Safari continua a demonstrar como o TacRS nos permite responder rapidamente às necessidades urgentes em órbita.”

Sequência de preparação de lançamento em resposta rápida

O Alpha totalmente montado tem cerca de 29,75 metros de comprimento e cerca de 1,8 metros de diâmetro.

Oito horas antes da decolagem, as equipes começaram a realizar as verificações finais. Durante esse período, o foguete foi ligado ao circuito de eleticidade de solo e foram feitas verificações de sensores, concluídas em T-6 horas. Nesse ponto, o foguete começou a ser abastecido com hélio para pressurizar os tanques à medida que esvaziavam durante a subida. Em T-5 horas e 15 minutos, o veículo foi carregado com querosene RP-1. 45 minutos depois, a plataforma foi evacuada, dando lugar ao início do abastecimento de oxigênio líquido em T-3 horas e 40 minutos. O carregamento do propelente durou até 20 minutos antes do lançamento, quando o foguete entrou na contagem final. Nesse ponto, o foguete estava totalmente abastecido e era continuamente reabastecido com ambos os propelentes. Os quatro motores Reaver 1 no primeiro estágio acenderam em T-1,8 segundos utilizando ampolas pirofóricas de trietil-alumínio/trietil borano TEA-TEB. Esta combustão emitiu um jato verde brilhante pela tubeiras e sinalizou a ignição dos motores. Com todos os quatro motores em funcionamento nominal, os grampos da mesa de lançamento se soltaram da baia de motores, liberando o foguete.

Em T+1:13 o foguete passou pela zona de máxima pressão aerodinâmica (Max-Q). Em T+2:37, os quatro motores do primeiro estágio desligaram, no corte dos motores principais (main engine cutoff MECO), antes que os estágios se separassem e o segundo estágio fosse acionado. Menos de um minuto depois, em T+3:25, a carenagem de cabeça foi descartada. O segundo estágio então funcionou por mais quatro minutos, antes de desligar em T+7:40. Neste ponto o estágio ficou em costeamento até T+00:53:37 quando o motor ligou por dois segundos, até T+00:53:39, elevando a órbita elíptica inicial para uma circular de 300 km. Então o suporte ejetou em T+00:59:57 o satélite Serenity,, em T+01:00:57 o TES-5 e finalmente liberou o ejetor PICOBUS com seus microssatélites em T+1:01:57.

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Rússia lança nova tripulação para a ISS

Soyuz MS-24 partiu de Baikonur

O foguete Soyuz-2.1a M15000-061 decola Area 31/6 em Baikonur (NASA via russianspaceweb.com)

Hoje, 15 de setembro de 2023, às 18:44:35, horário de Moscou – 15:44:35 Brasilia, a Rússia lançou mais uma nave espacial tripulada, a Soyuz MS-24, com três cosmonautas para a estação espacial internacional. O foguete Soyuz 2.1a M15000-061 decolou da plataforma 31/6 do Cosmódromo de Baikonur. A tripulação da nave inclui participantes das 70ª e 71ª expedições de à estação : os cosmonautas russos Oleg Kononenko e Nikolai Chub e a astronauta da NASA Loral O’Hara. O lançamento na órbita alvo, sua separação do terceiro estágio do foguete e a extensão das antenas e painéis solares ocorreram normalmente. Espera-se que Kononenko e Chub retornem à Terra na espaçonave Soyuz MS-25 em setembro de 2024, Loral O’Hara – na espaçonave Soyuz MS-24 em março de 2024. Este é o primeiro voo espacial para O’Hara e Chub, e o quinto de Kononenko.

A espaçonave 11F732A48 n° 755 se aproximando para acoplar foto NASA via russianspaceweb.com

A espaçonave de 7 toneladas estava programada para se encontrar com a ISS no dia do lançamento, após um vôo autônomo de duas órbitas, três horas e 14 minutos. Durante sua segunda revolução, esperava-se que a nave estivesse em uma órbita de 386,65 por 428,17 km. A previsão era que a estação estivesse em 414,75 por 438,18 km, próxima o suficiente para que se realizasse um encontro totalmente autônomo. O arco de aproximação de 54,3 graus começou a uma distância de cerca de 400 metros para alinhar a espaçonave com a porta de acoplagem voltada para o nadir do módulo Rassvet. A espaçonave iniciou então a aproximação final a uma distância de cerca de 200 metros. Às 21h53min32s horário de Moscou (15:53 Brasilia), efetivamente acoplou-se de modo automático ao módulo Rassvet do segmento russo. Após a abertura das escotilhas entre a Soyuz e o Rassvet às 00h16 horário de Moscou, já em 16 de setembro, eles se juntaram à tripulação da 69ª expedição – cosmonautas da Roskosmos Sergei Prokopyev, Dmitry Petelin e Konstantin Borisov, os astronautas da NASA Franco Rubio e Jasmine Moghbeli, o astronauta da ESA Andreas Mogensen, para o astronauta da JAXA Satoshi Furukawa.

Fases do lançamento até a entrada em órbita

A Soyuz MS-24 trouxe cerca de 120 kg de cargas úteis, incluindo equipamentos de fotografia, mídias de armazenamento removíveis, documentação de bordo e materiais de consumo, pertences pessoais dos tripulantes, rações alimentares e alimentos frescos, bem como materiais para experimentos científicos Ekon-M, Vzaimodeystviye-2, MSK-2, PHAGEN e Tsytomechanarium.

A espaçonave já incorpora melhoramentos no sistema de suporte vital para evitar problemas de despressurização do circuito de refrigeração, como os ocorridos com as naves Soyuz MS-22 e a Progress MS-21.

Transmissão de lançamento pelo Canal do Homem do Espaço
Transmissão da acoplagem pelo Canal do Homem do Espaço

O foguete-lançador trazia paineis adesivados de vinil dedicados a datas comemorativas, incluindo ao 125º aniversário do Teatro de Arte de Moscou Anton Chekov – MAT. Além disso, em homenagem a este evento, a tripulação também escolheu como indicador de gravidade zero a gaivota do Teatro. O mascote foi apresentado à imprensa pelo comandante Kononenko e pelo diretor artístico do teatro, Konstantin Khabensky. A cooperação entre Teatro Chekov e a Roskosmos começou em março de 2023. Khabensky espera que visitar o teatro se torne uma nova tradição russa de pré-lançamento. Desde então, as tripulações das Soyuz visitam o MAT antes do lançamento. Khabensky é conhecido por suas opiniões patrióticas, em especial em relação à guerra que a Rússia promove contra a Ucrânia, a Operação Especial Z. Outras homenagens são emblemas do ex-Ministro da Engenharia da antiga URSS, Serguey Afanasiev (que foi autoridade máxima no programa espacial soviético nos tempos épicos do Sputnik e Yuri Gagarin até os anos 70), outro comemorando a cidade de Novosibirsk e outro sobre o Forum e Exibição Internacional da Rússia.

Configuração da ISS após o engate da Soyuz
Espaçonave 11F732A48 ‘Soyuz MS’

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Russos lançarão nova tripulação para a ISS na sexta-feira

Soyuz MS-24 decola com dois russos e uma americana

O foguete Soyuz-2.1a número M15000-061 montado na plataforma da Area 31/6 em Baikonur

O lançamento da nave espacial Soyuz MS-24 transportando a 70ª/71ª expedições à Estação Espacial Internacional está programado para 15 de setembro de 2023 às 18:44:35 hora de Moscou – 12:44:35 de Brasíla. O foguete Soyuz 2.1a n° M15000-061 decolará do complexo de lançamento 6 da área 31 do Cosmódromo de Baikonur. A tripulação principal da espaçonave (11F732A48 número de série 755) é composta pelo comandante Oleg Kononenko e os engenheiros de voo Nikolai Chub, russo, e a astronauta da NASA Loral O’Hara. A americana retornará à Terra nesta mesma espaçonave em março de 2024, enquanto Kononenko e Chub permanecerão na estação espacial por um ano, retornando na próxima Soyuz MS a ser lançada. Seus substitutos são o cosmonauta russo Alexey Ovchinin e a astronauta americana Tracy Dyson. A nave seguirá uma ‘trajetória rápida’ de duas órbitas que levará três horas até a acoplagem com o módulo russo Rassvet da estação às 14h56.

Este será o primeiro voo espacial para O’Hara e Chub, e o quinto de Kononenko. O trio se juntará à tripulação da Expedição 69, composta pelos astronautas americanos Jasmin Moghbeli e Frank Rubio, os russos Dmitri Petelin, Konstantin Borisov e Sergey Prokopyev, o astronauta da dinamarquês da Agência Espacial Europeia Andreas Mogensen e o representante da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão Satoshi Furukawa.

A Soyuz MS-24 deve entregar à estação orbital cerca de 120 kg de cargas úteis, incluindo equipamentos de fotografia, mídias de armazenamento removíveis, documentação de bordo e materiais de consumo, pertences pessoais dos tripulantes, rações alimentares e alimentos frescos, bem como materiais para experimentos científicos Ekon-M, Vzaimodeystviye-2, MSK-2, PHAGEN e Tsytomechanarium.

A espaçonave já incorpora melhoramentos no sistema de suporte vital para evitar problemas de despressurização do circuito de refrigeração, como os ocorridos com as naves Soyuz MS-22 e a Progress MS-21.

O foguete Soyuz-2.1a rebocado pela carreta TUA para a plataforma em Baikonur
Transmissão de lançamento pelo Canal do Homem do Espaço

Há dois dias, o foguete de 314 toneladas foi rebocado do edifício de montagem e teste e instalado na plataforma da Área 31 de Baikonur e as equipes do Centro de Infraestrutura Terrestre TsENKI começaram a realizar operações para conectar o foguete aos equipamentos de solo para os testes de sistemas da espaçonave, do foguete e da plataforma.

Há dois dias, o foguete de 314 toneladas foi rebocado do edifício de montagem e teste e instalado na plataforma da Área 31 de Baikonur. O Soyuz-2.1a traz paineis adesivados de vinil dedicados a datas comemorativas, incluindo ao 125º aniversário do Teatro de Arte de Moscou Anton Chekov – MAT. Além disso, em homenagem a este evento, a tripulação também escolheu como indicador de gravidade zero a gaivota do Teatro. O mascote foi apresentado à imprensa pelo comandante Kononenko e pelo diretor artístico do teatro, Konstantin Khabensky. A cooperação entre Teatro Chekov e a Roskosmos começou em março de 2023. Khabensky espera que visitar o teatro se torne uma nova tradição russa de pré-lançamento. Desde então, as tripulações das Soyuz visitam o MAT antes do lançamento. Khabensky é conhecido por suas opiniões patrióticas, em especial em relação à guerra que a Rússia promove contra a Ucrânia, a Operação Especial Z.

Outras homenagens são emblemas do ex-Ministro da Engenharia da antiga URSS, Serguey Afanasiev (que foi autoridade máxima no programa espacial soviético nos tempos épicos do Sputnik e Yuri Gagarin até os anos 70), outro comemorando a cidade de Novosibirsk e outro sobre o Forum e Exibição Internacional da Rússia.

Seção de conexão entre o primeiro e o segundo estágios do foguete, presos nas quatro torres de suporte ‘tulipas’ na mesa de disparo
Espaçonave 11F732A48 ‘Soyuz MS’

Equipes de resgate prontas para o lançamento

Foguete Soyuz 2.1a tem 51,31 metros de comprimento e 314 toneladas de massa na decolagem

O treinamento dos grupos de busca no Cosmódromo realizam os exercícios de busca programados. Equipes de busca terrestre e aérea são formadas por especialistas do Centro Espacial Yuzhny (uma filial da JSC TsENKI, parte da Roskosmos ). Sua tarefa é procurar fragmentos de foguetes em caso de acidente ao longo da trajetória de voo a uma distância de até 150 km do complexo de lançamento para as equipes de solo e até 250 km para o grupo aéreo. Como parte dos exercícios, foi determinado um local presumido onde os fragmentos de foguete cairiam, foi feita uma simulação de busca na estepe, um cordão e proteção foi instalado e um acampamento com alojamento e refeições para trabalhadores foi organizado à distância do lugar condicional da queda. As equipes de busca fazem parte de uma time de resgate de “emergência não padrão” designada para cada lançamento. Além dos funcionários do Centro Espacial Yuzhny, essa formação inclui especialistas do Ministério de Emergências da Rússia e da Agência Federal Médica e Biológica da Rússia (Federalnoye Mediko-Biologicheskoye Agentstvo, FMBA).

Fases do lançamento até a entrada em órbita

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SpaceX lança o Grupo 7-2 de Starlinks

Foguete decolou da Califórnia com 21 satélites

A SpaceX lançou na madrugada de segunda-feira, 12 de setembro de 2023 às 06:57:50 UTC, o foguete-portador Falcon9 v1.2 FT Block 5 n°B1071.11 com vinte e um satélites Starlink V2 Mini para a órbita terrestre. O foguete decolou a partir do Complexo de Lançamento Espacial 4 Leste (SLC-4E) na base da Força Espacial de Vandenberg na Califórnia. Os satélites foram separados do segundo estágio em bloco em uma órbita inicial com apogeu de 297 km, perigeu de 286 km, com período de 90,34 minutos e inclinada em 53,05°. Este foi o 11º vôo do ‘booster’ de primeiro estágio, que havia lançado anteriormente as missões NROL-87, NROL-85, SARah-1, SWOT, Transporter-8 e cinco outros lotes Starlink. Após a separação, este estágio pousou na balsa Of Course I Still Love You – estacionada no Oceano Pacífico rebocada pelo barco Scorpius, junto ao navio de apoio GO Beyond, que recuperaria as coifas da carenagem no oceano. Uma vez separados da pilha, cada satélite seguirá para sua órbita final, circular com 525 km de altitude.

Este grupo G7-2 inclui satélites miniaturizados (números 356 a 376) Starlink v2 do chassi F9-2, versões de 64% dos modelos V2 projetados a serem lançados na nave reutilizável Starship que a empresa desenvolve e poderá ser testada em voo amanhã. Foram adaptados para serem acondicionados na carenagem do Falcon 9 e são chamados “Starlink V2 Mini”; a massa de cada um é de 785 kg, totalizando 16.590kg.

Resumo da campanha de lançamento

Os Starlink V2 otimizados para a Starship pesam cerca de 1.250 kg e medindo aproximadamente 6,5 por 2,7 metros . De acordo com o registro da FCC de outubro de 2022, os V2 Mini são bem maiores que os Starlink V1.5 atuais, pesando até 800 kg e medindo 4,1 por 2,7 metros. A SpaceX diz que o Starlink V2 Mini tem um par de painéis solares com um total de 116 metros quadrados. Assumindo que os V2 Mini são aproximadamente tão eficientes em termos de eletricidade quanto os V1.5 e usam paineis solares igualmente eficientes, isso indica que o aparelho poderia oferecer cerca de três a quatro vezes mais largura de banda utilizável.

CONTAGEM REGRESSIVA

Perfil de decolagem e aterrissagem na balsa-drone

hh: min:ss Evento
00:38:00 Diretor de lançamento aprova o abastecimento de propelente
00:35:00 Começa o abastecimento do RP-1 (querosene)
00:35:00 O abastecimento de LOX (oxigênio líquido) do 1º estágio começa
00:16:00 O abastecimento de LOX do 2º estágio começa
00:07:00 Falcon 9 começa a resfriar o motor antes do lançamento
00:01:00 Comando do computador as verificações finais de pré-lançamento
00:01:00 A pressurização dos tanques para a pressão de vôo começa
00:00:45 Diretor de lançamento da SpaceX aprova o lançamento
00:00:03 O controlador comanda a sequência de ignição para decolagem
00:00:00 Falcon 9 decola

LANÇAMENTO, ATERRISSAGEM E LIBERAÇÃO DA CARGA ÚTIL

Todos os tempos aproximados

hh: min:ss Evento

00:01:12 Max Q (Máximo de estresse mecânico no foguete)
00:02:26 Corte do motor principal do 1º estágio (MECO)
00:02: 29 1º e 2º estágios separados (estagiamento)
00:02:35 Ignição do motor do 2º estágio (SES-1)
00:03:03 Descarte da carenagem
00:06:19 Começa a Ignição de reentrada do 1º estágio
00:06:42 Fim da queima de reentrada
00:08 :09 Ignição de pouso do 1º estágio
00:08:30 Aterrissagem
00:08:38 1º corte do motor do 2º estágio (SECO-1)
00:53:24 2ª ignição do motor do 2º estágio (SES-2)
00:53:26 2º desligamento do motor do 2º estágio (SECO-2)
01:02:19 Liberação dos satélites Starlink às 08:00:18.480 UTC

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China lança com sucesso novos satélites de sensoriamento remoto

Grupo Yaogan 40 colocado em órbita por um Longa Marcha 6A

O Longa Marcha 6A n° Y5 decola de Taiyuan

Em 10 de setembro de 2023, às 12h30, horário de Pequim (04h30 UTC), o veículo de lançamento Longa Marcha-6A (CZ-6A nº Y5) foi lançado do lançador nº 9A do Centro de Lançamento Espacial de Taiyuan, com três satélites de reconhecimento eletrônico com o nome oficial Yaogan-40 (遥感四十号卫星, Yaogan 40 hao weixing ou YG-40). Os satélites entraram na órbita predefinida e será utilizado para detecção de ambiente eletromagnético e testes técnicos relacionados. A tarefa principal dos aparelhos é a “sondagem do ambiente eletromagnético” uma possivel referencia à integência de sinais, ou ELINT. O grupo Yaogan-40 é composto pelos três satélites construídos pela Hantian Dongfanghong, associada à academia de ciencias e tecnologias espaciais CAST (“5ª Academia”).

Foguete Y5 na plataforma

As três naves espaciais do “Yaogan-40” foram lançadas numa órbita subpolar com uma inclinação de 86°, que até agora quase não foi utilizada na China: seus parâmetros são, em media, apogeu de 812.1, perigeu de 800,1 km e período de 101 minutos. No final da década de 1990, os satélites americanos Iridium foram lançados por foguetes chineses em órbitas com uma inclinação de 86,4° e, recentemente, em 2021-2023, inclinações de 86,0° e 86,4° foram usadas pela China para lançar espaçonaves experimentais de comunicações em órbita baixa de vários tipos. Esta órbita do YG-40 proporciona uma visão quase global, mas não está sincronizada com o movimento do Sol, portanto as condições de iluminação da espaçonave e do ponto subsatélite mudarão o tempo todo.

Segundo estágio do foguete

Foguete Longa Marcha CZ-6A

O sucesso completo de mais um CZ 6 modificado “marca a adição de um novo membro à família da nova geração de veículos lançadores e melhora ainda mais o espectro de tipos da nova geração de foguetes” da China. O CZ-6 é uma nova geração de foguetes que usa propelentes não tóxicos e não poluentes. É o primeiro veículo de lançamento de propelente sólido chinês com boosters a ser usado para lançar satélites em órbita síncrona com o sol.

Este foi o 549º lançamento espacial chinês, o 487º da família dos Longa Marcha, o 195º de veículos de lançamento desenvolvidos em Shangai e o terceiro do CZ-6A (apesar do número de série ‘5’). O foguete lançado ontem apresentava diferenças visíveis óbvias em relação aos dois anteriores. O CZ-6A é oficialmente classificado como “CZ-6 modificado”, não tendo quase nada em comum com o Longa Marcha 6 original exceto o diâmetro do estágio central (3,35 m). O primeiro estágio está equipado com dois motores YF-100 de oxigênio-querosene. Quatro propulsores de propelente líquido estão montados nele. O diâmetro do segundo estágio foi aumentado de 2,25 para 3,35 m, com um aumento correspondente nas reservas de propelente e no tempo de operação. O Vice-Comandante do CZ-6A Li Hongbin (李红兵) disse após o lançamento que já foram celebrados contratos para lançamentos regulares deste foguete com uma frequência superior a dez por ano. A capacidade da área de lançamento 9A em Taiyuan é estimada em 12 por ano, sujeita a maior “compressão” do ciclo de preparação de pré-lançamento e posterior restauração.

O foguete básico com um peso de lançamento de 103 toneladas e uma altura de 29,3 m tem uma carga útil projetada de 1.000 kg em órbita síncrona com uma altura de 700 km. Um esquema de divisão em tandem com estágios de diferentes diâmetros. O primeiro estágio tem um diâmetro de 3,35 m e equipado com um motor de foguete YF-100 a oxigênio-querosene com empuxo de 120 tf. O segundo e terceiro estágios tem diâmetro de 2,25 metros; no segundo tem um motor YF-115 com empuxo de 18 tf e no terceiro, que desempenhava o papel estágio superior, tem motorização com empuxo de 650 kgf usando propelentes hipergólicos (dimetilhidrazina assimétrica / tetróxido de nitragênio). A carenagem de cabeça do modelo CZ-6A é maior que a do original, com diâmetro de 4,2 metros e comprimento de 8,1 m.

Fases do voo (segundos – evento)

  • 0,0 decolagem
  • 114,5 = esgotamento dos boosters
  • 117,5 = separação dos boosters
  • 179,0 = ejeção da carenagem de cabeça
  • 238,5 = descarte do primeiro estágio
  • 240,0 = ignição do º estágio
  • 786,0 = descarte do 2º estágio
  • 886,0 = Liberação do satélite principal
  • 1006,0 = Liberação do satélite secundário

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Americanos lançam NROL-107 para espionar satélites ‘inimigos’

‘Silent Barker’ fará cobertura de ‘ameaças externas’

O foguete AV-102 decolou a plataforma SLC-41

Um foguete Atlas V 551 AV-102 da United Launch Alliance (ULA) lançou a missão NROL-107, a partir do Complexo de Lançamento Espacial 41 (SLC-41) na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, Flórida, em 10 de setembro de 2023, às 12h47 UTC (09h47 Brasilia). De acordo com a ULA, o Silent Braker/NROL-107 é “uma iniciativa conjunta do National Reconnaissance Office (NRO) e da Força Espacial dos EUA (USSF) para melhorar a consciência do domínio espacial”. O estágio superior Centauro deve ter completado sua primeira queima por volta de 13:02 UTC; três ignições eram planejadas, com a última por volta das 18:30 UTC, colocando o satéite na órbita quase geoestacionária. O satélite de cerca de nove toneladas foi colocado na órbita geossíncrona a uma altitude de mais de 41 mil km. A órbita alvo inclui a inserção direta na órbita de 42.479 km por 41.849 km, inclinada em zero grau em relação ao equador, depois sendo refinada para uma posição sobre o ponto 105 Leste. Informações detalhadas sobre a finalidade do aparelho (e mesmo se era apenas um) são estritamente confidenciais, exceto que seu trabalho se concentrará no reconhecimento da “situação espacial” e permitirá detectar e rastrear objetos na órbita da Terra.

Transmissão ao vivo

A missão Silent Braker é um programa conjunto entre o USSPACECOM e a agência de espionagem CIA, sendo que esta última controlará a espaçonave através do National Reconnaissance Office. A tarefa é monitorar os satélites russos e chineses em órbita geoestacionária. O número exato de espaçonaves neste lançamento (e nos dois subsequentes) é desconhecido, bem como se todas têm o mesmo propósito.

Resumo do lançamento

Segundo o Departamento de Defesa (DoD) dos EUA anuncia em uma nota oficial, a carga útil a ser lançada integrará a “proteção espacial da Comunidade de Defesa e Inteligência (IC), fornecendo a capacidade de pesquisar, detectar e rastrear objetos a partir de um sensor baseado no espaço para custódia oportuna e detecção de eventos. A vigilância do espaço aumenta e supera as limitações existentes dos sensores terrestres com a coleta oportuna de dados métricos de satélite acima do clima, 24 horas por dia, só possível com um sensor baseado no espaço e, em seguida, comunica suas descobertas aos operadores de satélite, analistas e outros usuários da missão.”

“O NRO e o USSF têm um interesse comum em fortalecer as capacidades SDA e de Indicação e Alerta (I&W) do país para permitir a tomada de decisões oportunas e a unidade de esforços para defender as capacidades críticas do DoD e IC contra ameaças atuais e projetadas. O NROL107 fortalecerá a capacidade do NRO de prover uma ampla gama de informações de inteligência oportunas aos tomadores de decisão nacionais, combatentes e analistas de inteligência para proteger os interesses vitais da nação e apoiar os esforços humanitários em todo o mundo.”

A ULA é uma joint venture entre a Boeing e a Lockheed Martin que presta serviços para a comunidade de inteligência dos EUA além de clientes comerciais e da NASA.

Foguete Atlas V 551 tem cinco ‘boosters’ de combustível sólido, um estágio central CCB e um estágio superior Centauro

O foguete usado foi um Atlas V 551, com cinco ‘boosters’ SRB de propelente sólido acoplados ao primeiro estágio com um motor RD-180 russo. Na decolagem, o motor principal do primeiro estágio e os três de SRBs geram 9 megaNewtons de empuxo. Os boosters vão funcionar por 94 segundos, acelerando o veículo a mais de 3.600 km/h. 24 segundos após a ignição, os ‘boosters’ serão descartados e o veículo principal continuará. Com três minutos e 23 segundos de vôo, a carenagem foi descartada, expondo a carga útil e o estágio superior Centauro ao vácuo do espaço. Um minuto depois, o RD-180 seria desligado e o primeiro estágio se separa. O Centauro então funcionará por sete minutos e 18 segundos, inserindo a espaçonave em na órbita de estacionamento, seguindo-se mais duas ignições até a colocação do satélite na órbita-alvo.

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SpaceX lançou o ‘Grupo 6-14’

Mais 22 satélites se juntam à rede de internet de Elon Musk

Foguete decolou do Complexo de Lançamento Espacial 39A na Flórida

A missão Starlink Group 6-14 da SpaceX colocou vinte e dois satélites Starlink V2 Mini através de um foguete-portador Falcon9 v1.2 FT Block 5 n° B1076.7, que decolou do Complexo de Lançamento Espacial 40 (SLC-40), na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. O lote Starlink Group 6-14 decolou na madrugada de 9 de setembro de 2023 às 03h12 UTC (23h12 EDT), e marcou a 103ª missão operacional da rede de internet. Os satélites foram liberados do estágio superior cerca de 65 minutos após o lançamento. O ‘core’ de primeiro estágio pousou na balsa-drone A Shortfall of Gravitas a 643 km da costa. O navio de suporte Doug recuperou as carenagens no mar, a cerca de 683 km. Os satélites foram colocados numa órbita inicial 284 km x 293 km, inclinada em 43,00º, para depois serem movidos para uma órbita circular de 530 km igualmente em 43°. O segundo estágio reentrou sobre o Oceano Índico.

Já existem milhares de satélites Starlink que formam uma constelação que provê serviços de Internet para muitas partes do mundo. Mais da metade das decolagens de foguetes da SpaceX deste ano foram dedicadas aos Starlink, que atualmente consiste em quase 5 mil satélites operacionais . Dos satélites lançados, 4.702 estão em órbita – 4.670 em condições de funcionamento e 4.015 já em órbita operacional. A rede transmite sinais de internet de alta velocidade e baixa latência em todo o mundo, alcançando consumidores, comunidades carentes e outros usuários em potencial, como os militares dos EUA. A SpaceX diz que a rede já está disponível em 32 países.

Narração do lançamento

Este grupo G6-14 incluiu satélites miniaturizados Starlink v2 do chassi F9-2, versões de 64% dos modelos V2 projetados a serem lançados na nave reutilizável Starship que a empresa desenvolve e poderá ser testada em voo amanhã. Foram adaptados para serem acondicionados na carenagem de cabeça do Falcon 9 e são mencionados como “Starlink V2 Mini”; a massa de cada um é de 785 kg, levando a um total de cerca de 16.485 kg.

Resumo da campanha de lançamento

Os Starlink V2 otimizados para a Starship pesam cerca de 1.250 kg e medindo aproximadamente 6,5 por 2,7 metros . De acordo com o registro da FCC de outubro de 2022, os V2 Mini são bem maiores que os Starlink V1.5 atuais, pesando até 800 kg e medindo 4,1 por 2,7 metros. A SpaceX diz que o Starlink V2 Mini tem um par de painéis solares com um total de 116 metros quadrados. Assumindo que os V2 Mini são aproximadamente tão eficientes em termos de eletricidade quanto os V1.5 e usam paineis solares igualmente eficientes, isso indica que o aparelho poderia oferecer cerca de três a quatro vezes mais largura de banda utilizável.

Cronograma de lançamento

Perfil de decolagem e aterrissagem na balsa-drone ASOG no oceano Atlântico

hh:min:ss: Evento

00:38:00 Diretor de Lançamento da SpaceX aprova o abastecimento
00:35:00 Começa o abastecimento do RP-1
00:35:00 Abastecimento de oxigênio líquido do 1º estágio começa
00:16:00 Abastecimento de LOX de 2º estágio começa
00:07:00 Falcon 9 começa a resfriar os motores antes do lançamento (chilldown)
00:01:00 Comando do computador para decolagem nas verificações finais de pré-lançamento
00:01:00 A pressurização para a pressão de vôo começa
00:00:45 Diretor de Lançamento da SpaceX verifica o lançamento
00:00:03 O controlador comanda a sequência de ignição dos motores para decolagem
00:00:00 Falcon 9 decola

Lançamento, aterrissagem e liberação da carga útil
Todos os tempos aproximados

hh:min:ss: Evento

00:01:12 Max Q (Momento de máximo de estresse no foguete)
00:02:26 Corte dos motores principais do 1° estágio (MECO)
00:02:29 1° e 2° estágios separados
00:02:35 Ignição dos motores do 2º estágio (SES-1)
00:03:07 Liberação de carenagem
00:06:09 A queima de reentrada do 1º estágio começa
00:06:31 Fim da queima de reentrada do 1º estágio
00:08:04 Começa a queima de aterrissagem do 1º estágio
00:08:25 aterrissagem do 1° estágio
00:08:39 1° Corte dos motores de 2º estágio (SECO-1)
00:54:07 2ª Ignição do motor do 2º estágio (SES-2)
00:54:10 2º Corte do motor de 2º estágio (SECO-2)
01:05:17 Liberação dos satélites Starlink às 03:52:39.780 UTC

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Militares americanos planejam NROL-107 amanhã

‘Silent Barker’ fará cobertura geoestacionária

Foguete AV-102 na mesa móvel de lançamento sendo transportado para a plataforma SLC-41

O lançamento do foguete Atlas V 551 AV-102 está planejado para domingo, 10 de setembro de 2023, às 08h47 EDT (12:47 UTC, 09:47 Brasília), transportando um satélite militar americano NROL-107. O foguete decolará do Complexo de Lançamento Espacial-41 na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, Flórida.

A decolagem estava prevista inicialmente para hoje, 9 de setembro, porém um problema com o circuito de pirotécnicos do sistema de supressão de vibração dos motores forçou a ULA – United Launch Alliance, operadora do foguete, a adiar o lançamento por um dia.

Resumo do lançamento

A missão, chamada Silent Braker, é um programa conjunto entre o USSPACECOM e a agência de espionagem CIA, sendo que esta última controlará a espaçonave. A tarefa é monitorar os satélites russos e chineses que estão em órbita geoestacionária (GEO). O número exato de espaçonaves neste lançamento (e nos dois subsequentes) é desconhecido, bem como se todas têm o mesmo propósito. A órbita alvo inclui uma inserção direta em uma órbita de 42.479 km por 41.849 km, inclinada em zero grau em relação ao equador, depois sendo refinada para uma posição sobre o ponto 105 Leste.

Segundo o Departamento de Defesa (DoD) dos EUA anuncia em uma nota oficial, a carga útil a ser lançada integrará a “proteção espacial da Comunidade de Defesa e Inteligência (IC), fornecendo a capacidade de pesquisar, detectar e rastrear objetos a partir de um sensor baseado no espaço para custódia oportuna e detecção de eventos. A vigilância do espaço aumenta e supera as limitações existentes dos sensores terrestres com a coleta oportuna de dados métricos de satélite acima do clima, 24 horas por dia, só possível com um sensor baseado no espaço e, em seguida, comunica suas descobertas aos operadores de satélite, analistas e outros usuários da missão.”

Transmissão ao vivo
Foguete Atlas V 551 tem cinco ‘boosters’ de combustível sólido, um estágio central CCB e um estágio superior Centauro

“O NRO e o USSF têm um interesse comum em fortalecer as capacidades SDA e de Indicação e Alerta (I&W) do país para permitir a tomada de decisões oportunas e a unidade de esforços para defender as capacidades essenciais do DoD e IC contra ameaças atuais e futuras. O NROL107 fortalecerá a capacidade do NRO de prover uma ampla gama de informações de inteligência oportunas aos tomadores de decisão nacionais, combatentes e analistas de inteligência para proteger os interesses vitais da nação e apoiar os esforços humanitários em todo o mundo.”

O foguete usado será um Atlas V 551, com cinco ‘boosters’ SRB de propelente sólido acoplados ao primeiro estágio com um motor RD-180 russo. Na decolagem, o motor principal do primeiro estágio e os três de SRBs geram 9 megaNewtons de empuxo. Os boosters vão funcionar por 94 segundos, acelerando o veículo a mais de 3.600 km/h. 24 segundos após a ignição, os ‘boosters’ serão descartados e o veículo principal continuará. Com três minutos e 23 segundos de vôo, a carenagem será descartada, expondo a carga útil e o estágio superior Centauro ao vácuo do espaço. Um minuto depois, o RD-180 será desligado e o primeiro estágio se separará. O Centauro então funcionará por sete minutos e 18 segundos, inserindo a espaçonave em na órbita de estacionamento.

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E-book Balsas-drone da SpaceX

Japão lança duas naves; uma delas deve pousar na Lua

Foguete H-2A decolou de Tanegashima

Foguete H-IIA 202 F47 decola de Tanegashima

O Japão lançou ontem, 6 de setembro de 2023, o foguete transportador H II A-202 n° F47 com dois satélites – um deles destinado a pesquisa astronômica (Missão de Imagem de Raios-X e Espectroscopia – XRISM) e o outro um veículo de alunissagem de teste (Smart Lander for Investigating Moon – SLIM). O foguete decolou do Complexo de Lançamento de Yoshinobu, no Centro Espacial Tanegashima da JAXA, às 23h:42:11 UTC (7 de setembro, às 08:42:11 no horário japonês).

O veículo lançador voou conforme planejado e foi confirmado que o satélite XRISM foi separado com sucesso cerca de 14 minutos e 9 segundos após o lançamento; e o SLIM, cerca de 47 minutos e 33 segundos.

O Japão planejou originalmente enviar o módulo SLIM à Lua em maio, mas o prazo foi adiado devido ao lançamento malsucedido do novo foguete de classe pesada H3. Se a missão for bem-sucedida, o Japão se tornará o quinto país do mundo a pousar um alunissador no satélite natural da Terra. Anteriormente, a União Soviética, os EUA, a China e a Índia conseguiram isso.

Satálite astronômico XRISM

Satélite XRISM (X-ray Imaging and Spectroscopy Mission/ Missão de Imagem e Espectroscopia de Raios-X)

O observatório XRISM (X-ray Imaging and Spectroscopy Mission/ Missão de Imagem e Espectroscopia de Raios-X do Japão – pronuncia-se “crism”), dará uma visão sem precedentes de alguns dos lugares mais quentes do universo. O satélite, pesando 2.300 kg, será colocado numa órbita circular de 500 km, inclinada em 31 graus. Inicialmente conhecido como XARM ( X-ray Astronomy Recovery Mission ), é um observatório que substituirá parcialmente o Astro H ‘Hitomi’ perdido. O satélite detectará raios X de 400 a 12.000 elétron-volts. (Para efeito de comparação, a energia da luz visível é de 2 a 3 elétron-volts.) A carga útil consiste em dois instrumentos, instalados nos focos de montagens XMA (X-ray Mirror Assembly) projetadas e desenvolvidas no Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland. Cada um dos XMAs abriga centenas de conchas de alumínio concêntricas e de formato preciso, construídas em quadrantes e montadas em círculo. Ao todo, são mais de 3.200 segmentos de espelhos individuais nos dois conjuntos. Após o lançamento, o XRISM iniciará uma fase de calibração de meses, durante a qual o instrumento Resolve atingirá sua temperatura operacional.

O Resolve é um espectrômetro microcalorímetro de raios X suaves, desenvolvido em colaboração entre JAXA e NASA. Quando um raio X atinge o detector de 6 por 6 pixels, sua energia causa um pequeno aumento na temperatura. Ao medir a energia de cada raio X individual, o instrumento dá informações sobre a fonte, como sua composição, movimento e estado físico. Ele combina um conjunto leve de espelhos de raios X emparelhado com um espectrômetro de calorímetro de raios X e provê resolução de energia não dispersiva de 5-7 eV na passagem de banda de 0,3-12 keV com um campo de visão de cerca de 3 minutos de arco. “O instrumento Resolve nos permitirá observar a composição das fontes cósmicas de raios X em um grau que não era possível antes”, disse Richard Kelley, pesquisador principal do XRISM no Goddard Space Flight Center. “Prevemos muitos novos insights sobre os objetos mais quentes do universo, que incluem estrelas em explosão, buracos negros e galáxias alimentadas por eles, e aglomerados de galáxias.” O detector do instrumento é alguns centésimos de grau mais quente que isso. Para detectar essas pequenas mudanças de temperatura, deve operar apenas uma fração de grau acima do zero absoluto. Ele atinge esse estado em órbita após um processo de resfriamento mecânico de vários estágios dentro de um recipiente de hélio líquido do tamanho de uma geladeira. “O Resolve aproveita tecnologias desenvolvidas para missões anteriores de raios X, como Suzaku e Hitomi”, disse Lillian Reichenthal, gerente de projeto em Goddard. “Isso representa o culminar de anos de trabalho colaborativo entre a JAXA, a NASA e outros parceiros de todo o mundo.” O instrumento, uma colaboração entre a NASA e a JAXA, deve ser mantido tão frio porque funciona medindo o pequeno aumento de temperatura criado quando os raios X atingem o seu detector. Esta informação cria uma imagem de quão brilhante é a fonte em várias energias de raios X – o equivalente às cores da luz visível – e permite aos astronomos identificar elementos químicos através das suas impressões digitais, chamadas espectros. “Com os instrumentos atuais, só somos capazes de ver estas impressões digitais de uma forma comparativamente desfocada”, disse Brian Williams, cientista do projeto. “O Resolve proverá efetivamente à astrofísica de raios X um espectrômetro com uma lupa.”

Outro instrumento é o Xtend, um gerador de imagens de raios X suaves desenvolvido pela JAXA e universidades japonesas: um detector CCD que estende o campo do observatório para 38 minutos de arco na faixa de energia de 0,4-13 keV, usando um conjunto de espelho de raios X leve. Esta faixa dará aos astrofísicos novas informações sobre algumas das regiões mais quentes do universo , maiores estruturas e objetos com gravidade mais forte. O instrumento desenvolvido pela JAXA dará ao XRISM um dos maiores campos de visão de qualquer satélite de imagens de raios X já usado, observando uma área cerca de 60% maior que o tamanho médio aparente da Lua cheia. As imagens coletadas complementarão os dados coletados pelo Resolve. O Xtend realizará observações simultâneas com o Resolve, provendo informações complementares. Ambos os instrumentos contam com dois conjuntos de espelhos de raios X idênticos desenvolvidos em Goddard. O gerador de imagens é uma colaboração entre a JAXA e a NASA, com a participação da ESA (Agência Espacial Europeia). A contribuição da NASA inclui a participação científica da Agência Espacial Canadense.

Resumo da campanha de lançamento

Espaçonave acompanhante pousará na Lua

Acompanhando a espaçonave astronômica está o SLIM , ou Smart Lander for Ivestigating Moon, da JAXA. Este módulo de pouso de exploração em pequena escala foi projetado para demonstrar uma alunissagem “pontual” em um local específico dentro de 100 metros , em vez do alcance típico de quilômetros, contando com tecnologia de pouso de alta precisão. Essa precisão deu origem ao apelido da missão, Moon Sniper. O SLIM usará seu próprio sistema de propulsão para se dirigir à Lua. O aparelho SLIM, com 2,4 metros de altura e 200 kg de peso, foi projetado para estudar as crateras e a topografia da Lua por meio de tecnologias semelhantes às utilizadas em sistemas de reconhecimento facial. O alunissador também está equipado com uma câmera especial que pode medir a quantidade de ferro e outros elementos encontrados nas rochas da superfície lunar. O módulo japonês possui tecnologias que permitem fazer um pouso preciso em um determinado local da Lua com um erro não superior a 100 metros. Os dados obtidos pelo aparelho deverão ser utilizados, principalmente, no âmbito do programa lunar Artemis da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos EUA.

A espaçonave é tem forma de cubo irregular com 2,4 metros de altura, 2,7 metros de largura e 1,7 metros de profundidade, com massa seca de 190 kg e massa totalmente carregada de 590 kg. O chassi é construído em torno do tanque de propelente como elemento estrutural. A energia é provida por células solares de película fina e baterias de íon de lítio. O SLIM carregará um radar de pouso para a descida final e uma câmera multibanda para exploração mineralógica da superfície, além de um pequeno conjunto de retrorrefletores a laser. O sistema de pouso usa uma base de espuma de alumínio esmagável para absorver o impacto. O sistema de propulsão compreende dois motores cerâmicos de 500 N para manobras em órbita e doze propulsores de 22 N para controle de atitude. Todos os motores e propulsores utilizam bipropelente hidrazina (N2H4)/tetróxido de nitrogênio (NTO – MON-3), armazenado em um tanque comum separado por uma antepara.

Perfil da Missão
O SLIM vai ser lançado como uma carga útil “rideshare” com o XRISM; chegará à órbita lunar cerca de três a quatro meses após o lançamento, orbitará a Lua por um mês entrará inicialmente em uma órbita de 600 x 15 km de altitude. Começará uma fase de descida propulsada para trazê-lo até 3,5 km de altitude e tentará um pouso suave . Usando a câmera de bordo, a posição da nave espacial em relação à superfície será determinada com precisão . Ao final desta fase, será iniciado um programa de detecção de obstáculos, para evitar quaisquer perigos no local de pouso. A cerca de 3 metros de altitude, os motores são desligados e o módulo de pouso cai na superfície. O peso de pouso será de cerca de 210 kg, e o objetivo é descer a 100 metros na manta de material ejetado da cratera Shioli (cratera centrada em aproximadamente 13.322 S, 25.232 E) nas proximidades do Mar do Néctar, onde pesquisará a composição das rochas que podem ajudar os cientistas a descobrir as origens. da Lua. O local de pouso fica logo ao sul do Mar da Tranquilidade, onde a Apollo 11 pousou perto do equador lunar em 1969. Depois dos Estados Unidos, da antiga União Soviética e da China, a Índia tornou-se o quarto país a executar uma alunissagem controlada na Lua quando a sua missão Chandrayaan-3 desceu perto do pólo sul lunar. Anteriormente, o módulo lunar Hakuto-R da empresa japonesa Ispace colidiu com a Lua durante uma tentativa de pouso em abril.

Foguete-portador H-IIA

O foguete japonês de classe média H-IIA 202 foi criado por encomenda da Japan Aerospace Exploration Agency (JAXA) pela Mitsubishi Heavy Industries. É um lançador movido a hidrogênio e oxigênio líquidos com dois foguetes auxilares de propelente sólido (na versão 202, “2” de dois ‘boosters’) – capaz de lançar seis toneladas de carga útil em órbita. O primeiro vôo desse modelo geral (H-IIA) de foguete ocorreu em 29 de agosto de 2001. O custo de um lançamento é estimado em US $ 90 milhões. O transportador consiste em um primeiro estágio equipado com os dois ‘boosters’ e um motor principal, um segundo estágio que dá partida após o desligamento do primeiro e uma carenagem de cabeça que abriga o satélite. O comprimento total no momento do lançamento é de 53 metros e o peso total previsto é de 423 toneladas.

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Japão tenta hoje lançar nave para pousar na Lua

Foguete H-2A também levará observatório de raios X; decolagem será nesta noite

Resumo da campanha de lançamento

O lançamento do foguete transportador H II A-202 n° F47 com o primeiro módulo lunar do Japão, chamado SLIM, acontecerá na noite de 6 para 7 de setembro de 2023, segundo a Mitsubishi Heavy Industries. A bordo está também o XRISM (para astronomia de raios X). A decolagem será a partir do Centro Espacial Tanegashima hoje, dia 6 às 23:42:11 UTC (20:42:11 hora de Brasília). A empresa disse que está monitorando as condições climáticas na área do Centro Espacial Tanegashima, no sudoeste da província de Kagoshima, uma vez que o lançamento do foguete já foi adiado diversas vezes devido aos fortes ventos. A janela de lançamento fecha em 15 de setembro.

O aparelho SLIM, com 2,4 metros de altura e 200 kg de peso, foi projetado para estudar as crateras e a topografia da Lua por meio de tecnologias semelhantes às utilizadas em sistemas de reconhecimento facial. O alunissador também está equipado com uma câmera especial que pode medir a quantidade de ferro e outros elementos encontrados nas rochas da superfície lunar. O módulo japonês possui tecnologias que permitem fazer um pouso preciso em um determinado local da Lua com um erro não superior a 100 metros. Os dados obtidos pelo aparelho deverão ser utilizados, principalmente, no âmbito do programa lunar Artemis da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos EUA.

O Japão planejou originalmente enviar o módulo à Lua em maio, mas o prazo foi adiado devido ao lançamento malsucedido do novo foguete de classe pesada H3. Se a missão for bem-sucedida, o Japão se tornará o quinto país do mundo a pousar um alunissador no satélite natural da Terra. Anteriormente, a União Soviética, os EUA, a China e a Índia conseguiram isso.

Satálite astronômico XRISM

O observatório XRISM (X-ray Imaging and Spectroscopy Mission/ Missão de Imagem e Espectroscopia de Raios-X do Japão – pronuncia-se “crism”), dará uma visão sem precedentes de alguns dos lugares mais quentes do universo. O satélite, pesando 2.300 kg, será colocado numa órbita circular de 500 km, inclinada em 31 graus. Inicialmente conhecido como XARM ( X-ray Astronomy Recovery Mission ), é um observatório que substituirá parcialmente o Astro H ‘Hitomi’ perdido. O satélite detectará raios X de 400 a 12.000 elétron-volts. (Para efeito de comparação, a energia da luz visível é de 2 a 3 elétron-volts.) A carga útil consiste em dois instrumentos, instalados nos focos de montagens XMA (X-ray Mirror Assembly) projetadas e desenvolvidas no Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland. Cada um dos XMAs abriga centenas de conchas de alumínio concêntricas e de formato preciso, construídas em quadrantes e montadas em círculo. Ao todo, são mais de 3.200 segmentos de espelhos individuais nos dois conjuntos. Após o lançamento, o XRISM iniciará uma fase de calibração de meses, durante a qual o instrumento Resolve atingirá sua temperatura operacional.

O Resolve é um espectrômetro microcalorímetro de raios X suaves, desenvolvido em colaboração entre JAXA e NASA. Quando um raio X atinge o detector de 6 por 6 pixels, sua energia causa um pequeno aumento na temperatura. Ao medir a energia de cada raio X individual, o instrumento dá informações sobre a fonte, como sua composição, movimento e estado físico. Ele combina um conjunto leve de espelhos de raios X emparelhado com um espectrômetro de calorímetro de raios X e provê resolução de energia não dispersiva de 5-7 eV na passagem de banda de 0,3-12 keV com um campo de visão de cerca de 3 minutos de arco. “O instrumento Resolve nos permitirá observar a composição das fontes cósmicas de raios X em um grau que não era possível antes”, disse Richard Kelley, pesquisador principal do XRISM no Goddard Space Flight Center. “Prevemos muitos novos insights sobre os objetos mais quentes do universo, que incluem estrelas em explosão, buracos negros e galáxias alimentadas por eles, e aglomerados de galáxias.” O detector do instrumento é alguns centésimos de grau mais quente que isso. Para detectar essas pequenas mudanças de temperatura, deve operar apenas uma fração de grau acima do zero absoluto. Ele atinge esse estado em órbita após um processo de resfriamento mecânico de vários estágios dentro de um recipiente de hélio líquido do tamanho de uma geladeira. “O Resolve aproveita tecnologias desenvolvidas para missões anteriores de raios X, como Suzaku e Hitomi”, disse Lillian Reichenthal, gerente de projeto em Goddard. “Isso representa o culminar de anos de trabalho colaborativo entre a JAXA, a NASA e outros parceiros de todo o mundo.” O instrumento, uma colaboração entre a NASA e a JAXA, deve ser mantido tão frio porque funciona medindo o pequeno aumento de temperatura criado quando os raios X atingem o seu detector. Esta informação cria uma imagem de quão brilhante é a fonte em várias energias de raios X – o equivalente às cores da luz visível – e permite aos astronomos identificar elementos químicos através das suas impressões digitais, chamadas espectros. “Com os instrumentos atuais, só somos capazes de ver estas impressões digitais de uma forma comparativamente desfocada”, disse Brian Williams, cientista do projeto. “O Resolve proverá efetivamente à astrofísica de raios X um espectrômetro com uma lupa.”

Outro instrumento é o Xtend, um gerador de imagens de raios X suaves desenvolvido pela JAXA e universidades japonesas: um detector CCD que estende o campo do observatório para 38 minutos de arco na faixa de energia de 0,4-13 keV, usando um conjunto de espelho de raios X leve. Esta faixa dará aos astrofísicos novas informações sobre algumas das regiões mais quentes do universo , maiores estruturas e objetos com gravidade mais forte. O instrumento desenvolvido pela JAXA dará ao XRISM um dos maiores campos de visão de qualquer satélite de imagens de raios X já usado, observando uma área cerca de 60% maior que o tamanho médio aparente da Lua cheia. As imagens coletadas complementarão os dados coletados pelo Resolve. O Xtend realizará observações simultâneas com o Resolve, provendo informações complementares. Ambos os instrumentos contam com dois conjuntos de espelhos de raios X idênticos desenvolvidos em Goddard. O gerador de imagens é uma colaboração entre a JAXA e a NASA, com a participação da ESA (Agência Espacial Europeia). A contribuição da NASA inclui a participação científica da Agência Espacial Canadense.

Espaçonave acompanhante pousará na Lua

Acompanhando a espaçonave astronômica está o SLIM , ou Smart Lander for Ivestigating Moon, da JAXA. Este módulo de pouso de exploração em pequena escala foi projetado para demonstrar uma alunissagem “pontual” em um local específico dentro de 100 metros , em vez do alcance típico de quilômetros, contando com tecnologia de pouso de alta precisão. A precisão deu origem ao apelido da missão, Moon Sniper. O SLIM usará seu próprio sistema de propulsão para se dirigir à Lua.

A espaçonave é tem forma de cubo irregular com 2,4 metros de altura, 2,7 metros de largura e 1,7 metros de profundidade, com massa seca de 190 kg e massa totalmente carregada de 590 kg. O chassi é construído em torno do tanque de propelente como elemento estrutural. A energia é provida por células solares de película fina e baterias de íon de lítio. O SLIM carregará um radar de pouso para a descida final e uma câmera multibanda para exploração mineralógica da superfície, além de um pequeno conjunto de retrorrefletores a laser. O sistema de pouso usa uma base de espuma de alumínio esmagável para absorver o impacto. O sistema de propulsão compreende dois motores cerâmicos de 500 N para manobras em órbita e doze propulsores de 22 N para controle de atitude. Todos os motores e propulsores utilizam bipropelente hidrazina (N2H4)/tetróxido de nitrogênio (NTO – MON-3), armazenado em um tanque comum separado por uma antepara.

Perfil da Missão
O SLIM vai ser lançado como uma carga útil “rideshare” com o XRISM; chegará à órbita lunar cerca de três a quatro meses após o lançamento, orbitará a Lua por um mês entrará inicialmente em uma órbita de 600 x 15 km de altitude. Começará uma fase de descida propulsada para trazê-lo até 3,5 km de altitude e tentará um pouso suave . Usando a câmera de bordo, a posição da nave espacial em relação à superfície será determinada com precisão . Ao final desta fase, será iniciado um programa de detecção de obstáculos, para evitar quaisquer perigos no local de pouso. A cerca de 3 metros de altitude, os motores são desligados e o módulo de pouso cai na superfície. O peso de pouso será de cerca de 210 kg, e o objetivo é descer a 100 metros na manta de material ejetado da cratera Shioli (cratera centrada em aproximadamente 13.322 S, 25.232 E) nas proximidades do Mar do Néctar, onde pesquisará a composição das rochas que podem ajudar os cientistas a descobrir as origens. da Lua. O local de pouso fica logo ao sul do Mar da Tranquilidade, onde a Apollo 11 pousou perto do equador lunar em 1969. Depois dos Estados Unidos, da antiga União Soviética e da China, a Índia tornou-se o quarto país a executar uma alunissagem controlada na Lua quando a sua missão Chandrayaan-3 desceu perto do pólo sul lunar. Anteriormente, o módulo lunar Hakuto-R da empresa japonesa Ispace colidiu com a Lua durante uma tentativa de pouso em abril.

Foguete-portador H-IIA

O foguete japonês de classe média H-IIA 202 foi criado por encomenda da Japan Aerospace Exploration Agency (JAXA) pela Mitsubishi Heavy Industries. É um lançador movido a hidrogênio e oxigênio líquidos com dois foguetes auxilares de propelente sólido (na versão 202, “2” de dois ‘boosters’) – capaz de lançar seis toneladas de carga útil em órbita. O primeiro vôo desse modelo geral (H-IIA) de foguete ocorreu em 29 de agosto de 2001. O custo de um lançamento é estimado em US $ 90 milhões. O transportador consiste em um primeiro estágio equipado com os dois ‘boosters’ e um motor principal, um segundo estágio que dá partida após o desligamento do primeiro e uma carenagem de cabeça que abriga o satélite. O comprimento total no momento do lançamento é de 53 metros e o peso total previsto é de 423 toneladas.

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Empresa chinesa lança mais um Ceres-1, desta vez a partir do Mar Amarelo

Foguete decolou de plataforma e colocou quatro satélites em órbita

Ceres-1 GSX-1H n° Y1 decola de Jiuquan

Em 5 de setembro de 2023 às 17:34:45.887, horário de Pequim (09:34:46 UTC), foi feito o lançamento comercial do foguete ‘Gushenxing- 1H’ (GSX-1H No. Y1) com quatro satélites do grupo Tianqi – numa campanha de lançamento batizada “A Pequena Sereia“. O foguete de propelente sólido decolou de uma plataforma offshore no Mar Amarelo, perto da cidade de Haiyang, província de Shandong. Os satélites foram colocados com sucesso na órbita de altitude de cerca de 800 km. Este foi o primeiro lançamento marítimo de um foguete privado chinês – os foguetes até hoje lançados de Haiyan foram veículos lançadores da operadora estatal CASC com o Longa Marcha CZ-11 (quatro lançamentos em 2019-2022) e Smart Dragon SD-3 (um em 2022). O GSX-1 na versão marítima GSX-1H foi lançado a partir da barcaça Defu-15002, instalada no ponto 36,6312°N, 121,1976°E, a 5,6 km do cais do porto e a 2,7 km da ilha artificial de Lianli. Esta missão é o 9º voo do foguete transportador Ceres-1. Este também é o 40º lançamento chinês este ano.

O foguete GSX-1, desenvolvido pela Beijing Xinghe Dongli, Beijing Guodian High-Tech Technology Company (北京国电高科科技有限公司 (“Energia Galática”) Empresa de Ciência e Tecnologia de Mísseis, é um veículo de propelente sólido com diâmetro de 1,4 metro e comprimento de cerca de 20 m e peso de lançamento de 33 toneladas, capaz de lançar uma carga útil de 300 kg em órbita sincronizada com o sol a uma altitude de 500 km. O primeiro estágio é equipado com motor foguete sólido com empuxo de 560 kN, o segundo com 315 kN e o terceiro com 150 kN. A quarta etapa é de propulsão líquida com empuxo de 2,5 kN. A carga útil é colocada sob uma carenagem com diâmetro de 1,6 metros. Todos os nove lançamentos deste foguete – oito de Jiuquan e o nono de uma barcaça no Mar Amarelo – foram bem-sucedidos.

A trajetória de voo foi definida por avisos de fechamento de áreas perigosas emitidos em 31 de agosto (no Mar Amarelo, a 85 km do ponto de lançamento), 24 de agosto (no Mar da China Oriental entre Kyushu e Taiwan) e 1º de setembro (ao sul das Ilhas Salomão).). O próprio fato do lançamento foi anunciado com antecedência na mídia chinesa no dia 22 de agosto.

Comparado ao lançamento terrestre, o lançamento marítimo é uma nova forma de ser mais flexível, mais adaptável e mais economico. Além disso, a localização flexível das áreas de lançamento e pouso permite garantir a queda de estágios de foguetes gastos e outros detritos no mar, e não em terra perto de áreas povoadas. Estas vantagens alegadamente dão à Galatic Energy a confiança necessária para aumentar a frequência de lançamentos offshore no futuro.

Satélites Tianqi

Satélites Tianqi

Os satélites foram colocados nas seguintes órbitas
Tianqi-21, inclinada em 49,97°, perigeu de 786,8 apogeu de 802.3 e com período de 100,76 minutos
Tianqi-22, inclinada em 49,97°, perigeu de 785,6 apogeu de 802.3 e com período de 100,75 minutos
Tianqi-23, inclinada em 49,97°, perigeu de 785,1 apogeu de 802.2 e com período de 100,74 minutos
Tianqi-24, inclinada em 49,97°, perigeu de 784,7 apogeu de 802,5 e com período de 100,74 minutos
Enquanto o último estágio ficou em 49,93°, perigeu de 162,7 apogeu de 830,5 e com período de 94,55 minutos.

O desenvolvedor dos satélites não foi identificado; talvez seja a Shanghai ASES Space Science and Technology Company (上海埃依斯航天科技有限公司, Shanghai ASES Space Technology Co. Ltd.), que fabricou quase todos os dispositivos anteriores da família Tianqi.

O nome ‘Tianqi’ (天启) se traduz como “orientação celestial”, mas os tradutores online gostam de traduzi-lo como “apocalipse“. O nome do agrupamento consiste em quatro carateres 天启星座 (tianqi xingzuo), e o nome de um satélite individual é obtido adicionando um número e o ideograma “xin” (“satélite“). Assim, os quatro satélites lançados têm nomes oficiais de 天启星座21星 a 天启星座24星. A numeração não é serial nem contínua – a partir de 2018, os satélites Tianqi foram lançados em uma sequência não serial. Foram 17 no total – com números de 1 a 3, 4A e 4B, de 5 a 15 e 19 e não se sabe se as lacunas na série numérica serão preenchidas.

Os satélites são lançados como parte de uma constelação orbital privada da Internet das Coisas e têm como objetivo receber e retransmitir mensagens sobre a posição e o status dos terminais terrestres. De acordo com os resultados da primeira fase de implantação do sistema, essas mensagens chegam com um atraso de cerca de 1,5 horas, o que atende às necessidades da maioria dos consumidores.

O satélite Tianqi-19 foi anunciado como o primeiro aparelho da segunda fase de implantação do sistema Tianqi, que, segundo o projeto, deverá incluir 38 espaçonaves. Os aparelhos de 2023 são externamente semelhantes a ele, embora a colocação das antenas da banda VHF na superfície nadir tenha algumas diferenças. A sua massa, com base na capacidade de carga do transportador, não excede 50 kg. O lançamento de quatro satélites ao mesmo tempo parece uma aplicação para o início da implantação real desta segunda fase, especialmente considerando que todos os anteriores foram lançados em órbitas diferentes – sincronizadas com o sol (a maioria) ou com uma inclinação de 35° e 45°. Obviamente, agora a inclinação principal utilizada será de 50°. Conforme afirmado, a implantação do agrupamento será concluída no atual 2023.

Os objetivos da segunda fase são aumentar ainda mais a velocidade de entrega de mensagens mais próxima do tempo real e melhorar a cobertura em latitudes médias e altas. Os novos dispositivos são equipados com um complexo de retransmissõres integrado que dobra a largura de banda do canal de transmissão (até 3,5 kbit/s) e aumenta em cinco vezes a capacidade do sistema como um todo.

Para trabalhar com esses satélites de segunda geração, foram criados terminais terrestres com potência irradiada de 0,1 W. O tamanho da placa principal do dispositivo é 46×36 mm e o custo não excede várias centenas de yuans (cerca de US$ 100). Terminais pessoais também foram desenvolvidos para transmitir sinais de socorro e organizar operações de busca e salvamento.

Duas das quatro espaçonaves recém-lançadas têm nomes de “patrocinadores” adicionais. O ‘Tianqi-2’ tem o segundo nome ‘Hefei gaoxin-1’ (合肥高新一号), pois de acordo com o acordo assinado em 24 de abril de 2023, o segundo centro técnico do sistema está sendo criado na cidade de Hefei a um custo de 3 bilhões de yuans. O exemplar Tianqi-22 recebeu o nome ainda mais complexo de Zhongguo Minquan Shuangyong (中国民权双拥号) em homenagem ao condado de Minquan, cidade de Shangqiu, província de Henan. Uma base de produção de IoT e um subcentro provincial de serviços de navegação BeiDou estão sendo construídos lá.

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Astronautas da Crew-6 retornam

Amerrissagem na costa da Flórida encerra missão de 186 dias

Nave amerrissou na costa da Flórida

Hoje 4 de setembro de 2023, às 04h17:23 UTC, a espaçonave tripulada Crew Dragon C206 com a tripulação da missão Crew-6 pousou na costa da Flórida. A cápsula pousou de paraquedas no odeano Atlântico, próximo a Jacksonville Os astronautas Stephen Bowen, Woody Hoburg, Andrei Fedyaev e Sultan al-Neyadi trabalharam na estação espacial internacional ISS desde março passado. Agora os tripulantes terão que passar pela fase de reabilitação pós-voo. Andrey Fedyaev se tornou o 22º cosmonauta russo a voar em uma espaçonave americana, incluindo o segundo numa Crew Dragon.

Enquanto isso, a tripulação da 69ª expedição de longa duração da ISS, composta pelos cosmonautas da Roskosmos Sergey Prokopiev, Dmitry Petelin e Konstantin Borisov, os astronautas da NASA Franco Rubio e Jasmin Mogbeli, o astronauta da ESA Andreas Mogensen e o astronauta da JAXA Satoshi Furukawa, continuam o seu voo.

Equipes de resgata prendem cabos de içamento na cápsula

A Crew Dragon havia decolado em março e no dia seguinte acoplou-se automaticamente na estação orbital. A cápsula C206, de 9.616 kg, foi recuperada no oceano pelo navio de apoio Shannon, de propriedade da SpaceX.

Cápsula sendo içada para o convés do navio de resgate

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SpaceX lançou o ‘Grupo 6-12’

Mais 21 satélites foram colocados na “concha seis”

Foguete decolou do Complexo de Lançamento Espacial 39A na Flórida

A SpaceX lançou na madrugada de 4 de setembro de 2023 às 02:41 UTC o foguete-portador Falcon9 v1.2 FT Block 5 n° B1073.10 com vinte e um satélites Starlink V2 Mini do Grupo 6-12 para a órbita terrestre a partir do Complexo de Lançamento 39A no Kennedy Space Center na Flórida. Os satélites foram colocados em uma órbita inicial de 283 x 292 km inclinada a 43º e que foi corrigida minutos depois pela segunda ignição do motor Merlin 1D Plus Vac do segundo estágio. Depois seriam transferidos para a órbita alvo circular de 560 km, igualmente inclinada em 43°. Foi o 105º lançamento de satélites de Internet desde maio de 2019 no âmbito do projeto Starlink e o 36º desde o início deste ano. A SpaceX colocou mais de 5.000 desses aparelhos em órbita, e alguns deles falharam ou reentraram na atmosfera – mas quase cinco mil dispositivos permanecem em órbita em condições de funcionamento.

Este foi o 10º voo do primeiro estágio ‘core’ B1073. Após a separação, esse estágio pousou no balsa-drone MARMAC 303 Just Read The Instructions, que estava estacionada no Oceano Atlântico a 618 km de distância, rebocada pelo navio de apoio Bob; Este navio foi responsavel pela recuperação das conchas da carenagem de cabeça no oceano a 672 km da costa. O segundo estágio reentrou sobre o Oceano Índico.

Este grupo G6-12 incluiu satélites miniaturizados Starlink v2 do chassi F9-2, versões de 64% dos modelos V2 projetados a serem lançados na nave reutilizável Starship que a empresa desenvolve e poderá ser testada em voo amanhã. Foram adaptados para serem acondicionados na carenagem de cabeça do Falcon 9 e são mencionados como “Starlink V2 Mini”; a massa de cada um é de 785 kg, levando a um total de cerca de 16.485 kg.

Resumo da campanha de lançamento

Os Starlink V2 otimizados para a Starship pesam cerca de 1.250 kg e medindo aproximadamente 6,5 por 2,7 metros . De acordo com o registro da FCC de outubro de 2022, os V2 Mini são bem maiores que os Starlink V1.5 atuais, pesando até 800 kg e medindo 4,1 por 2,7 metros. A SpaceX diz que o Starlink V2 Mini tem um par de painéis solares com um total de 116 metros quadrados. Assumindo que os V2 Mini são aproximadamente tão eficientes em termos de eletricidade quanto os V1.5 e usam paineis solares igualmente eficientes, isso indica que o aparelho poderia oferecer cerca de três a quatro vezes mais largura de banda utilizável.

Mais de quatro mil satélites Starlink estão atualmente em órbita e funcionando, cerca de metade da rede planejada de primeira geração de 4.408 unidades. Os satélites serão distribuídos em cinco “conchas” orbitais diferentes em diferentes altitudes e inclinações, das quais a empresa pretende lançar até 42 mil unidades. A rede transmite sinais de internet de alta velocidade e baixa latência em todo o mundo, alcançando consumidores, comunidades carentes e outros usuários em potencial, como os militares dos EUA. A SpaceX diz que a rede já está disponível em 32 países.

Cronograma de lançamento

Perfil de decolagem e aterrissagem na balsa-drone ASOG no oceano Atlântico

hh:min:ss: Evento

00:38:00 Diretor de Lançamento da SpaceX aprova o abastecimento
00:35:00 Começa o abastecimento do RP-1
00:35:00 Abastecimento de oxigênio líquido do 1º estágio começa
00:16:00 Abastecimento de LOX de 2º estágio começa
00:07:00 Falcon 9 começa a resfriar os motores antes do lançamento (chilldown)
00:01:00 Comando do computador para decolagem nas verificações finais de pré-lançamento
00:01:00 A pressurização para a pressão de vôo começa
00:00:45 Diretor de Lançamento da SpaceX verifica o lançamento
00:00:03 O controlador comanda a sequência de ignição dos motores para decolagem
00:00:00 Falcon 9 decola

Lançamento, aterrissagem e liberação da carga útil
Todos os tempos aproximados

hh:min:ss: Evento

00:01:12 Max Q (Momento de máximo de estresse no foguete)
00:02:26 Corte dos motores principais do 1° estágio (MECO)
00:02:29 1° e 2° estágios separados
00:02:35 Ignição dos motores do 2º estágio (SES-1)
00:03:07 Liberação de carenagem
00:06:09 A queima de reentrada do 1º estágio começa
00:06:31 Fim da queima de reentrada do 1º estágio
00:08:04 Começa a queima de aterrissagem do 1º estágio
00:08:25 aterrissagem do 1° estágio
00:08:39 1° Corte dos motores de 2º estágio (SECO-1)
00:54:07 2ª Ignição do motor do 2º estágio (SES-2)
00:54:10 2º Corte do motor de 2º estágio (SECO-2)
01:05:17 Liberação dos satélites Starlink às 03:52:39.780 UTC

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SpaceX lança satélites militares americanos

Treze espaçonaves ‘Tranche Zero B’ decolaram de Vandenberg

Foguete B1063 fez seu 13 voo

A SpaceX lançou no sábado dia 1° de setembro de 2023, do foguete Falcon9 v1.2 FT Block 5 n° B1063.13 transportando treze satélites da Tranche 0-B (zero-B, SDA 0-B ou SDA2). O foguete de 570 toneladas decolou às  07:26 PT (14:26 UTC, 11:26 Brasília) a partir do Complexo de Lançamento Espacial 4E (SLC-4E) na Base da Força Espacial de Vandenberg na Califórnia.

O azimute de lançamento foi de cerca de 169 graus; o segundo estágio colocou os satélites numa órbita de 941 x 952 km, com inclinação de 81.00°. Após a separação, o ‘core’ B1063.13 pousou na Zona de Pouso 4 (LZ-4) na mesma Base de Vandenberg. Já o segundo estágio reentrou na área ao sul da Cidade do Cabo. A posição de recuperação das conchas da carenagem foi estimada a 349 km da costa pelo navio NRC Quest. O primeiro estágio do Falcon 9 lançou anteriormente os satélites Sentinel-6 Michael Freilich, a sonda de impacto DART, o grupo Transporter-7, um lote de Iridium OneWeb e oito lotes de Starlinks.

Live do lançamento no Canal do Homem do Espaço
Satéllites sendo fechado na carenagem de cabeça

Os veículos espaciais lançados nesta missão servirão como parte da Arquitetura Espacial Proliferated Warfighter da SDA [*] (Space Defense Agency), uma rede em camadas em órbita baixa e elementos de apoio que oferecerão comunicação militar global e capacidades de alerta, indicação e rastreamento de mísseis. O grupo de aparelhos inclui um satélite de ‘transporte’ construído pela York Space Systems, dez de transporte da Lockheed Martin-Tyvak Space systems e dois de ‘rastreamento’ com base no chassi Starshield pela SpaceX em colaboração com a Leidos. O apoio terrestre da Tranche 0 é feito pelo Laboratório de Pesquisa Naval dos Estados Unidos.

A Space Architecture Tranche 0 consiste em um total de vinte e oito satélites conectados opticamente:

  • Transporte: 20 espaçonaves, que formam a ‘rede mesh’ de comunicações por satélite. Esses satélites são orbitados em duas configurações:
  • Grupo A (SVA): 14 satélites de entroncamentos mesh equipados com dois terminais de comunicações ópticas (OCTs) cada e capacidade de recepção/transmissão de radiofrequência (RF).
  • Grupo B (SVB): 6 satélites, com configuração SVA, mais capacidade de recepção/transmissão de link de dados tático (TDL).
  • Rastreamento: 8 satélites equipados com carga útil do sensor de amplo campo de visão (WFOV) e dois OCTs cada.
  • Os veículos espaciais estão distribuídos em dois planos orbitais com inclinação de 80° e altitude de 1.000 km.
Perfil de decolagem e aterrissagem na balsa-drone OCISLY no oceano Pacífico

O plano da Space Development Agency

O plano é que uma frota de espaçonaves, cada uma menor (com 150 kg) e mais barata do que os satélites de alerta de mísseis existentes, melhorará a capacidade do Pentágono de detectar e rastrear ameaças emergentes, como ataques de mísseis hipersônicos, e então oferecer os dados de rastreamento diretamente ao solo, ar ou forças navais militares. usando redes de rádio táticas existentes. As forças dos EUA e aliadas esperam poder derrubar o mísseis inimigos – um aspecto em que os americanos estão atrás dos russos, que tem como vedete o míssil hipersônico Kh-47M Kinzhal. Serão de satélites da classe Transporte e quatro da classe de Rastreamento.

Combinando links de rádio táticos convencionais, comunicações entre satélites a laser e sensores infravermelhos de visão ampla, centenas de espaçonaves SDA podem ser lançadas no final da década, à medida que o Pentágono intensifica os esforços para combater as “novas ameaças” da China e da Rússia. Justamente os primeiros dez protótipos – oito espaçonaves de retransmissão e duas plataformas de rastreamento de mísseis – serão lançadas neste voo.

Os satélites produzidos pela Lockheed-Martin

O sistema “warfighter immersion tranche 0”, trincheira de imersão do combatente – zero, demonstrará a viabilidade de “uma arquitetura proliferada em custo, cronograma e escalabilidade para o desempenho necessário para alvejar além da linha de visão e detecção e rastreamento avançados de mísseis.” O programa prevê vinte e oito satélites (SVs, para Space Vehicles) do Tranche 0 – vinte na Camada de Transporte “Transport Layer” e oito da Camada de Rastreamento “Tracking Layer” em dois lançamentos, sendo o primeiro este de março e o outro em junho de 2023 a um custo de aproximadamente US$ 15 milhões por espaçonave.

O Tranche 0 consiste em um total de 28 satélites conectados opticamente: os de “Transporte” são 20, formando a malha da rede de comunicações via satélite. Essas espaçonaves são implantadas em duas configurações: o Grupo A (SVA): 14 unidades numa malha equipados com dois terminais de comunicação óptica (optical communications terminals, OCTs) cada e frequência de rádio com capacidade de recepção e transmissão. O Grupo B (SVB) consiste em seis espaçonaves, com configuração SVA, com uma capacidade de recepção/transmissão de link de dados tático (tactical data link, TDL). Na função de “Rastreamento”, oito espaçonaves equipadas com sensores infravermelhos de amplo campo de visão (wide field of view, WFOV) e dois OCTs cada. Os veículos serão sempre distribuídos em dois planos orbitais com a inclinação de 80° na órbita circular de 950 km. Espera-se que esta constelação SDA opere na banda Ka, tenha cobertura estéreo e seja ‘dinamicamente conectada em rede’ para transferências mais simples, maior largura de banda e tolerância a falhas. Inicialmente, espera-se que a constelação Tranche 0 tenha uma capacidade de rede limitada. Melhorias futuras (da Tranche 1 em diante) aumentarão significativamente o roteamento de dados em uma rede maior de satélites. A constelação também terá a capacidade de se integrar com o Link-16 e o Sistema Integrado de Transmissão (IBS). A integração do Link-16 e do IBS na Camada de Transporte modernizará os recursos atuais para melhor atender às necessidades dos combatentes em alertas de ameaças em todo o mundo e informações de consciência situacional em toda a gama de operações militares.

Segundo os planos, a SDA transportará o “produto mínimo viável” (sistema operacional mínimo) para a Tranche zero até o verão (no hemisfério norte) deste ano, com a função de demonstrar os recursos de transporte de dados de baixa latência para alerta e rastreamento de mísseis e permitindo ás tropas integrar as capacidades do PWSA em seu planejamento para futuros exercícios e operações (“imersão do combatente”). As oportunidades de imersão de combatentes ocorrerão antes do lançamento da Tranche 1 no final de 2024.

Primeiro estágio B1063.13 pousou em terra, na LZ-4

A Camada de Transporte da SDA está explorando áreas técnicas, incluindo: Controle otimizado de técnicas de modulação (incluindo operações de banda larga ou banda estreita), tecnologias simultâneas de transmissão e recepção, funções de segurança de comunicações (por exemplo, salto de frequência), formas de onda exclusivas de última geração, implementação espacial de links de dados táticos, redes dinâmicas automatizadas e técnicas de roteamento, sistemas criptográficos comerciais, tecnologias Blockchain, e antenas tipo ‘Phased Array’ multibanda.

[*] – A Space Development Agency (SDA, ou Agência de Desenvolvimento Espacial ) dos EUA, cujo mote é SEMPER CITIUS, é um órgão do Departamento de Defesa para a aquisição espacial, oferece rapidamente recursos baseados no espaço (como espaçonaves) para o os destacamentos militares para apoiar missões terrestres por meio do desenvolvimento, campo e operação da “Arquitetura Espacial Proliferada de Combatentes”. A SDA capitaliza em um modelo de negócios para velocidade redução os custos, aproveitando o desenvolvimento comercial para aumentar a resiliência. A SDA transporta produtos viáveis mínimos – no prazo, a cada dois anos – empregando métodos de desenvolvimento em espiral, adicionando recursos às gerações futuras à medida que as ‘ameaças’ ao imperialismo americano evoluem.

Cronograma de lançamento

hh min ss Evento

00:38:00 O Diretor de Lançamento da SpaceX verifica abastecimento de propelente
00:35:00 Começa o abastecimento do RP-1
00:35:00 Início do abastecimento de oxigênio líquido do 1º estágio
00:16:00 O abastecimento do LOX do 2º estágio começa
00:07:00 Começa a resfriar o motor antes do lançamento
00:01:00 Comando do computador de voo para verificações finais
00:01:00 A pressurização dos tanques para pressão de vôo começa
00:00:45 Diretor de Lançamento da SpaceX verifica o lançamento
00:00:03 O controlador do motor comanda a sequência de ignição
00:00:00 Decolagem do Falcon 9

Resumo do lançamento

Lançamento e aterrissagem do ‘core’ de primeiro estágio

hh:min:ss Evento
00:01:12 Max Q (momento de estresse máximo no foguete)
00:02:18 Desligamento do motor principal do 1º estágio (MECO)
00:02:21 1° e 2° estágios separados (estagiamento)
00:02:29 Ignição do motor do 2º estágio (SES-1)
00:02:35 Ignição de boostback
00:03:06 Liberação de carenagem
00:03:29 Fim da ignição de boostback
00:06:02 Início da ignição de reentrada do 1º estágio
00:06:19 Queima de reentrada concluída
00:07:15 Ignição de pouso do 1° estágio
00:07:31 Pouso do ‘1°’core’ de primeiro estágio

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SpaceX lança lote G6-13 de Starlinks

Foguete B1077.7 decolou de Cabo Canaveral com 22 satélites

O foguete Falcon 9 v1.2 FT BL5 s/n B1077.7 decola de Cabo Canaveral

A SpaceX lançou na noite de quinta para sexta-feira, 31 de agosto a 1° de setembro de 2023 às 02:21 UTC o foguete Falcon 9 v1.2 FT BL5 n° B1077.7 transportando vinte e dois satélites Starlink v2 Mini para a órbita terrestre baixa a partir do Complexo de Lançamento Espacial 40 (SLC-40) na Estação da Força Espacial do Cabo Canaveral na Flórida. Este foi o sétimo vôo do ‘‘booster’’ de primeiro estágio, que anteriormente lançou as espaçonaves Crew-5, GPS III Space Vehicle 06, Inmarsat I6-F2, CRS-28, Intelsat G-37 e um outro lote de Starlink. Após a separação (estagiamento), este primeiro estágio pousou na balsa-drone Marmac 302 A Shortfall of Gravitas , que estava estacionada no Oceano Atlântico junto ao reboque Crosby Skipper a 618km distante do Cabo. As conchas da carenagem de cabeça foram recuperadas de paraquedas no mar, a 672 km da costa, pelo navio de apoio Doug . Este foi o 60º lançamento da família Falcon 9 este ano e o 251º voo F9 padrão em geral; o ‘booster’ B1077 fez seu 7º vôo; a recuperação bem-sucedida na balsa foi a 174ª da SpaceX e a 22ª no geral.

Fase inicial de voo até a colocação do lote na órbita-alvo preliminar

Os 22 satélites, liberados às 00:57:41.360 UTC em uma órbita inicial de 232 x 336 km, inclinada em 43,22º, aumentaram o total orbitado até o momento para 5.027 unidades; com o lançamento desta noite, 4.630 Starlinks já são considerados funcionais (sem contar os de hoje) ; a órbita final da “concha” (shell) nº 6 deste lote de repetidores de internet será circular, a 540 km de altitude.

CONTAGEM REGRESSIVA
Todos os tempos aproximados
hh: min: ss

00:38:00 Diretor de Lançamento da SpaceX verifica o abastecimento de propelente
00:35:00 Começa o abastecimento do RP-1 (querosene)
00:35:00 Início do abastecimento de LOX (oxigênio líquido) do 1º estágio
00:16:00 O abastecimento do LOX do 2º estágio é regulada
00:07:00 Falcon 9 inicia o resfriamento dos motores (chilldown)
00:01:00 Computador de voo emite comando para decolagem
00:01:00 A pressurização dos tanques para a pressão de vôo é regulada
00:00:45 Diretor de Lançamento da SpaceX aprova o lançamento
00:00:03 O controlador dos motores comanda a sequência de ignição
00:00:00 Decolagem do Falcon 9

LANÇAMENTO, ATERRISSAGEM E LIBERAÇÃO DA CARGA ÚTIL
Todos os tempos aproximados
hh: min: ss

00:01:12 Max Q (momento de máximo estresse mecânico no foguete)
00:02:25 Desligamento dos motores principal do 1º estágio (MECO)
00:02:29 1° e 2° estágios separados
00:02:35 Ignição dos motores do 2º estágio (SES-1)
00:03:03 Liberação de carenagem
00:06:08 Começa a ignição de reentrada do 1º estágio
00:06:31 A ignição de reentrada termina
00:08:04 Começa a ignição de pouso do primeiro estágio
00:08:26 Pouso do primeiro estágio
00:08:39 Desligamento dos motores do 2º estágio (SECO-1)
00:54:04 Segunda ignição dos motores do 2º estágio (SES-2)
00:54:05 Segundo corte do motor do 2º estágio (SECO-2)
01:05:13 Liberação dos satélites Starlink em bloco

Resumo do lançamento

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China lança três satélites de sensoriamento remoto

Os YaoGan 39 01 A, B e C têm função mista

Longa Marcha CZ-2D n° Y82 decola de Xichang

A China lançou na quinta-feira, 23 de agosto de 2023, um foguete transportador Longa Marcha-2D n° Y82 a fim de colocar um grupo de três satélites de sensoriamento remoto em órbita terrestre. Os três aparelhos Yaogan-39 01 (YG39 unidades A, B e C) foram lançados às 15h36 horário de Pequim (07:36 UTC) do Centro de Lançamento de Satélites de Xichang (plataforma LC 3), na província de Sichuan, no sudoeste, e entraram na órbita planejada. O lançamento foi o 546º para foguetes chineses de todos os tipos, o 485º para os da família Longa Marcha e o 193º para os misseis fabricados em Shangai; e para o modelo CZ-2D, foi o 79º lançamento.

Os satélites, de observação terrestre para fins duplos (civil e militar) foram colocados em órbitas com parâmetros semelhantes (492km x 503km, com período de 94.56 minutos e inclinada em 35.00 graus; 491km x 502km, 94.55 minutos e 34.99 graus; 490km x 502km, períodp de 94.53 min e inclinada em 34.99. Já o último estágio do foguete entrou em órbita de 491 km x 503 km;94.55 minutos de período e inclinada em 34.90 graus. Os YG39 deste lote foram colocados no no mesmo plano orbital dos satélites Yaogan 35-02 e Yaogan 36-02

Com base na experiência de lançamentos semelhantes até outubro de 2022, pode-se assumir que o nome oficial completo das espaçonaves deveria ser “Yaogan-39, 01º grupo” (遥感三十九号01组卫星, Yaogan 39 hao 01 weixing ). Assim, como o lançamento pode ser abreviado como YG-39 01, as espaçonaves individuais podem ser numeradas 1A, 1B e 1C. As características classificatórias comuns destes satélites são o espaçoporto, o tipo de foguete, a órbita inicial com inclinação de 35° e altitude de cerca de 500 km, e o fato de serem lançados em trios. Dos onze lançamentos ocorridos, em alguns casos, por razões desconhecidas, foi anunciado oficialmente apenas uma espaçonave, embora na realidade três objetos aparecessem em órbita. Depois de várias semanas, dois deles se alinharam ao longo da órbita a uma distância de 15 a 20° um do outro, e o terceiro, usando um motor de baixo empuxo, tentou ficar próximo à traseira da espaçonave do par principal. O objetivo mais provável de um grupo com tal organização é o reconhecimento de rádio multiposição de objetos terrestres e marítimos, embora a presença de equipamento adicional de vigilância óptica em satélites não possa ser descartada.

Os primeiros cinco grupos de três satélites cada foram lançados de novembro de 2021 a setembro de 2022 sob os nomes “Yaogan-35” e foram colocados em cinco planos orbitais espaçados de 72° ao longo da longitude do nó ascendente. Mais cinco grupos foram lançados de setembro de 2022 a julho de 2023 sob os nomes “Yaogan-36” nos mesmos planos, de forma que cada grupo continha dois trios de satélites. E assim, em 31 de agosto de 2023, teve início a terceira etapa, para a qual foi escolhido o nome “Yaogan-39”; o primeiro dos cinco lançamentos esperados foi feito para o 4º plano do sistema. Acredita-se que, após a sua conclusão, cada um dos cinco planos conterá três trios de espaçonaves separadas em 120° ao longo de uma órbita, com altitude de 496,5 km.

A se repetir a prática dos lançamentos anteriores, os satélites A e B foram construídos pela CAST de Pequim e o satélite C foi montado pela SAST de Shangai. Oficialmente, os Yaogan “são usados ​​principalmente para experimentos científicos, censo de terras e recursos, estimativa de produção agrícola e prevenção e mitigação de desastres”. O 509º Instituto da Oitava Academia desenvolveram a carga útil.

Foguete ‘medalha de ouro’

O Longa Marcha 2 é o foguete “medalha de ouro” da China. Foi desenvolvido pela Oitava Academia da Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial – desenhado em 1990 e voando pela primeira vez em 9 de agosto de 1992, de modo que o modelo completa 30 anos de serviço. Segundo a mídia chinesa, com uma taxa de sucesso “extremamente alta”, índice de confiabilidade de 0,97 e é citado como o melhor de sua classe no mundo. Tem um empuxo de decolagem de 300 toneladas e uma capacidade de carga de 1,2 toneladas correspondente a uma órbita circular síncrona solar de 700 quilômetros; Os chineses o descrevem como de “alta confiabilidade, alta segurança, baixo custo e ciclo curto de preparação”. Ele pode ser combinado com um estágio superior para lançar “redes interorbitais multissatélite”, deste modo melhorando bastante sua capacidade de carga acima da altitude de 1.000 quilômetros.

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