A Rocket Lab tem janela de lançamento de seu foguete Electron com um satélite StriX-β (beta) da empresa japonesa de sensoriamento por imagem óptica Synspective. O veículo lançador decolará do Complexo de Lançamento 1 na Nova Zelândia. Originalmente programado para ser lançado após a próxima missão para outro cliente, a Rocket Lab trouxe a Synspective adiante no manifesto para acomodar mudanças nos cronogramas dos clientes. A janela de lançamento abre às 20:37 UTC (17:37 Brasilia) por 5 minutos e se repetirá por duas semanas.
O satélite deverá ser colocado em órbita circular de 561 km sincronizada com o Sol.
‘The Owl’s Night Continues’ é a segunda de três missões dedicadas à Synspective, com duas programadas para lançamento em 2022 e uma terceira em 2023. Cada missão lançará um único satélite StriX, aumentando a constelação de radar de abertura sintética (SAR) da Synspective desenvolvida para fornecer imagens que podem detectar mudanças de nível milimétrico na superfície da Terra a partir do espaço, independentemente das condições climáticas e a qualquer hora do dia.
A missão ‘The Owl’s Night Continues’ segue o primeiro lançamento do Rocket Lab para Synspective em dezembro de 2020. Essa missão, chamada ‘The Owl’s Night Begins’, lançou o satélite StriX-α (‘alfa’) – a primeira espaçonave planejada pela Synspective constelação de mais de 30 satélites SAR projetados para coletar dados de centros metropolitanos diariamente para apoiar o planejamento do desenvolvimento urbano, monitoramento de construção e infraestrutura e resposta a desastres. O fundador e CEO da Rocket Lab, Peter Beck, disse que a capacidade de antecipar uma missão e ajustar cronogramas em curto prazo para atender às necessidades dos clientes é “uma capacidade rara que só é possível pela operação de um local de lançamento privado”.
Plataformas no LC-1
Seção de cabeça do foguete
“Projetamos a Electron e nossos complexos de lançamento para oferecer aos operadores de satélite um alto nível de flexibilidade, permitindo que clientes lancem em seu cronograma. Com uma linha de produção de foguetes prontos para voo e várias plataformas de lançamento, podemos executar campanhas simultâneas garantindo se um cliente individual precisar acelerar ou atrasar missões, podemos embaralhar de acordo e manter nosso manifesto geral dentro do cronograma. Estamos muito satisfeitos em atender aos requisitos de lançamento da Synspective e mais uma vez dar a eles acesso personalizado à órbita.”
“A Pad (plataforma) B se junta á Pad A no Launch Complex 1, o primeiro local de lançamento orbital privado do mundo. Juntamente com nossa terceira plataforma de lançamento na Virgínia, os locais de lançamento do Rocket Lab podem oferecer suporte a até 132 oportunidades de lançamento todos os anos.”
O launch complex (complexo de lançamento ) LC1 incorpora agora a plataforma “B” que compartilha infraestrutura da “A”, incluindo prédio de montagem de foguete, três salas limpas para integração e serviço de satélite, controle de área de trajetória e escritórios. “Com toda essa infraestrutura já instalada, simplesmente adicionamos mais uma plataforma para dobrar a capacidade de lançamento da LC-1.” – diz a empresa.
“O conflito na Terra não interferirá muito nas relações espaciais” ( ? )
A bordo da ISS, os dois países dependem-se mutuamente
“Acho que a Estação Espacial Internacional poderá operar em órbita até 2028, não mais. No entanto, repito, tomaremos uma decisão sobre a vida operacional do segmento russo com base principalmente em limitações técnicas”, disse Dmitri Rogozin em entrevista à revista Russkiy Kosmos. Os foguetes transportadores Soyuz-2 podem não ser mais lançados do Cosmódromo de Baikonur após a conclusão da operação da Estação Espacial Internacional.
Segundo o chefe da Roskosmos, a princípio, a ISS e a planejada Estação de Serviço Orbital Russa ROSS dificilmente serão usadas em paralelo. “Devido a restrições financeiras, não podemos manter simultaneamente o projeto da ISS e a construção de uma nova estação.
Os tripulantes a bordo da ISS estão “em grande parte isolados” das tensões devido ao conflito armado na Ucrânia. O ex-chefe do Conselho Nacional do Espaço, Scott Pace, disse que os Estados Unidos e a Rússia são mutuamente dependentes no espaço. Ele acrescentou que “boas relações de trabalho em nível técnico” tornam improvável que o conflito interfira nas relações espaciais. Atualmente, existem astronautas americanos, cosmonautas russos e um astronauta europeu na estação espacial.
Transportadores russos de mísseis em marcha
“Eles [os russos] não podem trabalhar sem nós, e não podemos trabalhar sem eles, então é realmente uma parceria internacional”, disse Pace, diretor do Space Policy Institute da George Washington University. O ex-funcionário do Conselho Espacial observou que a estação “existe no contexto mais amplo de relações EUA-Rússia”. “No entanto, dada a nossa dependência mútua e a boa relação de trabalho que temos em nível técnico, não vejo nada que possa acontecer com a estação tão cedo, apesar dos eventos na Terra”, disse.
“Você pode imaginar uma ruptura com a Rússia que colocaria em risco a estação espacial, mas isso estaria no nível de romper os laços diplomáticos”, acrescentou. “Isso seria um último recurso, então não acho que acontecerá a menos que haja um confronto militar mais amplo.” Preocupações foram expressas no Congresso dos EUA sobre o impacto do conflito sobre a Ucrânia na ISS. Os legisladores isentaram especificamente a cooperação espacial de sanções anteriores, e pode-se esperar que apresentem argumentos semelhantes contra o ataque à medida que o governo pondera seus próximos passos em relação à crise na Ucrânia.
A ISS é uma parceria internacional de 15 países, incluindo Canadá, vários países da Europa, Japão, Rússia e Estados Unidos. Lançada em 1998, tornou-se um complexo quase do tamanho de um campo de futebol, com 13 quilômetros de fiação elétrica, hectares de painéis solares e três laboratórios de alta tecnologia.
A polêmica – e correta – declaração de Rogozin sobre a ISS cair em suas cabeças
Rogozin disse no twitter há dois dias:
“Se você [presidente Biden] bloquear a cooperação conosco, quem salvará a ISS de uma [saída de] órbita descontrolada e cair no território dos Estados Unidos ou da Europa? Há também a opção de deixar a estrutura de 500 toneladas cair na Índia ou na China. Você quer ameaçá-los com tal perspectiva? A ISS não sobrevoa a Rússia, [falso, de fato sobrevoa] então todos os riscos são seus. Você está pronto para isso? Senhores, ao planejar sanções, verifique quem as gera por doença de Alzheimer”, resumiu o chefe da Roskosmos, referindo-se ao claudicante presidente americano.
Anteriormente Biden anunciou a introdução de novas sanções contra os russos no campo das altas tecnologias. Segundo ele, os Estados Unidos e seus aliados pretendem reduzir em 50% as importações russas de produtos de alta tecnologia, o que atingiria a indústria aeroespacial do país, inclusive o programa espacial.
Isso foi seguido por uma declaração cínica e desavergonhada, como de hábito para presidentes dos EUA, sejam democratas ou republicanos: “A NASA continua trabalhando com todos os nossos parceiros internacionais, incluindo a Roskosmos, para as operações seguras contínuas da Estação Espacial Internacional. As novas medidas de controle de exportação continuarão a permitir a cooperação espacial civil EUA-Rússia. Nenhuma mudança está planejada para o suporte da agência para operações contínuas em órbita e estações terrestres.”
Precedente
A Roskosmos já não podia lançar vários satélites em órbita devido às sanções dos EUA sobre o fornecimento de microeletrônicos à Rússia. Isto foi afirmado por Rogozin durante audiências parlamentares na Duma (assembléia) do Estado russo, Segundo ele, quando a Roskosmos é criticada por terem lançado menos naves espaciais do que os EUA, vale a pena prestar atenção ao fato de que há “foguetes russos mais do que suficientes em órbita, e não há nada para lançar” [à exceção os satélites militares russos, que obviamente não se encaixam nas sanções americanas.
“Existem naves espaciais praticamente montadas, mas em uma, duas ou três, simplesmente falta um microcircuito específico, que, por meio de sanções, não nos é permitido de forma alguma para compra”, disse Rogozin. Ele acrescentou que, neste contexto, a agência espacial russa está expandindo o trabalho na produção dessa microeletrônica. Rogozin especificou que a Roskosmos aumentou a produção desse insumo em 2,5 vezes nos últimos três anos. No final de 2020, os EUA impuseram sanções a várias empresas estrangeiras. Entre eles estavam as empresas da Roskosmos: a RKTs Progress e o principal instituto científico da corporação, o TsNIIMash.
Depois que as restrições foram impostas, o diretor-geral da Roskosmos recorreu ao governo dos EUA com uma demanda para levantar essas sanções em nome da “causa comum”. Em junho de 2020, Rogozin manteve conversas telefônicas com seu equivalente da NASA, Bill Nelson. O principal tópico da conversa foi a continuação da cooperação russo-americana no espaço, principalmente no programa da Estação Espacial Internacional. O chefe da Roskosmos fez uma série de perguntas ao interlocutor, ignoradas ou respondidas evasivamente pelo lado americano, o que complicou significativamente a interação. Isso incluiu as sanções impostas pela administração dos EUA às empresas da indústria espacial russa.
Sobre os foguetes russos na Guiana Francesa
A Rússia instalou uma enorme infraestrutura na Guiana, em parceira com os europeus
A Roskosmos está trabalhando na saída de 87 russos do espaçoporto de Kourou, na Guiana Francesa: “Atualmente, 87 cidadãos russos estão na Guiana Francesa. A questão da saída de funcionários russos está sendo trabalhada”, diz a mídia oficial russa. No espaçoporto europeu estão funcionários da NPO Lavochkin, que estavam preparando o estágio superior Fregat-MT para um próximo lançamento, além de funcionários da Progress (fabricante dos foguetes Soyuz) e do centro de a operação de instalações de infra-estrutura espacial terrestre TsENKI.
Mais cedo, o CEO da Roscosmos anunciara que, em resposta às sanções, a cooperação com parceiros europeus em lançamentos de Kourou seria suspensa e o pessoal russo seria retirado da Guiana Francesa. “Em resposta às sanções da União Européia contra nossas empresas, a Roskosmos está suspendendo a cooperação com parceiros europeus na organização de lançamentos espaciais do cosmódromo de Kourou e retirando seu pessoal, incluindo equipes de preparação de lançamento, da Guiana Francesa”.
Análise imparcial do conflito
A raiz do problema: Por que os russos invadiram a Ucrânia?
EUA: planejam instalar mísseis da OTAN em território ucraniano, provocando a Rússia a atacar a Ucrânia
Rússia: Ataca a Ucrânia
EUA: congelam ativos russos, e quebram sua economia
Rússia: Desliga o fornecimento de combustível para a Europa
EUA: Jogo ideal a longo prazo : Uma revolução colorida na Rússia, para substituir Putin por um governo fantoche pró-ocidental e promover o desarmamento nuclear no país.
Rússia: Jogo ideal a longo prazo, de disparar os preços da energia, desencadear uma hiperinflação do dólar, derrubar os petrodólares como moeda de reserva global. Para isso, certamente a China iria ajudá-los.
EUA: retiraram-se do tratado do FMI e moveram mísseis nucleares para a fronteira ocidental da Rússia. Esta foi uma “estratégia de primeiro ataque”. Porém a Rússia ainda pode bombardear cidades americanas em retaliação.
A China não teria dúvidas em apoiar Putin – se isso lhe convier
Por que a América fez isso?
Novamente, “Por que os russos invadiram a Ucrânia? “
Uma razão é que eles podem pagar por isso. O império neo-tsarista de Vladimir Putin acumulou cerca de US$ 631 bilhões em reservas monetárias. Isso é “dinheiro de conquista”. E a principal razão pela qual Putin tem toda essa riqueza é que o governo Biden o tem ajudado, ainda que inadvertidamente. Joe Biden ajudou impondo a escassez de energia nos EUA, abrindo assim mais mercado mundial para os russos venderem a ‘sua’ energia. E como a energia é mais escassa, se torna mais cara (lei básica de mercado), favorecendo para Putin e seus militares.
O fato é que estratégia da era Trump de domínio energético americano deu lugar ao plano de Biden de encolhimento de energia. Tudo em nome, é claro, do combate às “mudanças climáticas”.
Carter: ‘ecologicamente correto’ já nos anos 70
De fato, a estratégia doentia do 46º presidente lembra a de um de seus antecessores, no caso o 39º – o democrata Jimmy Carter – que, como Biden, também presidiu o encolhimento de energia, preços mais altos e a fraqueza estratégica resultante.
No entanto, os EUA sobreviveram à praga de Carter e depois triunfaram quando Carter foi substituído, após um único mandato, por Ronald Reagan, que desfez as políticas anteriores e, verdadeiramente, “tornou a América grande”. Então, alguns analistas argumentam que se os EUA fizeram isso no passado, podem fazer de novo: 2024 não está tão longe.
Os russos têm muitas reservas de petróleo e gás, a oitava maior do mundo, e estão vendendo o máximo que podem; o país é o terceiro maior produtor mundial de petróleo e o segundo maior produtor de gás natural. De fato, em 2021, a Rússia exportou US$ 165 bilhões em petróleo e gás natural. Esse total de dólares subiu substancialmente em relação ao ano anterior porque os preços estavam subindo, em parte por causa do retrocesso econômico do Covid-19, e também por causa da política de desarmamento unilateral do governo Biden – mais como uma repressão universal – ao petróleo e ao petróleo e produção de gás. Sabe-se que Biden cancelou o oleoduto Keystone XL em seu primeiro dia no cargo e, no ano seguinte, a Heritage Foundation contava com mais uma dúzia de políticas antienergéticas de Biden. Assim, com menos produção nos EUA (e a perspectiva de muito menos, já que investidores não pensam apenas no curto prazo – eles pensam no longo prazo), os preços do petróleo e do gás natural subiram em 2021, aumentando ainda mais o tesouro russo. De fato, as exportações de energia representam mais de um terço do orçamento nacional da Rússia.
Os ucranianos em apuros perceberam a fonte financeira da agressão russa e têm dito o tempo todo que, se o ‘mundo civilizado’ quiser deter Putin, terá que atingi-lo onde ele mora – terá que se concentrar na energia, não em pequenas coisas com as quais o autocrata russo realmente não se importa. “Precisamos de sanções reais, não apenas criar alguns problemas para os amigos de Putin”, tuitou o legislador ucraniano Oleksiy Goncharenko há algumas semana.” Essa é uma boa maneira de dizer: hidrocarbonetos russos equivalem a sangue ucraniano. No entanto, surpreendentemente, apesar de toda a vaidade do governo Biden sobre a invasão russa, ele não procurou sancionar ou limitar de alguma forma as exportações russas de energia. Como disse o vice-conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Daleep Singh : “Para ser claro: nossas sanções não são projetadas para causar qualquer interrupção no fluxo atual de energia da Rússia para o mundo”. Essa postura covarde se refere, em uma palavra, porque os europeus — aliados em qualquer possível ação contra a agressão de Putin — dependem da energia russa; Os oleodutos de Putin fornecem cerca de 35% do gás natural da Europa.
E por que os europeus são tão dependentes da energia? Principalmente porque eles escolheram ser “ecológicos”; Os europeus, inspirados por visões de “bondade verde”, reduziram sua própria extração de carbono e, ao mesmo tempo, dois países – Bélgica e Alemanha – estão fechando suas usinas nucleares. Em vez disso, planejam alimentar sua economia com energia eólica e solar. (Embora, nesse meio tempo, a caminho da ‘terra prometida verde’, eles digam que estão usando o gás russo como “uma ponte”. ) No entanto, esse novo acordo verde não está funcionando, porque a energia eólica e solar simplesmente não têm a potência necessária, e qualquer estudioso minimamente esclarecido sabe que esse ecologicamente correto é uma fraude. Nas palavras do especialista em energia Rupert Darwall, “A União Europeia é um império de papel ”.Tal fraqueza tem implicações estratégicas, inclusive agora com a crise na Ucrânia. Nas palavras de Darwall, “o dilema para o Ocidente é: você não pode vencer um conflito geopolítico que dura anos ou décadas com uma economia alimentada intermitentemente por turbinas eólicas e painéis solares”. O realismo geopolítico requer realismo energético.
No entanto, o realismo energético é precisamente o que falta aos europeus; deixaram-se conduzir por gente como Greta Thunberg. Como alguns americanos twittaram recentemente: “Eu não sei, talvez aceitar conselhos globais de energia de uma adolescente carrancuda não tenha sido a melhor ideia, afinal”.Infelizmente, também há muita irrealidade semelhante a Thunberg no lado americano. O ‘enviado climático’ bilionário de Biden, John Kerry, dono de muitos jatos particulares e residências queiamando gás, está sempre fazendo o possível para trazer valores de fantasia europeus para os EUA ; Ele confia que Putin ainda respeitará os “limites climáticos”. (Esses limites sempre foram piadas para os russos.) Por sua visão inevitavelmente obtusa dos eventos mundiais, Kerry é um eterno candidato à piada do ano. Uma ironia final aqui é que, para todas as fantasias preciosas dos verdes, na realidade, suas políticas estão piorando a questão do dióxido de carbono atmosférico. Ninguém sabe o quanto a aventura militar russa contribuiu para o CO2 atmosférico, porque os russos ainda não apresentaram nenhuma declaração de impacto ambiental e não permitiram que eminências como Thunberg ou Kerry fizessem uma avaliação. E, no entanto, sabe-se que um tanque russo T-72 atinge cerca de 1 km por galão. E a ‘quilometragem’ de um caça MiG-35 é ainda pior.
Então este é o presente deprimente. É tão deprimente sob Biden hoje quanto sob Jimmy Carter há meio século. No entanto, pode-se olhar para trás e ver como um presidente republicano desfez o dano causado por um democrata.
O que Reagan fez
Quando Ronald Reagan foi empossado em 20 de janeiro de 1981, herdou uma fraca posição energética dos EUA, paralisada por controles de preços. Carter não havia imposto esses controles e, no entanto, os defendia, mesmo quando procurava aumentar ainda mais a regulamentação e os impostos sobre o setor de energia. No entanto, paradoxalmente, durante a presidência de Carter, os preços do petróleo subiram, de menos de US$ 14 o barril no dia em que tomou posse, em 20 de janeiro de 1977, para US$ 38 o barril no dia em que deixou o cargo, quatro anos depois. Por quê? Porque enquanto a produção dos EUA estava encolhendo em resposta aos controles de preços, a demanda mundial estava aumentando e não havia controle de preços do petróleo estrangeiro. Então era simples: menos oferta equivale a mais demanda, e isso leva a preços mais altos. Um dos grandes beneficiários desses preços mais altos foi a União Soviética – o antigo Império Russo com uma bandeira vermelha – que, então como agora, possuía enormes reservas de energia e uma fome de conquista estrangeira. Cheios de petro-riqueza, os soviéticos/russos se expandiram durante os anos Carter, em Cuba, na África e, mais fatalmente, no Afeganistão. Enquanto os EUA fossem fracos, Moscou poderia ser forte.
Reagan: trazendo os EUA de volta ao topo; é amado por uns e odiado por outros
No entanto, o equilíbrio estratégico começou a mudar em janeiro de 1981, quando Reagan desregulamentou os preços do petróleo. Na época, os democratas lamentaram; O senador Howard Metzenbaum, de Ohio, chamou a ação de Reagan de “tragédia”. E, no entanto, previsivelmente, na esteira da desregulamentação, a produção americana aumentou. De fato, como a produção mundial também aumentou, os preços do petróleo caíram drasticamente durante a presidência de Reagan; em 1986, o petróleo era de apenas US$ 10 o barril. Essa queda nos preços foi catastrófica para a União Soviética. Como explica o jornalista russo Georgy Manaev : “Para a economia da URSS – já acostumada a rendimentos exorbitantes de seu petróleo, isso foi um golpe mortal. Somente em 1986, a URSS perdeu mais de US$ 20 bilhões (aproximadamente 7,5% da sua renda anual ).” Como o economista Andrew Nikiforuk explica ainda: “Quando a produção de petróleo e suas receitas importantes atingiram o pico, a União Soviética perdeu o cimento que unia seu império”.
Os americanos raciocinaram: se os russos estavam em alta com os altos preços do petróleo, então a maneira de derrubá-los era reduzir o preço do petróleo. E a maneira de fazer isso foi com mais produção. E foi isso que Reagan fez. Escrevendo em 2014, o filho de Reagan, Michael Reagan, em um momento de outra crise russa, quando Putin conquistou a Crimeia da Ucrânia, escreveu:
“Sugiro que o presidente Obama queira estudar como Ronald Reagan derrotou a União Soviética. Ele fez isso sem disparar um tiro, como sabemos, mas ele tinha uma super arma – óleo. Os preços mais baixos do petróleo desvalorizaram o rublo, levando a URSS à falência, o que levou à perestroika e Mikhail Gorbachev e ao colapso do Império Soviético.
É claro que qualquer sucesso atribuível a Reagan será recusado e ignorado para a maioria dos democratas. Para essas pessoas, Carter ainda é provavelmente um herói. E assim, em suas mentes, não há razão para repensar sua abordagem tipo “Thunberg-Kerry”. Assim, o senador Chris Van Hollen, democrata de Maryland, está feliz em dizer que não se arrepende de encerrar a produção de energia dos EUA e não tem planos de abrir nada. Assim, a Ucrânia, e talvez outros países na lista de alvos da Rússia, devem ser sacrificados no altar da correção ambiental.
Protestos na Europa contra o novo vilão da vez; só que Putin não é o Saddam, e a Rússia não é o Iraque – ou o Brasil
E, ao mesmo tempo, outro democrata, o deputado Brad Sherman, da Califórnia, está pedindo que um grande produtor estrangeiro que aumente sua produção: Isso não é uma má ideia, pois além de desfinanciar Putin, os americanos se beneficiariam de preços de energia mais baixos, incluindo preços mais baixos de gás. No entanto, é muito estranho que Sherman sugira a um país estrangeiro que produza mais, sem aceitar a mesma sugestão sobre seu próprio país. Felizmente para a América, os republicanos estão se lembrando de sua herança Reagan. “Devemos ser”, dizem eles, “com efeito, um arsenal de energia”. E assim, por exemplo, os senadores republicanos Josh Hawley, do Missouri, Tim Scott, da Carolina do Sul, e Bill Cassidy, da Louisiana, todos apresentaram planos para o domínio da produção energia – e muitos outros republicanos têm exatamente a mesma ideia.
Ninguém nos EUA quer tropas americanas lutando na Ucrânia. A história mostra que podem derrotar os russos como Reagan fez, sem disparar um tiro. O problema é que para isso precisa-se de um presidente como Reagan.
Infelizmente, foi confirmado que o Antonov 225 Mriya foi destruído. Construído para transportar o ônibus espacial Buran e equipamentos de perfuração de petróleo e gás na era soviética, a aeronave de maior capacidade de carga do mundo tornou-se outra vítima da guerra.
A China lançou um novo modelo de foguete Longa Marcha-8 número Y2 colocando 22 satélites em órbita hoje, domingo 27 de fevereiro de 2022, estabelecendo um recorde chinês para o maior número de espaçonaves lançadas por um único foguete. O Chengzeng ‘CZ’ -8 decolou às 11h06 hora de Pequim ( 00:06 Brasília) da plataforma LC-201 de Wenchang, no sul da província de Hainan. O CZ-8 Y2 é o segundo de seu tipo e o primeiro a ser lançado sem os ‘boosters’ de propelente líquido que caracterizam o modelo original. Os satélites serão usados principalmente para serviços comerciais de sensoriamento remoto, monitoramento do ambiente marinho, prevenção de incêndios florestais e mitigação de desastres. O veículo de lançamento Longa Marcha 8 foi desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa de Tecnologia de Foguetes da China (CALT), uma subsidiária da CASC. De acordo com a Administração Espacial Nacional da República Popular da China, ele é capaz de lançar uma carga útil pesando cerca de 4,5 toneladas em uma órbita síncrona do sol a uma altura de 700 km. O primeiro estágio do Longa Marcha 8 de dois estágios está planejado para ser reutilizável no futuro, graças à tecnologia de controle de empuxo semelhante à usada para pousar em balsa-drone do primeiro estágio do Falcon 9 da SpaceX. A missão marcou o 409º voo da série Longa Marcha.
Com dois estágios, 50,3 metros de comprimento e 356 toneladas de massa na decolagem, o foguete usa a mesma mesa de disparo que o modelo padrão com ‘boosters’. A carenagem de cabeça, com o mesmo diâmetro que o CZ8-Y1 lançado em 2020, mede cerca de 10,5 metros de altura. Outra característica é que ambas têm logotipos da agência espacial CNSA, que geralmente não são adesivados exceto para missões lunares ou marcianas.
Coifa de cabeça do foguete atual comparada com o modelo CZ8-Y1
Trajetória de voo
A série CZ-8 é uma família modular para substituir os CZ-2, CZ-3 e CZ-4 . O veículo é abastecido por querosene e LOX e possui um diâmetro principal de 3,35 m com dois motores YF-100 herdados do CZ-7 (com 489.880 kgf de empuxo), com dois ‘boosters’ de propelentes líquidos opcionais. O segundo estágio é um aparelho criogênico propulsado por dois motores YF-75, herdados do Chang Zheng-3 . O local de lançamento é o Centro de Lançamento de Satélites de Wenchang na província de Hainan. O ‘core’ de primeiro estágio é modificado para ser reutilizável, com pouso vertical motorizado com trem de pouso extensível, enquanto que o motor YF-100 precisa ser modificado para permitir regulagem de potência.
O foguete é o mesmo do modelo CZ-8 original, mas sem os dois ‘boosters’
Os seguintes satélites estão na relação de carga útil, segundo informações de várias fontes:
Satélites
Dez satélites de sensoriamento remoto Jilin-1, que pesam cerca de 40 kg cada, foram colocados em órbita. Os dispositivos desta série possuem ferramentas para fotografar a superfície terrestre em alta resolução (até 0,75 metros) e podem receber dados hiperespectrais para monitoramento do meio ambiente e dos recursos naturais. No total, a constelação Jilin-1, de acordo com o plano da empresa cliente Changguang Satellite Technology, incluirá 138 veículos. Sua principal tarefa é o monitoramento constante da superfície da Terra. Para sua criação, a empresa recebeu financiamento no valor de cerca de 2,4 bilhões de yuans. Quatro deles (os 15 a 17) foram comprados ou patrocinados por entidades e têm nomes alternativos. O J1 GF03D 15 (吉林一号高分03D15) é 韶关一号 ‘Shaoguan 1’, deve ser usado pela cidade de Shaoguan na província de Guangdong. Os J1 GF03D 16 e 17 são patrocinados pela Wenchang Chaosuan (o Centro de Supercomputação Aeroespacial Wenchang) e são também chamados 文昌超算二号 e 文昌超算三号 (“Wenchang Chaosuan” 2 e 3) Já o J1 GF03D 18 é chamado 安溪铁观音一号卫星 (Anxi Tieguan Yin 1). ” Anxi Tieguanyin” é uma famosa variedade de chá Oolong da região de Anxi. O Jilin- 1 Mofeng-02A 01 (“MF02A01” Jilin No. 1 Rubik Cubesat 02A01) de 30 kg é patrocinado pela Changguang para a Xiamen Tianwei
Carenagem de cabeça sendo montada sobre o dispensador multiplo cilindrico que suporta os satélites
Arranjo do sistema múltiplo de lançamento
Além deles, foi lançada em órbita a espaçonave Tianxian, utilizando a tecnologia de abertura de radar sintetica (SAR) para fotografar a Terra em alta resolução, independente da órbita, condições climáticas e iluminação do objeto fotografado; Também foram lançados dois satélites de sensoriamento remoto da série Taixing, um dos quais utiliza a mesma tecnologia “Tianxian”. Dois outros aparelhos de sensoriamento remoto também foram lançados: o Dayun, os nano-satélites Qimingxing e Tianqi-19, XD-1, Tiansuan e dois satélites das séries Hainan e Wengchan desenvolvidos pela Academia Chinesa de Ciências.
Outros satelites são:
Hainan-1 01 (Hainan No. 1, 01 ) e Hainan-1 02 (Hainan No. 1, 02 ) do Sanya Research Institute Shenzhen DFH, braço em Hainan do grupo de sensoriamento remoto RADI da Academia de Ciências, o CAS Academy of Aerospace Information no Hainan Research Institute.
Wenchang-1 01 (Wenchang 1, 01 ) e Wenchang-1 02 (Wenchang 1, 02 ) foram construídos pela Sanya RI por Weina Xingkong Keji YG (MinoSpace) para a CAS, Hainan Research Institute e possuem cameras multiespectrais de campo amplo para oceanografia e monitoramento de recursos naturais.
Taijing-3 01 (Taijing No. 3 01 Star) e Taijing-4 01 (Taijing No. 4 01 Star) também da Minospace. O Taijing 3-01 é um satélite de imagem de alta resolução (0,5 m res) e Taijing 4-01 tem capacidade de 1 metro. Equipado com um radar SAR de banda X com uma antena de 5 metros de comprimento. Estes são provavelmente os dois maiores satélites da missão, usando o chassi MN-200, com massa em torno de 200 kg.
Xidian-1 (Xidian No. 1 “XD-1”) Xidian-1 西电一号 para Shaanxi Silu Tiantu Weixing Keji YG de Xi’an, com um sensor de imagem hiperespectral terrestre.
Tianqi 19 (“Apocalypse Constellation 19”) da Shanghai ASES para o Beijing Guodian Hi-Tech
Chaohu -1 (Chaohu No.1 “巢湖一号” ) da Tianyi para Tiandi Information Network (Anhui) Research Institute, também um imageador tipo SAR construído por Tianyi Kongjian Keji (SpaceTy) de Changsha para o Tiandi Xinxi Wangluo YJY YG de Hefei. Este é o primeiro sentado da constelação Tianxian.
Chuangxing Leishen (Chuangxing Thor Satellite 创星雷神号卫星 ) da Tianyi para o Beijing University of Posts and Telecommunications Research Institute, Equipado com um experimento de protocolo de software distribuído para a Universidade de Pequim. de Correios e Telecomunicações (Youdian Daxue), bem como três detectores de explosão de raios gama GRID e o polarímetro Jiguang-2 XR;
Dayun/Xingshidai-17 (Dayun/ 星时代17 (Xingshidai-17) da Guoxing Yuhang keji YG de Chengdu, é um satélite de sensoriamento remoto. ‘Dayun’ é o nome chinês para o evento esportivo Universiade que será realizado em Chengdu neste verão.
Qimingxing-1 (Xingxing-1) 启明星一号 ou “Vênus 1” é um satélite experimental de sensoriamento remoto de 19 kg, equipado com sensores hiperespectrais e multiespectrais da Universidade de Wuhan.
Lista atualizada dos satélitesO CZ-8 original com ‘boosters’ à esquerda e o modelo de hoje. Trata-se do mesmo desenho, com a eliminação dos pontos de fixação dos boosters e com a decorrente diminuição do peso destes
Às 23:44UTC do dia 26 de janeiro de 2022, a China lançou com sucesso o satélite L-SAR 01B “Ludi Tance 1-01B” (satélite ‘B’ de radar de abertura sintética interferométrica diferencial de banda L) usando o foguete-transportador Longa Marcha 4C nº Y29 a partir da área 9401 (LC-43/94), do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan.
O Ludi Tance 1 01B é um satélite equipado com um radar de abertura sintética (SAR). Opera em interferometria diferencial em banda L, dentro de um grupo de dois operando em órbita quase heliossíncrona de aproximadamente 594 x 602 km, 97,81°. Pesando 3,2 toneladas, possui uma antena de 32 m², o que torna essa família de satélites SAR a maior já lançada pela China até hoje. A observação em banda L permite um melhor detalhamento de áreas naturais e arborizadas, onde um SAR em banda C, mais comumente utilizado, permite uma melhor resolução em áreas urbanas. Seu equipamento tem resolução máxima de 3 metros e largura máxima de observação de 400 quilômetros. O sistema pode realizar dois modos de voo: voo de acompanhamento (formação) e voo solitário. No modo de formação, o radar de abertura sintética interferométrica de cada espaçonave pode alcançar medição de elevação do solo de alta precisão através de fase de alta precisão, tempo, com sincronização espacial entre satélites. Operam no mesmo plano orbital de retorno em modo de seguimento de voo, com intervalo de fase de 180 graus. Eles tem a capacidade de observar em órbitas repetidas para um único satélite por 8 dias e em dupla por quatro dias.
Os satélites Ludi Tance são usados principalmente para avaliar a evolução do terreno, para obras públicas (terraplanagem, efeito da escavação de túneis no solo), prevenção de deslizamentos de terra ou avaliação de danos causados por terremotos.
Esta foto foi publicada quando do lançamento do Ludi Tance-1 01A
Longa Marcha CZ-4C
“O satélite tem capacidade de visualização de todos os climas, todo o dia, multimodo e multipolarização . Pode atender às necessidades básicas de aquisição de informações geográficas de recursos terrestres, terremotos, prevenção e mitigação de desastres, levantamento e mapeamento, silvicultura, etc, e acelerar a formação de capacidades de resposta rápida para grandes desastres. Objetivos globais, como o desenvolvimento sustentável, oferecem suporte técnico para a observação espacial.”
Os satélites deste tipo são aparelhos de pesquisa científica no Plano Nacional de Desenvolvimento de Médio e Longo Prazo da Infraestrutura Espacial Civil Nacional (2015-2025) .
A CNSA – Administração Espacial Nacional – é responsável pela organização e gestão do satélite, pela organização e coordenação de grandes eventos e pela aprovação das licenças de lançamento. O Ministério dos Recursos Naturais é a principal unidade utilizadora, e o Ministério da Gestão de Emergências, o Ministério dos Assuntos Civis e outros departamentos utilizadores são responsáveis pela construção e funcionamento do sistema de aplicação. O Centro de Aplicação de Satélite de Recursos, o Instituto de Pesquisa de Inovação em Informação Aeroespacial da Academia Chinesa de Ciências são responsáveis pela construção e operação do sistema terrestre, o Instituto de Pesquisa de Tecnologia Aeroespacial de Shangai do Grupo de Ciência e Tecnologia Aeroespacial é responsável pelo desenvolvimento geral do satélite e o campanha de lançamento.
Foguete deve-se a preencher a lacuna na classe de carga média e eventualmente ser reutilizável
O foguete Yao-2 (‘número 2’) está em posição na plataforma LC-201 em Hainan e a decolagem está marcada para domingo, 27 de fevereiro. “O foguete transportador Longa Marcha 8 Yao-2 completou todo o trabalho de pesquisa e desenvolvimento antes de sair da fábrica e foi entregue com segurança em Wenchang no dia 21. Depois disso, o Yao-2 completou a montagem final e testes. “
Esta é a primeira missão da nova geração de foguetes transportadores chineses em 2022″ – disse a mídia oficial chinesa. Uma futura variante do CZ-8 ‘Chang Zheng-8’ – o ‘CZ-8R’ como é informalmente chamado – será reutilizável, equiparando-o à série Falcon fabricada pela empresa americana SpaceX. Com dois estágios, 50,3 metros de comprimento e 356 toneladas de massa na decolagem, o foguete a ser lançado amanhã usa a mesma mesa de disparo que o modelo padrão com ‘boosters’. A carenagem de cabeça, a se supor com o mesmo diâmetro que o CZ8-Y1 lançado em 2020, mede cerca de 10,5 metros de altura. Outra característica é que ambas têm logotipos da agência espacial CNSA, que geralmente não são adesivados exceto para missões lunares ou marcianas.
Coifa de cabeça do foguete atual comparada com o modelo CZ8-Y1
Trajetória de voo
A série CZ-8 é uma família modular para substituir os CZ-2, CZ-3 e CZ-4 . O veículo é abastecido por querosene e LOX e possui um diâmetro principal de 3,35 m com dois motores YF-100 herdados do CZ-7 (com 489.880 kgf de empuxo), com dois ‘boosters’ de propelentes líquidos opcionais. O segundo estágio é um aparelho criogênico propulsado por dois motores YF-75, herdados do Chang Zheng-3 . O local de lançamento é o Centro de Lançamento de Satélites de Wenchang na província de Hainan. O ‘core’ de primeiro estágio é modificado para ser reutilizável, com pouso vertical motorizado com trem de pouso extensível, enquanto que o motor YF-100 precisa ser modificado para permitir regulagem de potência.
Foguete na mesa de disparo
Os seguintes satélites estão na relação de carga útil, segundo informações de várias fontes:
Serão transportados vinte e dois satélites para empresas espaciais comerciais chinesas, incluindo espaçonaves de observação da Terra por meios ópticos e de radar.
Hainan-1 01 (Hainan No. 1, 01 ) do Shenzhen DFH para CAS Academy of Aerospace Information, Hainan Research Institute Hainan-1 02 (Hainan No. 1, 02 ) também do Shenzhen DFH para CAS Academy of Aerospace Information, Hainan Research Institute Wenchang-1 01 (Wenchang 1, 01 ) e Wenchang-1 02 (Wenchang 1, 02 ) da Minospace para CAS Academy of Aerospace Information, Hainan Research Institute Taijing-3 01 (Taijing No. 3 01 ) e Taijing-4 01 (Taijing No. 4 01 ) Minospace Xidian-1 (Xidian No. 1) da Minospace Jilin- 1 Mofeng-02A 01 (Jilin No. 1 Rubik’s Cubesat 02A01) da Changguang para Xiamen Tianwei Jilin-1 Gaofen-03D 10 (Jilin No. 1 03D10); Jilin-1 Gaofen-03D 11 (Jilin No. 1 03D11); Jilin-1 Gaofen-03D 12 (Jilin No. 1 03D12); Jilin-1 Gaofen-03D 13 (Jilin No. 1 03D12) 03D13); Jilin-1 Gaofen-03D 14 (Jilin 1 Gaofen-03D14), todos da Changguang e Jilin-1 Gaofen-03D 15 ‘Shaoguan-1’ (Jilin 1 Gaofen 03D15 ) da Changguang para a cidade de Shaoguan (A cerimônia de expedição do Shaoguan-1 foi realizada no Parque Industrial de Informação Aeroespacial na cidade de Changchun. Fornecerá dados de sensoriamento remoto e serviços nas áreas de agricultura, silvicultura, recursos, proteção ambiental, construção urbana e experimentos científicos., para ajudar a promover o desenvolvimento de aplicações de sensoriamento e industrialização em Shao.) Jilin -1 Gaofen-03D 16 ‘Wenchang Chapsuan-2′ (Jilin 1 Gaofen 03D16 (Wenchang Chaosuan 2) e o Chapsuan-3’ (Jilin No. 1 Gaofen 03D17 (Wenchang Chaosuan No. 3) da Changguang para Hainan Modern Technology Group Jilin-1 Gaofen-03D 18 da Changguang Tianqi 19 (Apocalypse Constellation 19 ) da Shanghai ASES para Beijing Guodian Hi-Tech Chaohu -1 (Chaohu No.1) da Tianyi para o Tiandi Information Network (Anhui) Research Institute Chuangxing Leishen (Chuangxing Thor Satellite) da Tianyi para o Beijing University of Posts and Telecommunications Research Institute Dayun/Xingshidai-17 de Guoxing Yuhang Qimingxing-1 (Xingxing-1) da Universidade de Wuhan
A órbita-alvo pretendida é uma síncrona com o sol, de cerca de 700 km de altitude.
Nestes tempos de conflito fraticida entre russos e ucranianos, a nacionalidade do grande designer é mais uma vez motivo de discussão; mas é fato que Korolev nasceu em território ucraniano.
S.P. Korolev
12 de janeiro marca o aniversário do nascimento de Sergey Pavlovich Korolev, o grande engenheiro e designer no campo da ciência de foguetes. Entre outros, o empresário Elon Musk lembrou a data significativa, sob uma mensagem da Roskosmos, em russo. Esse breve elogio ao gênio de Korolev provocou uma escaramuça entre os fãs ucranianos e russos do pioneiro da astronáutica. Na Rússia, acredita-se que ele é um inventor russo porque trabalhou em Moscou, e na Ucrânia eles (com razão) objetam que, sendo Korolev de Zhytomyr e tendo se formado no Instituto Politécnico de Kiev, trabalhou onde havia oportunidade na era soviética. Musk não respondeu a isso. Mas o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky reagiu, convidando o fundador da SpaceX e CEO da Tesla ao Museu da Cosmonáutica em homenagem a Sergei Korolev, que está localizado em Zhytomyr.
“Hoje é o aniversário do grande cientista ucraniano, engenheiro de foguetes e designer de espaçonaves – Sergey Korolev. Na verdade, ele foi um dos melhores. Eu gostaria de convidar seu admirador de longa data Elon Musk para a Ucrânia para ver o Museu Sergey Korolev de Cosmonáutica. “
O debate sobre quem deveria se orgulhar de Korolev é interminável, como o espaço interplanetário que ele ajudou a desbravar, mas o fato permanece – o brilhante inventor realmente nasceu em Zhytomyr. Mas seu caminho para a exploração espacial foi muito longo.
Korolev nasceu em 12 de janeiro de 1907 em Zhytomyr, na província de Volyn do Império Russo. Sua mãe, filha de um rico comerciante, casou-se à força com um jovem professor de literatura russa quando quis ir estudar em um curso para mulheres em Kiev. Este casamento não durou muito, e Sergey viveu com seus avós desde a infância. Em 1916, sua mãe se casou com o engenheiro elétrico Grigory Balanin e se mudou com ele para Odessa com seu filho.
Infância
Zhytomyr é uma cidade no noroeste da Ucrânia. É o centro administrativo da Zhytomyr Oblast e do distrito de mesmo nome, no centro da aglomeração urbana. Até 2020, era uma cidade de subordinação regional. É dividida nos distritos de Bogunsky e Korolevsky. O povoamento surgiu na segunda metade do século IX. Segundo a lenda, a cidade foi fundada em 884 por um combatente dos príncipes Askold e Dyr chamado Zhitomir, provavelmente um novgorodiano que se recusou a servir ao príncipe Oleg. Outras versões do nome da cidade – referencia a um centeio bem cultivado ( em russo – “zhito”) ou referencia à tribo eslava dos Zhytiches que habitavam aqueles lugares, que faziam parte da união tribal dos Drevlyans. Em 945, uma revolta antifeudal eclodiu nea área, registrada na Crônica de Ipatiev. Em 1240, a cidade foi mencionada pela primeira vez em fontes escritas (” O conto dos anos passados”), quando durante a invasão tártaro-mongol foi capturada e destruída). Em 1287, a cidade foi novamente capturada e devastada pelos mongóis-tártaros. Em 1320 (segundo outras fontes em 1324) a cidade foi conquistada pelo príncipe lituano Gedimin, e em 1362 foi incluída no Grão-Ducado da Lituânia, e em 1399 foi devastada pelos tártaros. Sob o nome Zhitomel é mencionada na crônica ” Lista de cidades russas distantes e próximas ” (final do século XIV ). Em 1444, o rei da Polônia, Kazimir Jagielonchik, concedeu a Magdeburg direitos a Zhytomyr, e ele construiu lá um pequeno castelo (esse castelo não foi preservado, mas o local foi chamado Zamkova Gora). Em 1467, a cidade foi novamente saqueada e queimada pelos tártaros.Em 1540, o castelo foi ampliado e fortificado de acordo com o projeto do chefe Semyon Babinsky. Após a União de Lublin em 1569, a cidade passou a fazer parte do Reino da Polônia.
Como o gênio se referia à sua origem
O próprio cientista tratava sua pequena pátria com reverência. Aqui está o que a filha Natalia Sergeevna Koroleva disse em uma de suas entrevistas: “A própria palavra Ucrânia era pronunciada em nossa família com afeto, com muito amor … Os primeiros 24 anos, quase metade de sua vida, meu pai passou na Ucrânia. Ele a amava muito. Ele adorava músicas ucranianas.”
Com Yuri Gagarin
Korolev aprendeu a ler cedo e dominou a aritmética. Sob a orientação de seu padrasto, ele se interessou por planadores, ser fluente em alemão e ler muita literatura sobre o assunto. Em 1924 recebeu o ensino médio, tendo se formado na escola profissional de engenharia na cidade de Odessa e projetado seu primeiro planador e entrou no Instituto Politécnico de Kiev, KPI. Korolev também gostava de iatismo. Em 1926, devido ao fechamento do KPI, ele foi transferido para o departamento noturno da Escola Técnica Superior de Moscou (MVTU) Bauman. Ao mesmo tempo, trabalhou nas empresas da indústria da aviação. Mais tarde construiu planadores e participou de competições nacionais de planadores. Em 1929, defendeu na graduação o projeto de uma aeronave leve de dois lugares (SK-4), construída e aprovada em testes de voo. Andrei Tupolev era o supervisor de Korolev. Após a defesa, recebeu a profissão de engenheiro aeromecânico.
Em 1930, formou-se na Escola de Pilotos de Moscou e recebeu uma licença de piloto. E um ano depois, com 24 anos, conheceu o engenheiro czarista Friedrich Zander, que fez um protótipo de foguete a partir de um maçarico. Juntos, eles organizaram de forma voluntária o famoso GIRD – o Grupo de Propulsão a Reação no Moscou Osoaviakhim. Em 17 de agosto de 1933, seu primeiro foguete GIRD-1 voou 150 metros. Em 1933 foi nomeado vice-chefe do Instituto de propulsão a Jato (RNII) onde fez testes de voo supervisionado dos primeiros foguetes líquidos modernos russos. Em 1934, o livro de Korolev, Voo de Foguete na Estratosfera, foi publicado. Supervisionou os testes de voo do míssil de cruzeiro 06/1, criado sob sua liderança. Em 1936, criou o projeto do avião-foguete “318-1”, e fundamentou os requisitos técnicos de uma aeronave com motor-foguete e participou do teste de um avião-foguete com motor ORM-65.
Seu período nos gulags
Preso, torturado e espancado nos gulags de Stalin
Em 1938, Korolev foi preso e condenado em um tribunal fechado, acusado de ser cúmplice da organização trotskista contra-revolucionária dentro do RNII, “definindo como objetivo o enfraquecimento do poder de defesa em favor do fascismo”. Os três que escreveram a denúncia de Korolev foram posteriormente fuzilados. Sua pena: dez anos em campos de trabalho com privação de direitos por cinco anos e confisco de propriedade. Local de punição, Kolyma. Lá ele trabalhou em uma mina de ouro. Todos os conhecidos pilotos soviéticos e projetistas de aeronaves Tupolev, que estava na condição de processado e trabalhava no TsKB-29, pediram sua libertação. Korolev dirigiu-se pessoalmente a Stalin em 1940. Foi decidido transferi-lo para Moscou para uma revisão do caso. Korolev poderia ter morrido: ele deveria embarcar no navio Indigirka, mas adoeceu e acabou na enfermaria. O navio afundou. A bordo, 696 dos 1.173 prisioneiros morreram. Mais tarde, foi levado para Moscou e preso na prisão de Butyrka. Korolev escreveu mais tarde que foi submetido a tortura e abuso durante os interrogatórios. Suas mandíbulas foram quebradas e, aparentemente, fundidas incorretamente, o que foi mencionado mais tarde por seu médico assistente. Korolev foi julgado pela segunda vez por uma Conferência Especial, e condenado a 8 anos e enviado para a prisão especial de Moscou do NKVD TsKB-29, onde, sob a liderança de Tupolev, também prisioneiro, participou ativamente da a criação dos bombardeiros Pe-2 e Tu-2 e ao mesmo tempo desenvolveu projetos de um torpedo aéreo guiado e uma nova versão de um interceptador de mísseis. Mais tarde, foi transferido para outro escritório de design tipo prisão – OKB-16 na Fábrica de Aviação de Kazan No. 16, onde foram realizados novos tipos de motores de foguete para aviação. No início de 1943, foi nomeado designer-chefe do grupo de lançadores de foguetes, empenhado em melhorar as características técnicas do bombardeiro de mergulho Pe-2. De acordo com as memórias de seus contemporâneos, Korolev era cínico e cético. Sua expressão favorita era “aplausos sem obituário”. E havia razões para isso, porque Korolev foi libertado antes do previsto apenas em julho de 1944 e seu registo criminal foi retirado, mas não reabilitado. Isso só aconteceu em 1956. “Já sendo o Desenhista-Chefe e Membro Correspondente da Academia de Ciências da URSS, em 30 de maio de 1955, meu pai enviou uma carta ao Gabinete do Promotor Militar com um pedido de revisão de meu caso. O Escritório apresentou um protesto ao Colégio Militar do Supremo Tribunal da URSS com um pedido para cancelar a decisão da Reunião Especial do NKVD de 10 de julho de 1940 em relação a Korolev e parar seu caso. Com base na decisão do Colégio Militar, meu pai recebeu uma certidão de encerramento do caso. Então, 19 anos após sua prisão, ele foi completamente reabilitado. A justiça triunfou” – escreveu sua filha Natalia em suas memórias.
Conquista do espaço
Em 1954, Korolev enviou uma carta ao Comitê Central do Partido Comunista, PCUS, com a proposta de criar e lançar um satélite artificial da Terra. Participou da construção dos serviços de teste de solo do Cosmódromo de Baikonur como um de seus “clientes”. E três anos depois ele supervisionou o lançamento do primeiro satélite artificial, pelo qual recebeu o Prêmio Lenin. Em 1959, participou da preparação e lançamento das estações interplanetárias automáticas Luna – 1, Luna – 2, e Luna – 3. Esta última transmitiu fotografias do lado invisível da lua. E em 1961, em 12 de abril, foi Sergey Korolev quem liderou o primeiro voo espacial tripulado da história. A espaçonave de Yuri Gagarin fez uma órbita ao redor do planeta e retornou com sucesso à Terra.
Ficha de matrícula no Instituto Politécnico de Kiev preenchido por Sergei Korolev em língua ucraniana. Na linha 3, “nacionalidade” preenchida como “ucraniano”.
Morte e legado
Sergey foi operado para remoção de pólipos pelo Ministro da Saúde membro titular da Academia de Ciências Médicas da URSS, professor B. V. Petrovsky, assistido pelo chefe do departamento cirúrgico, professor associado, candidato a ciências médicas D.F. Blagovidov. Mais tarde, o professor A. A. Vishnevsky foi chamado com urgência para a operação. Eles não podiam intuba-lo, pois era impossivel inserir o tubo na traqueia devido aos ossos da mandíbula quebrados durante os interrogatórios no NKVD. Durante a operação, Korolev começou a sangrar. Não foi possível remover os pólipos. A decisão foi de abrir o abdômen. Isso não foi incluído no plano original da operação e não foi preparado com antecedência pelos anestesiologistas. Ninguém poderia dizer como o coração do paciente reagiria à anestesia geral: no hospital, Korolev nunca fez um ECG. Quando começaram a se aproximar do local do sangramento, encontraram um tumor do tamanho de um punho. Era um angiossarcoma – um tumor maligno. Petrovsky decidiu remover o sarcoma. Ao mesmo tempo, parte do reto foi removida. Foi necessário retirar o resto pelo peritônio. Devido ao pescoço curto de Korolev e à rigidez das mandíbulas ele teve que sofrer uma traqueotomia. A parada cardíaca ocorreu 30 minutos após o término da cirurgia, ainda na mesa de operação, quando Korolev se recuperava da anestesia. O laudo médico oficial foi publicado em 16 de janeiro de 1966 no jornal Pravda, nº 16 (17333). A despedida ao corpo aconteceu na Câmara dos Sovietes, no Salão das Colunas. Para se despedir do falecido, o acesso foi aberto em 17 de janeiro, das 12h às 20h. O funeral com honras de estado ocorreu na Praça Vermelha de Moscou em 18 de janeiro às 13h. Um dos que levaram a urna com os seus restos cremados para o local do enterro foi Yuri Gagarin. A urna com as cinzas do grande designer foi sepultada na parede do Kremlin. Cidades, ruas, um pico alpino nos Pamirs, uma passagem no Tien Shan, um asteroide e um talasóide na Lua são nomeados em homenagem a Korolev. O trabalho dele inspira designers espaciais em todo o mundo; paradoxalmente, na imprensa soviética, sempre depois de um lançamento bem-sucedido de uma espaçonave, um anônimo “designer-chefe de sistemas espaciais” era mencionado.
Funeral de Korolev
As opiniões dos partidários e opositores da “ucranização” Korolev às vezes são expressas em formulações bastante enérgicas:
“Nasci, cresci e fui educado na Ucrânia! Ele trabalhou e foi torturado na Rússia.” “Se Korolev é ucraniano, então Elon Musk, que nasceu em Pretória, África do Sul, é zulu ou o quê?”
“Pelo sangue, a nacionalidade é determinada ou por aqueles que não entraram nas nuances da etnogênese, ou por aqueles que simplesmente caíram banalmente no nazismo. Quanto a Korolev, parece-me que ele se considerava principalmente um cidadão soviético, se pensava em nacionalidade, porque sua verdadeira pátria era a ciência, e não cavando na quinta coluna “.
E o deputado da Duma de Estado Leonid Kalashnikov, em entrevista ao canal de TV Zvezda, comentou o tweet do presidente da Ucrânia sobre o “problema Korolev”: “Acredito que Korolev, é claro, não se dividia em russo ou ucraniano. Ele se considerava um homem da era soviética. Ele era um designer e cientista soviético. Dizer agora que desde que nasceu na Ucrânia, ele é um cientista ucraniano, é no mínimo ingênuo ou estúpido – não sei qual é mais. Não quero culpar o presidente de um grande país pela estupidez. Claro, ele não é uma pessoa estúpida, mas a ingenuidade política é inerente a ele “.
O foguete Falcon 9 v1.2 FT Block 5 nº B1063.4 lançou cinquenta satélites Starlink (Group 4-11) do Space Launch Complex 4 East (SLC-4E) da Vandenberg Space Force Base, na Califórnia às 9h12 PST (17:12:10 UTC – 14:12:10 Brasília). A órbita inicial planejada após a segunda ignição do motor de segundo estágio foi de 306 km x 316 km inclinada em 53,2 graus. O foguete executou manobra “dogleg” de mudança azimutal para entrar na inclinação desejada.
Após a separação dos estágio, o ‘core’ de primeiro estágio do foguete pousou na balsa Of Course I Still Love You estacionada no Oceano Pacífico. Esse primeiro estágio B1063 anteriormente fez três missões: o Sentinel-6 , a DART e um otro lote de Starlink.
Pouso na balsa-drone
O foguete de 69,97 metros de comprimento e cerca de 568.000 kg de massa decolou com céu limpo e condições meteorológicas favoráveis. Os satélites foram liberados do segundo estágio após cerca de uma hora da decolagem, após duas ignições do motor Merlin 1D Vac, em órbita incial de 325 x 337km, inclinada em 53.2 graus.
Foguete-portador em voo
As estatísticas da SpaceX foram atualizadas nesta missão para: 142º lançamento de um foguete Falcon 9 desde 2010 150º lançamento da família de foguetes Falcon desde 2006 85º voo de um ‘booster’ de Falcon 9 reutilizado 38º lançamento dedicado do Falcon 9 com satélites Starlink 8º lançamento do Falcon 9 em 2022 8º lançamento da SpaceX em 2022
São 50 satélites do Grupo 4-11; estágio B1063 fará seu 4º lançamento
A SpaceX planeja para hoje, sexta-feira 25 de fevereiro de 2022, o lançamento do Falcon 9 B1063.4 com 50 satélites Starlink (v1.5 L10, Group 4-11) para a órbita baixa a partir do Space Launch Complex 4 East (SLC-4E) da Vandenberg Space Force Base, na Califórnia. A janela de lançamento instantâneo inicia às 9h12 PST (17:12:10 UTC – 14:12:10 Brasília), e uma oportunidade reserva está disponível no sábado, 26 de fevereiro, às 8h50 PST (16:50 UTC, 13:50 Brasília). A órbita inicial planejada é de 306 km x 316 km inclinada em 53,2 graus. O foguete executará uma manobra dogleg de mudança azimutal para entrar na inclinação desejada.
Trajetória prevista do lançamento e primeira órbita
O ‘core’ do primeiro estágio que desta missão lançou anteriormente o Sentinel-6 , a sonda DART e um outro lote de Starlink. Após a separação dos estágios, o primeiro estágio do Falcon 9 pousará na balsa-drone Of Course I Still Love You, que está estacionada no Oceano Pacífico. A plataforma OCISLY deixou o porto de Long Beach anteontem e seguiu em direção à zona de poyso do booster a cerca de 640 km da costa. Ela foi guiada pelo rebocador Scorpius e acompanhada pelos navios NRC Quest, que vai recuperar as conchas da carenagem, e o GO Quest com a equipe de manutenção da plataforma.
Perfil de voo com decolagem e retorno do primeiro estágio ‘core’ B1058.11
Um webcast ao vivo desta missão no Canal do Homem do Espaço começará cerca de 15 minutos antes da decolagem.
Cronograma de lançamento
00:00:00 Decolagem 00:01:12 Max Q – momento máximo de estresse mecânico no foguete 00:02:32 Corte dos motores do 1º estágio (MECO) 00:02:36 1º e 2º estágios separados (estagiamento) 00:02:44 Ignição do motor do 2º estágio 00:02:49 Descarte da carenagem 00:06:43 Início da queima de reentrada do 1º estágio 00:07:020 Queima de reentrada do 1º estágio concluída 00:08:19 Início da queima de pouso do 1º estágio 00:08:49 Core de primeiro estágio pousa na balsa-drone 00:08:50 Corte do motor do 2º estágio (SECO-1) 00:53:39 Partida do motor do 2º estágio 00:53:40 Corte do motor do 2º estágio (SECO-2) 01:02:41 Satélites são liberados
Em vista da agressão russa à Ucrânia, as atenções se voltam para o pacto entre os dois gigantes
China e Rússia podem cooperar no espaço
Espera-se que a China e a Rússia assinem de fato um novo acordo de cinco anos sobre cooperação espacial em 2022, já que os dois vizinhos planejam se unir no espaço na intensificação da competição com os Estados Unidos. Sob o novo acordo, que deve entrar em vigor em 2023, após o término do acordo atual neste ano, os dois lados planejam construir conjuntamente uma estação internacional de pesquisa lunar até 2035. No final de 2021, Wu Yanhua, vice-diretor Administração Nacional do Espaço (CNSA), disse à emissora estatal CCTV que o país realizará mais três missões à Lua nos próximos dez anos, incluindo a missão de pouso lunar Chang’e 8, que visa estabelecer uma estação de pesquisa lunar por cerca de 2027. Se alcançado, isso estabeleceria a base oito anos antes que o acordo com a Rússia se proponha a fazê-lo.
Os chineses estão hoje em dia operando uma estação espacial similar à configuração da estação russa Mir da URSS no início dos ano 1990s – com os evidentes avanços tecnológicos óbvios
Além disso, em 2022, as estações de monitoramento em solo devem ser colocadas na China e na Rússia, à medida que integram suas respectivas redes de satélite, o BeiDou chinês e o GLONASS russo, informou o tablóide nacionalista chinês Global Times. Os planos foram revelados em um momento em que os dois países estão se aproximando em muitas áreas, incluindo a exploração espacial. Respectivamente uma potência espacial estabelecida e um retardatário com bons recursos, a Rússia e a China elaboraram planos ambiciosos para missões que poderiam competir com os EUA e seus aliados. Em março, a CNSA e sua contraparte russa Roskosmos concordaram em desenvolver a Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS) e, em junho, autoridades espaciais dos dois países disseram que estavam em negociações com parceiros internacionais, incluindo a Agência Espacial Européia, Tailândia, Estados Unidos, Emirados Árabes e Arábia Saudita para se juntarem ao seu esforço exploratório.
O novo plano ILRS China-Rússia foi amplamente visto como uma resposta ao programa Artemis liderado pelos EUA, anunciado em 2019 e destinado a “devolver astronautas dos EUA e seus aliados à Lua”, especificamente ao pólo sul lunar, até 2025. A NASA foi impedida de colaborar com a China sob a Emenda Wolf aprovada pelo Congresso dos EUA em 2011. A Rússia, em desacordo com os EUA em várias questões, disse que não se juntará aos planos lunares da americanos, que seu diretor-geral Dmitry Rogozin chamou de “muito centrado nos EUA”. A China é apenas o terceiro país, depois dos EUA e da Rússia, a colocar pessoas em órbita. No mais recente marco nas ambições espaciais de Pequim, três astronautas chineses estão a bordo do complexo espacial CSS ‘Tiangong’, a estação orbital que a China está construindo.
Uma base lunar chinesa
Pequim e Washington acusam-se mutuamente de “armar o espaço”. A delegação chinesa às Nações Unidas enviou em dezembro uma nota diplomática ao secretário-geral da ONU para reclamar de dois encontros próximos em órbita entre a estação espacial e alguns satélites Starlink, em julho e outubro, que forçaram a estação chinesa a manobras de evasão. Também houve hostilidade no espaço entre a Rússia e os EUA. Em novembro do ano passado, os americanos acusaram a Rússia de “comportamento perigoso e irresponsável” depois que Moscou disparou um míssil contra um de seus próprios satélites, gerando mais de 1.500 pedaços de detritos orbitais rastreáveis que os americanos disseram “ameaçar os interesses de todas as nações”. Dias depois, a Rússia disse que poderia tomar medidas legais contra uma astronauta da NASA, Serena Aunon-Chancellor, “por perfurar um pequeno buraco em sua espaçonave Soyuz MS-09” em 2018.
O que a dupla “Dragão e Urso”” pretende alcançar em assuntos globais?
Muito tem sido escrito e especulado sobre essaa aliança estratégica emergente entre a Rússia e a China, a que se deu o nome de “a dupla Dragão e Urso” na geopolítica do século XXI. As interpretações do contexto de aprofundamento das relações bilaterais variam de prognósticos muito céticos a outros muito otimistas para o futuro. Mas o que a dupla “Dragão e Urso” realmente pretende alcançar nos assuntos globais? Em primeiro lugar, trata-se de contrabalançar as forças centrífugas que surgem em todos os campos – da economia, finanças e comércio, à diplomacia e ligações políticas, às alianças militares, de defesa e estratégicas. Mas também tem muito a ver com o entendimento sobreposto dos países de que o mundo está em transformação sistêmica, cujos resultados são imprevisíveis e cujas implicações podem ser muito perigosas para eles. Comecemos pela geopolítica. Mesmo quando poucos entendem como aplicar a geopolítica, ela ainda oferece explicações bastante plausíveis quando se trata de constelações de poder e interesses entre os grandes atores nos assuntos globais. Em geopolítica, tamanho, localização e áreas geográficas específicas, bem como acesso a recursos naturais escassos e rotas comerciais significativas, mas também as participações econômicas e demográficas globais realmente importam. Todas essas características e fatores moldam a geoestratégia de um país a partir da complexa constelação entre eles. O atual sistema de relações internacionais caminha para um novo equilíbrio de dois polos do sistema. Uma única superpotência — os EUA — constrói o seu bloco transatlântico centrado na comunidade transatlântica, nos parceiros da OTAN e nas ligações estratégicas com os países do Golfo, mas também com Israel, Japão e parceiros do Sudeste Asiático e da América Latina. Além disso, Washington deseja preservar e expandir a herança institucional da Guerra Fria — do FMI/BM à OTAN e ao TTIP/TPP. Ao mesmo tempo, o surgimento da China como um segundo pólo do sistema já começou a moldar a geoestratégia de longo prazo de Pequim. Consequentemente, a Rússia está prestes a se tornar o novo free rider do sistema do RI no século XXI, o que basicamente significa que os dois países trocarão de papéis. A aliança é iminente devido a interesses mútuos, objetivos estratégicos comuns, bem como percepções compartilhadas de riscos e ameaças. Com base em uma vontade política muito forte, evoluirá com velocidade sem precedentes em vários campos-chave, como energia, defesa, militar, comércio, economia e infraestrutura, mas também cooperação em organizações e estruturas regionais e internacionais. Rússia e a China são membros de organizações internacionais importantes, nas quais podem moldar os assuntos globais coordenando ações e estratégias. Mais importante, a grande estratégia da China visa basicamente criar alternativas para cada instituição, organização ou estrutura do chamado mundo desenvolvido a longo prazo, e a Rússia também desempenha um papel central. As duas figuras abaixo mostram a rede de organizações regionais e internacionais onde ocorre a cooperação institucional da dupla “Dragão e Urso”.
China e Rússia fazem parte de todas essas cinco organizações.
Obviamente, a conexão dos “Dragão e Urso” é especialmente forte em organizações e instituições emergentes como BRICS, SCO, NDB, AIIB, só para citar algumas. Por último, mas não menos importante, a cooperação entre a China e a União Econômica da Eurásia (EAEU) no âmbito das novas iniciativas da Rota da Seda denominada One Belt, One Road (OBOR) tem caráter estratégico. Ambos os países assinaram um acordo sobre a integração da EAEU e OBOR e, assim, consolidar a massa de terra da Eurásia a longo prazo. China e Rússia fazem parte de todas essas cinco organizações.
As estruturas paralelas da China
Em poucas palavras, os seguintes argumentos geopolíticos apontam para uma iminente aliança da dupla “Dragão e Urso”:
Território: China e Rússia resolveram suas antigas disputas territoriais e demarcaram sua fronteira comum. Assim, nenhuma reivindicação territorial ou disputa de fronteira prejudicaria as relações bilaterais. Embora ambos os países estejam envolvidos em conflitos territoriais com terceiros países, eles não procuram interferir ou influenciar mutuamente suas posições ou abordagens (por exemplo, o papel da Rússia nos conflitos ‘frios’ e o papel da China no Mar do Sul da China não estão colidindo). Energia: A Rússia já ultrapassou a Arábia Saudita como principal fornecedor de petróleo para a China e também expandirá sua função de fornecimento de gás na China, cujos mercados emergentes e economia estão e continuarão famintos por energia. Vários projetos ambiciosos de gás no valor de bilhões de dólares estão atualmente em andamento e certamente afetarão a orientação futura da Rússia em relação aos mercados de energia asiáticos. A Gazprom acaba de acordar com os chineses a construção de um terceiro gasoduto para a China. Formatos triangulares estratégicos: a Rússia desempenha um papel como elemento de conexão no triângulo Índia-Rússia-China, bem como no triângulo Irã-Rússia-China. Ambos têm um enorme potencial de desenvolvimento, apesar dos problemas existentes. Triângulos interessantes podem surgir de possíveis constelações geopolíticas sobre Turquia-Rússia-China ou Alemanha-Rússia-China. Rotas comerciais: Para a China, a Eurásia desempenha um papel central em sua geoestratégia da Rota da Seda chamada One Belt One Road (OBOR). Assim, a Rússia é novamente o elemento-chave na estratégia eurasiana chinesa depois de assinar um acordo sobre a integração da EAEU e OBOR com o objetivo de consolidar a massa de terra eurasiana no longo prazo. As rotas marítimas são igualmente de grande importância. O Ártico será um dos lugares onde a Rússia procurará aumentar as ligações comerciais com a China através da Rota do Mar do Norte, que encurta a distância entre o Japão e Murmansk em 56% em comparação com o Canal de Suez, respectivamente, em 46% entre Shangai e Murmansk, e entre Vancouver e Murmansk em 44% em relação ao Canal do Panamá. O NSR é igualmente importante para a Rússia como uma rota comercial que liga a Europa à China. As mesmas rotas para Rotterdam marcam um encurtamento da distância, respectivamente, em 34%, Finanças: Rússia e China visam reduzir o domínio do dólar por meio de ‘swaps’ de moedas e outras medidas bilaterais e multilaterais. Por exemplo, a Rússia procura eliminar o uso do dólar e do euro no comércio entre os países da CEI, bem como dentro da União Econômica da Eurásia. A China, por sua vez, introduziu o primeiro programa piloto de duas moedas em uma cidade chinesa. Ambos os países também assinaram um acordo de swap cambial no valor de quase 24 bilhões de dólares em 2013. Outras medidas de promoção das moedas nacionais encontram-se no nível de operação do banco BRICS. Defesa e militar: A China tem interesse em uma cooperação de defesa com a Rússia devido à possível transferência de tecnologias avançadas e armas sofisticadas pela Rússia. Como o ministro russo Shoigu enfatizou em Pequim, a cooperação militar é a base para os laços bilaterais estratégicos. Os exercícios militares conjuntos tornaram-se parte substancial dela com o objetivo de facilitar uma melhor interoperabilidade entre as forças armadas. Até agora, a Rússia e a China realizaram exercícios navais conjuntos no Mar Mediterrâneo e no Mar do Japão. A cooperação de defesa mútua também evolui dentro da SCO, cujo papel como organização regional emergente está crescendo depois que a Índia e o Paquistão (o Irã provavelmente também em breve) se juntaram a ela. Diversos : Outros campos como produtividade, infraestrutura, tecnologias aeronáuticas e espaciais, bem como o desenvolvimento no Extremo Oriente também estarão na agenda da dupla “Dragão e Urso”. Ambos os países têm prioridades industriais muito semelhantes , como ‘energia nuclear, exploração espacial, novas tecnologias da informação, proteção ambiental, economia de energia, produção de medicamentos e equipamentos médicos de alta tecnologia e outras’.
Nave espacial chinesa Shenzhou: baseada na russa Soyuz…… devido a um contato comercial firmado nos anos 90
Enquanto o Século XX foi nomeado o “século americano” devido à ascensão dos EUA como potência global, o Século XXI será definitivamente o “século asiático” devido à ascensão iminente da China como potência global. A China não apenas pode se tornar um segundo pólo do sistema, mas também começará a desafiar as estruturas existentes da ordem mundial criando novas alternativas. Enquanto a comunidade transatlântica buscará preservar a herança institucional e o domínio geopolítico e geoeconômico herdado da Guerra Fria, a China claramente visará promover estruturas e processos alternativos em apoio à sua geoestratégia. É óbvio que o resultado dessas estratégias contraditórias não pode ser uma situação ganha-ganha. Eventualmente, um novo confronto de blocos entre EUA e China pode evoluir em um mundo muito mais interdependente e globalizado do que o da Guerra Fria, o que pode desencadear forças centrífugas de bipolaridade, abrangendo todo o espectro de interações nas relações internacionais. Consequentemente, todos os principais atores regionais, incluindo a Rússia, serão confrontados com uma escolha “ou/ou”. Como resultado, a China está se preparando para a transformação do sistema em todas as frentes – desde finanças, comércio e economia até novas alianças estratégicas, construção militar e aumento dos gastos com defesa. A Rússia, por sua vez, não terá potencial econômico para desempenhar um papel fundamental no que diz respeito à economia e ao comércio global. No entanto, Moscou continuará sendo uma das maiores potências em termos de armas nucleares e convencionais, bem como em tecnologias espaciais e militares. Assim, a Rússia desempenhará um papel nos assuntos globais, mas os moldará forçando a integração regional da Eurásia a qualquer preço e formando alianças estratégicas. Como resultado, Moscou está prestes a se tornar o novo free rider do sistema de relações internacionais que depende cada vez mais da confiança mútua, dos interesses e objetivos estratégicos comuns e da lógica geopolítica, Para resumir nas palavras de Putin : “As relações russo-chinesas provavelmente atingiram um ápice em toda a sua história”. Apesar dos atuais retrocessos econômicos, financeiros e comerciais e das tendências globais e regionais negativas, vale ressaltar que eles podem atrasar, mas não encerrar, o processo de consolidação da aliança estratégica sino-russa.
A recente invasão do país pela Rússia faz lembrar de como ucranianos e russos estão ligados
A Rússia teve a Ucrânia em sua ‘lista de desejos’ por décadas. E há muito tempo é contra a aproximação dos ucranianos com o Ocidente. No final de 2021 e em 2022, as tensões entre os dois países atingiram o pico – com a Rússia aumentando a aposta, movendo centenas de milhares de soldados para perto das fronteiras, e exigindo altas medidas de segurança da Ucrânia e do Ocidente. Isso deixou os líderes mundiais em alerta em meio à ameaça de guerra, com um fator complicante: os dois países dividem a mesma origem, e tem mais semelhanças do que diferenças.
Tanto a Rússia quanto a Ucrânia reivindicam sua herança Rus (também conhecida como ‘Kyivan Rus’ ou ‘Antsient Rus’), uma política que no século X uniu várias tribos e clãs de diferentes etnias sob a igreja bizantina. A ‘Grande Enciclopédia Soviética’ afirma que a Rus sofreu com a fragmentação feudal, e sua história está repleta de conflitos entre príncipes. De acordo com as crônicas russas antigas, Kiev, a moderna capital da Ucrânia, foi proclamada a mãe das cidades Rus (russas / rutenas), pois era a capital do poderoso estado medieval tardio de Rus, antecessor das nações russas e ucranianas de hoje. A discussão sobre até que ponto russos e ucranianos compartilham uma origem comum leva as discussões acaloradas.
Ucranianos no espaço
Durante décadas, ambos os países fizeram parte da União Soviética. Mas após seu colapso em 1991, mais de 90% dos ucranianos votaram para se tornar um país independente – rompendo com a URSS. Desde então, a relação entre a Rússia e a Ucrânia tem sido complicada. Especialistas dizem que os dois países estão “ unidos pelo quadril ” – literalmente porque compartilham mais do que uma fronteira. E figurativamente, por uma série de razões. Embora o ucraniano seja a língua oficial lá, muitos também falam russo. As famílias estão espalhadas pelos dois países, algo que aconteceu em parte por causa da migração durante a era soviética. O Kremlin até descreveu ucranianos e russos como “um só povo”. E Putin tomou medidas para tornar isso realidade, oferecendo cidadania russa aos ucranianos. E tentando manter a OTAN à distância.
Mas a grande questão que sempre pairou sobre o governo ucraniano é se ele deveria se aliar à Rússia ou ao Ocidente. A Rússia quer manter a influência sobre a Ucrânia – especialmente porque fazia parte da União Soviética. Mas as nações da Europa Ocidental têm sentimentos contraditórios desde que a adesão da Ucrânia à OTAN provavelmente resultaria em uma invasão russa. E assim, essa mesma OTAN precisaria intervir para ajudar na defesa. Polônia, Romênia e Suécia parecem estar prontas para a tarefa, de acordo com dados do Conselho Europeu de Relações Exteriores. Enquanto França e Alemanha não têm tanta certeza. Mas a OTAN diz que a Ucrânia deve poder escolher se adere ou não. Já os EUA querem garantir que a Ucrânia seja um “estado livre e democrático”, seja lá o que eles entendam como tal.
Em 2014, o jogo de cabo de guerra atingiu o topo. Foi quando o presidente pró-Rússia da Ucrânia, Viktor Yanukovych, decidiu suspender um pacto comercial com a UE, e os ucranianos saíram às ruas para protestar. Apenas alguns meses depois , Yanukovych foi demitido do cargo – e um governo interino pró-ocidente assumiu as rédeas. A Rússia não ficou feliz com isso. Em retaliação, separatistas pró-Rússia tomaram prédios do governo na Crimeia (uma região autônoma no sul ), com o Kremlin jogando seu peso atrás deles. E em março de 2014, a Rússia anexou formalmente a península – resultando em um conflito de oito anos entre as duas nações que deixou mais de 14.000 mortos e um acordo de paz tenha sido negociado em 2015 (com a ajuda da França e da Alemanha). Nas ‘letras miúdas’ a Ucrânia recuperaria o controle total de suas fronteiras. E ambos os lados concordariam com um cessar-fogo, retirariam suas armas pesadas, combatentes estrangeiros e trocariam prisioneiros e reféns. Como bônus, ambas as regiões teriam algum grau de autogoverno. Mas isso nunca foi implementado.
Os ucranianos espaciais
A mídia ucraniana, trabalhando a pedido de seus patrocinadores, a cada Dia da Cosmonáutica lembra apenas o “único” cosmonauta ucraniano, Leonid Kadenyuk. Mas o fato de que o país ocupa o terceiro lugar no número de astronautas no mundo tem sido tradicionalmente “esquecido”. A razão é banal: os primeiro ucranianos voaram em espaçonaves da URSS e da Federação Russa, e não dos Estados Unidos. Desde o início da era espacial, representantes da Ucrânia estiveram entre os participantes ativos nos eventos. Dois principais designers – S.P. Korolev (nascido em Zhytomyr e passou sua juventude em Odessa) e V.P. Glushko (nascido em Odessa, e lá em sua juventude sonhou com voos espaciais). Estes são fatos bem conhecidos, mas não amplamente divulgados pela mídia ucraniana. “Os nomes dos cosmonautas da Ucrânia também caíram no esquecimento da mídia”, diz Mikhail Ryabov, presidente da Sociedade Astronomica de Odessa, pesquisador sênior do Observatório de Odessa do Instituto de Radioastronomia de Kharkov.
O número de cosmonautas da Ucrânia é de dezenove, o terceiro maior do mundo. Em primeiro lugar estão os Estados Unidos, em segundo a Rússia. A China tem mais de doze cosmonautas e está perto do momento em que ultrapassará a Ucrânia. A ‘galáxia’ dos cosmonautas ucranianos começa com P.R. Popovich, que voou para o espaço em 1962. Ele foi seguido por G.V. Beregovoy em 1968 (em 2021 foi comemorado o 100º aniversário de seu nascimento). O terceiro cosmonauta, G.S. Shonin, cuja vida se passou em Odessa por longo tempo, e voou em 1969. Já Gueorguii Dobrovolsky, também de Odessa, se tornou o quarto cosmonauta e morreu tragicamente durante o retorno da espaçonave Soyuz 11 após 24 dias de voo.
O “cosmonauta da Ucrânia independente” L.K. Kadeniuk – o décimo oitavo na lista de cosmonautas da Ucrânia – fez um voo com duração de 15 dias. Sem prejudicar seu papel e cidadania ativa na proteção da indústria espacial da Ucrânia, os registros da duração dos voos de outros cosmonautas da Ucrânia são impressionantes. Por exemplo, Yuri Malenchenko, que realizou seis voos espaciais com duração total de 927 dias, ocupa o primeiro lugar neste indicador. Em segundo está Serguey Volkov, que passou 547 dias no espaço em três voos.
A maioria desses cosmonautas são da região de Kharkov. Todos os cosmonautas da Ucrânia estavam na mesma ‘família’ de cosmonautas soviéticos, e na época eles não se distinguiam particularmente nem da Rússia e nem na Ucrânia. Hoje, no entanto, os jovens precisam de exemplos vívidos de ‘histórias estelares’ de verdadeiros heróis do espaço – em vez dos ‘heróis’ impostos pela mídia. A história de cada um dos heróis do espaço é digna da atenção dos jovens e da memória de todas as gerações. Muitos pesquisadores dizem que o assunto deveria ser incluído nos livros escolares de história da Ucrânia, mas não o será, porque tais imperativos são estabelecidos por propagandistas que processariam quem chamasse Serguei Korolyov de “designer soviético” e não se importam com o resto. Se Korolyov tivesse emigrado para os EUA, a midia ucraniana cantaria hosanas a ele.
Artsebarsky, Anatoly Pavlovitch Nascido em 9 de setembro de 1956 na vila Prosyan, região de Dnepropetrovsk. Em 1977 formou-se na Escola Superior de Pilotos de Aviação Militar de Kharkov e foi matriculado como piloto instrutor no regimento de treinamento da mesma escola. Em 1985-1991 foi treinado para voos espaciais. De 18 de maio a 10 de outubro de 1991, ele liderou a expedição na espaçonave de transporte Soyuz TM-12 até a estação orbital Mir e trabalhou nela. Fez 6 caminhadas espaciais com duração total de 32 horas e 17 minutos. Desde 1993, ele trabalha no sistema da Academia Russa de Ciências, bem como em cargos seniores em vários fundos e sociedades anônimas.
Beregovoy, Georgy Vasilyevich (1921-1995) Georgy Vasilyevich é, entre as pessoas que estiveram no espaço, a que nasceu primeiro – em Fedorovka, região de Poltava. Em 1941 formou-se na Escola Voroshilov de Pilotos Militares (agora Lugansk). Durante a guerra fez 186 surtidas. Entre os prêmios está o título de Herói da União Soviética (26/10/1944). No distrito militar de Odessa, ele foi piloto de testes (1948-1964), e desde 1963 no corpo de cosmonautas. De 26/10 a 30/10/1968 na espaçonave Soyuz-3 fez um vôo espacial, durante o qual elaborou controle manual e manobras junto à Soyuz-2 não tripulada. Em 1972-1987 chefiou o Centro de Treinamento de Cosmonautas.
Bondarenko, Valentin Vasilyevich (1937 – 1961) Nasceu em Kharkov. Em 1957 formou-se na Escola Superior de Pilotos Militares de Krasnodar. Em 27 de abril de 1960 foi inscrito no primeiro destacamento de cosmonautas soviéticos. Ele nunca foi ao espaço, pois em 23 de março de 1961, morreu tragicamente durante o treinamento, devido a um incêndio na câmara de despressurização. Talvez seja daí que surgiu a lenda sobre os cosmonautas soviéticos que morreram durante o voo antes mesmo do voo de Gagarin.
Vasyutin, Vladimir Vladimirovich (1952 – 2002) Nascido em Kharkov em 1973 formou-se na Escola Superior de Pilotos Militares de Kharkov e tornou-se piloto instrutor no regimento de treinamento da escola. Ele foi treinado para voos espaciais em 1977-1985. Em setembro de 1985, junto com G. Grechko e A. Volkov, na espaçonave Soyuz T-14, ele chegou à estação Salyut-7. O trabalho na estação teve que ser interrompido antes do previsto devido à doença de Vasyutin, e em 21 de novembro a Soyuz T-14 retornou à Terra. Depois disso, Vasyutin trabalhou na Academia da Força Aérea. Yu.A. Gagarin.
Volk, Igor Petrovich (1937 – 2017) Nascido na cidade de Zmiev, região de Kharkov. Em 1956 formou-se na Escola de Aviação Militar de Kirovograd para Pilotos e em 1965 na Escola de Pilotos de Teste. Em 1979-1980 passou no treinamento espacial geral. Ele foi cosmonauta pesquisador durante o voo de 17 a 29 de julho de 1984 no complexo Salyut-7 – Soyuz T-11 (tendo como colegas Dzhanibekov e Savitskaya ). De acordo com o programa de testes, imediatamente após o pouso, ele pilotou um helicóptero e aeronaves Tu-154 e MiG-25 para provar a capacidade de pilotar o “avião espacial” Buran, para o qual estava se preparando. Mas aconteceu que o projeto Buran se limitou a apenas um voo em modo automático. Volk continuou a trabalhar como piloto de testes e até 1995 fez parte do corpo de cosmonautas.
Volkov, Alexander Alexandrovich Nasceu em 27 de maio de 1948 em Gorlovka. Ele se formou na Escola Superior de Pilotos de Aviação Militar de Kharkov em 1970, após o que foi piloto instrutor e piloto de testes. Membro de três expedições espaciais: Soyuz T-14 – Salyut-7 (17/09 – 21/11/1985), Soyuz TM-7 – Mir-4 (26/11/1988 – 27/04/1989) e Soyuz TM-13 – “Mir-10” (02/10/1991 – 25/03/1992). Ele liderou as duas últimas expedições e durante elas fez caminhadas espaciais. Em 1991-1998, antes de sua demissão das forças armadas, foi comandante do destacamento de cosmonautas. Desde então, esteve envolvido em vários projetos relacionados com a aviação. Seu filho mais velho, Sergei, também é cosmonauta:
Volkov, Sergey Alexandrovich O filho de A. Volkov nasceu em 1º de abril de 1973 em Chuguev, região de Kharkov. Depois de se formar na Escola Superior de Pilotos de Aviação Militar Tambov em 1995, entrou em serviço. Desde 1997 no corpo de cosmonautas. Participou de três expedições à ISS: 2008 (duas caminhadas espaciais), 2011 (uma caminhada espacial), 2015 – 2016 (um espaço de caminhada espacial). Trabalha como um dos principais especialistas do corpo de cosmonautas.
Gidzenko, Yury Pavlovitch Nascido em 26 de março de 1962 na vila Yelanets, região de Mykolaiv. Em 1983 graduou-se na Escola Superior de Pilotos de Aviação Militar de Kharkov. Ele serviu na Força Aérea da URSS no Distrito Militar de Odessa. Em 1988-1989 passou no treinamento espacial geral. Participou de três expedições espaciais: 1995- 1996 (estação Mir), 2000- 2001, 2002 (ISS).
Dobrovolsky, Georgy Timofeevich Dobrovolsky (1928-1971). Nasceu em Odessa. Durante a ocupação germano-romena, ele ia se tornar um guerrilheiro, mas foi capturado pela polícia. Os moradores locais conseguiram “comprá-lo” de volta. Em 1959 graduou-se na Escola de Pilotos de Aviação Militar de Chuguev. Serviu na Força Aérea da URSS. Completou o treinamento espacial geral em 1963-1965. No período de 6 a 29 de julho de 1971, ele fez um voo espacial como engenheiro de teste da espaçonave Soyuz-11 e da estação orbital Salyut-1 (comandante Vladislav Volkov, engenheiro de voo Viktor Patsiev). Este voo, na época recorde (quase 24 dias), terminou tragicamente: a tripulação morreu durante o retorno à Terra, devido à despressurização da cápsula.
Zholobov, Vitaly Mikhailovich Nascido em 18 de junho de 1937 na aldeia de Staraya Zburyevka, região de Kherson. Em 1959 formou-se no Instituto de Petróleo e Química do Azerbaijão em automação, telemecânica e instrumentos de medição elétrica. No corpo de cosmonautas desde 1963, em 6 de julho de 1976, na espaçonave Soyuz-21 (comandante Boris Volinov) partiu para a estação espacial Almaz (Salyut-5). Os astronautas realizaram pesquisas científicas, técnicas e biomédicas e retornaram à Terra em 24 de agosto. Em 1981, Zholobov se aposentou e desde então vem trabalhando em vários cargos, em particular, como um dos gerentes da usina nuclear de Chernobyl, chefe do departemento geológico aeroespacial na Sibéria e presidente da Administração Estatal Regional de Kherson; é presidente da Sociedade Aeroespacial da Ucrânia.
Kadenyuk, Leonid Konstantinovich Nascido em 28 de janeiro de 1951 na vila Klishkivtsy Chernivtsi em uma família de professores. Desde 1971, depois de se formar na Escola Superior de Aviação Militar de Chernihiv , trabalhou como instrutor nesta escola. Em 1976, foi aceito no destacamento de cosmonautas soviéticos. Durante 1977-2000 foi associado ao projeto Buran. Ao mesmo tempo, foi piloto de testes da Força Aérea da URSS (1984-1888), formado no departamento de construção de aeronaves do Instituto de Aviação de Moscou (1989), foi treinado como comandante de espaçonave Soyuz-TM (1992 ), estudou naves soviéticas e americanas e já voou mais de 50 tipos de aeronaves, incluindo uma americana, com 2.400 horas de voo. Especializou-se em experimentos espaciais científicos em biologia, medicina, e ecologia. Desde 1995 , entrou no grupo de cosmonautas da Agência Espacial Nacional da Ucrânia, sendo foi treinado pela NASA para um voo no ônibus espacial Columbia, que ocorreu de 19 de novembro a 5 de dezembro de 1997. Durante o voo, Kadenyuk, junto com colegas americanos, investigou o efeito da ‘ausência de peso’ em nabos, soja e musgo. Após o voo, com o posto de major-general, trabalhou na Inspetoria Geral Militar sob o presidente da Ucrânia para aviação e astronáutica. Além de trabalhos científicos (trabalhando no Instituto de Pesquisas Espaciais), escreveu o livro “Missão – Espaço” (2009). Leonid morreu em 31 de janeiro de 2018 de um ataque cardíaco durante uma corrida matinal. Ele foi enterrado no cemitério de Baikove, em Kiev, e na sua aldeia natal um monumento foi erigido para ele.
Kizim, Leonid Denisovich Leonid Denisovich (1941-2010). Nasceu em Liman, região de Donetsk. Em 1963 ele formou-se na Escola Superior de Aviação Militar de Chernihiv para Pilotos. Desde 1965 no corpo de cosmonautas, foi o comandante de três expedições espaciais. No primeiro, junto com O. Makarov e G. Strekalov consertaram a estação Salyut-6. Durante a segunda (8 de fevereiro a 2 de outubro de 1984), trabalhou na estação Salyut-7. Na terceira expedição (1986) trabalhou nas estações Salyut-7 e Mir. Mais tarde, trabalhou em altos cargos nas Forças Armadas da Federação Russa.
Levchenko, Anatoly Semyonovich Anatoly Semyonovich (1941-1988). Nasceu em Krasnokutsk, região de Kharkov. Em 1964 formou-se na Escola Superior de Aviação Militar de Chernihiv. Serviu na Força Aérea da URSS. Desde 1980 esteve na equipe de cosmonautas-pesquisadores. De 21 a 29 de dezembro de 1987, ele cosmonauta pesquisador na estação Mir, onde, em particular, realizou um experimento para controlar o Buran durante a adaptação à ausência de peso e imediatamente após o pouso, um experimento semelhante em condições de retorno à Terra. Ele morreu em 6 de agosto de 1988.
Lyakhov, Vladimir Afanasyevich (1941 – 2018) Nasceu em Antracite, região de Voroshilovgrad (Lugansk). Em 1964 formou-se na Escola Superior de Aviação de Kharkov para Pilotos. No corpo de cosmonautas desde 1967, foi comandante de três expedições espaciais. Durante a primeira ( 1979), junto com V. Ryumin, trabalhou na estação Salyut-6, onde fizeram uma caminhada espacial não programada para desengatar a antena do radiotelescópio KRT-10 da estação. A segunda expedição ocorreu de 1983 (estação Salyut-7 com A. Aleksandrov). Pouco antes de retornar à Terra, eles fizeram duas caminhadas espaciais para instalar painéis solares adicionais. Durante a terceira expedição ( 1988), junto com V. Polyakov e A.A. Mohmand (Afeganistão), trabalhou na estação Mir. Após esses voos, trabalhou no Centro de Treinamento de Cosmonautas.
Malenchenko, Yury Ivanovich Nascido em 22 de dezembro de 1961 na cidade de Khrushchev (agora Svetlovodsk) da região de Kirovograd. Em 1963 graduou-se na Escola Superior de Pilotos de Kharkov. Serviu na Força Aérea da URSS (Distrito Militar de Odessa). Desde 1987 no corpo de cosmonautas. Ao mesmo tempo, treinou na NASA. Participou em seis missões espaciais: 1) para a estação Mir com T. Musabayev ( 1994), na Atlantis STS-106 ( 2000), para a ISS com Edward Lu ( 2003), na ISS ( 2007 – 2008), 5) na ISS ( 2012), na ISS ( 2015- 2016). Curiosamente, durante o terceiro voo, ele se casou “remotamente” com Katerina Dmitrieva, de uma família de emigrantes da URSS, tendo-a conhecido em Houston durante o treinamento.
Onufrienko, Yury Ivanovich Yuri, nascido em 6 de fevereiro de 1961 na vila Ryasne, região de Kharkov. Em 1982 formou-se na Escola Superior de Pilotos de Aviação Militar de Yeisk. Serviu na Força Aérea da URSS. Desde 1989 no centro de treinamento de cosmonautas, seu primeiro vôo espacial para a estação Mir ( 1996) junto com Yu. Usachev e a americana Shannon Lucid. Durante o voo, ele fez 6 caminhadas espaciais. Trabalha no Centro de Treinamento de Cosmonautas.
Popov, Leonid Ivanovich Popov nasceu em 31 de agosto de 1945 em Aleksandriya, região de Kirovograd. Em 1968 formou-se na Escola Superior de Aviação Militar de Chernihiv. Serviu na Força Aérea da URSS,e no corpo de cosmonautas desde 1970. Fez três voos espaciais: junto com V. Ryumin na Salyut-6 ( 1980), junto com o romeno D. Prunariu ( 1981) na Soyuz-40 e em conjunto com A. Serebrov e S. Savitskaya na Salyut-7 ( 1982). Em seguida, trabalhou no Centro de Treinamento de Cosmonautas e, desde 1989 em cargos seniores no Ministério da Defesa da URSS e da Rússia.
Popovich, Pavel Romanovich (1930-2009) Pavel nasceu na cidade de Uzin, região de Kiev. Em 1954 formou-se na Escola de Aviação Militar Kachinsky e serviu na Força Aérea da URSS, entrando no corpo de cosmonautas desde 1960. De 12 a 15 de agosto de 1962, tornou-se membro do primeiro voo em grupo de duas espaçonaves (com A. Nikolaev na Vostok-3, e Popovich na Vostok- 4 ). A pedido de S. Korolev, ele executou a primeira música no espaço (“Eu maravilho-me com o céu”). Ele participou da “corrida da Lua” 1965-1969. O segundo voo ocorreu em julho de 1974, junto com Yu. Artyukhin na espaçonave Soyuz-14 para a estação Salyut-3. Após a acoplagem, a tripulação realizou estudos geológicos, morfológicos, atmosféricos, biomédicos e outros.
Tsibliyev, Vasily Vasilievich Nascido em 20 de fevereiro de 1954 na vila de Orekhovka, região da Crimeia. Em 1975 ele formou-se na Escola Superior de Pilotos de Kharkov. Ele serviu no grupo de tropas soviéticas na Alemanha e no distrito militar de Odessa. Desde 1987 no corpo de cosmonautas. Trabalhou na Roskosmos. Liderou duas missões espaciais internacionais na estação Mir, saiu para o espaço aberto cinco vezes, durante a segunda expedição em 1997 , por 5 horas. Até 2009, trabalhou como chefe do Centro de Treinamento de Cosmonautas.
Shonin, Georgy Stepanovich (1935 – 1997) Nasceu na cidade de Rovenki, região de Luhansk. Quando criança, morou em Balta. Em 1957 graduou-se na Escola de Aviação Naval de Yeisk. Serviu na aviação do Báltico e Frotas do Norte. Desde 1960 no corpo de cosmonautas (o primeiro conjunto). Em outubro de 1969, participou do primeiro voo em grupo de três naves espaciais – Soyuz-6, Soyuz-7 e Soyuz-8. Os cosmonautas realizaram experimentos em soldagem no espaço, bem como na detecção de lançamentos de mísseis balísticos em órbita. Após o voo, Shonin trabalhou no Centro de Treinamento de Cosmonautas até 1979, e mais tarde ocupou altos cargos no Distrito Militar de Odessa e no Ministério da Defesa da URSS.
A espaçonave de carga norte-americana Cygnus NG17 acoplou-se na segunda-feira (21 de fevereiro) com a Estação Espacial Internacional (ISS). A acoplagem ocorreu às 11h02, horário de Brasília. Os astronautas da NASA Raja Chari e Kayla Barron, que fazem parte da tripulação da ISS, capturaram a nave usando o braço manipulador Canadarm2 e a trouxeram para engatar na câmara acoplagem do módulo Unity.
Espaçonave Cygnus
A Cygnus, de propriedade da Northrop Grumman Corporation, entregou mais de 3,7 toneladas de cargas diversas – alimentos, peças de reposição e equipamentos para pesquisa científica para estudar o envelhecimento da pele na ausência de peso e o efeito de drogas em tumores, além de um novo sistema de cultivo de plantas em órbita entre outras atividades.
A desacoplagem está prevista para maio. Carregado com lixo, o cargueiro se separará da estação, lançará satélites CubeSat ultra-pequenos em órbita e afinal queimará nas densas camadas da atmosfera em cerca de duas semanas.
A Cygnus foi lançada no topo de um foguete Antares às 12h40 EST de sábado, 19 de fevereiro, da Wallops Flight Facility da NASA na Virgínia.
O foguete Falcon 9 v1.2 FT Block 5 nº B1058.11 lançou 46 satélites Starlink (Starlink-37) do Complexo de Lançamento Espacial (SLC-40) na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, hoje, 21 de fevereiro de 2022, às 14:44 UTC (11:44 Brasília). Após a separação dos estágios, o ‘core’ do Falcon 9 pousou na barca-drone A Shortfall of Gravitas , estacionada no Oceano Atlântico. O primeiro estágio do Falcon 9 (B1058) já lançara dez missões: Crew Demo-2, ANASIS-II, CRS-21, Transporter-1, Transporter-3 e cinco outros Starlink.
Imagens de câmeras on-board do estágio ‘core’ e do segundo estágio
O foguete de 69,97 metros de comprimento e cerca de 565.470 kg de massa decolou com céu limpo e condições meteorológicas favoráveis no Cabo Canaveral. Os satélites foram liberados do segundo estágio após cerca de uma hora da decolagem, após duas ignições do motor Merlin 1D Vac, em órbita incial de 325 x 337km, inclinada em 53.2 graus.
Pouso na balsa-drone
As estatísticas da SpaceX foram atualizadas nesta missão para: 141º lançamento de um foguete Falcon 9 desde 2010 149º lançamento da família de foguetes Falcon desde 2006 11º lançamento do Falcon 9 ‘core’ B1058 124º lançamento do Falcon 9 da Costa Espacial da Flórida 80º lançamento do Falcon 9 da plataforma 40 135º lançamento geral da plataforma 40 84º voo de um ‘booster’ Falcon 9 reutilizado 37º lançamento dedicado do Falcon 9 com satélites Starlink 7º lançamento do Falcon 9 em 2022 7º lançamento da SpaceX em 2022 8º lançamento orbital baseado em Cabo Canaveral em 2022
A Terra e a Lua vistas pela Chang’e 5 do ponto Lagrange 1 Sol-Terra em abril de 2021, antes de retornar ao sistema Terra-Lua. foto CNSA/CLEP
por Andrew Jones
Os destroços de foguete que devem impactar a Lua em março não se originaram da missão Chang’e-5 T1 de 2014, afirma o Ministério das Relações Exteriores da China. “De acordo com o monitoramento , o estágio superior do foguete relacionado à missão Chang’e-5 T1 reentrou na atmosfera da Terra e queimou completamente”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin , hoje, 21 de fevereiro de 2022. Dados de rastreamento espacial do 18º Esquadrão de Controle Espacial da Força Espacial americana sugerem que o objeto 2014-065B reentrou na atmosfera em outubro de 2015, um ano após o lançamento, aparentemente apoiando a afirmação chinesa.
A alegação adiciona mais mistério a um evento que chamou a atenção desde que foi relatado pela primeira vez que um objeto impactaria a Lua. O astrônomo Bill Gray informou em 21 de janeiro que um objeto designado WE0913A estava em uma trajetória que colidiria com a Lua em 4 de março. Gray inicialmente associou os detritos com o lançamento do Falcon 9 em fevereiro de 2015 do Deep Space Climate Observatory (DSCOVR). Gray revisou a identificação do WE0913A em 12 de fevereiro , no entanto, sugerindo um ajuste melhor para ser o estágio superior de um estágio de foguete Longa Marcha 3C que lançou a Chang’e-5 T1 em 2014, um objeto catalogado com o designador internacional 2014-065B. “De certa forma, isso continua sendo uma evidência ‘circunstancial’”, escreveu Gray, acrescentando uma ressalva.
O Washington Post mais tarde relatou uma declaração do Centro de Estudos de Objetos Próximo à Terra do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, que disse que o objeto é provavelmente o foguete chinês da Chang’e 5-T1 lançado em 2014. Análise espectral independente por estudantes da Universidade do Arizona também afirmou ter confirmado a identidade do objeto como provavelmente pertencente à missão da China. O novo desenvolvimento, se confirmado, destaca os desafios de rastrear objetos no espaço profundo. Gray observa em seus relatórios sobre o objeto que rastrear lixo no espaço profundo não tem sido “uma grande preocupação”, explicando que o rastreamento da Força Espacial dos EUA está focado em órbitas mais baixas.
O radar, que é usado pode rastrear objetos tão pequenos quanto cerca de 10 centímetros em órbitas mais baixas, mas os telescópios são necessários para rastrear até objetos grandes quando estão mais distantes da Terra. O evento também destaca a importância da sustentabilidade nas operações espaciais daqui para frente. Tanto os Estados Unidos quanto vários parceiros e China e Rússia estão planejando os respectivos programas Artemis e Estação Internacional de Pesquisa Lunar ( ILRS ) para estabelecer uma presença de longo prazo na Lua.
A Chang’e-5 T1 foi uma missão experimental para uma futura missão de retorno de amostras lunares mais ambiciosa. Ela testou com sucesso uma nave espacial para reentrada faseada depois de retornar da Lua, verificando que uma cápsula de reentrada poderia trazer rochas lunares com segurança à Terra. O estágio superior do foguete Longa Marcha 3C para a missão também carregou a missão Manfred Memorial Moon para Luxemburgo. Já a missão Chang’e-5 foi lançada em novembro de 2020, coletando 1,7 kg de amostras lunares frescas da Lua e trazendo-as à Terra em dezembro de 2020.
O estágio superior dessa missão, de um foguete Longa Marcha 5, reentrou sobre o Oceano Pacífico uma semana após o lançamento. “Os esforços aeroespaciais da China estão sempre de acordo com a lei internacional”, disse Wang , em resposta à pergunta sobre o impacto lunar iminente da Associated Press. “Estamos comprometidos em salvaguardar seriamente a sustentabilidade a longo prazo das atividades do espaço e estamos prontos para ter amplos intercâmbios e cooperação com todos os lados”.
O módulo de serviço da Chang’e-5 de 2020 está atualmente testando uma órbita inédita ao redor da Lua em uma missão estendida ao espaço profundo. O módulo de serviço, que desempenhou um papel importante na entrega de 1,731 kg de amostras lunares à Terra em 2020, está agora na chamada órbita retrógrada distante (distant retrograde orbit – DRO) da Lua, de acordo com rastreadores amadores de satélite.
São 46 satélites Starlink do Grupo 4-8; estágio B1058 fará seu 11º lançamento
A SpaceX deve lançar hoje, segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022, mais um grupo (“4-8”) de Starlinks, com 46 satélites em órbita baixa a partir do Space Launch Complex (SLC-40) na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. A janela de lançamento instantânea do Falcon 9 B1058.11 é às 11:44:30 de Brasília (14:44:30 UTC).
Trajetória prevista do lançamento e primeira órbita
O perfil de lançamento utilizará duas ignições do motor Merlin Vac; a segunda será no apogeu durante a segunda volta em torno da Terra, entrando em uma órbita de 325 x 337km. A pilha de satélites (do tipo v1.5) será separada cerca de uma hora e três minutos após o lançamento.
Perfil de voo com decolagem e retorno do primeiro estágio ‘core’ B1058.11
O ‘core’ do primeiro estágio desta missão lançou anteriormente as missões Crew Demo-2, ANASIS-II, CRS-21, Transporter-1, Transporter-3 e outros cinco Starlink. Após a separação , o primeiro estágio do Falcon 9 pousará na balsa-drone A Shortfall of Gravitas (rebocada pelo navio Zion M Falgout), que está estacionada no Oceano Atlântico a 640 km do local de decolagem. Este é o quarto voo para ambas as conchas da carenagem de cabeça deste foguete. O navio de apoio Doug vai fazer a recuperação das carenagens. Um webcast ao vivo desta missão no Canal do Homem do Espaço começará cerca de 15 minutos antes da decolagem.
Cronograma de lançamento
00:00:00 Decolagem 00:01:12 Max Q – momento máximo de estresse mecânico no foguete 00:02:32 Corte dos motores do 1º estágio (MECO) 00:02:35 1ª e 2ª estágios separados (estagiamento) 00:02:43 Ignição do motor do 2º estágio 00:02:49 Descarte da carenagem 00:06:49 Início da queima de reentrada do 1º estágio 00:07:10 Queima de reentrada do 1º estágio concluída 00:08:25 Início da queima de pouso do 1º estágio 00:08:47 Corte do motor do 2º estágio (SECO-1) 00:08:49 1º estágio pousa na balsa-drone 00:56:38 Partida do motor do 2º estágio 00:56:39 Corte do motor do 2º estágio (SECO-2) 01:02:55 Satélites são liberados
O foguete-portador americano Antares 230+ com a espaçonave robótica Cygnus NG17 da Northrop Grumman foi lançado no sábado, 19 de fevereiro, do espaçoporto Wallops Island (Costa Leste dos EUA, Virgínia) como parte da 17ª missão de abastecimento à Estação Espacial Internacional (ISS). O lançamento da espaçonave, que recebeu o nome do astronauta americano nascido na Grã-Bretanha Piers Sellers (1955-2016), ocorreu às 12h40, horário da Costa Leste dos EUA (14h40, horário de Brasília). A espaçonave e o segundo estágio do foguete entraram em órbita inicial de 182 x 315 km x 51,6 graus. A Cygnus fará mudanças de trajetória para se encontrar com a estação, enquanto o estágio decairá e reentrará na atmosfera.
A bordo do Cygnus estão mais de 3,7 toneladas de cargas úteis, incluindo equipamentos para estudar o envelhecimento da pele em gravidade zero, bem como para estudar os efeitos de drogas em tumores. Sensores mais duráveis para o sistema de fornecimento de oxigênio da ISS e equipamentos para testar o novo sistema de cultivo de plantas em órbita também serão entregues à estação para testes.
Trajetória da nave, do estágio esgotado e da ISS
Espera-se que a Cygnus chegue à ISS em 21 de fevereiro e seja capturada e acoplada na estação pelo astronauta da NASA Raja Chari usando um braço manipulador Canadarm 2, auxiliado por sua colega Kayla Barron. De acordo com a prática da NASA, o veiculo permanecerá em órbita por vários meses, e final da missão será preenchido com resíduos da estação e, após cerca de duas semanas, queimará nas camadas densas da atmosfera.
A 17ª missão comercial de reabastecimento da Northrop Grumman (Cygnus-NG17) para a NASA para a Estação Espacial Internacional está programada para ser lançada dentro de uma janela de cinco minutos que abre às 17:40 UTC (14:40 Brasília) de hoje, 19 de fevereiro. A previsão na zona de exclusão de lançamento permanece 75% favorável, com os ventos terrestres sendo a principal preocupação. O lançamento do foguete Antares 230+ , transportando a espaçonave de carga, será a partir do Mid-Atlantic Regional Spaceport Pad (plataforma) 0A (zero-A, O-êi) da Virginia Space no Wallops Flight Facility da NASA na ilha Wallops na Virgínia.
A espaçonave está programada para permanecer na estação espacial até maio, quando partirá da estação, descartando várias toneladas de lixo durante uma reentrada ardente na atmosfera da Terra.
Transmissão ao vivo pelo Homem do Espaço
Entre os experimentos transportados, estão um estudo que examina os efeitos de uma droga em células de câncer de mama e próstata; uma nova instalação de combustão; uma investigação da Colgate-Palmolive que alavancará a aceleração do envelhecimento da pele em microgravidade para ajudar a criar e validar um modelo de tecido projetado para servir como plataforma para testar produtos potenciais para proteger a pele envelhecida; e um sistema que testará técnicas hidropônicas e aeropônicas para o crescimento de plantas e permitirá aos cientistas observar o crescimento das raízes através de vídeo e imagens estáticas.
O Antares original foi atualizado para o Antares 230+ para o contrato da NASA Commercial Resupply Services 2. O NG-12, lançado em 2 de novembro de 2019, foi a primeira missão CRS-2 da NASA à ISS usando o modelo 230+.
As atualizações mais significativas no Antares foram mudanças estruturais no compartimento intertanque (entre os tanques de LOX e RP-1) e no compartimento dianteiro (antepara dianteira do tanque de LOX ). Além disso, a empresa está trabalhando em melhorias de trajetória por meio de um “piloto automático de liberação de carga” que dará maior capacidade de massa em órbita.
Carregando mais de 4.150 kg de experimentos (como o Spacebiofilms), suprimentos e ferramentas – e novos sensores de hidrogênio para o sistema de recuperação de oxigênio. Também está a bordo um sistema de última geração para melhorar as técnicas de cultivo de plantas e baterias recarregáveis de íons de lítio. Além disso, pela primeira vez a nave estará equipada com um sistema que permitirá ajustar a órbita da estação. A espaçonave Cygnus foi batizada de SS Piers Sellers em homenagem ao falecido astronauta da NASA que passou quase 35 dias em três missões ajudando a construir a ISS. “Campeão incansável das ciências da Terra, Sellers morreu em dezembro de 2016” – anunciou o press-release oficial.
O lançamento hoje posiciona o Cygnus para encontro com a estação espacial na segunda-feira, 21 de fevereiro. Por volta das 04h35 EST, o astronauta da NASA Raja Chari capturará a nave, com a bela astronauta Kayla Barron atuando como reserva. Após a captura do Cygnus, o controle da missão em Houston enviará comandos para o braço da estação Canadarm2 girar e instalá-lo na porta voltada para a Terra (nadir) do módulo Unity.
O CEO da Tesla e da SpaceX está acusando a Securities and Exchange Commission (SEC) de tentar “congelar” sua liberdade de expressão. Depois que Musk disse no Twitter em 2018 que queria tornar a Tesla privada, a SEC – agência federal encarregada de regular os mercados públicos – chegou a um acordo com o bilionário para limitar seu uso de mídia social relacionado às suas empresas. No entanto, a SEC não distribuiu os US$ 40 milhões em multas cobradas aos acionistas e continua intimando especificamente a Tesla sobre o uso de mídia social de Musk, de acordo com um documento de ontem, quinta-feira 18.
O advogado de Musk escreveu que Tesla achava que resolver as acusações concluiria o “assédio” da SEC a Musk, observando que “a SEC quebrou suas promessas” e agora está “armando o decreto de consentimento usando-o para tentar amordaçar e assediar Musk e a Tesla.” “A SEC parece ter como alvo Musk e Tesla por uma investigação implacável em grande parte porque Musk continua sendo um crítico aberto do governo”, explicou o documento. “Os esforços desproporcionais da SEC parecem calculados para esfriar seu exercício dos direitos da Primeira Emenda, em vez de fazer cumprir as leis geralmente aplicáveis de maneira imparcial.”
De fato, Musk é frequentemente franco sobre questões políticas nacionais – e parece não ser fã do presidente Joe Biden. O CEO tem sido um defensor dos veículos elétricos, apresentando-se junto com empresas como GM e Ford em vários eventos e cúpulas. No entanto, o governo parece estar ignorando a Tesla – a maior fabricante de veículos elétricos do mundo – porque ela não é sindicalizada.
Depois que uma petição online pedindo ao presidente americano que reconhecesse a Tesla ganhou força online, Musk criticou Biden nas mídias sociais: “Por razões desconhecidas, @potus [referencia a Biden na conta oficial do twitter] é incapaz de dizer a palavra ‘Tesla’”. Musk também criticou o presidente depois que sua conta twittou um vídeo dele conversando com a CEO da GM, Mary Barra. “Eu quis dizer isso quando disse que o futuro seria feito bem aqui na América. Empresas como GM e Ford estão construindo mais veículos elétricos aqui do que nunca.” Musk replicou: “[o futuro de carros elétricos] Começa com T. Termina com A. [e tem] ESL no meio”.
Musk também fez duras críticas ao “Build Back Better Act” do governo Biden. A legislação de vários trilhões de dólares expandiria vários programas sociais, incluindo pré-escola universal, subsídios para creches e iniciativas de mudança climática. “Eu diria que sobre este projeto de lei – não o aprove. Essa é a minha recomendação”, argumentou Musk durante o CEO Council Summit do The Wall Street Journal. “Se esse projeto de lei vingar ou não, nós não pensamos sobre isso realmente. Honestamente, pode ser melhor se o projeto de lei não for aprovado.”
Musk acrescentou aos seus comentários compartilhando uma análise da Wharton School da Universidade da Pensilvânia, explicando que a dívida nacional aumentaria mais de 24% se as disposições do projeto fossem permanentes. “Há muitos truques contábeis neste projeto de lei que não estão sendo divulgados ao público”, disse ele, observando que o preço de US$ 1,75 trilhão é enganosamente baixo devido à expiração arbitrária de vários programas.
Mais recentemente, Musk anunciou apoio ao “Freedom Convoy” que atualmente ocupa a capital canadense. “Os caminhoneiros canadenses governam”, ele twittou no início do protesto. Mais tarde, Musk levou suas críticas diretamente ao primeiro-ministro Justin Trudeau. “Parece que a chamada ‘minoria marginal’ é na verdade o governo”, tuitou Musk. “Protestar em um inverno canadense mostra um compromisso real!”
Nave russa transportou alimentos, água e pequenos satélites
Espaçonave se aproxima para o engate, com o farol de LED aceso
A nave espacial Progress MS-19 acoplou automaticamente no compartimento de acoplagem MIM-2 Poisk da Estação Espacial Internacional hoje, 17 de fevereiro de 2022, às 07:03 UTC (06:03 Brasília). A Progress MS-19 (chamada pela NASA de ISS Progress 80, ou 80P) carregou quase três toneladas de alimentos, combustível e suprimentos. Os cosmonautas da Roskosmos Anton Shkaplerov (Comandante da Expedição ISS-66) e Pyotr Dubrov, bem como os astronautas da NASA Mark Vande Hei, Raja Chari, Thomas Marshburn, Kayla Barron e o astronauta da Agência Espacial Europeia Matthias Maurer estão atualmente trabalhando a bordo da ISS
Configuração da ISS após a acoplagem da Progres MS-19
“O volume total de carga seca entregue à ISS é de cerca de 1.600 kg, incluindo equipamentos, pilhas de cabos para ‘retrofit’ do módulo Nauka, cartuchos do sistema de suporte à vida, remádios e equipamentos sanitários e higiênicos, roupas e alimentos para os cosmonautas, além de 560 kg de propelentes d nos tanques do compartimento de reabastecimento, 420 litros de água potável e 43 kg de nitrogênio comprimido em cilindros As cargas para a realização de pesquisas e experimentos científicos e aplicados no programa científico russo incluiem:
Pilhas “Neyrolab” para a realização da série de experimentos médicos “Pilot-T” para estudar a influência de fatores de voo espacial de longa duração na qualidade das atividades profissionais dos cosmonautas;
Instalação de “Vozhdukh” e “Poverkhnost” para o experimento “Asseptik” no desenvolvimento de meios para garantir a esterilidade ao realizar bioexperimentos em voo espacial; atividades profissionais de astronautas;
Colocação de um cartucho “Bioprobi” para o experimento “Biodegradatsiya” para estudar a influência da microflora em materiais estruturais no espaço e o desenvolvimento de métodos para a segurança biológica de naves espaciais;
Colocação do console “Biomoduli” para o experimento “Fotobiorreaktor”
Console de “Copos” e “tubos de ensaio” para o experimento “Biomag-M” para estudar a influência dos fatores espaciais nas propriedades dos bioorganismos durante a blindagem do campo magnético terrestre;
Aparelhos “BOP”, “PM” e “PS” para o experimento “Kaskad” para desenvolver métodos eficazes de produção biotecnológica de culturas celulares em microgravidade; “Probiovit” para o desenvolvimento de tecnologia para a produção de produtos farmacológicos com propriedades imunomoduladoras em microgravidade.
Cubesat YUZGU-55
O Progress MS-19 também transportou seis nanossatélites cubesats YUZGU-55, exemplares 5 a 10, que foram desenvolvidos pelo Instituto de Pesquisa de Instrumentação Espacial e Sistemas Radioeletrônicos da Yugo-Zapadnyy Gosudarstvennyy Universitet (Universidade Estatal do Sudeste). Eles serão lançados durante uma caminhada espacial dos cosmonautas no âmbito do programa do experimento científico e educacional “Radioskaf”. Como os satélites serão lançados manualmente, foram feitos treinamentos para que o lançamento à mão seja adequado (outros lançamentos à mão já foram feitos por cosmonautas anteriormente); Os exercícios foram conduzidos por um especialista da RKK Energia, Sergey Samburov, que é bisneto do pioneiro teórico da Cosmonáutica russa e mundial, Konstantin Tsiolkovsky. Samburov é presidente da Fundação Tsiolkovsky e professor Honorário da YUZGU.
Foguete de 44,86 metros e 313.536 kg decolou da plataforma 6 da área 31 do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão
Na terça-feira, 15 de fevereiro de 2022, às 07:25:40, horário de Moscou (01:25:40 de Brasília), o foguete Soyuz-2.1a com a espaçonave de carga Progress MS-19 foi lançado com sucesso do Cosmódromo de Baikonur. Após 8 minutos e 48 segundos, a separação da espaçonave e o terceiro estágio do transportador foram registrados, então os painéis solares e as antenas foram revelados. Este lançamento foi o 50º para o veículo de lançamento Soyuz-2.1a. O peso de lançamento da espaçonave foi de 7.430 kg.
Especialistas da Força-Tarefa Principal para Controle de Voo do Segmento Russo da Estação Espacial Internacional (RKK Energiya e agência espacial Roskosmos) iniciaram o controle de voo. O foguete no modo normal lançou a nave na órbita alvo com os seguintes parâmetros: Período orbital de 88,55 minutos; inclinação orbital de 51,67 graus, com perigeu de 192,9 km e apogeu de 240,9 km.
Espaçonave em órbita, logo após estender seus painéis solares
Como a corporação estatal disse mais tarde, o lançamento ocorreu normalmente e, logo depois que a espaçonave foi colocada em órbita, seus painéis solares e antenas se abriram. O voo autônomo para a Estação Espacial Internacional ocorrerá de acordo com um esquema de dois dias, e a acoplagem no módulo Poisk do segmento russo está prevista para 17 de fevereiro de 2022 às 10h06, horário de Moscou (±3 minutos), ou 04h06 de Brasília. A ‘amarração’ está planejada para ser realizada automaticamente sob a supervisão de especialistas do Centro de Controle de Missão TsNIIMash (afiliada da Roskosmos) e dos cosmonautas da Roskosmos Anton Shkaplerov e Pyotr Dubrov. A nave ficará acoplada por um longo tempo (cerca de 370 dias) à estação, para testes técnicos. Geralmente um voo deste tipo de nave dura apenas alguns meses.
A Progress MS tem 7,2 metros de comprimento e 7.400 kg de massa no lançamento
O Progress MS-19 está transportando combustível, água potável, nitrogênio comprimido, bem como equipamentos e equipamentos de manutenção para sistemas de bordo, controle médico e suprimentos higiênico-sanitários, roupas, rações alimentares e alimentos frescos para a estação.
Além disso, a bordo da espaçonave estão equipamentos para a realização de experimentos médicos e biológicos, além de seis pequenos satélites YUZGU-55 da Southwestern State University. Os cosmonautas russos lançarão esses veículos em órbita durante uma de suas caminhadas espaciais.
Os cosmonautas da Roskosmos Anton Shkaplerov (comandante da estação) e Pyotr Dubrov, bem como os astronautas da NASA Mark Vande Hei, Raja Chari, Thomas Marshburn, Kayla Barron e o astronauta da Agência Espacial Europeia Matthias Maurer estão atualmente trabalhando a bordo da ISS.
Anteriormente, a Roskosmos informou que estava planejado entregar meios para eliminar vazamentos na espaçonave, após o qual a tripulação poderia proceder à eliminação final do vazamento de ar . Em dezembro, a corporação estatal também informou que a tripulação encontrou um possível último local para um vazamento de ar . Em agosto de 2020, esse vazamento encontrado. A tripulação da estação conseguiu localizá-lo na câmara de transição PrK do módulo Zvezda. Em outubro de 2020, os cosmonautas conseguiram detectar a estreita rachadura com cerca de 4 cm de comprimento e repará-la com meios temporários. Depois disso, a taxa de queda de pressão na ISS diminuiu, mas o vazamento persistiu.
Cargueiro espacial levará suprimentos à estação espacial internacional em voo recorde
Foguete Soyuz número de série S15000-056, com a Progress MS-19 (máquina nº 449) na plataforma 6 da Área 31
Os preparativos para o lançamento do foguete Soyuz-2.1a com a espaçonave de carga Progress MS-19, programado para a noite de 14 para 15 de fevereiro de 2022, estão em fase de conclusão no complexo de lançamento Vostok em Baikonur. O primeiro lançamento de uma Progress MS para a ISS em 2022 está programado para 07:25:40, horário de Moscou (01:25:40 de Brasília), em 15 de fevereiro. A acoplagem da nave ao segmento russo da Estação Espacial Internacional está prevista para 17 de fevereiro. Em seguida, a espaçonave tripulada Soyuz MS-21 com os cosmonautas Artemiev, Matveev e Korsakov a bordo decola em 18 de março.
O voo tinha duração projetada de 286 dias, depois estendida para cerca de 370 dias. Planeja-se encerrar sua missão em fevereiro de 2023.
Segunda-feira é um dia de reserva na preparação do foguete. No dia anterior, o trabalho foi realizado de acordo com o cronograma da campanha de lançamento. O resultado foi um teste geral – do funcionamento dos sistemas do complexo numa simulação do voo do lançador até a separação da nave em órbita. Hoje, ocorrerão testes de vazamento dos dutos através dos quais os tanques de transporte de propelente serão reabastecidos. Na segunda metade do dia será feita a embalagem adicional do equipamento que será levado pela nave à Estação Espacial Internacional. Hoje, os ténicos do Centro de Controle de Missão da TsNIIMash concluíram os preparativos para o lançamento da nave espacial em órbita e posterior acoplagem ao Segmento russo da estação espacial internacional. O lançamento está previsto para 15 de fevereiro às 07:25:40, horário de Moscou – 01:25:40 hora de Brasília.
Nave Progress MS
O programa de voo da nave prevê um esquema de encontro (‘rendezvous’) de dois dias e o transporte de cerca de 2.500 kg de carga útil à ISS, incluindo reabastecimento de combustível, água e gás, bem como vários equipamentos e materiais para a tripulação da 66ª expedição principal.
Hoje à noite, uma equipe conjunta de especialistas do Cosmódromo de Baikonur começará a trabalhar no programa do dia de lançamento. Às 03:25:40, horário de Moscou em 15 de fevereiro (21:25:40 de Brasília), começará a reunião da Comissão Estatal, que considerará os resultados dos testes durante a campanha de três dias . Os membros da comissão avaliarão a prontidão do foguete para abastecimento com propelentes e seu lançamento no horário programado.
Especialistas do Grupo Operacional Principal de Controle do Segmento Russo da ISS ( a Energiya, afiliada à Roskosmos) começarão a controlar o cargueiro após a separação do terceiro estágio do veículo lançador. O encontro da espaçonave com a estação e a acoplagem ao módulo Poisk estão planejados para serem realizados automaticamente sob o controle dos especialistas em terra e membros russos da tripulação da estação, os cosmonautas Anton Shkaplerov e Pyotr Dubrov. O engate na estação está programado para 17 de fevereiro de 2022 às 10h06, horário de Moscou (04:06 de Brasília) ±3 minutos.
Cargas
A espaçonave leva 2.523 kg de cargas para a estação espacial. São 1.632 kg de carga seca para a tripulação da expedição ISS-66, 420 litros de água potável, 431 kg de propelentes para reabastecimento e 40 kg de nitrogênio para reabastecer a atmosfera da estação.
O compartimento de ‘carga seca’ (GO – gruzovoi otsek) acomoda 1.725 kg de diversos equipamentos e materiais, incluindo equipamentos gerais e equipamentos de manutenção para sistemas de bordo (entre eles conduítes para cabos do módulo Nauka), controle médico e suprimentos sanitários e higiênicos, roupas, rações alimentares e alimentos frescos para os tripulantes da 66ª Expedição, bem como um conjunto de cargas no âmbito do programa de pesquisa e experimentos científicos russos: As pilhas ‘Neyrolab’ destinam-se à realização de uma série de experimentos médicos ‘Pilot-T’ para estudar a influência dos fatores de voo espacial na qualidade da atividade profissional dos cosmonautas; A unidade ‘Bioprobi’ é projetada para estudar a influência da microflora em materiais estruturais no espaço e desenvolver métodos para a segurança biológica de naves espaciais como parte do experimento de ‘Biodegradatsiya’; Já as pilhas Probiovit são projetadas para desenvolver uma tecnologia para a produção de produtos farmacológicos com propriedades imunomoduladoras em microgravidade. Além disso, no compartimento de carga existem seis satélites de classe cubeSat ‘YUZGU-55’ No. 5-10 desenvolvidas pelo Instituto de Pesquisa de Instrumentação Espacial e Sistemas Radioeletrônicos Instituto de Pesquisa de Instrumentação Espacial e Sistemas Radioeletrônicos da Yugo-Zapadnyy Gosudarstvennyy Universitet (Universidade Estatal do Sudeste), projetadas para serem lançadas da ISS durante uma atividade extraveicular da tripulação sob o programa de experimento científico-educacional ‘Radioskaf’.
Técnicos usam uma das escotilhas de acesso tardio para instalar as últimas cargas no módulo de carga seca da nave espacial
Instalações ‘Vozdukh’ e ‘Poverkhnost’ para a realização do experimento ‘Asseptik’ para desenvolver meios para garantir a esterilidade ao realizar bioexperimentos em condições de voo espacial; Instalação “Biomóduli” para o experimento “Fotobiorreaktor” para estudar a possibilidade de obtenção de alimento e oxigênio a partir da microalga fotossintética espirulina sob condições de ausência de peso; Aparelho ‘MSK-2’ para a realização de um experimento biotecnológico para estudar a influência de fatores espaciais no cultivo de culturas de células-tronco; Um empilhamento de ‘copos’ e ‘tubos de ensaio’ para o experimento ‘Biomag-M’ para estudar a influência dos fatores espaciais nas propriedades dos bioorganismos, ao blindar o campo magnético da Terra; As pilhas ‘BOP’, ‘PM’ e ‘PS’ para o experimento ‘Kaskad’ para desenvolver métodos eficazes para a produção biotecnológica de culturas celulares em microgravidade.
As rações de comida para os cosmonautas Oleg Artemiev, Denis Matveev e Sergei Korsakov, que irão para a estação em março, serão entregues pela Progress MS-19. Alexander Agureyev, chefe do departamento de nutrição da tripulação do Instituto de Problemas Biomédicos (IMBP) da Academia Russa de Ciências, disse que “a ração, que [é] baseada em um ciclo de cardápio de 16 dias, além de conjuntos adicionais. A parte principal é completada sem levar em consideração o tripulante, e a correção ocorre devido à composição do conjunto adicional de produtos que os cosmonautas selecionam”, disse Agureyev, respondendo a uma pergunta, sobre quais alimentos serão entregues pelo Progress MS-19. Segundo o especialista, está previsto o envio de três contêineres adicionais para a Artemyev. ‘Em um, esturjão natural, esturjão em aspic, arenque do Cáspio, salmão, truta, beluga, mirtilos, cogumelos triturados no antigo estilo russo, arroz com legumes, carne de porco. No segundo recipiente, cordeiro com legumes, perca com guarnição de legumes, rolinhos de repolho de peixe em molho de tomate, lúcio com beterraba em molho de tomate, geleia de cranberry, geleia de maçã-mirtilo, café natural com leite e açúcar, cacau com leite; nozes – avelãs, amêndoas; ameixas, ameixas secas com nozes, palitos de frutas de maçã e ameixas’, observou. O terceiro recipiente conterá queijo cottage com nozes, purê de espinheiro e purê de groselha, além de especiarias. Dois contêineres são destinados ao cosmonauta Matveev, e um deles contém 28 tipos de produtos, o segundo, nove. Em especial, esturjão natural, salmão do Atlântico, beluga natural, truta, goulash de vaca, vitela com legumes, carne de vaca com maionese, língua de boi em geleia, carne de porco com molho branco, carne de porco picante, mirtilos, caviar de abóbora, caviar amador, cogumelos à antiga russa, sopa de kharcho, sopa de puré de abóbora e queijo, amêndoas, palitos de fruta de maçã e damasco. No segundo recipiente haverá temperos, três tipos de requeijão, palitos de frutas de pêssego, ameixas, e dois tipos de chá. “Existem três recipientes para Korsakov: em um há dezessete itens, em outro 15, no terceiro 16. No primeiro recipiente há esturjão natural, esturjão em aspic, arenque natural do Cáspio com óleo, natural do Atlântico salmão em pedaços, truta arco-íris em pedaços naturais, beluga natural, caviar de abobrinha, caviar de berinjela, aperitivos, caviar amador, mirtilos esmagados, purê de damasco seco, cogumelos russos antigos, purê de batatas com cogumelos, berinjela cozida com batatas, sopa de cogumelos, borscht com carnes defumadas”, observou Agureev. No segundo e terceiro recipientes de Korsakov existem diferentes tipos de carne de porco, perca de lúcio com acompanhamento de legumes e molho de tomate, rolinhos de repolho em molho de tomate, lúcio com beterraba em molho de tomate, geleia, cacau com leite e açúcar, amêndoas, chocolate, especiarias de carnes variadas, vitela, três tipos de requeijão, palitos de frutas, bolo de mel e outros produtos.
Foguete Soyuz 2.1a tem 313 toneladas de massa na decolagem e 44,86 metros de comprimento
Além disso, entre os alimentos industriais, cada um dos cosmonautas tem seu próprio conjunto. Entre eles vários iogurtes, sucos, saladas vitamínicas de repolho, solyanka, pimentas enlatadas em suco de tomate. Para Korsakov, destina-se um produto semelhante a purê de maçãs ‘Michurinskaya sissy’. “Frutas e legumes serão enviados adicionalmente”, disse o chefe do departamento do IBMP.
No compartimento de compartimento de componentes de reabastecimento (otseka komponentov dozapravki, OKD), estão cerca de 1500 kg de propelentes (UDMH e N2O4) para serem transferidos para os tanques da estação, em particular os do módulo Zvezda.
Cientistas comemoram a missão bem-sucedida do foguete PSLV-XL
A Organização Indiana de Pesquisa Espacial (Indian Space Research Organization – ISRO) lançou com sucesso um satélite de detecção de radar terrestre e duas outras pequenas naves espaciais em órbita na noite de domingo para segunda-feira, 13/14 de fevereiro de 2022. A ISRO anunciou o sucesso em sua página no Twitter. Esta foi a primeira missão espacial da Índia em 2022. O lançamento foi o 54º vôo do PSLV e a 23ª missão usando a configuração PSLV-XL – com seis PSOM-XLs (boosters auxiliares de propelente sólido). O foguete PSLV-C52 (um PSLV-XL) lançou o satélite de observação da Terra EOS-04 em sua órbita polar síncrona do sol planejada a uma altitude de 529 km.
Foguete PSLV-XL, de 321 toneladas
Os três satélites montados sobre o adaptador de suporte e ejeção do quarto estágio do foguete, antes de serem montados na seção de cabeça do PSLV
A agência espacial indiana informou que o lançamento foi feito por volta das 06:00 (20:30, horário de Brasilia) da plataforma de lançamento do Centro Espacial. Satish Dhavana na ilha de Sriharikota. O satélite radar EOS-04, pesando 1.710 kg, foi projetado para fornecer imagens de alta qualidade da superfície terrestre em todas as condições climáticas e será usado em áreas como agricultura, silvicultura, hidrologia, mapeamento de inundações, etc. Juntamente com o EOS-04, foram lançados dois pequenos veículos. O satélite Inspiresat-1, desenvolvido por estudantes do Instituto Indiano de Ciência e Tecnologia Espacial em colaboração com a Universidade do Colorado nos EUA e participantes de Cingapura e Taiwan, investigará a dinâmica e os processos ionosféricos na coroa solar. A espaçonave INS-2TD será usada para testar tecnologias para o satélite indiano-butanense em desenvolvimento e está equipada com uma câmera termográfica para avaliar a temperatura da superfície terrestre.
As conchas da carenagem de cabeça prestes a serem fechadas sobre os satélites
Após um voo de cerca de 19 minutos, o foguete ejetou os satélites em suas órbitas pretendidas, atraindo aplausos dos cientistas que estavam monitorando a missão inaugural do ano. A ISRO, em um tweet, disse que a EOS-04 foi colocada em uma órbita polar síncrona pretendida às 6h17 locais. Após a liberação do EOS-04, os dois pequenos INSPIREsat-1 e INS-2TD também foram colocados em suas órbitas, respectivamente.
Cabeça do foguete pronta, com o duto de condicionamento de ar instalado ao sistema de solo
“A missão do PSLV-C52/EOS-04 foi cumprida com sucesso. O satélite primário EOS-04 foi colocado em uma órbita muito precisa pelo PSLV-C52, e junto com ele, os satélites co-passageiros INSPIREsat-1 e INS- 2TD também foram colocados em órbita correta”, disse o presidente da ISRO, S. Somanath, após o lançamento bem-sucedido.
Duas cargas científicas do INSPIREsat-1, com massa de 8,1 kg e vida útil da missão de um ano, visam melhorar a compreensão da dinâmica da ionosfera e dos processos de aquecimento coronal do sol. O INS-2TD, com uma massa de 17,5 kg, tem uma vida de missão de seis meses. Tendo como carga útil uma câmera termográfica, o satélite beneficia a avaliação da temperatura da superfície terrestre, temperatura da superfície da água de áreas úmidas ou lagos, delimitação da vegetação (culturas e floresta) e inércia térmica (dia e noite).
A tripulação da missão Polaris Dawn, a partir da esquerda: oficial médica Anna Menon, piloto Scott Poteet, comandante Jared Isaacman e a especialista de missão Sarah Gillis.
Jared Isaacman, o bilionário fundador da empresa de pagamentos Shift4 , que voou no primeiro voo orbital privado da SpaceX no ano passado, comprou mais três missões da empresa de Elon Musk . A primeira missão do chamado Programa Polaris está programada para lançar uma tripulação de quatro pessoas liderada por Isaacman no quarto trimestre deste ano com o foguete Falcon 9 v1.2 FT Bl5 e a espaçonave Crew Dragon da empresa. De acordo com o site do programa, o voo inaugural, “Polaris Dawn”, será o primeiro de até três missões, sendo a última o primeiro voo espacial tripulado do sistema nave-foguete Starship / SuperHeavy da mesma SpaceX.
Isaacman, bilionário e piloto de 38 anos,quando adolescente, ele largou o ensino médio e fundou uma startup de pagamentos online em 1999, então chamada de United Bank Card, uma empresa que aumentaria seu patrimônio líquido para bem mais de US $ 2 bilhões. Diversas aquisições e rebrands depois, a empresa surgiu em 2018 como Shift4 Payments, abrindo o capital em 2020; agora tem uma capitalização de mercado de cerca de US $ 7,1 bilhões.
“O Programa Polaris é um passo importante no avanço da exploração espacial humana, ajudando a resolver problemas através do uso de tecnologia inovadora aqui na Terra”, disse Isaacman em comunicado. Os planos anunciados preveem que Isaacman e os outros três circulem a Terra por até cinco dias, mais alto do que qualquer nave anterior do tipo Dragon – o voo anterior de Jared atingiu mais de 500 quilômetros de altitude. Desta vez, a SpaceX estará objetivando uma órbita de mais de 640 quilômetros para passar por parte dos cinturões de radiação de Van Allen ao redor da Terra Os termos financeiros da compra do bilionário da SpaceX não foram divulgados. Não ficou imediatamente claro se ele estava pagando novamente ou se a SpaceX está pagando toda ou parte da conta.
Isaacman estava na apresentação da Starship de Musk na semana passada nas instalações da empresa no Texas. A SpaceX reservou um voo privado para a Lua para o bilionário japonês Yusaku Maezawa, e Musk na quinta-feira aludiu que mais voos espaciais desse tipo estavam em andamento, mas não deu detalhes específicos.
A missão Polaris Dawn passará até cinco dias em órbita e buscará atingir objetivos como a primeira caminhada espacial de uma empresa privada com trajes espaciais SpaceX, testes de comunicações por satélite Starlink no espaço e realização de pesquisas científicas sobre a saúde humana. O desenvolvimento de uma roupa extraveicular é vista como um requisito para as missões a Marte que Musk pretende empreender no futuro.
Como a nave Crew Dragon não possui uma câmara de ar, a tripulação deve colocar os trajes espaciais pressurizados e despressurizar lentamente o cockpit antes de abrir a escotilha na parte superior da cápsula.
Ao que se divulgou, a atividade extraveicular será feita com um escafandro espacial derivado da traje de pressão intraveicular já usado nas Crew Dragon atuais. Foi especificado que não haverá uma câmara de despressurização instalada, o que indica que a cabine será vazada durante a atividade, sendo repressurizada após o trabalho externo.
Ao mesmo tempo, a Polaris Dawn marcará o início do próprio corpo de astronautas da SpaceX. Isaacman, o comandante da missão, será acompanhado pelo colega de longa data Scott Poteet como piloto. Duas funcionárias da SpaceX, Sarah Gillis e Anna Menon, as principais engenheiras de operações espaciais da empresa, completam a tripulação. Gillis supervisiona o programa de treinamento de astronautas e Menon gerencia o desenvolvimento de suas operações de tripulação. Com duas funcionárias da SpaceX designadas para o voo espacial – Gillis e Menon – a empresa com sede na Califórnia está criando seu próprio corpo de astronautas. “Os dois primeiros do que tenho certeza serão muitos”, tuitou Isaacman.
Menon é casada com o ex-cirurgião de voo da SpaceX, Dr Anil Menon, que foi escolhido pela NASA em dezembro como astronauta. O quarto passageiro, Scott Poteet, é tenente-coronel aposentado da Força Aérea e piloto de Thunderbird que serviu como diretor de missão para a viagem de Isaacman em setembro. Ele também trabalhou para a empresa Shift4 Payments e para a Draken International, uma empresa de aeronaves de alto desempenho que Isaacman cofundou.
Isaacman, Hayley Arceneaux, Chris Sembroski, Sian Proctor na primeira missão patrocinada pelo bilionário, a Inspiration4
Isaacman liderou a histórica missão Inspiration4 em setembro, que passou três dias em órbita na nave Crew Dragon da SpaceX com uma tripulação de quatro pessoas. O objetivo principal do Inspiration4 era arrecadar US$ 200 milhões para o St. Jude Children’s Research Hospital; superou essa meta e doou mais de US $ 240 milhões para a caridade. Assim como o Inspiration4, as missões Polaris vão “arrecadar fundos e conscientização” para St. Jude, de acordo com o site do programa.
O site promocional do programa cita:
“Não antes do quarto trimestre de 2022, o foguete Falcon 9 da SpaceX lançará a missão Polaris Dawn do histórico Launch Complex 39A no Kennedy Space Center, na Flórida. Dragon e a tripulação do Polaris Dawn passarão até cinco dias em órbita, durante os quais trabalharão para os seguintes objetivos:
Alta altitude – Esta missão aproveitará o desempenho máximo do Falcon 9 e da nave Dragon, voando mais alto do que qualquer missão dessas naves até hoje e se esforçando para alcançar a órbita terrestre mais alta já realizada. Orbitando por partes do cinturão de radiação de Van Allen, o Polaris Dawn realizará pesquisas com o objetivo de entender melhor os efeitos dos voos espaciais e da radiação espacial na saúde humana.
Pesquisa de impacto na saúde – Enquanto estiver em órbita, a tripulação realizará pesquisas científicas projetadas para promover tanto a saúde humana na Terra quanto nossa compreensão da saúde durante futuros voos espaciais de longa duração. Isso inclui, mas não se limita a:
Utilizar o ultrassom para monitorar, detectar e quantificar êmbolos gasosos venosos (EVG), contribuindo para estudos de prevalência humana da doença descompressiva;
Coletar dados sobre o ambiente de radiação para entender melhor como a radiação espacial afeta os sistemas biológicos humanos;
Obtenção de amostras biológicas para análises multiômicas para um Biobanco de longo prazo; e
Pesquisa relacionada à Síndrome Neuro-Ocular Associada a Voos Espaciais (SANS), que é um risco fundamental para a saúde em voos espaciais de longa duração.
O programa também está colaborando com várias organizações, incluindo o Translational Research Institute for Space Health (TRISH), BioServe Space Technologies da University of Colorado Boulder, Space Technologies Lab da Embry-Riddle Aeronautical University, Weill Cornell Medicine, Johns Hopkins University Applied Physics Laboratório, o Laboratório Nacional do Noroeste do Pacífico e a Academia da Força Aérea dos EUA.
Primeira caminhada espacial comercial – A aproximadamente 500 quilômetros acima da Terra, a tripulação tentará a primeira atividade extraveicular comercial (EVA) com trajes espaciais de atividade extraveicular (EVA) projetados pela SpaceX, baseados no atual traje intraveicular (IVA). Construir uma base na Lua e uma cidade em Marte exigirá milhares de trajes espaciais; o desenvolvimento deste traje e a execução da EVA serão passos importantes em direção a um design escalável para trajes em futuras missões de longa duração.
Comunicações no espaço – A tripulação do Polaris Dawn será a primeira a testar as comunicações baseadas em laser Starlink no espaço, fornecendo dados valiosos para o futuro sistema de comunicações espaciais necessário para missões à Lua, Marte e além.”
Biografias dos tripulantes, de acordo com o site oficial
Comandante – Jared Isaacman é o CEO da Shift4, líder em soluções integradas de processamento de pagamentos. É um piloto talentoso e astronauta com mais de 7.000 horas de voo de experiência em aviação, incluindo classificações em várias aeronaves experimentais e de empregos militares. Ele foi o comandante da Inspiration4 , a primeira missão totalmente civil (particular) ao espaço que ajudou a arrecadar mais de US$ 240 milhões para o St. Jude Children’s Research Hospital para ajudar a erradicar o câncer infantil. Jared também detém vários recordes mundiais, incluindo dois voos de velocidade ao redor do mundo em 2008 e 2009, que arrecadaram dinheiro e conscientização para a Make-a-Wish Foundation. Ele já voou em mais de 100 shows aéreos como parte da Black Diamond Jet Team, dedicando todas as apresentações a causas de caridade. Em 2011, Isaacman cofundou o que se tornaria a maior força aérea privada do mundo, a Draken International, para treinar pilotos para as Forças Armadas dos Estados Unidos.
Piloto – Scott “Kidd” Poteet é um tenente-coronel aposentado da Força Aérea dos Estados Unidos que serviu 20 anos em várias funções que incluem Comandante do 64º Esquadrão Agressor, Piloto de Demonstração USAF Thunderbird nº4, Graduado da Escola de Armas da USAF, Piloto de Teste e Avaliação Operacional e Piloto de Voo Examinador. Kidd é um piloto de comando com mais de 3.200 horas de voo no F-16, A-4, T-38, T-37, T-3 e Alpha Jet. Registrou mais de 400 horas de tempo de combate durante as Operações Northern Watch, Southern Watch, Joint Guardian, Freedom’s Sentinel e Resolute Support. Após sua carreira na Força Aérea, atuou em vários cargos, incluindo Diretor de Desenvolvimento de Negócios na Draken International e VP de Estratégia na Shift4. Mais recentemente, atuou como Diretor de Missão da Inspiration4. Kidd também é um corredor universitário e triatleta talentoso, competindo em 15 triatlos Ironman desde 2000, que inclui quatro Campeonatos Mundiais de Ironman em Kailua-Kona, Havaí.
Especialista de missão – Sarah Gillis é engenheira líder de operações espaciais na SpaceX, responsável por supervisionar o programa de treinamento de astronautas da empresa. Isso inclui o desenvolvimento de currículo específico para missões e execução de treinamento para astronautas da NASA e comerciais que voam a bordo da espaçonave Crew Dragon. Ela preparou os astronautas da NASA para as primeiras missões Demo-2 e Crew-1 e, mais recentemente, treinou diretamente os astronautas do Inspiration4, a primeira tripulação totalmente civil a entrar em órbita. Sarah uma experiente operadora de controle de missão, em as operações em tempo real das missões de reabastecimento de carga das Cargo Dragon para a Estação Espacial Internacional como Oficial de Navegação e como oficial de comunicação da tripulação para as missões de voo espacial tripulado das Crew Dragon. Criada desde jovem para ser uma violinista clássica, Sarah mudou de direção quando um estimado mentor do ensino médio, o ex-astronauta da NASA Joe Tanner, a encorajou a se formar em engenharia aeroespacial. Em 2015, enquanto estudava engenharia e dança na Universidade do Colorado, em Boulder, Sarah iniciou um estágio na SpaceX, trabalhando em testes tripulados no cockpit da espaçonave Dragon antes de passar para o programa de treinamento de astronautas em tempo integral. Originária de Boulder, Colorado, Sarah é uma ávida alpinista e aventureira, o que a deixa desfrutar de uma de suas coisas favoritas – uma xícara de café quente enquanto acampa no deserto.
Especialista em missão e oficial-médica – Anna Menon é engenheira líder de operações espaciais na SpaceX, onde gerencia o desenvolvimento das operações da tripulação e atua no controle da missão como diretora de missão e oficial de comunicação de tripulação. Durante seu mandato na SpaceX, ela liderou a implementação das capacidades de tripulação da Dragon, ajudou a criar a função de operadora de comunicador de tripulação e desenvolveu respostas operacionais críticas para emergências em veículos, como incêndio ou despressurização de cabine. Anna serviu no controle da missão durante várias missões de Cargo- e Crew- Dragon, como Demo-2, Crew-1, CRS-22 e CRS-23. Antes da SpaceX, trabalhou por sete anos na NASA como controladora biomédica de voo para a ISS. Nessa função, apoiou as tripulações da estação espacial no controle da missão, ajudou a integrar engenheiros e equipes de assistência médica de parceiros internacionais e liderou o planejamento e a execução de todas as operações biomédicas da Expedição 47/48. Recebeu seu diploma de bacharel em Matemática e Espanhol pela Texas Christian University e seu mestrado em Engenharia Biomédica pela Duke University. Servir e aplicar sua experiência em engenharia para ajudar os outros é importante para ela. Imediatamente após o terremoto de 2015 no Nepal, ela auxilou o grupo de de resposta em situações de água e saneamento da Organização Mundial da Saúde e também foi voluntária nas organizações Engenheiros Sem Fronteiras e Engenharia de Saúde Mundial. Seu sonho de voar para o espaço começou na quarta série quando sua professora Alison Smith Balch (filha do piloto do Space Shuttle Challenger, Michael J. Smith) a levou em uma viagem de campo imersiva na NASA. Além de perseguir sua paixão pelo espaço, Anna gosta de caminhar, pilotar pequenos aviões e dançar salsa, e seu maior amor é sua família maravilhosa, incluindo o marido Anil, o filho James e a filha Grace.
O lançamento do Polar Satellite Launch Vehicle ‘PSLV-XL’, PSLV-C52 está programado para as 05:59 hora da Índia (21:29 Brasília) de hoje, 14 de fevereiro de 2022, a partir da Primeira Plataforma de Lançamento do Centro Espacial Satish Dhawan, em Sriharikota. O PSLV-C52 foi designado para lançar um satélite de observação da Terra, o EOS-04 , pesando 1.710 kg em uma órbita polar síncrona do sol de 529 km inclinada em 97,5 º, e mais duas miniespaçonaves. O processo de contagem regressiva de 25 horas e 30 minutos para o lançamento começou às 04:29 horas de hoje.
EOS-04
O foguete de estágios movidos a propelentes mistos, sólidos e líquidos, também transportará dois satélites menores como co-passageiros, incluindo um satélite estudantil de 8,1 kg (INSPIREsat-1) do Instituto Indiano de Ciência e Tecnologia Espacial (IIST) em associação com o Laboratório de Física Atmosférica e Espacial da Universidade do Colorado, Boulder, EUA e um satélite demonstrador de tecnologia INS-2TD da ISRO, de 17,5 kg, que é um precursor do Satélite Conjunto Índia-Butão (INS-2B).
INS-2
O EOS-04 é um satélite imageador por radar projetado para produzir imagens de alta qualidade sob todas as condições climáticas para aplicações como agricultura, silvicultura e plantações, umidade do solo e hidrologia e mapeamento de inundações. O processo de contagem regressiva de 25 horas e 30 minutos para o lançamento começou às 04:29 horas do dia 13 de fevereiro , após aval do Conselho de Autorização de Lançamento.
INSPIRESat-a
O PSLV-XL tem 44,42 metros de altura, 3,25 metros de diâmetro no corpo cilíndrico principal (4,21 metros de largura sobre os ‘boosters’ auxiliares do primeiro estágio, pesando normalmente 321.200 kg no total.
O Polar Satellite Launch Vehicle é o foguete de terceira geração da Índia, primeiro ser equipado com estágios líquidos. Após seu primeiro lançamento bem-sucedido em outubro de 1994, o PSLV emergiu como o veículo confiável e versátil , com 39 missões consecutivas bem-sucedidas até junho de 2017. Durante o período de 1994 a 2017, PSLVs lançaram 48 satélites indianos e 209 satélites para clientes de no exterior. Além disso, o veículo lançou com sucesso duas naves espaciais – Chandrayaan-1 em 2008 e Mars Orbiter Spacecraft em 2013 – que mais tarde viajaram para a Lua e Marte, respectivamente.
O foguete alterna estágios de combustível sólido e líquido e é equipado com seis ‘boosters’ auxiliares do tipo ‘PSOM-XL’ encaixados no primeiro estágioFoguete na plataforma no centro espacial Satish Dhawan
… ou como bajuladores e detratores de Elon Musk espernearam pelo motivo errado
Em 14 de abril de 1970, o estágio superior da Apollo 13 Saturn IVB impactou a lua ao norte de Mare Cognitum, a -2,55° de latitude, -27,88° de longitude leste. A cratera de impacto, que tem aproximadamente 30 metros de diâmetro, é claramente visível.
Nas últimas semanas houve uma celeuma entre os apoiadores de Elon Musk e de sua SpaceX e os detratores do ‘bilionário excêntrico’. Supunha-se que o segundo estágio do foguete Falcon 9 v1.1 B1013 que em 2015 lançara a espaçonave de perquisa de clima espacial DSCOVR em órbita lagrangiana L1 iria por fim colidir com a Lua, gerando um comunicado da Agência Espacial Europeia sobre o fato. De imediato, o exército de entusiastas da SpaceX – um grupo caótico que inclui jovens imberbes que acreditam que a exploração espacial começou com a empresa – os fanboys, jornalistas interessados em ‘likes’ e ‘retuítes’ e outros, com motivos ainda menos nobres, como bajularem o bilionário para conseguir-lhe entrevistas e publicarem livros de exaltação – entrou em guerra com outra tribo igualmente insana – leitores, jornalistas etc, que odeiam tudo o que Musk faz, independente de sua utilidade tecnólogica ou comercial.
Temos exemplares de ambas as faunas descritas acima tanto nos EUA como no resto do mundo, e infelizmente também no Brasil. É um tipo que se caracteriza por fazer muito barulho, e frequentemente sobrepuja vozes mais sensatas que se propõem a analisar a exploração espacial sob ponto de vista técnico e contextualizando cada fato. Tais vozes sensatas rejeitam tanto o ódio visceral a qualquer coisa relativa à SpaceX – mas também execram a tosca sabujice dos muskófilos.
Mais tarde, ficou estabelecido que o objeto em questão era um estágio descartado de um foguete chinês Longa Marcha 3C que havia lançado, anos atrás, uma sonda espacial.
Primeiro acusado: segundo estágio do Falcon 9 v.1.1
Uma justa (e antiga) preocupação da Agência Espacial Européia, que em vista do episódio manifestou-se de modo a avisar dos perigos potenciais de impactos de objetos não originalmente dirigidos ao satélite natural, pondo em algum grau de risco possíveis colônias de pessoas lá. Mas o assunto saiu da órbita-alvo original para apogeus e perigeus mais baixos – que giraram entre a sabujice, a xenofobia e a pura desonestidade intelectual.
O real culpado – o terceiro estágio do CZ-3C
Com o desenrolar da trama, ficou aparentemente claro que o causador da “tragédia ambiental lunar” seria o terceiro estágio do foguete Longa Marcha CZ-3C/G2 nº Y12, que lançou a espaçonave-protótipo Chang’e 5 T1 (CE 5 T1) em voo teste para Lua em 2014, quando fez a China se tornar a terceira nação a fazer um sobrevoo lunar com retorno à Terra: a cápsula da nave, uma miniatura da Shenzhou tripulada, circundou nosso satélite natural e voltou para pousar de paraquedas. As bateriais da ‘patota’ composta por fanboys , ‘divulgadores científicos’ e ‘jornalistas especializados’ (muitos deles especializados em ganhar dinheiro com a atenção dos incautos que acham que a Astronáutica começou quando Musk deixou a PayPal para entrar no negócio de foguetes) voltaram-se para a ditadura chinesa, cujos insensíveis exploradores de trabalho escravo e hospedeiros de plantas de big-techs ocidentais obviamente não se importam em ferir a face da Lua com um estágio descartado de uma de suas sondas espaciais.
A origem da celeuma
Um dos atores da polêmica sobre a identidade do objeto foi o engenheiro astrodinâmico Michael Thompson, da Advanced Space em Westminster, Colorado, EUA, cujas análises indicavam inicialmente como sendo o Falcon 9. Thompson baseou-se no trabalho de Bill Gray, do Project Pluto, agremiação de observadores que coleta dados de objetos próximos à Terra. Foi Gray quem descobriu o pretenso curso do estágio da SpaceX. O Project Pluto publica um subconjunto de observações brutas feitas por usuários de todo o mundo. Usando essas observações, Thompson realizou seu próprio processo de determinação de órbita, além dos processos executados por Gray.
O suposto ‘incidente lunar’ da SpaceX foi anunciado como sendo “a primeira vez que um item de detritos feito pelo homem atinge involuntariamente nosso satélite natural”, segundo a agência espacial européia. (“Itens de detritos” não incluem tentativas fracassadas de pousar na Lua, como as várias espaçonaves Luna soviéticas dos anos 60 e 70, a nave indiana Vikram/ Chandrayaan-2 e a israelense Beresheet).
“O próximo impacto lunar do Falcon 9 ilustra bem a necessidade de um regime regulatório abrangente no espaço, não apenas para as órbitas economicamente cruciais ao redor da Terra, mas também para a Lua ”, disse Holger Krag, chefe do Programa de Segurança Espacial da ESA. “Para viajantes espaciais internacionais, não existem diretrizes claras no momento para regular o descarte no final da vida útil de espaçonaves ou estágios superiores enviados para pontos de Lagrange”, continuou a entidade. “Potencialmente colidir com a Lua ou retornar e queimar na atmosfera da Terra têm sido até agora as opções padrão mais diretas”.
(Objetos feitos pelo homem já foram intencionalmente largados para cair na Lua antes. A prática era comum durante o programa Apollo, com estágios superiores de foguetes sendo jogados no solo para induzir abalos sísmicos lunares para sismógrafos de superfície, como veremos mais abaixo.)
Os astrônomos amadores que haviam anunciado o evento do “estágio do Falcon 9 impactando a Lua” descobriram, porém, que o objeto não era o foguete americano, e sim um chinês.
Neste fim-de-semana, o Project Pluto fez uma declaração em seu site, explicando a situação:
“Identificação corrigida de objeto prestes a atingir a Lua. Versão curta: em 2015, identifiquei (erroneamente) esse objeto como 2015-007B, o segundo estágio da espaçonave DSCOVR. Agora temos boas evidências de que é realmente o 2014-065B, o último estágio da missão lunar Chang’e 5-T1. ( […] atingirá a Lua a poucos quilômetros do local previsto em 4 de março de 2022 às 12:25 UTC , dentro de alguns segundos do horário previsto.)
A história completa – Esta manhã (12 de fevereiro de 2022), recebi um e-mail de Jon Giorgini no Jet Propulsion Laboratory (JPL) , perguntando sobre minha declaração de que ” o DSCOVR (e o estágio de foguete com ele) passou perto da Lua em 13 de fevereiro de 2015 , dois dias após o lançamento. Jon apontou que o sistema Horizons do JPL mostrou que a trajetória da espaçonave DSCOVR não era particularmente próxima da Lua. Seria um pouco estranho se o segundo estágio passasse direto pela Lua, enquanto a DSCOVR estivesse em outra parte do céu. Sempre há alguma separação, mas esta era suspeitosamente grande. Instigado pelo e-mail de Jon, eu vasculhei meus arquivos de e-mail para descobrir por que eu havia originalmente identificado o objeto como o estágio DSCOVR em primeiro lugar, sete anos atrás. Eu fiz essa escavação com total confiança de que provaria que o objeto era, de fato, o segundo estágio da DSCOVR.
Como o objeto foi originalmente (mal) identificado como o segundo estágio da DSCOVR – Em 14 de março de 2015, cerca de um mês após o lançamento da DSCOVR, o Catalina Sky Survey encontrou um possível asteroide próximo à Terra. Como é de praxe, eles postaram suas observações no NEOCP (Near-Earth Object Confirmation Page). É lá que os astrônomos postam dados sobre objetos que descobriram que podem ser asteroides ou cometas próximos da Terra; a ideia é que outros possam tentar observá-los também e dizer “Eu também encontrei no seguinte local” ou “Hmmm, não consigo encontrar esse”. Os descobridores, pensando que tinham uma rocha, deram-lhe o nome temporário WE0913A.
Satélite DSCOVR
Esses dados estão disponíveis publicamente e, pouco depois, um astrônomo no Brasil observou em um grupo de notícias que o objeto estava orbitando a Terra, não o Sol, sugerindo que poderia ser um objeto feito pelo homem. Respondi para confirmar isso e escrevi que achava que era a DSCOVR ou algum aparelho associado a ele, mas que estava tendo problemas para encontrar dados sobre a trajetória da DSCOVR. Outros dados confirmaram que sim, o WE0913A passou pela Lua dois dias após o lançamento da DSCOVR, e eu e outros aceitamos a identificação com o segundo estágio como correta. O objeto tinha o brilho que esperávamos, e apareceu no tempo esperado e se movendo em uma órbita razoável. Essencialmente, eu tinha boas evidências circunstanciais para a identificação, mas nada conclusivo. Isso não era nada incomum. Identificações de lixo espacial voando alto geralmente exigem um pouco de trabalho de detetive e, às vezes, nunca descobrimos a identificação de um pouco de lixo espacial; existem alguns UOOs (objetos orbitais não identificados) por aí.
Por que agora tenho certeza de que é realmente o ‘booster’ da Chang’e 5-T1 – Em retrospectiva, eu deveria ter notado algumas coisas estranhas sobre a órbita de WE0913A. Assumindo nenhuma manobra, estaria em uma órbita um tanto estranha ao redor da Terra antes do sobrevoo lunar. Em seu ponto mais alto, estaria perto da órbita da Lua; no seu ponto mais baixo (perigeu), cerca de um terço dessa distância. Eu esperava que o perigeu estivesse perto da superfície da Terra. [mas] O perigeu parecia bastante alto.
Sonda espacial chinesa CE-5 T1
No entanto, um estágio do foguete geralmente faz coisas estranhas em seus primeiros dias no espaço, com o combustível restante vazando e empurrando-o ao redor . Isso causa mudanças na órbita, de modo que, quando você tenta descobrir de onde veio o lixo, obtém uma resposta errada (ou pelo menos alterada). Essas coisas acontecem rotineiramente, mas neste caso, seria necessário um tipo incomum (embora possível) de vazamento, ocorrendo vários dias após o sobrevoo lunar. E teria que ser uma quantidade bastante substancial de vazamento. Além disso, eu não tinha uma trajetória para a DSCOVR na época, e o sobrevoo lunar parecia bastante plausível ([cert]as naves espaciais costumam usar um sobrevoo lunar para ajustar suas órbitas).
Assim as coisas permaneceram, até que eu recebi o e-mail de Jon. Isso me levou a procurar missões espaciais anteriores que pudessem explicar o objeto. Não poderia ter surgido tanto tempo antes, porque este é um objeto grande e brilhante; alguém o teria visto. Portanto, deveria ter sido lançado pouco antes de março de 2015, em uma órbita alta passando pela Lua. Poucos objetos vão tão alto; a maioria fica relativamente perto da Terra.
O lançamento ‘candidato’ foi a missão Chang’e 5-T1, lançada às 18:00 UTC em 23 de outubro de 2014. Seu estágio propulsor nunca foi (pensávamos) visto. Não está claro quando o estágio da Chang’e 5-T1 teria passado pela Lua, mas quatro dias após o lançamento seria uma estimativa razoável. Executando a órbita do WE0913A mais para trás, consegui um sobrevoo lunar em 28 de outubro de 2014:
Elementos orbitais: WE0913A = objeto DSCOVR = 2015-007B = NORAD 40391 Perilune 2014 Out 27.9200390 +/- 0.000152 TT = 22:04:51.37 (JD 2456958.4200390) A1.1: 4.24e-59 +/- 4.51e-1: -11 +/- 3,01e-11 A3: -6,33e-10 +/- 4,72e-11 AU/dia^2 [1/r^2] Epoch 2014 Out 28,0 TT = JDT 2456958,5 Find_Orb q 6826,0085634 +/- 99,4 (J2000 eclíptica) H 27,4 G 0,15 Peri. 110,9433956 +/- 0,14 Nó 7,0878255 +/- 0,13 e 2,054713052 +/- 0,0151 Incl. 119,1718318 +/- 0,13 71 de 85 observações 2015 14 de março a 14 de julho; média residual 0,553
… o que é um sobrevôo lunar bem próximo na data certa. Mas ainda mais impressionante, a órbita antes do sobrevoo o coloca na órbita de transferência lunar “usual”. Se assumirmos que o perigeu estava logo acima da atmosfera (como geralmente é), então isso acontece cerca de meia hora após o tempo de lançamento, e o caminho terrestre [ground track] começa perto do local de lançamento na China e prossegue quase para o leste. Em suma, parece exatamente como a missão lunar chinesa deveria ser em todos os detalhes.
Elementos orbitais: WE0913A = objeto DSCOVR = 2015-007B = NORAD 40391 Perigee 2014 Out 23.7643109 +/- 0.00152 TT; Restrição: q=6500k A1: 3,78e-9 +/- 2,24e-11 A2: 3,65e-10 +/- 2e-11 A3: -6,45e-10 +/- 6,51e-11 AU/dia^2 [ 1/r^2] Epoch 2014 Out 24.0 TT = JDT 2456954.5 Find_Orb M 8.3102144356 +/- 0.053 (J2000 equator) n 35.2592288110 +/- 0.0058 Peri. 141,9756875 +/- 0,14 a198802,40474 +/- 21,8 Nó 301,7804670 +/- 0,15 e 0,967304355 +/- 4,7e-6 Incl. 27,0705663 +/- 0,16 P 10,21d H 27,4 G 0,15 U 9,3 q 6499,9727089 +/- 0,115 Q 391104,83678 +/- 44,1 71 de 85 observações 2015 14 de março a 14 de julho; média residual 0,848
Para adicionar à nova evidência, [o astrônomo e analista espacial] Jonathan McDowell enviou elementos orbitais para a entidade de rádio amador LuxSpace que lançou um satélite numa ‘rideshare’ – “carona compartilhada” – com o mesmo foguete da DSCOVR, com uma correspondência muito próxima. Em certo sentido, isso continua sendo uma evidência “circunstancial”. Mas eu consideraria como bastante convincente. Portanto, estou convencido de que o objeto prestes a atingir a Lua em 4 de março de 2022 às 12:25 UTC é na verdade o estágio do foguete CZ-3C da Chang’e 5-T1.”
On-line Sat_eph compilado Jan 31 2022 11:57:42 UTC-5h”
Não-intencional?
Agora, em sendo o estágio chinês da Chang’e 5-T1 um aparelho que faz parte de uma missão lunar, fica difícil classificar o incidente como “não-intencional”, a não ser que a China confirme que o destino do estágio era cair de volta à Terra ou ser perturbado em órbita distante da Lua.
O ponto central da discussão
O que quase ninguém disse ao público leigo é que o ponto fulcral dessa polêmica é simplesmente fútil. Outros objetos feitos pelo Homem já impactaram na Lua, e vários deles muito maiores do que o barril vazio de 4,5 toneladas com um motor Merlin Vac inativo, que constitui um estágio do Falcon 9. O mesmo serve para um estágio chinês de tamanho e massa similar do CZ-3C. A justa preocupação da ESA com a proliferação de ‘lixo espacial’ ameaçando atividades científicas no espaço próximo à Lua foi obliterada pela guerra nas redes sociais protagonizada pelos sabujos de Musk de um lado e seus antipatizantes raivosos de outro. O foco não era aprender com este precedente que surgia, felizmente enquanto não há pessoas morando na superfície lunar para serem ameaçadas [*], e sim destilar ódio contra a SpaceX de um lado e do outro apenas aplaudir o bilionário em qualquer atitude, seja por um feito tecnológico louvável e admirável como a reutilização de primeiros estágios e coifas, seja por algum factóide fútil como lançar carros em órbita heliocêntrica.
[*] – mesmo assim, a possibilidade de um estágio de foguete de 10 x 3,5 metros, vazio, cair na Lua oferecendo real perigo a uma colônia humana é desprezível. Pelo menos nas próximas décadas, quando os assentamentos na superfície nem poderão ser realmente chamados de ‘colônias’, tal o seu diminuto tamanho.
Agora, com a identidade chinesa do aparelho praticamente aceita, entram em cena não só os muskófilos, mas também os sinófobos com eu ódio a tudo que venha da China (que, diga-se de passagem não ajuda muito em sua auto-imagem devido às características ditatoriais de seu governo). Como frequentemente essas duas facções têm integrantes em comum – com a participação de russófobos e de ‘haters’ de Jeff Bezos na trupe de fanboys de Musk- a gritaria nas mídias sociais passou a ser intensa, visto a diligência deles em defender seu ídolo.
Antecedentes
Como dissemos, a Lua já foi atingida em numerosas vezes por objetos terrestres artificiais – todos como parte de alguma missão dirigida ao satélite natural, portanto se constituindo em eventos previsíveis. Novamente destaque-se a justificada preocupação dos europeus com impactos não relacionados a missões lunares.
Cratera formada pelo impacto do Saturn IVB da Apollo 14. O booster foi intencionalmente impactado na superfície lunar em 4 de fevereiro de 1971 para servir como fonte de energia para sondar a estrutura interior da Lua usando sismômetros colocados na superfície pelos astronautas da Apollo
Módulos lunares abandonados – Após a missão histórica da Apollo 11, o estágio de ascensão (‘ascent stage’) do módulo lunar (“LM”) Eagle foi abandonado em uma órbita cerca de 125 km acima do equador lunar. A NASA assumiu que essa órbita era instável e que algum tempo depois, o aparelho deveria ter colidido com a superfície lunar. Mas não se sabia exatamente o que acontecera com o Eagle depois que foi abandonado. Os estágios de ascensão dos módulos lunares também foram jogados na Lua para coleta de dados de sismógrafo. Por outro lado, os estágios dos LM das Apollos 12, 14, 15, 16 e 17 foram todos deliberadamente colididos com a Lua para ajudar a calibrar os sismômetros que os astronautas deixaram na superfície. Exceção feita aos astronautas da Apollo 13, que usaram seu módulo de ascensão como ” bote salva-vidas” para voltar à Terra, onde queimou na atmosfera. James Meador, pesquisador independente do Instituto de Tecnologia da Califórnia, usando uma ferramenta criada pela NASA que pode ser usada para mapear trajetórias de naves em torno de corpos celestes quando seu campo gravitacional é conhecido, encontrou evidências que sugerem que o estágio de ascensão da Apollo 11 ainda poderia estar ainda orbitando a Lua. Ele escreveu um artigo descrevendo sua pesquisa, argumentando que poderia apontar os observadores para uma cratera de impacto do Eagle.
A estação sísmica no local da Apollo 12. O sismômetro monitorava o nível de movimento do solo para detectar ondas sísmicas que chegassem. O instrumento (esquerda) é protegido por uma folha de metal contra as variações de temperatura na superfície lunar.
Estágios de foguetes Saturno V – Os terceiros estágios dos foguetes Saturn V, os S-IVB, também encontraram seu destino final na Lua. Os locais de impacto dos S-IVBs das missões Apollo 13, 14, 15, 16 e 17 foram estimados a partir de dados de rastreamento antigos. A sonda LRO, que circula a Lua desde 2009, já encontrou os pontos onde os estágios usados nas missões Apollo haviam caído.
Se houvesse motivo (não há) para culpar alguém pelo impacto de um segundo estágio de Falcon 9 na Lua, a ‘culpa’ recairia e seria dividida entre os contratantes do lançamento do satélite DSCOVR – a NOAA, a NASA e a Força Aérea Americana. Assim como não há motivos para culpar a ditadura chinesa. Mais um veículo espacial, seja qual for, caindo na Lua, não fará a menor diferença hoje em dia.
Progress MS-19 deve ser lançada dia 15 para a estação espacial internacional
Foguete é levado na carreta ferroviária TUA do prédio de assemblagem e testes para a plataforma de lançamento
No Cosmódromo de Baikonur, as operações finais de pré-lançamento com o foguete Soyuz-2.1a e a espaçonave de carga Progress MS-19 para a ISS estão em andamento. Neste sábado, 12 de fevereiro de 2022, o foguete espacial Soyuz-2.1a com a nave Progress foi levado ao complexo da plataforma nº 31. O lançamento do foguete, número de série S15000-056, com a Progress MS-19 (máquina nº 449) está programado para 15 de fevereiro.
Foguete a ponto de ser instalado na mesa de disparo
O transporte do foguete do edifício de testes e montagem MIK 254 começou às 05:30, horário de Moscou. Depois que o foguete foi colocado na posição vertical e as torres de serviço na plataforma nº 31 foram fechadas em torno dele, especialistas da Roskosmos começaram a trabalhar de acordo com o cronograma do primeiro dia da campanha de lançamento. Todas as operações foram realizadas por especialistas do Centro Espacial Yuzhny (filial do Centro para a Operação de Infraestrutura Espacial Terrestre – TsENKI) e do Centro de Foguetes Progress – RKTs Progress .
Hoje serão realizados testes dos sistemas e montagens do cargueiro, do veículo lançador e complexo de lançamento, e depois das operações finais será emitido um relatório sobre os resultados do dia.
O Progress MS-19 vai levar à ISS 430 kg de propelentes de reabastecimento, 420 litros de água nos tanques do sistema Rodnik, 40 kg de nitrogênio comprimido em cilindros, além de cerca de 1.600 kg de diversos equipamentos e materiais no compartimento de carga, incluindo recursos de bordo para o segmento russo da ISS, dutos de cabos para serviços no módulo de laboratório multifuncional Nauka, materiais médicos e equipamentos sanitários e higiênicos, roupas e rações alimentares padrão para os tripulantes da 66ª Expedição Principal.
Torres de serviço fechadas em torno do lançador
O compartimento de carga seca da nave espacial acomoda 1.725 kg de diversos equipamentos e materiais, incluindo equipamentos gerais e equipamentos de manutenção para sistemas de bordo (entre eles conduítes para cabos do módulo Nauka), controle médico e suprimentos sanitários e higiênicos, roupas, rações alimentares e alimentos frescos para os tripulantes da 66ª Expedição, bem como um conjunto de cargas no âmbito do programa de pesquisa e experimentos científicos russos: As pilhas ‘Neyrolab’ destinam-se à realização de uma série de experimentos médicos ‘Pilot-T’ para estudar a influência dos fatores de voo espacial na qualidade da atividade profissional dos cosmonautas; A unidade ‘Bioprobi’ é projetada para estudar a influência da microflora em materiais estruturais no espaço e desenvolver métodos para a segurança biológica de naves espaciais como parte do experimento de ‘Biodegradatsiya’; Já as pilhas Probiovit são projetadas para desenvolver uma tecnologia para a produção de produtos farmacológicos com propriedades imunomoduladoras em microgravidade. Além disso, no compartimento de carga existem seis satélites de classe cubeSat ‘YUZGU-55’ No. 5-10 desenvolvidas pelo Instituto de Pesquisa de Instrumentação Espacial e Sistemas Radioeletrônicos da Instituto de Pesquisa de Instrumentação Espacial e Sistemas Radioeletrônicos da Yugo-Zapadnyy Gosudarstvennyy Universitet (Universidade Estatal do Sudeste), projetadas para serem lançadas da ISS durante uma atividade extraveicular da tripulação sob o programa de experimento científico-educacional ‘Radioskaf’.
O foguete Soyuz 2.1a tem 47 metros de comprimento e cerca de 313 toneladas de massa na decolagem
Instalações ‘Vozdukh’ e ‘Poverkhnost’ para a realização do experimento ‘Asseptik’ para desenvolver meios para garantir a esterilidade ao realizar bioexperimentos em condições de voo espacial; Instalação “Biomóduli” para o experimento “Fotobiorreaktor” para estudar a possibilidade de obtenção de alimento e oxigênio a partir da microalga fotossintética espirulina sob condições de ausência de peso; Aparelho ‘MSK-2’ para a realização de um experimento biotecnológico para estudar a influência de fatores espaciais no cultivo de culturas de células-tronco; Um empilhamento de ‘copos’ e ‘tubos de ensaio’ para o experimento ‘Biomag-M’ para estudar a influência dos fatores espaciais nas propriedades dos bioorganismos, ao blindar o campo magnético da Terra; As pilhas ‘BOP’, ‘PM’ e ‘PS’ para o experimento ‘Kaskad’ para desenvolver métodos eficazes para a produção biotecnológica de culturas celulares em microgravidade.
A espaçonave Progress pesa cerca de 7.200 kg e é capaz de transportar quase três toneladas de cargas
… mas nenhuma novidade foi apresentada pelo CEO da SpaceX
Elon falou ontem à noite em Starbase
Elon Musk, chefe da SpaceX, fez sua nova apresentação sobre o trabalho na nave espacial Starship e seu foguete ontem, quinta-feira à noite, em um evento de mídia para convidados e funcionários na base Starbase em Boca Chica, no Texas. Numa preleção de cerca de uma hora e meia sem nenhum dado realmente novo sobre o projeto, Musk disse que o primeiro voo orbital de seu Starship/SuperHeavy – o sistema de lançamento mais poderoso já construído – pode ocorrer em mais um mês ou dois. Enquanto ele antecipa possíveis falhas, está confiante de que a Starship chegará à órbita até o final deste ano. Musk deu sua primeira grande atualização sobre a ‘starship’ em mais de dois anos enquanto estava ao lado do foguete de 119 metros no espaçoporto da SpaceX no Texas. Provavelmente haverá alguns obstáculos na estrada, mas queremos resolver isso com missões de satélite e missões de teste antes de colocar pessoas a bordo, disse ele. O ‘booster’ de primeiro estágio Super Heavy da SpaceX ainda não foi testado em voo, mas a retro-futurista Starship foi lançada com sucesso e pousou sozinha uma vez, em maio passado, após uma série de explosões. O protótipo subiu mais de 10 quilômetros.
Na verdade, o único ponto realmente interessante da apresentação foi o foguete montado atrás de Musk. Era esperado um volume de dados e datas – mas quem realmente conhece o ‘modo Musk de agir’ já previa que mais uma vez o que seria exposto seria um corolário de promessas e cronogramas indefinidos. As informações que ele passou já são conhecidas e discutidas pelos analistas e observadores do trabalho da SpaceX.
“ Está realmente uma coisa selvagem aqui”, disse ele. “Na verdade, difícil de acreditar que é real”. Ele exortou a sua audiência, formada na maioria por funcionários, convidados da mídia amestrada e alguns moradores da vola de Boca Chica: “Vamos tornar isso real!”.
Musk fez sua palestra sob o arranjo do foguete montado na plataforma para os testes de compatibilidade
Em resumo, Musk falou que:
A massa da carga útil a ser lançada em órbita se a Starship iniciar suas operações, de 100 a 150 toneladas, podendo chegar a 250 toneladas em caso de re-enchimento, ou reabastecimento, dos propelentes, em especial do oxigênio líquido. Depois ele discorreu sobre as características atuais da Starship e Super Heavy.
Renderização da SpaceX mostra duas plataformas de lançamento aparentemente muito próximas uma da outra
A comparação entre os motores Raptor 1 e Raptor 2: O Raptor 2 é um projeto completamente redesenhado do zero, e sua produção leva um dia. A SpaceX está tentando fazer um motor balanceado. Os testes do Raptor 2 estão indo bem, mas há problemas com a câmara de combustão. O empuxo do motor é de 235 toneladas, porém, durante os testes, esse valor foi elevado para 247 toneladas, com possibilidade de aumento para até 250 toneladas. A seguir, exibiu-se videos de testes do Raptor 2. A nave pode receber três motores de vácuo RVacs adicionais. Musk disse que passa a maior parte do tempo construindo motores e trabalhando no piloto automático dos Tesla. Musk observou que o estágio Super Heavy usará não 29 motores Raptor, como esperado anteriormente, mas 33, e a Starship nove, não seis.
Vista lateral da torre de serviço e o SuperHeavy
A SpaceX espera obter a licença para lançamentos em março e está aguardando aprovação da Administração Federal de Aviação antes de prosseguir com a próxima fase da Starship, o teste em órbita. Musk disse que espera o sinal verde em março e que o foguete deve estar pronto para voar até lá. Isso colocaria o lançamento nos próximos dois meses, acrescentou. O atraso da agencia federal de aviação FAA não afetará o ritmo de desenvolvimento, mas se a agência decidir avançar com o estudo ambiental EIS, há uma alternativa para lançamento em Cabo Canaveral, na plataforma 39A. A mudança para lá levaria de seis a oito meses. No entanto, Musk está confiante de que o voo orbital de teste da Starship ocorrerá este ano. Sobre os custos de lançamento, um único lançamento custará vários milhões de dólares, e abaixo de 10 milhoes com uma alta taxa de voos, o que reduziria os preços. Ele cllassificou isso de “insanamente baixo” e “ridiculamente bom” pelos padrões espaciais atuais.
Motores Raptor original e Raptor 2
Além do Cabo Canaveral, na Flórida, e do extremo sul do Texas, perto de Boca Chica, as ‘starships’ podem ser lançadas de plataformas oceânicas flutuantes em qualquer lugar do mundo, disse Musk. Ele imagina naves sendo lançadas três vezes por dia – sua rápida reutilização – com estações de reabastecimento no espaço para destinos mais distantes como Marte. Em seguida Musk previu que o primeiro teste de reabastecimento em órbita, entre uma Starship ‘petroleira’, ou ‘caminhão-tanque’ (tanker) será em dois anos. Os lançamentos de reabastecimento devem ocorrer com algumas horas de intervalo.
Depois, quando questionado sobre o aspecto segurança, Musk revelou que a Starship não terá um sistema de escape de emergência, mas um sistema que permite a nave ser separada do Super Heavy em voo – o que é um cenário extremamente perigoso e delicado, em vista do tamanho e das características do estagio Heavy e da nave espacial em si. Musk admite que os primeiros voos de teste podem não sair conforme o planejado: “Podemos perder algumas naves no processo. Acho que no caso do Falcon 9, houve 14 ou 15 tentativas antes do primeiro retorno bem-sucedido do veículo lançador”.
A renderização apresentada mostrou desenho convencional para a nave
A Starship, lembrou ele, já tem um cliente particular, um empresário japonês Yuzaku Maezawa, que comprou um voo ao redor da Lua e planeja levar alguns artistas com ele. Musk insinuou que há outros interessados em comprar viagens, dizendo que anúncios futuros estão por vir. Sobre o sistema de suporte vital, a SpaceX ainda não pensou muito ainda no interior da nave , enquanto Musk sugeriu que, no futuro, uma Starship poderia ser construída a cada três dias. Isso permitirá que dez naves sejam lançadas, três vezes ao dia, para sustentar uma colônia tripulada em Marte. A apresentação também mostrou um novo vídeo promocional do lançamento, reabastecimento e pouso da Starship em uma futurística base no planeta. Segundo o chefe da SpaceX, para criar um assentamento autossuficiente lá, por exemplo, será necessário transportar um milhão de toneladas de carga, e a Starship dará conta da tarefa.
No mês passado, discutiu-se, na cúpula da empresa, os planos de construir uma torre de manutenção/serviço nas plataformas de lançamento off-shore, a Phobos e a Deimos.
O sistema Starship/SuperHeavy
A NASA planeja usar a Starship totalmente reutilizável para pousar astronautas na Lua já em 2025 como parte do Programa Artemis. Musk, enquanto isso, espera montar uma frota de naves para criar a cidade em Marte, transportando equipamentos e pessoas para lá. Mas, por enquanto, os voos iniciais levariam os satélites de internet de Musk, os Starlinks, em órbita.
Até agora, a SpaceX conta com seus foguetes Falcon 9 para lançar satélites, bem como astronautas e carga para a Estação Espacial Internacional. Seu primeiro voo privado, o Inspiration 4 comprado pelo bilionário Jared Isaacman, foi em setembro passado. Outro está será feito no final de março, este o Axiom Ax-1 para a estação espacial com um piloto e três empresários, que estão pagando US$ 55 milhões cada.
Foguete teve aparente falha de separação de carenagem
Astra Rocket 3.3 decola de Cabo Canaveral
A Astra Space Inc lançou hoje, 10 de fevereiro de 2022, às 17:00 horas de Brasília (20:00 UTC) o foguete Astra Rocket 3.3 LV0008, que não conseguiu colocar em órbita quatro satélites de universidades e da NASA. O foguete decolou do Space Launch Complex 46 na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. As imagens das câmeras on-board mostraram o corte dos motores de primeiro estágio. Em seguida, foi emitido o comando de largar a carenagem, e foi visível que a concha se mexeu quase imediatamentre após o corte. O segundo estágio ao que parece se separou do primeiro, porém como a carenagem estava emperrada, ficou preso dentro dela (a coifa cobre o segundo estágio). O motor Aesthus acendeu e seu empuxo e pressão de gases aparentemente rompeu a trava emperrada que prendia o conjunto, para em seguida desligar quase imediatamente, enquanto imagens mostravam o primeiro estágio se afastando e o segundo dando cambalhotas sem controle – o sistema de controle pode ter cortado o motor principal e ter falhado em estabilizar a rotação.
A Astra anunciou nas redes sociais: “Tivemos um problema durante o voo de hoje que resultou na não entrega das cargas úteis à órbita. Lamentamos profundamente nossos clientes – a NASA e as pequenas equipes de satélites. Mais informações serão fornecidas após concluirmos uma revisão de dados.”
An extended gif where you can see the fairing "jump" a little when it attempts separation pic.twitter.com/5lASEkD0CS
Os cubesats, da Iniciativa de Lançamento CubeSat da NASA (CSLI), eram parte da Educational Launch of Nanosatellites (ELaNa 41). O lançamento da ELaNa 41 foi o primeiro operacional da Astra Space.
O ELaNa 41 incluía os satélites:
BAMA-1 – Universidade do Alabama, Tuscaloosa INCA – Universidade Estadual do Novo México, Las Cruces QubeSat – Universidade da Califórnia, Berkeley R5-S1 – Centro Espacial Johnson da NASA, Houston
Este serviço de lançamento é fruto de um contrato Venture Class Launch Services Demonstration 2 , para recursos de lançamento dedicados para cargas úteis pequenas, concedidos pelo Programa de Serviços de Lançamento da NASA (LSP) com sede no Kennedy Space Center. As missões de classe de risco da NASA ajudam no desenvolvimento e demonstração de novos veículos de lançamento comercial. “Esses lançamentos VCLS Demo 2 de pequenos satélites podem tolerar um nível mais alto de risco do que missões maiores e demonstrarão e ajudarão a mitigar os riscos associados ao uso de novos veículos de lançamento que fornecem acesso ao espaço para futuras pequenas espaçonaves e missões.”
Imagem da câmera mostrando o primeiro estágio
Missão ELaNa-41
O Programa de Serviços de Lançamento da NASA (LSP) concedeu vários contratos Venture Class Launch Services Demonstration 2 para lançar pequenos satélites (SmallSats) para o espaço, incluindo CubeSats, microsats ou nanossatélites. A primeira missão sob o contrato estava no Astra Rocket de hoje.
Os CubeSats foram desenvolvidos por três universidades e pelo Centro Espacial Johnson da NASA. Os CubeSats, selecionados pela Iniciativa de Lançamento CubeSat da NASA (CSLI), voando na missão Educational Launch of Nanosatellites (ELaNa 41). Os CubeSats estão desempenhando um papel cada vez maior na exploração, demonstrações de tecnologia, pesquisa científica e investigações educacionais. Esses satélites em miniatura fornecem uma plataforma de baixo custo para missões da NASA, incluindo exploração espacial planetária; Observação da Terra; ciência fundamental da Terra e do espaço; e demonstrações de tecnologia, como comunicações a laser de última geração, armazenamento de energia, propulsão no espaço e capacidades de movimento autônomo. O CSLI permite o lançamento de projetos CubeSat projetados, construídos e operados por alunos, professores e professores, bem como Centros da NASA e organizações sem fins lucrativos. Gerenciadas pelo LSP, as missões ELaNa oferecem uma oportunidade de ejeção ou lançamento de compartilhamento de carona para o espaço para CubeSats selecionados por meio do CSLI. Os gerentes de missão da ELaNa e suas equipes oferecem instrução sobre voos espaciais por meio da preparação (licenciamento, integração e testes) de cargas úteis voadas no espaço. Desde a sua criação em 2010, a iniciativa selecionou mais de 200 missões CubeSat, das quais mais de 100 foram lançadas ao espaço, com mais de 30 missões programadas para lançamento nos próximos 12 meses.
A missão dos cubesats
Os quatro cubesats do ELaNa 41 seriam ejetados no espaço a partir de seu dispensador no topo do estágio superior do foguete.
O BAMA-1 , formato 3U CubeSat completa suas verificações de ajuste e integração. por : Abby Feeder, Universidade do Alabama
O BAMA-1 seria uma missão de demonstração de tecnologia que realizará uma demonstração de voo de um módulo de vela de arrasto desorbitando rapidamente o satélite.
Ian McNeil testando o painel solar extensível do INCA. por : Mark Roberts, New Mexico State University
INCA – Universidade Estadual do Novo México, Las Cruces
O INCA (Ionospheric Neutron Content Analyzer) seria uma missão de investigação científica que estudará as dependências de latitude e tempo do espectro de nêutrons em órbita baixa da Terra pela primeira vez para melhorar os modelos atuais de clima espacial e mitigar ameaças ao espaço e ativos aéreos. As medições viriam de um novo espectrômetro de nêutrons direcional, que foi desenvolvido em conjunto com o Goddard Space Flight Center da NASA e a Universidade de New Hampshire.
O objetivo principal do 2U cubesat QubeSat é testar e qualificar um giroscópio quântico desenvolvido por pesquisadores da Universidade da Califórnia, Berkeley, nas condições de órbita baixa da Terra. por Universidade da Califórnia, Berkeley
QubeSat seria uma missão de demonstração de tecnologia. Ele testaria os efeitos das condições espaciais em giroscópios quânticos usando centros de vacância de nitrogênio em diamante. Os centros de vacância de nitrogênio são pontos de defeito de nitrogênio no diamante com propriedades quânticas que permitem aos cientistas formar giroscópios que medem a velocidade angular. As tecnologias baseadas em centros de vacância de nitrogênio são particularmente adequadas para o espaço devido à sua alta precisão, fator de forma pequeno e tolerância à radiação.
O R5-S1 destina-se a avaliar a adequação de componentes comerciais de prateleira para recursos de inspeção extraveicular de voo livre, incluindo câmeras, computadores e algoritmos. por : Sam Pedrotty, Centro Espacial Johnson da NASA
R5-S1 – Centro Espacial Johnson da NASA, Houston
O R5-S1 destinaria-se a “demonstrar uma maneira rápida e econômica de construir CubeSats bem-sucedidos, além de demonstrar tecnologias para a inspeção no espaço, que podem ajudar a tornar a exploração espacial tripulada mais segura e eficiente”. O R5-S1 seria uma maneira mais barata de demonstrar tecnologias cruciais, como computadores de alto desempenho, câmeras, algoritmos e uma nova maneira de satélites transmitirem imagens para o solo.
Foguete tem cinco motores Delphin de turbombas acionadas por baterias elétricas
O foguete Astra Rocket
O foguete Astra se encaixa no segmento de foguetes pequenos do mercado de lançamentos. A variação do Rocket 3.3 pode transportar cerca de 50 quilos de carga útil para a órbita baixa da Terra, com sua versão planejada do Rocket 4.0 prevista para aumentar essa capacidade. O objetivo do Astra é lançar um foguete por dia até 2025, reduzindo seu preço de US$ 2,5 milhões.
(resumo de Gunter Krebs) O Astra é um pequeno veículo lançador de satélites projetado pela Astra Space Inc, anteriormente conhecida como Ventions Inc. Este é um pequeno veículo lançador orbital capaz de colocar cerca de 100 kg em órbita terrestre baixa. Este veículo se baseia na experiência adquirida com o desenvolvimento do veículo lançador SALVO lançado do ar, embora este não tenha realizado nenhum lançamento. É alimentado por querosene RP-1 e oxigênio líquido (LOX). O primeiro estágio é alimentado por cinco motores Delphin de 28 kN de empuxo, cada um acionado por bombas alimentadas por bateria, e o segundo estágio usa um motor chamado Aether. O Astra usa uma infraestrutura terrestre mínima, que pode ser montada em curto prazo em diferentes locais de lançamento.
O foguete foi visto em um vídeo em fevereiro de 2018, aparentemente fazendo testes de solo na Estação Aérea Naval de Alameda. A empresa é cliente de um lançamento suborbital secreto “Rocket 1” no Pacific Spaceport Complex Alaska (PSCA) na Ilha Kodiak em 2018. O primeiro voo de teste suborbital ocorreu em 21 de julho de 2018 com falha logo após o lançamento. O segundo voo suborbital em novembro de 2018 também falhou logo após o lançamento e caiu perto da plataforma, depois que todos os cinco motores falharam. A primeira versão orbital, Rocket-3.0, é um veículo de dois estágios. O estágio um aparentemente usa um design de antepara de intertanque comum, ao contrário dos dois protótipos. Tem um diâmetro de 1,32 m e uma altura de 11,6 m. Três veículos foram construídos desta versão inicial para testes de voo, antes de produzir versões melhoradas.
A versão operacional, Rocket-3.3, é uma versão melhorada da versão Rocket-3.0. O primeiro estágio é alongado e o segundo estágio teve seu empuxo aumentado. O veículo de lançamento não requer uma infraestrutura de lançamento fixa, pois todos os componentes ( trailer de transporte, trailers de combustivel e oxidante, trailer de sistemas de suporte de solo e em geral seis contêineres de serviço) são transportáveis por transporte aéreo e podem ser montados em qualquer local de lançamento de “plataforma limpa.”
Hoje, quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022, às 15:09:37 horário de Brasília, equipes conjuntas de especialistas russos e europeus lançaram do centro espacial da Guiana o foguete Soyuz-ST-B número Ya 15000-018 com o estágio superior Fregat-M 133-19 para colocar em órbita 34 satélites da OneWeb. Este lançamento se tornou o décimo terceiro para a operadora de satélites de internet multinacional. Nove minutos após o lançamento, a unidade principal, composta pelo estágio superior e espaçonaves, separou-se do terceiro estágio em modo normal. Dentro de 3 horas e meia, os satélites OneWeb, de acordo com o diagrama de sequência de voo, se separaram o alternadamente rebocador russo. A Roscosmos é responsável pela implementação do programa dos Soyuz no Centro Espacial da Guiana pelo lado russo e coordena o trabalho com as empresas nacionais da indústria de foguetes e espaço proporcionando interação com o Arianespace.
Transmissão ao vivo, com comentários do Homem do EspaçoRebocador espacial Fregat em fase de costeamento antes da ejeção dos primeiros satélites na órbita-alvo
Algumas estatísticas do voo de hoje: 1.955º lançamento de um foguete Soyuz 2º lançamento do Soyuz em 2022 1ª missão Arianespace de 2022 1º lançamento do Centro Espacial da Guiana em 2022 27º lançamento de um Soyuz da Guiana Francesa 1º lançamento do Soyuz da Guiana Francesa em 2022 339º lançamento da Arianespace desde 1980 13º lançamento com satélites OneWeb
CEO da SpaceX fará primeira apresentação sobre novo foguete desde 2019
Espaçonave-protótipo assentou-se finalmente no topo do foguete na madrugada de 9 para 10 de fevereiro, após vários atrasos durante o dia
O fundador da SpaceX, Elon Musk, fará a sua preleção pública de atualização sobre seu foguete SuperHeavy e sua espaçonave Starship, ao vivo, nesta quinta-feira, 10 de fevereiro, às 21h EST – 23:00 Brasília. Musk, falando diretamente da base de testes e lançamento Starbase , no Texas, fará comentários sobre o uso da Starship como espaçonave de próxima geração que a NASA planeja usar para suas missões Artemis à Lua e que ele espera pousar as primeiras pessoas em Marte. O foguete ‘booster’ SH B4 e o protótipo SS/SN/S-20 “Ship 20” foram integrados (empilhados) sobre a mesa de lançamento, num teste de compatibilidade e checagem estrutural, ocasião aproveitada pelo dono da SpaceX para ter o lançador presente como pano de fundo para a apresentação. Esta é a primeira atualização de Musk sobre o desenvolvimento da nave em dois anos e meio.
O Homem do Espaço vai transmitir, traduzir a analisar mais esta preleção do dono da SpaceX, que empurra seus funcionarios ao limite para colocar em prática seus planos de “colonizar Marte” ainda no seu período de gestão à frente de sua empresa.
O bilionário deve falar do cronograma de voos de teste e dar atualizações sobre o ritmo de trabalho da SpaceX tanto nos foguetes quanto na infraestrutura da base. Espera-se que o empresário discorra sobre possíveis cenários de aborto durante as fases iniciais de voo do SH/SS; as oportunidades de colher dados telemétricos e de análise estrutural pós voo em missões automáticas e no cruzamento de tecnologias entre as versões tripuladas e não-tripuladas de seus veículos, para economizar recursos e tempo no desenvolvimento e implementação de seu projeto.
Em agosto, a SpaceX deu um grande passo para completar seu sistema de lançamento totalmente reutilizável, empilhando sua espaçonave em cima de um protótipo do Super Heavy Booster. A empresa vem desenvolvendo o foguete em sua instalação de testes em Boca Chica, Texas, e nos últimos anos realizou uma série de testes de voo em altitude, nos últimos meses – alguns dos quais terminaram em explosões mas todos geraram dados de telemetria. Em 2021, a NASA concedeu à SpaceX um contrato de US$ 2,9 bilhões para desenvolver a Starship como um módulo lunar para suas futuras missões à Lua. O bilionário japonês Yusaku Maezawa também reservou uma missão, chamada dearMoon , agendada para enviar ele e oito artistas ao redor da Lua em outra Starship, com data de lançamento prevista para o próximo ano.
Empilhamento começou com atraso ontem à noite
O próximo grande passo para a Starship é um teste de voo orbital. A SpaceX está atualmente aguardando a aprovação da FAA para lançar a nave em órbita a partir de suas instalações de Boca Chica. Como Musk escreve em sua última série de tweets, “A Starship aspira ser o primeiro veículo de lançamento orbital totalmente reutilizável, o santo graal dos foguetes. Este é o avanço essencial necessário para tornar a vida multiplanetária”. Ele também afirma que “a Starship está em uma categoria diferente” em comparação com os foguetes Falcon 9 de sua empresa, que recentemente ultrapassaram um marco de 111 missões consecutivas , o que significa que voou missões mais bem-sucedidas consecutivas atrás apenas do Soyuz russo. Musk diz que a Starship leva “ordens de magnitude mais carga em órbita do que o Falcon”, o que é “necessário para criar uma cidade autossustentável em Marte”.
Visão artística de um conjunto Starship e foguete SuperHeavy completo
Embora Musk não tenha revelado nenhuma informação além da data e hora da apresentação, o evento será transmitido ao vivo no site da SpaceX , bem como em seu canal no YouTube. Nenhum detalhe foi divulgado sobre o conteúdo, embora possa-se ter uma nova atualização sobre o próximo teste de voo orbital. Apresentações anteriores de Elon Musk – a última veio em setembro de 2019 – também detalharam mudanças no design do veículo de lançamento, bem como mudanças de nome. O foguete foi originalmente chamado BFR antes de mudar para Mars Colonial Transporter e depois para seu título atual de SuperHeavy/ Starship.
Voo VS27 com os Oneweb F13 decola da Guiana hoje à tarde
Foguete Soyuz ST-B na mesa de disparo, sem a cabeça, aguardando a aproximação da torre móvel de serviço, vista ao fundo
No Centro Espacial da Guiana, (CSG, Centre Spatial Guyanese) prosseguem os preparativos para o lançamento do veículo lançador Soyuz-ST-B nº Ya 15000-018 no voo VS27, missão Oneweb F13, com 34 satélites de internet sendo transportados. O lançamento está programado para 10 de fevereiro de 2022 às 15:09:37, horário de Brasília, e os satélites seguirão para uma órbita quase circular de 475 km, depois aumentada para 1200 km, inclinada a 87,4 graus após se separarem do estágio superior do foguete, 3 horas e 33 minutos após a decolagem. Ontem, especialistas do Centro de Operação de Instalações de Infraestrutura Espacial Terrestre (o TsENKI, afiliado da agência espacial russa Roskosmos) estão preparando equipamentos para abastecer o veículo lançador com queronese, naftil e oxigênio líquido. A equipe da Associação Científica e de Produção Lavochkin estão testando o estágio superior Fregat-MT.
Na segunda-feira, 7 de fevereiro, o foguete foi instalado na mesa de lançamento, e a cabeça espacial (composta pelo adaptador com o terceiro estágio, o estágio superior Fregat, os satélites e a coifa cobrindo o conjunto) foi instalada . A preparação do Soyuz-ST-B no complexo de lançamento é realizada sob uma torre de serviço móvel MBO, que serve para protege-lo e sua equipe das difíceis condições climáticas do clima equatorial da Guiana Francesa. A necessidade da MBO se deve à grande quantidade de chuvas, que chega a 3.000 milímetros por ano, e durante a estação chuvosa na Guiana há períodos em que caem mais de 500 milímetros de precipitação por dia. Além disso, a torre protege contra insetos, que são muito numerosos na área.
Na terça-feira, 8 de fevereiro, de acordo com o cronograma do segundo dia da campanha de lançamento, foram realizados testes autônomos e integrados dos sistemas do lançador e do estágio Fregat-MT. Na quarta-feira, dia 9, sob a gerência da operadora européia Arianespace e sua associada euro-russa Starsem, na presença de representantes da Oneweb, foi realizada a revisão de prontidão para o lançamento. A reunião deu permissão para prosseguir com a programação .
Satélite Oneweb
Torre móvel de serviço MBO envolvendo o foguete na plataforma de lançamento
Oneweb
O voo VS27 marca o primeiro voo do ano do consórcio euro-russo Arianespace/Starsem com a OneWeb. Esta décima-terceira missão em nome da empresa inglesa colocará 34 satélites adicionais (atualmente, existem 394 desses satélites em órbita ), elevando a frota total para 428 em uma órbita quase polar a uma altitude de 475 quilômetros. Após a separação do estágio Fregat, os satélites se elevarão à sua órbita operacional. Os satélites fornecerão serviços de conectividade de nível empresarial de alta velocidade e baixa latência para uma ampla gama de setores de clientes, incluindo clientes empresariais, governamentais, marítimos e de aviação. Segundo seus anúncios oficiais, “… a OneWeb busca levar conectividade a todas as áreas desconectadas onde a fibra não pode alcançar e, assim, reduzir a divisão digital. Uma vez implantada, a constelação OneWeb habilitam terminais de usuário capazes de oferecer cobertura 3G, LTE, 5G e Wi-Fi, fornecendo acesso global de alta velocidade por via aérea, marítima e terrestre. Essas missões até 2022 permitirão o início dos serviços globais este ano.” Nesta missão, a Arianespace supera o número de cem satélites lançados pelos Soyuz a partir de Kourou, chegando a 101 . Os satélites serão os 1102º a 1135º lançados pela Arianespace e os 531º a 564º satélites construídos pela Airbus Defence and Space a serem lançados pela empresa.
Foguete Soyuz ST-B
O foguete russo Soyuz ST-B, de 46,3 metros de comprimento, 10,3 metros de envergadura e 313.000 kg de massa na decolagem, foi criado com base no modelo Soyuz-2.1b. As principais diferenças entre o ST-B e a versão básica 2.1b são o refinamento do sistema de controle para receber telecomandos do solo para interromper o voo, refinamento da telemetria para estações terrestres europeias para receber informações e o refinamento para o ambiente operacional (alta umidade, transporte marítimo, etc.). As principais diferenças entre o ST-B e o 1b estão na tecnologia de preparação e lançamento do foguete do cosmódromo de Kourou em relação aos usados nos cosmódromos de Plesetsk e Baikonur. O foguete usa uma carenagem de cabeça tipo “ST” de fibra de carbono – adaptada do veículo lançador Ariane 4 – para lançamentos comerciais da Starsem. A coifa tem um diâmetro externo de 4,1 m e um comprimento de 11,4 m. Esse tipo de carenagem só pode ser usado em conjunto com o Soyuz-2, pois os sistemas de controle analógicos dos modelos anteriores não eram capazes de estabilizar o voo, afastando os distúrbios aerodinâmicos que ocorrem com uma carenagem desse tamanho. Este é o único tipo de coifa oferecido pelas Starsem e Arianespace quando um Soyuz é lançado de Kourou.
Soyuz ST-B
No complexo de montagem e teste (MIK), é montado apenas o próprio foguete, sem seu acoplamento com a ogiva espacial (consiste na espaçonave, carenagem e, opcionalmente, o estágio superior Fregat, que é abastecido e preparado num prédio separado, o FCube “Fregat Fueling Facility”). O foguete é retirado e instalado no complexo de lançamento “sem a cabeça”. Nos cosmódromos russos, o foguete é removido do MIK completo com a ogiva. A ogiva é montada, e instalada no veículo lançador na posição vertical. Isso se deve ao fato de que muitas naves espaciais européias não podem suportar as cargas laterais de flexão que são inevitáveis quando ela está acoplada no veículo lançador e a estrutura montada é transportada na posição horizontal. A instalação da cabeça e a preparação do foguete para lançamento são realizadas na MBO, que é rolada sobre trilhos para envolver a plataforma de lançamento. Ao contrário dos cosmódromos russos, o controle de lançamento não é realizado a partir de ‘bunkers’ subterrâneos localizados relativamente perto da plataforma de lançamento, mas de um prédio comum localizado a uma distância de mais de 1 km. As operações de conexão e desconexão dos equipamentos de abastecimento são automatizadas devido ao fato da plataforma do Soyuz-ST não girar e os pontos de conexão estarem sempre fixos. Em Plesetsk e Baikonur, o Soyuz-2 é lançado a partir de uma mesa giratória para apontar o azimute desejado, o que dificulta a automatização das operações.
SpaceX perde cerca de 40 satélites Starlink devido a “tempestade geomagnética”
Satélite Starlink reentra sobre Pòrto Rico. O usuário do YouTube kevinizooropa já havia filmado segundos estágios da SpaceX e chuvas de meteoros, e em 7 de fevereiro capturou a reentrada de um dos Starlink sobre Porto Rico (conforme confirmado pelo astrônomo Jonathan McDowell).
A SpaceX perdeu cerca de 40 dos 49 satélites de internet Starlink lançados em órbita em 3 de fevereiro como resultado de “uma tempestade geomagnética” no dia 4, anunciou a empresa em seu site. “A análise preliminar mostrou que o aumento da resistência do ar em baixas altitudes não permitiu que os satélites saíssem do modo de segurança e iniciassem a correção de órbita, e cerca de 40 deles retornarão ou já retornaram à atmosfera terrestre”, disse a empresa. Não haverá detritos orbitais e nenhuma parte dos satélites atingirá a Terra, acrescentou a SpaceX.
A empresa observou que, devido à tempestade, a resistência do ar rarefeito na altitude (cerca de 270 km) se tornou 50% mais forte do que nos lançamentos anteriores. Isso tornou mais difícil para os satélites alcançarem sua posição orbital. Os especialistas decidiram colocar os minissatélites em modo de segurança, em que se deslocassem ‘lateralmente’ em órbita, para diminuir a resistência, mas essas medidas não ajudaram. Segundo a SpaceX, os veículos fora de órbita não representam uma ameaça para outros satélites e são projetados para queimar ao entrar na reentrada na atmosfera terrestre. As tempestades geomagnéticas são desencadeadas por distúrbios entre o campo magnético da Terra e as partículas carregadas do sol, conhecidas como vento solar, de acordo com o Space Weather Prediction Center. Os satélites foram lançados a uma baixa altitude de cerca de 200 quilômetros, e então tiveram que subir até a altura exigida pelos motores elétricos de efeito Hall por conta própria. A SpaceX vem fazendo esses lançamentos há cerca de 3 anos e até agora tudo está funcionando bem. Desta vez, de acordo com a capacidade do motor, não foi suficiente para alguns satélites subirem em uma atmosfera tão densa.
O lançamento dos 49 Starlinks foi realizado usando um foguete pesado Falcon 9 em 3 de fevereiro às 13:13, horário da Costa Leste dos EUA do Complexo de Lançamento 39A no Porto Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. Cerca de 80% desses satélites foram “significativamente impactados” pela tempestade geomagnética da sexta-feira. A constelação orbital da SpaceX consiste em mais de duas mil unidades pesando 290 kg cada dos quais quase 1.900 estão funcionando. A empresa é atualmente a maior operadora de satélites do mundo.
O SpaceTrack divulgou informações de reentrada para 5 unidades do recente lote Starlink: [o satélite] 2022-010L reentrou às 0006 UTC de 9 de fevereiro sobre 45W 46S. Quatro outros caíram de 6 a 7 de fevereiro em 169E 20N, 55E 2S, 106W 40N e 66W 28N- o último destes foi a entrada vista de Porto Rico.
Gráfico revisado mostrando as altitudes de liberação de Starlinks (imagem superior: perigeu azul, apogeu em vermelho); densidade atmosférica (no meio) a 200 (vermelho), 220 (azul), 250 (verde) km de altitude e fluxo de rádio solar (inferior). Densidade do modelo NRL-MSISE00 usando dados solares Kelso
No futuro, a SpaceX planeja colocar uma constelação orbital de 12.000 espaçonaves desse tipo (e posteriormente 30.000) para criar uma rede em grande escala que fornecerá aos assinantes acesso à internet de banda larga em qualquer lugar do mundo. O investimento total no projeto é estimado em US$ 10 bilhões.
CEO da SpaceX fará mais uma apresentação sobre seu novo foguete e nave espacial
Elon Musk vai fazer (mais uma) de suas apresentações sobre seu sistema de espaçonave Starship e foguete de primeiro estágio SH SuperHeavy, tendo como palco a pista concretada de seu complexo de testes e lançamentos em Boca Chica “Starbase”, no Texas, às 14:00 hora do Texas (11:00 de Brasília). O foguete SH B4 e o protótipo SS/SN/S-20 “Ship 20” devem estar integrados sobre a mesa de lançamento. O bilionário eve falar do cronograma de voos de teste e dar atualizações sobre o ritmo de trabalho da SpaceX tanto nos foguetes quanto na infraestrutura da base. O Homem do Espaço vai transmitir, traduzir a analisar mais esta preleção do dono da SpaceX, que empurra seus funcionarios ao limite para colocar em prática seus planos de “colonizar Marte” ainda no seu período de gestão à frente de sua empresa. Espera-se que o empresário discorra sobre possíveis cenários de aborto durante as fases iniciais de voo do SH/SS; as oportunidades de colher dados telemétricos e de análise estrutural pós voo em missões automáticas e no cruzamento de tecnologias entre as versões tripuladas e não-tripuladas de seus veículos, para economizar recursos e tempo no desenvolvimento e implementação de seu projeto.
Lançador de pequeno porte da Astra teve “problema de telemetria” a ‘T=zero’
Foguete Astra LV0008 na plataforma, nos instantes finais da tentativa frustrada de lançamento
A contagem regressiva do foguete Astra Rocket 3.3 LV0008 em Cabo Canaveral foi suspensa mais uma vez, desta vez durante os primeiro segundos do lançamento hoje (7 de fevereiro de 2022) do Launch Complex 46 na Estação da Força Espacial Cabo Canaveral. O foguete estava em controle automático desde 60 segundos antes do disparo dos motores Delphin do primeiro estágio às 16:10 hora de Brasília. A sequência de lançamento prosseguiu como previsto, com a aparente ignição, a T -3 segundos, dos cinco propulsores. O jato proveniente das tubeiras dos Delphins iluminou a mesa de lançamento e o piso concretado da zona de disparo, já aspergida com os jatos de água para supressão de vibração e controle térmico, para logo em seguida ser interrompido a T=zero.
“Cancelado o lançamento de hoje devido a um pequeno problema de telemetria. Estamos dando tempo à equipe para concluir uma revisão completa e forneceremos uma atualização sobre a próxima oportunidade de decolagem da missão ELaNa” – disse a empresa num comunicado em rede social por volta das 17h de Brasília.
Por ‘problema de telemetria’, a Astra pode significar um defeito qualquer num dos dispositivos da motorização, ou na linhas suas de alimentação, ou mesmo no sistema do controlador de trabalho das turbobombas – um ou mais dos transdutores pode ter apresentado um problema, o que pode ter levado a uma leitura de parâmetros fora do esperado. Até verificarem se o problema foi realmente com os sensores, com o tráfego de dados do foguete para a instalação de controle, ou mesmo no próprio mecanismo em si, os engenheiros decidiram postergar o lançamento para ter uma idéia da causa-raiz.
O Astra lançaria quatro satélites de pesquisa desenvolvidos por três universidades e pelo Centro Espacial Johnson da NASA. Os cubesats, da Iniciativa de Lançamento CubeSat da NASA , seriam parte da missão Educational Launch of Nanosatellites (ELaNa 41). O lançamento será o primeiro operacional da Astra Space e estava marcado inicialmente para sábado passado, mas um problema com o equipamento de telemetria e seguimento da área da ‘pegada’ da trajetória pretendida para o foguete, que ficou “fora de serviço” levou ao cancelamento do disparo e o reagendamento da missão.
O foguete Astra se encaixa no segmento de foguetes de pequeno porte. A variação atual do Rocket 3.3 pode transportar cerca de 50 quilos de carga útil para a órbita baixa da Terra, com sua versão planejada do Rocket 4.0 prevista para aumentar essa capacidade. O objetivo da Astra é lançar um foguete por dia até 2025, reduzindo seu preço de US$ 2,5 milhões.
As janelas de lançamento de reserva estão disponíveis no período de terça-feira, dia 8, a sexta-feira, dia 11, das 18:00 às 21:00 UTC (15:00 às 118:00 Brasília). A previsão da meteorologia marca 30% favorável para um lançamento amanhã, dia 8. O risco de ventos de cisalhamento e grande altitude é baixo para ambos os dias.
Os satélites a serem lançados como parte da missão ELaNa 41 de US$ 3,9 milhões, patrocinada pela NASA, criados por estudantes de várias universidades americanas, além da agência espacial governamental são: BAMA-1 – Universidade do Alabama, Tuscaloosa INCA – Universidade Estadual do Novo México, Las Cruces QubeSat – Universidade da Califórnia, Berkeley R5-S1 – Centro Espacial Johnson da NASA, Houston
Foguete de pequeno porte de ‘resposta rápida’ teve lançamento adiado ontem
Foguete Astra LV0008 na plataforma
A contagem regressiva do foguete Astra Rocket 3.3 LV0008 em Cabo Canaveral foi suspensa e retomada uma vez durante a fase de pré-lançamento ontem em Cabo Canaveral. A janela de lançamento para a missão VCLS Demo-2 de demonstração do Venture Class Launch Services da NASA iria até as 16h EST (21:30 GMT, ou 18:00 Brasília).
O Astra lançaria quatro satélites de pesquisa desenvolvidos por três universidades e pelo Centro Espacial Johnson da NASA. Os cubesats, da Iniciativa de Lançamento CubeSat da NASA (CSLI), seriam parte da missão Educational Launch of Nanosatellites (ELaNa 41). O lançamento da ELaNa 41 será o primeiro operacional da Astra Space. A empresa programava a decolagem de seu Rocket 3.3 LV0008 do Space Launch Complex 46 na Estação da Força Espacial do Cabo na Flórida. Porém, um problema com o equipamento de telemetria e seguimento da área da ‘pegada’ da trajetória pretendida para o foguete, que ficou “fora de serviço” levou ao cancelamento do disparo e o reagendamento da missão para não antes do dia 7 de fevereiro, segunda-feira: ” O SLD 45 isolou o problema do sistema de radar e está trabalhando em uma solução. Estamos preparados para trabalhar na próxima oportunidade de lançamento.”
O foguete Astra se encaixa no segmento de foguetes pequenos do mercado de lançamentos. A variação do Rocket 3.3 pode transportar cerca de 50 quilos de carga útil para a órbita baixa da Terra, com sua versão planejada do Rocket 4.0 prevista para aumentar essa capacidade. O objetivo do Astra é lançar um foguete por dia até 2025, reduzindo seu preço de US$ 2,5 milhões.
As janelas de lançamento de reserva estão agora marcadas para terça-feira, 8 de fevereiro, a sexta-feira, dia 11, das 18:00 às 21:00 UTC (15:00 às 118:00 Brasília). A previsão da meteorologia marca 80% de prosseguir com a missão em 7 de fevereiro, e 30% favorável para o dia 8. O risco de ventos de cisalhamento e grande altitude é baixo para ambos os dias.
Os satélites a serem lançados como parte da missão ELaNa 41 de US$ 3,9 milhões, patrocinada pela NASA, criados por estudantes de várias universidades americanas, além da agência espacial são: BAMA-1 – Universidade do Alabama, Tuscaloosa INCA – Universidade Estadual do Novo México, Las Cruces QubeSat – Universidade da Califórnia, Berkeley R5-S1 – Centro Espacial Johnson da NASA, Houston
Foguete de pequeno porte de ‘resposta rápida’ decola hoje à tarde
A contagem regressiva do Astra em Cabo Canaveral está atualmente suspensa. A contagem regressiva do Astra foi retomada. Os relógios em Cabo Canaveral estão marcados para as 15h30 EST (20:30 GMT, 17:30 Brasilia).A janela de lançamento de hoje para a missão de demonstração do Venture Class Launch Services da NASA vai até as 16h EST (21:30 GMT, ou 18:00 Brasília).
Foguete Astra na plataforma
A Astra Space Inc vai lançar hoje, 5 de fevereiro de 2022, às 16:10 hora de Brasília (19:10 UTC) quatro satélites de pesquisa desenvolvidos por três universidades e pelo Centro Espacial Johnson da NASA. Os cubesats, da Iniciativa de Lançamento CubeSat da NASA (CSLI), estão voando na missão Educational Launch of Nanosatellites (ELaNa 41). O lançamento da ELaNa 41 será o primeiro operacional da Astra Space . A empresa programa a decolagem de seu Rocket 3.3 LV0008 do Space Launch Complex 46 na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida.
O ELaNa 41 lançará quatro CubeSats, projetados e construídos por três universidades e um centro da NASA. Eles incluem:
BAMA-1 – Universidade do Alabama, Tuscaloosa INCA – Universidade Estadual do Novo México, Las Cruces QubeSat – Universidade da Califórnia, Berkeley R5-S1 – Centro Espacial Johnson da NASA, Houston
Este serviço de lançamento é fruto de um contrato Venture Class Launch Services Demonstration 2 , para recursos de lançamento dedicados para cargas úteis pequenas, concedidos pelo Programa de Serviços de Lançamento da NASA (LSP) com sede no Kennedy Space Center. As missões de classe de risco da NASA ajudam no desenvolvimento e demonstração de novos veículos de lançamento comercial. “Esses lançamentos VCLS Demo 2 de pequenos satélites podem tolerar um nível mais alto de risco do que missões maiores e demonstrarão e ajudarão a mitigar os riscos associados ao uso de novos veículos de lançamento que fornecem acesso ao espaço para futuras pequenas espaçonaves e missões.”
Zona de lançamento
Transmissao ao vivo do Homem do Espaço
Missão ELaNa-41
O Programa de Serviços de Lançamento da NASA (LSP) concedeu vários contratos Venture Class Launch Services Demonstration 2 para lançar pequenos satélites (SmallSats) para o espaço, incluindo CubeSats, microsats ou nanossatélites. A primeira missão sob o contrato decola de Cabo Canaveral no Astra Rocket de hoje.
Os CubeSats foram desenvolvidos por três universidades e pelo Centro Espacial Johnson da NASA. Os CubeSats, selecionados pela Iniciativa de Lançamento CubeSat da NASA (CSLI), voando na missão Educational Launch of Nanosatellites (ELaNa 41). Os CubeSats estão desempenhando um papel cada vez maior na exploração, demonstrações de tecnologia, pesquisa científica e investigações educacionais. Esses satélites em miniatura fornecem uma plataforma de baixo custo para missões da NASA, incluindo exploração espacial planetária; Observação da Terra; ciência fundamental da Terra e do espaço; e demonstrações de tecnologia, como comunicações a laser de última geração, armazenamento de energia, propulsão no espaço e capacidades de movimento autônomo. Eles também fornecem aos educadores meios econômicos para envolver os alunos em todas as fases de desenvolvimento de satélite, operação e exploração de dados coletados por meio de pesquisa prática e experiência de desenvolvimento do mundo real em oportunidades de lançamento de caronas compartilhadas financiadas pela NASA.
O CSLI permite o lançamento de projetos CubeSat projetados, construídos e operados por alunos, professores e professores, bem como Centros da NASA e organizações sem fins lucrativos. Gerenciadas pelo LSP, as missões ELaNa oferecem uma oportunidade de ejeção ou lançamento de compartilhamento de carona para o espaço para CubeSats selecionados por meio do CSLI. Os gerentes de missão da ELaNa e suas equipes oferecem instrução sobre voos espaciais por meio da preparação (licenciamento, integração e testes) de cargas úteis voadas no espaço. Desde a sua criação em 2010, a iniciativa selecionou mais de 200 missões CubeSat, das quais mais de 100 foram lançadas ao espaço, com mais de 30 missões programadas para lançamento nos próximos 12 meses. Os CubeSats selecionados representam participantes de 42 estados, Distrito de Columbia, Porto Rico e 102 organizações exclusivas. Esses satélites em miniatura foram priorizados e selecionados por meio de uma análise formal da NASA das propostas apresentadas em resposta aos anúncios do CSLI. A NASA anunciou seu mais recente chamado para propostas em 9 de agosto de 2021.
Ejeção dos CubeSat
Os quatro cubesats do ELaNa 41 serão ejetados no espaço a partir de seu dispensador no topo do estágio superior do foguete Rocket 3.3.
O BAMA-1 , formato 3U CubeSat completa suas verificações de ajuste e integração. por : Abby Feeder, Universidade do Alabama
O BAMA-1 é uma missão de demonstração de tecnologia que realizará uma demonstração de voo de um módulo de vela de arrasto desorbitando rapidamente o satélite. As naves espaciais equipadas com tecnologia de arrasto serão capazes de desorbitar de forma confiável e rápida, reduzindo assim os detritos espaciais e o risco para satélites operacionais, estações espaciais e veículos tripulados.
Ian McNeil testando o painel solar extensível do INCA. por : Mark Roberts, New Mexico State University
INCA – Universidade Estadual do Novo México, Las Cruces
O INCA (Ionospheric Neutron Content Analyzer) é uma missão de investigação científica que estudará as dependências de latitude e tempo do espectro de nêutrons em órbita baixa da Terra pela primeira vez para melhorar os modelos atuais de clima espacial e mitigar ameaças ao espaço e ativos aéreos. As medições virão de um novo espectrômetro de nêutrons direcional, que está sendo desenvolvido em conjunto com o Goddard Space Flight Center da NASA e a Universidade de New Hampshire.
O objetivo principal do 2U cubesat QubeSat é testar e qualificar um giroscópio quântico desenvolvido por pesquisadores da Universidade da Califórnia, Berkeley, nas condições de órbita baixa da Terra. por Universidade da Califórnia, Berkeley
QubeSat é uma missão de demonstração de tecnologia. Ele testará e caracterizará os efeitos das condições espaciais em giroscópios quânticos usando centros de vacância de nitrogênio em diamante. Os centros de vacância de nitrogênio são pontos de defeito de nitrogênio no diamante com propriedades quânticas que permitem aos cientistas formar giroscópios que medem a velocidade angular. As tecnologias baseadas em centros de vacância de nitrogênio são particularmente adequadas para o espaço devido à sua alta precisão, fator de forma pequeno e tolerância à radiação.
O R5-S1 destina-se a avaliar a adequação de componentes comerciais de prateleira para recursos de inspeção extraveicular de voo livre, incluindo câmeras, computadores e algoritmos. por : Sam Pedrotty, Centro Espacial Johnson da NASA
R5-S1 – Centro Espacial Johnson da NASA, Houston
O R5-S1 destina-se a “demonstrar uma maneira rápida e econômica de construir CubeSats bem-sucedidos, além de demonstrar algumas tecnologias importantes para a inspeção no espaço, que podem ajudar a tornar a exploração espacial tripulada mais segura e eficiente”. O R5-S1 pode ser uma maneira mais barata de demonstrar tecnologias cruciais, como computadores de alto desempenho, câmeras, algoritmos e uma nova maneira de satélites transmitirem imagens para o solo.
Tom Marotta, Gerente Principal de Licenciamento de Lançamento, anunciou em nome da Astra:
“Hoje, temos o orgulho de anunciar que a Astra é a primeira empresa a receber uma licença Part 450 da Federal Aviation Administration (FAA). Nossa missão ELaNa41 para a NASA (e primeiro lançamento fora do Cabo Canaveral) será conduzida sob esta licença. A Parte 450 é uma estrutura de licenciamento de lançamento para operações de lançamento e reentrada de voos espaciais comerciais que consolida as Partes 415, 417, 431 e 435 sob um único regime de licenciamento. A FAA introduziu a Part 450 de uma diretriz do Conselho Nacional do Espaço para encorajar a liderança americana no comércio espacial. A Part 450 é baseada em desempenho, permitindo uma cadência de lançamento mais alta e maior flexibilidade regulatória. Sob licenças anteriores, um operador normalmente tinha que esperar anos antes de receber autorização para realizar vários lançamentos. Agora, um operador pode solicitar e receber uma única autorização para realizar vários lançamentos do mesmo veículo ou de uma família de veículos. As licenças Part 450 de lançamento responsivo, disponibilidade de programação e custo mais baixo podem ser modificadas para adicionar locais adicionais, economizando tempo e despesas de solicitação de uma nova licença à medida que o Astra expande sua frota de foguetes e portos espaciais. Essa mesma eficiência de custo é realizada por missão, com conformidade regulatória simplificada para cada voo subsequente sob a Parte 450. Graças aos avanços da tecnologia, o espaço agora é acessível ao setor privado de maneiras nunca antes vistas, possibilitando uma nova geração de empreendedores. A revolução que está acontecendo na indústria espacial é semelhante ao nascimento da internet – dezenas de milhares de satélites estão planejados para serem construídos e lançados na próxima década. A nova regra da Parte 450 foi introduzida para apoiar uma maior inovação e ajudar a estabelecer as bases para a FAA acompanhar o aumento dramático na cadência e complexidade das operações de transporte espacial comercial.
Foguete tem cinco motores Delphin de turbombas acionadas por baterias elétricas
Benefícios em todo o setor: permitindo iteração rápida e inovação A indústria espacial comercial em rápido crescimento está desenvolvendo algumas das tecnologias mais avançadas do mundo e é um diferencial estratégico e econômico fundamental para o nosso país. A flexibilidade é fundamental para a indústria espacial comercial – e especialmente para o Astra, pois trabalhamos para atingir nosso objetivo de lançamentos diários. Astra aplaude a FAA por tomar medidas para introduzir mais flexibilidade com a Parte 450, abrindo caminho para maiores inovações em voos espaciais.
Expandindo o acesso ao espaço – A Astra se orgulha de ser a primeira empresa a receber uma licença da Parte 450 e planejamos continuar aproveitando todo o potencial da flexibilidade da Parte 450. Nossa licença existente pode ser modificada para adicionar mais locais de lançamento, juntamente com novos veículos de lançamento. Além disso, pretendemos trabalhar em estreita colaboração com a FAA para simplificar ainda mais as atividades de conformidade por missão à medida que trabalhamos para a entrega diária de espaço. A expansão maciça do acesso à órbita é essencial para o Astra cumprir sua missão contínua de melhorar a vida na Terra a partir do espaço. A Parte 450 é um passo crítico no caminho para esse objetivo. Observação: O Astra também possui uma licença da Parte 417 para realizar lançamentos do Pacific Spaceport Complex-Alaska na Ilha Kodiak até 2026. A FAA considera os lançamentos Kodiak da Astra como operações legadas que poderão continuar sob a Parte 417.”
O foguete Astra Rocket
O foguete Astra se encaixa no segmento de foguetes pequenos do mercado de lançamentos. A variação do Rocket 3.3 pode transportar cerca de 50 quilos de carga útil para a órbita baixa da Terra, com sua versão planejada do Rocket 4.0 prevista para aumentar essa capacidade. O objetivo do Astra é lançar um foguete por dia até 2025, reduzindo seu preço de US$ 2,5 milhões.
(resumo de Gunter Krebs) O Astra é um pequeno veículo lançador de satélites projetado pela Astra Space Inc, anteriormente conhecida como Ventions Inc. Este é um pequeno veículo lançador orbital capaz de colocar cerca de 100 kg em órbita terrestre baixa. Este veículo se baseia na experiência adquirida com o desenvolvimento do veículo lançador SALVO lançado do ar, embora este não tenha realizado nenhum lançamento. É alimentado por querosene RP-1 e oxigênio líquido (LOX). O primeiro estágio é alimentado por cinco motores Delphin de 28 kN de empuxo, cada um acionado por bombas alimentadas por bateria, e o segundo estágio usa um motor chamado Aether. O Astra usa uma infraestrutura terrestre mínima, que pode ser montada em curto prazo em diferentes locais de lançamento.
O foguete foi visto em um vídeo em fevereiro de 2018, aparentemente fazendo testes de solo na Estação Aérea Naval de Alameda. A empresa é cliente de um lançamento suborbital secreto “Rocket 1” no Pacific Spaceport Complex Alaska (PSCA) na Ilha Kodiak em 2018. O primeiro voo de teste suborbital ocorreu em 21 de julho de 2018 com falha logo após o lançamento. O segundo voo suborbital em novembro de 2018 também falhou logo após o lançamento e caiu perto da plataforma, depois que todos os cinco motores falharam. A primeira versão orbital, Rocket-3.0, é um veículo de dois estágios. O estágio um aparentemente usa um design de antepara de intertanque comum, ao contrário dos dois protótipos. Tem um diâmetro de 1,32 m e uma altura de 11,6 m. Três veículos foram construídos desta versão inicial para testes de voo, antes de produzir versões melhoradas.
A versão operacional, Rocket-3.3, é uma versão melhorada da versão Rocket-3.0. O primeiro estágio é alongado e o segundo estágio teve seu empuxo aumentado. O veículo de lançamento não requer uma infraestrutura de lançamento fixa, pois todos os componentes ( trailer de transporte, trailers de combustivel e oxidante, trailer de sistemas de suporte de solo e em geral seis contêineres de serviço) são transportáveis por transporte aéreo e podem ser montados em qualquer local de lançamento de “plataforma limpa.”
Kosmos 2553 partiu do ‘cosmódromo Norte’ na madrugada de hoje
Foto atribuída ao lançamento do Kosmos 2553
No sábado, 5 de fevereiro de 2022, às 10:00:00.101, horário de Moscou (04:00:00.101 de Brasília) as Forças Aeroespaciais Russas lançaram com sucesso um foguete Soyuz-2.1a com o satélite Kosmos 2553. O foguete de 46,3 metros de altura e 313 toneladas de massa decolou a partir da plataforma PU nº 4, da área 43, do Cosmódromo de Teste Estatal do Ministério da Defesa da Federação Russa (ou Cosmódromo de Plesetsk., ‘Cosmódromo Norte’). “A partir de Arkhangelsk, uma equipe de combate das Forças Aeroespaciais lançou com sucesso um foguete Soyuz-2.1a com uma espaçonave no interesse do Ministério da Defesa russo”, disse o ministério. Eles observaram que todas as operações de pré-lançamento e o lançamento do Soyuz-2.1a ocorreram no modo normal. “Os meios do complexo de controle automatizado baseado em terra monitoraram o lançamento e o voo do veículo lançador”, acrescentou o ministério. A espaçonave recebeu o número de série Kosmos-2553 e deve ter entrado em uma órbita circular de aproximadamente 2.000 km.. Este é o primeiro lançamento de Soyuz-2 em 2022. A cabeça espacial, incluindo o estágio superior Fregat e a espaçonave do Ministério da Defesa, se separou do terceiro estágio do foguete no horário estimado – 10:09, horário de Moscou, 04:09 Brasília. Conforme especificado pelo Ministério da Defesa, a colocação da espaçonave na órbita calculada pelo estágio superior Fregat levaria várias horas. O departamento militar acrescentou que fragmentos de metal caíram na área não residencial entre Yar-Sale e Ports-Yakha, bem como Panaevsk e Khadyta-Yakha. Os moradores da região de Yamal foram solicitados a não viajar para o território entre as vilas e não deixar suas casas, a menos que seja absolutamente necessário. No total, mais de 40 estações terrestres de telemetria e mais de 70 equipes de combate do 15º Exército das Forças Especiais Aeroespaciais estiveram envolvidos para garantir o lançamento da espaçonave. A linha de telemetria foi estabelecida e mantida com o satélite. “Os sistemas de bordo da espaçonave estão funcionando normalmente”, disse o Ministério.
“A espaçonave tecnológica Kosmos-2553 está equipada com instrumentos e sistemas de bordo desenvolvidos para serem testados sob a influência de radiação e partículas carregadas pesadas” em conexão com o sistema de navegação GLONASS, acrescentou o ministério. O estágio Fregat, foi descomissionado (retirado) da órbita-alvo :”Depois que a espaçonave Kosmos-2553 foi lançada em órbita, especialistas do Centro Espacial de Testes Principal GS Titov realizou operações para o desorbitar, disse o Ministério. O departamento militar informou que a remoção do estágio superior foi realizada ligando o sistema de propulsão para dar os impulsos necessários de frenagem, fazendo o aparelho perder ‘delta V’ (valor de velocidade orbita). O estágio deve ter reentrado na atmosfera às 06:20 hora de Brasília.
Trajetória de lançamento a partir de Plesestk
Um dos desenvolvedores do Kosmos 2553 (uma nave da série Neytron – Nêutron’) é a empresa de pesquisa e produção Sistemas de Instrumentação de Precisão (Nauchno-Proizvodstvennaya Korporatsiya Sistemy Pretsizionnogo Priborostroyeniya NPK SPP), que desevolveu um complexo de navegação e apoio balístico para a espaçonave 14Ts169- 1. Nomes-código semelhantes (14Ts161, 14Ts166) são usados para estações de medição do sistema de navegação GLONASS. Nos próprios satélites (ou pelo menos em um deles) supões-se, há equipamentos de navegação por satélite (APSN), desenvolvidos pelo Instituto Russo de Radionavegação e Tempo (RIRT).
O Soyuz-2 usa motores aprimorados e sistemas modernizados de controle e telemetria e é um veículo de lançamento de classe média projetado para lançar várias tipos de naves espaciais.
O satélite, construído pela NPO Mashinostroeniya (sob o código 14F01, espaçonave 14K171) está em desenvolvimento há mais de dez anos. Parece que o projeto engloba dois satélites diferentes (Neytron e Teknolog) que são mencionados conjuntamente em um dos relatórios anuais do VNIIEM). Ambos possuem o índice 14F01, embora a designação 14F01-1 também seja encontrada em alguns documentos, o que indica que também existe 14F01-2. O nome Sputnik-S também é encontrado em conexão com este projeto. O índice do aparelho espacial é 14K171. Aparentemente, Neutron e Teknolog são lançados separadamente. Alguns supõem que o 14F01 usa o chassi Kondor. Há indicações de que o satélite será exposto a doses relativamente altas de radiação, operarando em uma órbita circular ou elíptica excentrica bastante alta. Relatórios anuais da NPOMash para 2009 e 2010. citam”o desenvolvimento de um possível sistema de monitoração do espaço”, e por enquanto o projeto parece ser puramente experimental.
Os veículos lançadores da série Soyuz-2 foram desenvolvidos com base no foguete soviético Soyuz-U e suas derivações U2 e FG. O Soyuz-2 usa sistemas de propulsão aprimorados e sistemas modernos de controle e medição e é um veículo de lançamento russo de classe média projetado para lançar várias naves espaciais, incluindo militares e civis. É caracterizado por maior precisão de lançamento e aumento da massa de cargas úteis em órbitas baixas. Em 27 de dezembro de 2021, um Soyuz-2.1b transportando 36 satélites de comunicação OneWeb foi lançado do Cosmódromo de Baikonur. Em outubro seguinte, um Soyuz-2.1b carregando mais 36 OneWeb foi lançado de outro espaçoporto, Vostochny. Este foi o último lançamento do foguete, a partir de Vostochny, usando querosene como combustível. Agora, os Soyuz 2 em suas variações passam a usar naftil como propelente.
Falcon 9 B1061 colocou mais 49 satélites em órbita
Falcon 9 decola de Cabo Canaveral
A SpaceX lançou hoje, 3 de fevereiro quinta-feira, o foguete Falcon 9 B1061-6 com 49 satélites Starlink v 1.5 em órbita. O foguete decolou do Complexo de Lançamento 39A do Kennedy Space Center, na Flórida às 13h13:20 EST (18h13 UTC, 15:13:20 Brasília).
A ‘pilha’ de satélites, de 12.740 kg no total, foi separada do segundo estágio do foguete às 16:43 EST (18:43 UTC, 15:43 Brasília), o que foi seguido pela separação dos satélites individuais, que seguirão para suas órbitas planejadas em 550 km, inclinadas em 53.2° graus. Os Starlinks lançados hoje são parte do sétimo grupo da quarta “concha”do sistema de internet via satélite da empresa de Elon Musk. Após a separação dos estágios, o B1060 pousou certeiro na balsa-drone A Shortfall of Gravitas, que estavas estacionada no Oceano Atlântico a cerca de 670 km de Cabo Canaveral, rebocada pelo navio de apoio Zion Falgout.
Trajetória de decolagem e manobra de ‘perna de cachorro’ (dog-leg) para atingir o azimute de inclinação orbital de 53,2 grausFoguete pousa na balsa-drone
O lançamento marcou a sexta utilização para uma das conchas da carenagem de cabeça do foguete, um novo recorde. A carcaça cilindrica foi usada anteriormente em outros lançamentos de Starlinks. A outra metade da coifa suportou anteriormente o Transporter-1 e duas outras missões Starlink. O ‘core’ de primeiro estágio deste foguete lançou anteriormente as missoes Crew-1 e a Crew-2. Depois, lançou o SXM-8, a nave de carga CRS-23 e o satélite IXPE.
O Homem do Espaço vai transmitir o lançamento ao vivo
Foguete B1061 colocará 49 satélites em órbita, decolando de Cabo Canaveral
Foguete Falcon 9 FT Bl 5
A SpaceX deve lançar hoje, quinta-feira, 3 de fevereiro, o foguete Falcon 9 B1061-6 com quarenta e nove satélites Starlink v 1.5 para a órbita baixa terrestre. O foguete de 69,97 metros de comprimento e 576.430 kg deve decolar do Complexo de Lançamento 39A (LC-39A) no Kennedy Space Center, na Flórida. A janela de lançamento instantânea é às 13h13:20 EST (18h13 UTC, 15:13:20 Brasília), e uma oportunidade reserva está disponível na sexta-feira, 4 de fevereiro, às 12h51 EST (17h51 UTC – 14:51 Brasília).
A ‘pilha’ dos satélites, de 12.740 kg no total, deve ser separada do segundo estágio do foguete 18:28 : 55.780 UTC, 13:28 : 55.780 Brasília, o que será seguido pela separação dos satélites individuais, que seguirão para suas órbitas planejadas em 550 km, inclinadas em 53.2° graus. Os Starlinks lançados hoje, de 260 kg cada, serão parte do sétimo grupo da quarta “concha” (‘shell’) do sistema de internet via satélite da empresa de Elon Musk. Será a sexta utilização para uma das conchas da carenagem de cabeça do foguete, um novo recorde. A carcaça cilindrica foi usada anteriormente nos lançamentos de Starlinks, sendo o último o V1.0 L28. A outra metade da coifa suportou anteriormente o Transporter-1 e duas outras missões de Starlink.
O Homem do Espaço vai transmitir o lançamento ao vivoTrajetória de decolagemZona de reentrada do segundo estágioFoguete na plataforma em Cabo Canaveral
O ‘core’ de primeiro estágio desta campanha lançou anteriormente a missão Crew-1 para a ISS em novembro de 2020, o primeiro voo operacional da nave Crew Dragon. Após o pouso no barco-drone após o voo Crew-1, este primeiro estágio passou a completar outras missões. Tornou-se o primeiro booster a lançar duas vezes naves tripuladas, bem como o primeiro booster reutilizado em uma missão com tripulação como parte da missão Crew-2. Depois, lançou o satélite SXM-8, a nave de carga CRS-23 e o satélite IXPE. Após a separação dos estágios, a empresa pousará o B1060 na balsa-drone A Shortfall of Gravitas, que está estacionada no Oceano Atlântico rebocada pelo navio de apoio Zion Falgout.
EUA divulgam planos de encerrar as atividades do complexo orbital
A ISS está entrando em um período de transição, enquanto a NASA trabalha para incentivar o desenvolvimento de estações espaciais privadas na órbita terrestre. Os últimos nove anos da Estação Espacial Internacional serão, nesse período, “ocupados”, com experimentos científicos e comerciais. A agência espacial dos EUA divulgou um relatório descrevendo os objetivos gerais para o resto da vida operacional do complexo, que deve terminar com uma saída de órbita controlada em janeiro de 2031. Esses objetivos são: permitir a exploração do espaço profundo, conduzir pesquisas para beneficiar a humanidade, “inspirar nossa espécie a maiores alturas”, liderar e incentivar a cooperação internacional e ajudar a indústria de voos espaciais privados dos EUA a ganhar mais impulso. No entanto, a Rússia declarou que a decisão de descomissionar (encerrar as atividades) do complexo espacial multinacional será “uma decisão conjunta”.
A estação espacial começou a ser construída em 1998
“A Estação Espacial Internacional está entrando em sua terceira e mais produtiva década como uma plataforma científica inovadora em microgravidade”, disse Robyn Gates, diretor da Estação Espacial na sede da NASA, em comunicado na segunda-feira passada (31 de janeiro). A ISS, cuja construção começou em 1998, hospeda continuamente tripulações de astronautas rotativas desde novembro de 2000.
“Esta terceira década é um dos resultados, com base em nossa parceria global bem-sucedida para verificar as tecnologias de exploração e pesquisa para suportar a exploração do espaço profundo, continuar a devolver benefícios médicos e ambientais à humanidade e lançar as bases para um futuro comercial na Terra órbita baixa “, acrescentou Gatens. “Esperamos maximizar esses retornos da estação espacial até 2030 enquanto planejamos a transição para aplicações espaciais comerciais que se seguirão”.
A NASA vem preparando as bases para essa transição há algum tempo. Por exemplo, em dezembro de 2021, a agência concedeu um total de US$ 415 milhões a três empresas – Blue Origin, Nanoracks e Northrop Grumman – que estão liderando os esforços para construir estações espaciais privadas na órbita terrestre. A agência também mantém um acordo separado com a empresa Axiom Space, com sede em Houston, que lançará vários módulos para a ISS a partir do final de 2024. Esses módulos acabarão se separando da estação em órbita, formando um “voador livre” (‘free-flyer’) operado de forma privada. A agência disse que deseja que pelo menos um desses postos avançados privados esteja funcionando antes que a ISS seja desativada, para que não haja lacunas na pesquisa orbital. Esse trabalho é necessário para se preparar para esforços ambiciosos, como missões tripuladas a Marte, que a NASA pretende realizar na década de 2030.
Os acordos com Blue Origin, Nanoracks, Northrop Grumman e Axiom representam a primeira fase de um esforço de duas fases planejado para estimular o desenvolvimento de destinos comerciais de órbita terrestre baixa (CLD) durante a década de 2020, de acordo com o documento de 24 páginas, que é chamado de “Relatório de Transição da Estação Espacial Internacional”. “Espera-se que a primeira fase continue até 2025”, afirma o relatório. “Para a segunda fase da abordagem da NASA para uma transição para CLDs, a agência pretende certificar para uso de CLDs de tripulantes governamentais destes e de outros potenciais participantes e, finalmente, comprar serviços de provedores de destino para a tripulação usar quando disponível.”
A segunda fase deste plano será semelhante à abordagem que a agência adotou com os serviços privados de transporte de tripulação para a ISS. Em 2014, a agência concedeu contratos multibilionários à SpaceX e à Boeing. A SpaceX entrou em atividade, lançando várias missões tripuladas para a órbita com seu foguete Falcon 9 e espaçonave Crew Dragon desde maio de 2020. A Boeing ainda precisa fazer um voo de teste sem tripulação para a ISS antes que sua CST-100 Starliner possa transportar astronautas. A mudança da ISS para estações privadas comerciais acabará economizando quantias consideráveis de dinheiro do governo, que poderá investir em projetos de exploração do espaço profundo, observa o relatório. “Essa economia é estimada em aproximadamente US$ 1,3 bilhão em 2031, chegando a US$ 1,8 bilhão até 2033”.
O que dizem os russos
A data da desintegração da ISS será determinada pelos governos dos países parceiros, e não apenas pela NASA, disse o serviço de imprensa da Corporação Espacial e de Foguetes RKK Energia. “A questão da vida útil da estação e, portanto, o momento de seu descarte será determinada a nível de governo dos países parceiros no programa da estação, e não apenas por uma das partes”, disse a corporação em um comunicado.
Os russos dizem que a viabilidade técnica de desorbitar a estação vem sendo trabalhada pelos participantes do projeto desde a sua criação, por ser uma das etapas do voo do complexo. Especialistas russos são responsáveis por mudar a órbita da estação com a ajuda da nave cargueira Progress MS, de modo que as tarefas de manobra e desativação também cairão no lado dos especialistas do Grupo Principal de Controle Operacional. “Ao mesmo tempo, um acordo mútuo foi alcançado anteriormente de que os custos da operação de encerramento de atividades da ISS serão proporcionais às massas dos objetos que serão desintegrados”, acrescentou a Energiya.
Foguete B1070.1 decolou com tempo limpo da Califórnia
A SpaceX lançou hoje, quarta-feira, 2 de fevereiro, o foguete Falcon 9 B1070.1 com o satélite NROL-87 do Space Launch Complex 4 East (SLC-4E) da Vandenberg Space Force Base, na Califórnia às 12h27.06 PST (20:27:06 UTC ou 17:27:06 de Brasília). Após a separação, o primeiro estágio do foguete pousou na Landing Zone 4 de Vandenberg. O satélite estava programado para entrar em órbita circular de perigeu x apogeu de 513 km, e inclinação de 97,4 °. O National Reconaissance Office desenvolve e opera satélites de imagem eletro-óptica e de radar, bem como satélites de coleta de sinais. O lançamento de hoje vai para a órbita de cerca de 500 km de altitude, típica para um satélite de captação de imagens.
O NROL-87 é em si um voo inédito de duas maneiras. Foi o primeiro lançamento do NRO a usar um foguete Falcon 9 que posteriormente será reutilizado para outros lançamentos da agência. O NROL-87 também foi o primeiro lançamento do NRO a usar a SpaceX no programa National Security Space Launch (NSSL) da Força Espacial dos EUA . Embora a NRO tenha contratado os Falcon 9 para lançamentos anteriores, esses foram por contratos comerciais diretos e não por meio da NSSL. A United Launch Alliance (ULA) e a SpaceX conquistaram os prêmios da fase II da NSSL em 2020, cada um com um primeiro contrato para cobrir lançamentos até 2024. A combinação de contratos comerciais e NSSL usados pela NRO é determinada caso a caso. “Nós realmente deixamos a missão e a abordagem de aquisição nos guiar para a solução de lançamento certa para essa missão específica”, disse um funcionário do NRO, “porque há muitas variáveis em cada uma dessas missões”. Esses podem incluir custos e demandas de programação.
‘Core’ B1070.1 pousa na LZ-4 em VandenbergEmblema do NROL-87
Nave decola dia 15 com duas toneladas de suprimentos
Espaçonave 449 no prédio MIK 254 em Baikonur
O primeiro lançamento de uma espaçonave de carga Progress MS para a ISS em 2022 está programado para 07:25, horário de Moscou (01:25 de Brasília), em 15 de fevereiro. A acoplagem da espaçonave ao segmento russo da Estação Espacial Internacional está prevista para 17 de fevereiro. Em seguida, a espaçonave tripulada Soyuz MS-21 com os cosmonautas Artemiev, Matveev e Korsakov a bordo decola em 18 de março.
Os preparativos para o lançamento do foguete Soyuz-2.1a com a nave cargueira Progress MS-19 entraram na fase final no início do ano. Em 17 de janeiro, foi concluído o descarregamento dos estágios no Prédio de montagem e testes da Área nº 31 do cosmódromo, e sua inspeção externa foi realizada. A próxima etapa do trabalho foi a união dos blocos de primeiro e segundo estágios da unidade central, verificando a estanqueidade dos sistemas de propulsão. Todas as operações foram realizadas por especialistas do Centro Espacial Yuzhny (filial do Centro para a Operação de Infraestrutura Espacial Terrestre – TsENKI) e do Centro de Foguetes Progress – RKTs Progress .
O lançamento do foguete, número de série S15000-056, com a Progress MS-19 (máquina nº 449) está programado para 15 de fevereiro a partir do complexo de lançamento Vostok no cosmódromo de Baikonur.
Preparação do foguete-portador Soyuz 2.1a
Entre as atribuições da nave estão: O transporte de equipamentos de suporte à vida da tripulação, consumíveis e equipamentos de serviço, bem como entrega de um complexo de cargas úteis; reabastecimento da estação com de propelentes e gases comprimidos; descarte de resíduos durante o desengate e saída de órbita da espaçonave; realizar correções da altitude da órbita da ISS usando seus próprios motores.
Nave Progress MS
O compartimento de carga seca acomoda 1.725 kg de diversos equipamentos e materiais, incluindo equipamentos gerais e equipamentos de manutenção para sistemas de bordo (entre eles conduítes para cabos do módulo Nauka), controle médico e suprimentos sanitários e higiênicos, roupas, rações alimentares e alimentos frescos para os tripulantes da 66ª Expedição, bem como um conjunto de cargas no âmbito do programa de pesquisa e experimentos científicos russos: As pilhas ‘Neyrolab’ destinam-se à realização de uma série de experimentos médicos ‘Pilot-T’ para estudar a influência dos fatores de voo espacial na qualidade da atividade profissional dos cosmonautas; A unidade ‘Bioprobi’ é projetada para estudar a influência da microflora em materiais estruturais no espaço e desenvolver métodos para a segurança biológica de naves espaciais como parte do experimento de ‘Biodegradatsiya’; Já as pilhas Probiovit são projetadas para desenvolver uma tecnologia para a produção de produtos farmacológicos com propriedades imunomoduladoras em microgravidade. Além disso, no compartimento de carga existem seis satélites de classe cubeSat ‘YUZGU-55’ No. 5-10 desenvolvidas pelo Instituto de Pesquisa de Instrumentação Espacial e Sistemas Radioeletrônicos da Southwestern State University, projetadas para serem lançadas da ISS durante uma atividade extraveicular da tripulação sob o programa de experimento científico-educacional ‘Radioskaf’.
Técnicos usam uma das escotilhas de acesso tardio para instalar as últimas cargas no módulo de carga seca da nave espacial
Instalações ‘Vozdukh’ e ‘Poverkhnost’ para a realização do experimento ‘Asseptik’ para desenvolver meios para garantir a esterilidade ao realizar bioexperimentos em condições de voo espacial; Instalação “Biomóduli” para o experimento “Fotobiorreaktor” para estudar a possibilidade de obtenção de alimento e oxigênio a partir da microalga fotossintética espirulina sob condições de ausência de peso; Aparelho ‘MSK-2’ para a realização de um experimento biotecnológico para estudar a influência de fatores espaciais no cultivo de culturas de células-tronco; Um empilhamento de ‘copos’ e ‘tubos de ensaio’ para o experimento ‘Biomag-M’ para estudar a influência dos fatores espaciais nas propriedades dos bioorganismos, ao blindar o campo magnético da Terra; As pilhas ‘BOP’, ‘PM’ e ‘PS’ para o experimento ‘Kaskad’ para desenvolver métodos eficazes para a produção biotecnológica de culturas celulares em microgravidade.
As rações de comida para os cosmonautas Oleg Artemiev, Denis Matveev e Sergei Korsakov, que irão para a Estação Espacial Internacional em março, serão entregues pela Progress MS-19. Alexander Agureyev, chefe do departamento de nutrição da tripulação do Instituto de Problemas Biomédicos (IMBP) da Academia Russa de Ciências, disse que “a ração, que [é] baseada em um ciclo de cardápio de 16 dias, além de conjuntos adicionais. A parte principal é completada sem levar em consideração o tripulante, e a correção ocorre devido à composição do conjunto adicional de produtos que os cosmonautas selecionam”, disse Agureyev, respondendo a uma pergunta, sobre quais alimentos serão entregues pelo Progress MS-19. Segundo o especialista, está previsto o envio de três contêineres adicionais para a Artemyev. ‘Em um, esturjão natural, esturjão em aspic, arenque do Cáspio, salmão, truta, beluga, mirtilos, cogumelos triturados no antigo estilo russo, arroz com legumes, carne de porco. No segundo recipiente, cordeiro com legumes, perca com guarnição de legumes, rolinhos de repolho de peixe em molho de tomate, lúcio com beterraba em molho de tomate, geleia de cranberry, geleia de maçã-mirtilo, café natural com leite e açúcar, cacau com leite; nozes – avelãs, amêndoas; ameixas, ameixas secas com nozes, palitos de frutas de maçã e ameixas’, observou. O terceiro recipiente conterá queijo cottage com nozes, purê de espinheiro e purê de groselha, além de especiarias. Dois contêineres são destinados ao cosmonauta Matveev, e um deles contém 28 tipos de produtos, o segundo, nove. Em especial, esturjão natural, salmão do Atlântico, beluga natural, truta, goulash de vaca, vitela com legumes, carne de vaca com maionese, língua de boi em geleia, carne de porco com molho branco, carne de porco picante, mirtilos, caviar de abóbora, caviar amador, cogumelos à antiga russa, sopa de kharcho, sopa de puré de abóbora e queijo, amêndoas, palitos de fruta de maçã e damasco. No segundo recipiente haverá temperos, três tipos de requeijão, palitos de frutas de pêssego, ameixas, e dois tipos de chá. “Existem três recipientes para Korsakov: em um há dezessete itens, em outro 15, no terceiro 16. No primeiro recipiente há esturjão natural, esturjão em aspic, arenque natural do Cáspio com óleo, natural do Atlântico salmão em pedaços, truta arco-íris em pedaços naturais, beluga natural, caviar de abobrinha, caviar de berinjela, aperitivos, caviar amador, mirtilos esmagados, purê de damasco seco, cogumelos russos antigos, purê de batatas com cogumelos, berinjela cozida com batatas, sopa de cogumelos, borscht com carnes defumadas”, observou Agureev. No segundo e terceiro recipientes de Korsakov existem diferentes tipos de carne de porco, perca de lúcio com acompanhamento de legumes e molho de tomate, rolinhos de repolho em molho de tomate, lúcio com beterraba em molho de tomate, geleia, cacau com leite e açúcar, amêndoas, chocolate, especiarias de carnes variadas, vitela, três tipos de requeijão, palitos de frutas, bolo de mel e outros produtos.
Foguete Soyuz 2.1a
Além disso, entre os alimentos industriais, cada um dos cosmonautas tem seu próprio conjunto. Entre eles vários iogurtes, sucos, saladas vitamínicas de repolho, solyanka, pimentas enlatadas em suco de tomate. Para Korsakov, destina-se um produto semelhante a purê de maçãs ‘Michurinskaya sissy’. “Frutas e legumes serão enviados adicionalmente”, disse o chefe do departamento do IBMP.
A SpaceX programa para hoje, quarta-feira, 2 de fevereiro, o lançamento do Falcon 9 B1070.1 com o satélite NROL-87 do Space Launch Complex 4 East (SLC-4E, ‘Leste’) da Vandenberg Space Force Base, na Califórnia. A janela de lançamento instantâneo é às 12h18 PST (20:18 UTC ou 17:18 de Brasília), e uma oportunidade reserva está disponível em 3 de fevereiro às 12h18 PST (20:18 UTC). Após a separação, o primeiro estágio do foguete pousará na Landing Zone 4 de Vandenberg. O satélite deverá entrar em órbita circular de perigeu x apogeu de 513 km, e inclinação de 97,4 °. A SpaceX recebeu US$ 297 milhões, num pacote, para lançar os satélites AFSPC-44, NROL-85 e NROL-87 para o National Reconaissance Office (NRO) de Departamento de Defesa dos EUA. Outras fontes citam o pacote como de US$ 306 milhões é para os NROL-85 e NROL-87 no Falcon 9 e USSF-44 no Falcon Heavy. O NRO desenvolve e opera satélites de imagem eletro-óptica e de radar, bem como satélites de coleta de sinais. O lançamento planejado para hoje vai para a órbita de cerca de 500 km de altitude, o que é típico para um satélite de imagem.
O NROL-87 é em si um voo inédito de duas maneiras. Será o primeiro lançamento da NRO a usar um foguete Falcon 9 que posteriormente será reutilizado para outros lançamentos da agência . O NROL-87 também será o primeiro lançamento do NRO a usar a SpaceX no programa National Security Space Launch (NSSL) da Força Espacial . Embora a NRO tenha contratado o Falcon 9 para lançamentos anteriores, esses foram por meio de contratos comerciais diretos e não por meio da NSSL. A ULA e a SpaceX conquistaram os prêmios da fase II da NSSL em 2020, cada um com um primeiro contrato para cobrir lançamentos até 2024. A combinação de contratos comerciais e NSSL usados pela NRO é determinada caso a caso. “Nós realmente deixamos a missão e a abordagem de aquisição nos guiar para a solução de lançamento certa para essa missão específica”, disse um funcionário do NRO, “porque há muitas variáveis em cada uma dessas missões”. Esses podem incluir custos e demandas de programação. “É muito difícil falar especificamente sobre isso porque cada missão é tão única.”
O NRO historicamente lança a partir de Vandenberg e da Estação Cape Canaveral na Flórida. Em 2020, lançou pela primeira vez um satélite espião de solo estrangeiro, colocando o NROL-151 em órbita baixa em um foguete Rocket Lab Electron da Península Mahia, na Nova Zelândia. Mas o coronel Chad Davis, diretor do Escritório de Lançamento Espacial do NRO, disse em resposta a uma pergunta da Breaking Defense que a agência de espionagem está planejando usar uma instalação de lançamento espacial em um “terceiro continente” para um dos sete lançamentos. “O ambiente de lançamento – o manifesto e o agendamento – é uma atividade incrivelmente dinâmica e fluida que muda quase diariamente. Se você perguntar à minha assistente executiva, ela vai te dizer,” disse com uma risada. “Estamos analisando algo como meia dúzia para o ano civil e, em seguida, lançando doze cargas úteis. Se eu ‘tirar uma foto’ hoje, esse número é de sete lançamentos em oito meses – de três continentes diferentes.”
Emblema do NROL-87
Exatamente qual é esse novo espaçoporto é um mistério. Obviamente, as instalações de lançamento dos EUA estão baseadas na América do Norte. A Nova Zelândia tecnicamente não faz parte do continente australiano, mas está perto o suficiente – muitas vezes designado como parte da Oceania junto com a Austrália e as ilhas da Melanésia, Micronésia e Polinésia. Isso deixa cinco outros continentes – África, Antártica, Ásia, Europa e América do Sul. Um porta-voz da NRO desconversou quando perguntado diretamente sobre o que Davis estava se referindo. “Temos um ano de lançamento movimentado planejado e estamos felizes em oferecer uma visão geral de nossos planos, mas não estamos em posição de oferecer mais detalhes neste momento”, disse ele.