SpaceX lança os Starlink do Grupo 2-6 e o rebocador espacial ION SCV-009

Foguete decolou de Vandenberg

Foguete B1071.7 decolou de Vandenberg SFB

A SpaceX lançou foguete Falcon9 v1.2 FT Block 5 nº B1071.7 em 31 de janeiro de 2023 às 16h15 UTC (13h15 de Brasília) com quarenta e nove satélites Starlink V1.5 e o rebocador espacial ION SCV009 “Eclectic Elena” para a provedora D-Orbit. O lançamento foi feito a partir do Space Launch Complex 4 East (SLC- 4E) na Vandenberg Space Force Base, na Califórnia. O segundo estágio, com o lote de Starlinks e o ION acoplados, entrou numa órbita inicial de 327 x 339 km, inclinada em 70 graus; a partir daí o estágio fez mais uma ignição de seu motor Merlin 1DPlus Vac para atingir a órbita de liberação das cargas. O foguete teve um peso de decolagem de cerca de 567.600 kg.

O primeiro estágio ‘core’ B1071 utilizado nesta missão lançou anteriormente os NROL-87, NROL-85, SARAh-1, SWOT e dois lotes Starlink. Após a separação, esse primeiro estágio pousou na balsa-drone Of Course I Still Love You que estava estacionada no Oceano Pacífico a 635 km da costa, rebocada pelo barco Scorpius; já as duas conchas da carenagem de cabeça do foguete deveriam ser recuperadas no mar pelo navio de apoio NRC Quest.

Live do lançamento no Canal do Homem do Espaço

O primeiro estágio ‘core‘ B1071 a ser utilizado nesta missão lançou anteriormente os NROL-87, NROL-85, SARAh-1, SWOT e dois lotes Starlink. Após a separação, o primeiro estágio pousará na balsa-drone Of Course I Still Love You estacionada no Oceano Pacífico a cerca de 650 km do local de disparo, rebocado pelo Scorpius. O barco partiu com a balsa há três dias e segue para o local de encontro. As conchas da carenagem de cabeça serão recuperadas no mar. O segundo estágio do foguete reentrará no Oceano Atlântico, próximo à Cidade do Cabo.

Rebocador espacial comercial ION e suas cargas

ION Satellite Carrier

O ION é um satélite-hospedeiro capaz de colocar outros satelites em órbitas distintas, de acordo com a necessidade de cada cliente, e que foi desenvolvido pela A empresa de transporte espacial e logística D-Orbit. Entre os clientes do SCV-009 estão a HPS GmbH da Alemanha, a Ensign-Bickford Aerospace & Defense Company (EBAD) americana, o EPFL Space Center (eSpace) da Suíça e a Stardust.me, da Nova Zelândia.

Ejetor múltiplo de cubesats

A Ensign-Bickford vai testar seu ejetor de satelite de 8 polegadas chamado ‘NEA® 8” Payload Release Ring’ usando o ION. Disponível nos diâmetros de 8”, 15” e 24”, o sistema de separação será conectado a um simulador de satélite, que está preso ao rebocador da D-Orbit. O teste será realizado enquanto o ION SCV009 Eclectic Elena estiver operando em uma órbita de inclinação média com a 270 km. Ao liberar o simulador próximo ao perigeu, a D-Orbit garantirá que o rebocador se desintegrará na atmosfera dentro de quatro a oito semanas. Antes de elevar a órbita do ION, a D-Orbit é capaz de realizar experimentos em órbita muito baixa, abrindo oportunidades para uma gama de experimentos e, assim, reduzir o número de Cubesats que, de outra forma, permaneceriam em órbita por anos após a conclusão dos experimentos. “Este é um perfil de missão extremamente inovador para nós”, disse Renato Panesi, diretor comercial da empresa. “A mitigação de detritos espaciais sempre foi um objetivo importante para nós, por isso estamos entusiasmados em trabalhar em uma missão que liberará a órbita quase imediatamente.” A flexibilidade do rebocador permitirá que a EBAD reduza o tempo necessário para qualificar o aparelho para menos de seis meses a partir da assinatura do contrato. Após a qualificação, o aparelho fará parte do catálogo da EBAD de sistemas de separação e liberação para os mercados de defesa e comercial.

O foguete F9 na fase incial de ascensão

“Enterro espacial”

A Stardust.me oferece voos memoriais espaciais onde cinzas de pessoas falecidas são lançadas em órbita. Neste voo, as cinzas de cinco neozelandeses e de outras quarenta e duas pessoas de outras nacionalidades foram colocadas em ‘tokens’ acondicionados no pequeno satelite, e depois de alguns meses reentrarão na atmosfera. A sua carga é o SD-1, um lote de alumínio cápsulas usinadas, cada uma contendo um grama de cinzas, contidas em uma estrutura e gabinete fabricados aditivamente. O conjunto, fixado permanentemente ao ‘core’ principal do ION, acabará por rentrar na atmosfera com o veículo hospedeiro, oferecendo uma forma definitiva de ‘enterro’ espacial.

Vela espacial

A HPS GmbH alemã produz subsistemas para espaçonaves como antenas, isolamento termico, radiadores e equipamentos de solo para foguetes. A carga é a ADEO-N3, uma vela de frenagem autônoma projetada para ajudar satélites a sair de órbita em órbita baixa terrestre (até 900 km) mais rápido do que com natural decaimento orbital. A D-Orbit já realizou uma liberação bem-sucedida de uma variante em dezembro de 2022. A menor versão da família, esta ADEO-N3 pesa menos de um quilo, com dimensões 10 x 10 x 10 centímetros (1U) e uma área de vela de 5,0 metros quadrados.

Computador de bordo para cubesats de pesquisa

O eSpace é um centro interdisciplinar, trabalhando com estudantes, instituições acadêmicas, agências espaciais internacionais e parceiros da indústria, com a missão geral de promover pesquisa e educação relacionadas ao espaço, sendo gerenciada pela instituição suíça de ensino École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL). A carga é o Bunny, um computador de bordo desenvolvido internamente pelos alunos. Esta experiência faz parte do projeto CHESS, que visa lançar uma constelação de dois CubeSats para analisar a composição química da atmosfera da Terra e sua evolução ao longo do tempo e testar uma prova de conceito para sondas de baixo custo para investigar atmosferas extraterrestres em futuras missões planetárias.

Starlink

O lote de satélites é denominado Group 2-6, e faz parte da “concha” (shell) 2; a órbita-alvo é circular, com 540 km, e os satélites serão primeiro liberados em grupo numa órbita inicia de 336 x 232 km, inclinada em 70 graus em relação ao equador.

Cada satélite Starlink v.15 com link de laser inter-satélite, tem massa de 307 kg

Mais de dois mil satélites Starlink estão atualmente em órbita e funcionando, cerca de metade da rede planejada de primeira geração da SpaceX de 4.408 unidades. Os satélites serão distribuídos em cinco “conchas” orbitais diferentes em diferentes altitudes e inclinações, das quais a empresa pretende lançar até 42 mil unidades. A rede transmite sinais de internet de alta velocidade e baixa latência em todo o mundo, alcançando consumidores, comunidades carentes e outros usuários em potencial, como os militares dos EUA. A SpaceX diz que a rede já está disponível em 32 países.

Lançamento, aterrissagem e liberação da carga útil

Todos os tempos aproximados

  • 00:01:12 Max Q (momento de máximo de estresse mecânico no foguete)
  • 00:02:27 Corte dos motores principais do 1º estágio (MECO)
  • 00:02:31 1° e 2° estágios separados
  • 00:02:38 ignição do motor do 2º estágio (SES-1)
  • 00:03:08 Liberação da carenagem
  • 00:06:21 Início da ignição de reentrada do 1º estágio
  • 00:06:40 Fim da ignição de reentrada
  • 00:08:12 ignição de aterrissagem começa
  • 00:08:32 Aterrissagem
  • 00:08:37 corte do motor do segundo estagio (SECO-1)
  • 00:53:25 2ª ignição do motor do 2º estágio (SES-2)
  • 00:53:27 corte do motor (SECO-2)
  • 00:57:28 O rebocador ION SCV009 Eclectic Elena da D-Orbit é liberado
  • 01:17:03 Liberação dos satélites Starlink
Perfil de decolagem e aterrissagem na balsa-drone OCISLY no oceano Pacífico

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SpaceX: Grupo 2-6 de ‘Starlinks’ e rebocador espacial ficam para amanhã

Lançamento foi remarcado novamente

Perfil de decolagem e aterrissagem na balsa-drone OCISLY no oceano Pacífico

A SpaceX adiou pela segunda vez a decolagem do foguete Falcon9 v1.2 FT Block 5 nº B1071.7 para amanhã, terça-feira, 31 de janeiro às 16h15 UTC (13h15 de Brasília) dos quarenta e nove satélites Starlink V1.5 e o rebocador espacial ION SCV009 Eclectic Elena da D-Orbit. O lançamento será feito a partir do Space Launch Complex 4 East (SLC- 4E) na Vandenberg Space Force Base, na Califórnia. Outra janela de lançamento adicional abre mais tarde no mesmo dia às 17h31 Brasilia (20:31 UTC). A órbita inicial será de 327 x 339 km, inclinada em 70 graus. O foguete deverá ter um peso de decolagem de 567.580 kg. A massa de cada satélite Starlink versão 1.5 é de cerca de 300 kg após a adição de terminais de comunicação a laser ISL.

O foguete teve seu lançamento adiado anteriormente para “completar checagens de pré-lançamento” – expressão que é um eufemismo que descreve quando há um problema com o foguete ou alguma das cargas a bordo, ou ainda com o segmento de solo. Normalmente estas desculpas são dadas quando a pane é leve e exige apenas uma reconfiguração rápida do equipamento defeituoso.

Live do lançamento no Canal do Homem do Espaço

O primeiro estágio ‘core‘ B1071 a ser utilizado nesta missão lançou anteriormente os NROL-87, NROL-85, SARAh-1, SWOT e dois lotes Starlink. Após a separação, o primeiro estágio pousará na balsa-drone Of Course I Still Love You estacionada no Oceano Pacífico a cerca de 650 km do local de disparo, rebocado pelo Scorpius. O barco partiu com a balsa há três dias e segue para o local de encontro. As conchas da carenagem de cabeça serão recuperadas no mar. O segundo estágio do foguete reentrará no Oceano Atlântico, próximo à Cidade do Cabo.

ION, um rebocador-lançador espacial comercial

A D-Orbit é um fruto da incubadora da Agência Espacial Europeia e a BIC Portugal, e as duas empresas colaboraram no Project Sunrise, um projeto ativo de remoção de detritos, em 2019. O rebocador ejeta CubeSats em sequência usando um mecanismo de liberação por mola, uma vez posicionado em uma órbita síncrona ao sol a 500 km. O dispensador cúbico de 60 cm permite várias combinações de tamanho, como 1U, 2U, 3U, 3U+, 6U, 6U+, 12U e 12U+ ao longo do eixo vertical. Após a conclusão da separação de até um mês, o rebocador inicia um estágio de validação de suas cargas úteis integradas diretamente na plataforma.

A empresa assinou um contrato de carga hospedada com a Ensign-Bickford Aerospace & Defense Company (EBAD) para a demonstração em órbita (IOD) de seu ejetor de satelite de 8 polegadas ‘NEA 8” Payload Release Ring’ usando o ION Satellite Carrier. Disponível nos diâmetros de 8, 15 e 24 polegadas, o sistema de separação será conectado a um simulador de satélite, que está preso ao rebocador da D-Orbit. O teste será realizado enquanto o ION SCV009 Eclectic Elena estiver operando em uma órbita de inclinação média com a 270 km. Ao liberar o simulador próximo ao perigeu, a D-Orbit garantirá que o rebocador se desintegrará na atmosfera dentro de quatro a oito semanas. Antes de elevar a órbita do ION, a D-Orbit é capaz de realizar experimentos em órbita muito baixa, abrindo oportunidades para uma gama de experimentos e, assim, reduzir o número de Cubesats que, de outra forma, permaneceriam em órbita por anos após a conclusão dos experimentos. “Este é um perfil de missão extremamente inovador para nós”, disse Renato Panesi, diretor comercial da empresa. “A mitigação de detritos espaciais sempre foi um objetivo importante para nós, por isso estamos entusiasmados em trabalhar em uma missão que liberará a órbita quase imediatamente.”

ION Satellite Carrier

“Esta importante missão demonstrará ainda mais a versatilidade do mecanismo de liberação de choque ultrabaixo NEA, integrando a tecnologia em uma configuração de anel de interface padrão”, disse Geoff Kaczynski, vice-presidente de desenvolvimento e estratégia de negócios da EBAD. “Como líder (sic) em sistemas de separação de espaçonaves, a EBAD continua avançando em suas tecnologias de separação para atender às necessidades em rápida evolução da indústria espacial.”

A flexibilidade do rebocador permitirá que a EBAD reduza o tempo necessário para qualificar o aparelho para menos de seis meses a partir da assinatura do contrato. Após a qualificação, o aparelho fará parte do catálogo da EBAD de sistemas de separação e liberação para os mercados de defesa e comercial.

Starlink

O lote de satélites é denominado Group 2-6, e faz parte da “concha” (shell) 2; a órbita-alvo é circular, com 540 km, e os satélites serão primeiro liberados em grupo numa órbita inicia de 336 x 232 km, inclinada em 70 graus em relação ao equador.

Cada satélite Starlink v.15 com link de laser inter-satélite, tem massa de 307 kg

Mais de dois mil satélites Starlink estão atualmente em órbita e funcionando, cerca de metade da rede planejada de primeira geração da SpaceX de 4.408 unidades. Os satélites serão distribuídos em cinco “conchas” orbitais diferentes em diferentes altitudes e inclinações, das quais a empresa pretende lançar até 42 mil unidades. A rede transmite sinais de internet de alta velocidade e baixa latência em todo o mundo, alcançando consumidores, comunidades carentes e outros usuários em potencial, como os militares dos EUA. A SpaceX diz que a rede já está disponível em 32 países.

O foguete F9 B1071.7 deverá ter uma massa na decolagem de 567 t

CONTAGEM REGRESSIVA

  • 00:38:00 Diretor de lançamento da SpaceX confere a prontidão para abastecimento
  • 00:35:00 Começa o abastecimento do RP-1 (querosene )
  • 00:35:00 Começa o abastecimento do 1º estágio com LOX (oxigênio líquido)
  • 00:16:00 Início do abastecimento de LOX do 2º estágio
  • 00:07:00 inicia-se o resfriamento dos motores (chilldown) antes do lançamento
  • 00:01:00 Computador de voo emite comando para verificações finais de pré-lançamento
  • 00:01:00 Começa a pressurização do tanque de propelente para a pressão de vôo
  • 00:00:45 Diretor de lançamento da SpaceX confere o lançamento
  • 00:00:03 O controlador comanda a sequência de ignição dos motores
  • 00:00:00 Decolagem do foguete

Lançamento, aterrissagem e liberação da carga útil
Todos os tempos aproximados

  • 00:01:12 Max Q (momento de máximo de estresse mecânico no foguete)
  • 00:02:27 Corte dos motores principais do 1º estágio (MECO)
  • 00:02:31 1° e 2° estágios separados
  • 00:02:38 ignição do motor do 2º estágio (SES-1)
  • 00:03:08 Liberação da carenagem
  • 00:06:21 Início da ignição de reentrada do 1º estágio
  • 00:06:40 Fim da ignição de reentrada
  • 00:08:12 ignição de aterrissagem começa
  • 00:08:32 Aterrissagem
  • 00:08:37 corte do motor do segundo estagio (SECO-1)
  • 00:53:25 2ª ignição do motor do 2º estágio (SES-2)
  • 00:53:27 corte do motor (SECO-2)
  • 00:57:28 O rebocador ION SCV009 Eclectic Elena da D-Orbit é liberado
  • 01:17:03 Liberação dos satélites Starlink

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Perfil de decolagem e aterrissagem na balsa-drone OCISLY no oceano Pacífico

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SpaceX adia lançamento grupo 2-6 de ‘Starlinks’ e um rebocador espacial privado

Foguete deve passar por “checagens adicionais” e decola amanhã

Perfil de decolagem e aterrissagem na balsa-drone OCISLY no oceano Pacífico

A SpaceX adiou a decolagem do foguete-portador Falcon9 v1.2 FT Block 5 nº B1071.7 “para completar checagens de pré-lançamento”, e adiou o lançamento para amanhã, segunda-feira, 30 de janeiro de 2023 às 13h34 Brasilia (16h34 UTC) dos quarenta e nove satélites Starlink V1.5 e o rebocador espacial ION SCV009 Eclectic Elena da D-Orbit. O lançamento será feito a partir do Space Launch Complex 4 East (SLC- 4E) na Vandenberg Space Force Base, na Califórnia. Outra janela de lançamento adicional abre mais tarde no mesmo dia às 17h31 Brasilia (20:31 UTC). A órbita-alvo inicial será de 327 x 339 km, inclinada em 70 graus. A liberação dos Starlink está programada para 18:04:38.400 UTC. A massa do satélite Starlink versão 1.5 é de cerca de 300 kg após a adição de terminais de comunicação a laser ISL. O foguete deverá ter um peso de decolagem de 567.580 kg.

A expressão “completar checagens de pré-lançamento” é um eufemismo que significa que houve um problema com o foguete ou alguma das cargas a bordo, ou ainda com o segmento de solo. Normalmente estas desculpas são dadas quando a pane é leve e exige apenas uma reconfiguração rápida do equipamento defeituoso.

Live do lançamento no Canal do Homem do Espaço

O primeiro estágio ‘core‘ B1071 a ser utilizado nesta missão lançou anteriormente os NROL-87, NROL-85, SARAh-1, SWOT e dois lotes Starlink. Após a separação, o primeiro estágio pousará na balsa-drone Of Course I Still Love You estacionada no Oceano Pacífico a cerca de 650 km do local de disparo, rebocado pelo Scorpius. O barco partiu com a balsa há dois dias e cruzou ao sul de Long Beach. As conchas da carenagem de cabeça serão recuperadas no mar. O segundo estágio do foguete reentrará no Oceano Atlântico, próximo à Cidade do Cabo.

ION, um rebocador-lançador espacial comercial

A D-Orbit é um fruto da incubadora da Agência Espacial Europeia e a BIC Portugal, e as duas empresas colaboraram no Project Sunrise, um projeto ativo de remoção de detritos, em 2019. O rebocador ejeta CubeSats em sequência usando um mecanismo de liberação por mola, uma vez posicionado em uma órbita síncrona ao sol a 500 km. O dispensador cúbico de 60 cm permite várias combinações de tamanho, como 1U, 2U, 3U, 3U+, 6U, 6U+, 12U e 12U+ ao longo do eixo vertical. Após a conclusão da separação de até um mês, o rebocador inicia um estágio de validação de suas cargas úteis integradas diretamente na plataforma.

A empresa assinou um contrato de carga hospedada com a Ensign-Bickford Aerospace & Defense Company (EBAD) para a demonstração em órbita (IOD) de seu ejetor de satelite de 8 polegadas ‘NEA 8” Payload Release Ring’ usando o ION Satellite Carrier. Disponível nos diâmetros de 8”, 15” e 24”, o sistema de separação será conectado a um simulador de satélite, que está preso ao rebocador da D-Orbit. O teste será realizado enquanto o ION SCV009 Eclectic Elena estiver operando em uma órbita de inclinação média com a 270 km. Ao liberar o simulador próximo ao perigeu, a D-Orbit garantirá que o rebocador se desintegrará na atmosfera dentro de quatro a oito semanas. Antes de elevar a órbita do ION, a D-Orbit é capaz de realizar experimentos em órbita muito baixa, abrindo oportunidades para uma gama de experimentos e, assim, reduzir o número de Cubesats que, de outra forma, permaneceriam em órbita por anos após a conclusão dos experimentos. “Este é um perfil de missão extremamente inovador para nós”, disse Renato Panesi, diretor comercial da empresa. “A mitigação de detritos espaciais sempre foi um objetivo importante para nós, por isso estamos entusiasmados em trabalhar em uma missão que liberará a órbita quase imediatamente.”

ION Satellite Carrier

“Esta importante missão demonstrará ainda mais a versatilidade do mecanismo de liberação de choque ultrabaixo “NEA”, integrando a tecnologia em uma configuração de anel de interface padrão”, disse Geoff Kaczynski, vice-presidente de desenvolvimento e estratégia de negócios da EBAD. “Como líder (sic) em sistemas de separação de espaçonaves, a EBAD continua avançando em suas tecnologias de separação para atender às necessidades em rápida evolução da indústria espacial.”

A flexibilidade do rebocador permitirá que a EBAD reduza o tempo necessário para qualificar o aparelho para menos de seis meses a partir da assinatura do contrato. Após a qualificação, o aparelho fará parte do catálogo da EBAD de sistemas de separação e liberação para os mercados de defesa e comercial.

Starlinks

O lote de satélites é denominado Group 2-6, e faz parte da “concha” (shell) 2; a órbita-alvo é circular, com 540 km, e os satélites serão primeiro liberados em grupo numa órbita inicia de 336 x 232 km, inclinada em 70 graus em relação ao equador.

Cada satélite Starlink v.15 com link de laser inter-satélite, tem massa de 307 kg

Mais de dois mil satélites Starlink estão atualmente em órbita e funcionando, cerca de metade da rede planejada de primeira geração da SpaceX de 4.408 unidades. Os satélites serão distribuídos em cinco “conchas” orbitais diferentes em diferentes altitudes e inclinações, das quais a empresa pretende lançar até 42 mil unidades. A rede transmite sinais de internet de alta velocidade e baixa latência em todo o mundo, alcançando consumidores, comunidades carentes e outros usuários em potencial, como os militares dos EUA. A SpaceX diz que a rede já está disponível em 32 países.

O foguete F9 B1071.7 deverá ter uma massa na decolagem de 567 t

CONTAGEM REGRESSIVA

  • 00:38:00 Diretor de lançamento da SpaceX confere a prontidão para abastecimento
  • 00:35:00 Começa o abastecimento do RP-1 (querosene )
  • 00:35:00 Começa o abastecimento do 1º estágio com LOX (oxigênio líquido)
  • 00:16:00 Início do abastecimento de LOX do 2º estágio
  • 00:07:00 inicia-se o resfriamento dos motores (chilldown) antes do lançamento
  • 00:01:00 Computador de voo emite comando para verificações finais de pré-lançamento
  • 00:01:00 Começa a pressurização do tanque de propelente para a pressão de vôo
  • 00:00:45 Diretor de lançamento da SpaceX confere o lançamento
  • 00:00:03 O controlador comanda a sequência de ignição dos motores
  • 00:00:00 Decolagem do foguete

Lançamento, aterrissagem e liberação da carga útil
Todos os tempos aproximados

  • 00:01:12 Max Q (momento de máximo de estresse mecânico no foguete)
  • 00:02:27 Corte dos motores principais do 1º estágio (MECO)
  • 00:02:31 1° e 2° estágios separados
  • 00:02:38 ignição do motor do 2º estágio (SES-1)
  • 00:03:08 Liberação da carenagem
  • 00:06:21 Início da ignição de reentrada do 1º estágio
  • 00:06:40 Fim da ignição de reentrada
  • 00:08:12 ignição de aterrissagem começa
  • 00:08:32 Aterrissagem
  • 00:08:37 corte do motor do segundo estagio (SECO-1)
  • 00:53:25 2ª ignição do motor do 2º estágio (SES-2)
  • 00:53:27 corte do motor (SECO-2)
  • 00:57:28 O rebocador ION SCV009 Eclectic Elena da D-Orbit é liberado
  • 01:17:03 Liberação dos satélites Starlink

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Perfil de decolagem e aterrissagem na balsa-drone OCISLY no oceano Pacífico

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SpaceX lançará grupo 2-6 de ‘Starlinks’

Falcon 9 n° B1071.7 colocará 49 satélites e um rebocador espacial em órbita

Perfil de decolagem e aterrissagem na balsa-drone OCISLY no oceano Pacífico

A SpaceX programou para amanhã, domingo, 29 de janeiro de 2023 às 13h47 Brasilia (16h47 UTC) o lançamento do foguete-portador Falcon9 v1.2 FT Block 5 nº B1071.7 com 49 satélites Starlink V1.5 e o rebocador-dispensador ION SCV009 Eclectic Elena da D-Orbit para a órbita terrestre a partir do Space Launch Complex 4 East (SLC4E) na Vandenberg Space Force Base, na Califórnia. A órbita-alvo inicial será de 327 x 339 km, inclinada em 70 graus. A liberação dos Starlink está programada para 18:04:38.400 UTC. A massa do satélite Starlink versão 1.5 é de cerca de 300 kg após a adição de terminais laser ISL.

Se necessário, existe uma oportunidade adicional no mesmo dia às 17h45 (20h45 UTC) com oportunidades de reserva também na segunda-feira, 30 de janeiro, às 13h34 (16h34 UTC) e 17h31 (20:31 UTC). O foguete deverá ter um peso de decolagem de 567.580 kg.

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O primeiro estágio ‘core’ B1071 utilizado nesta missão lançou anteriormente os NROL-87, NROL-85, SARAh-1, SWOT e dois lotes Starlink. Após a separação, o primeiro estágio pousará na balsa-drone Of Course I Still Love You estacionada no Oceano Pacífico a cerca de 650 km do local de disparo, rebocado pelo Scorpius. O barco partiu com a balsa há dois dias e cruzou ao sul de Long Beach. As conchas da carenagem de cabeça serão recuperadas no mar. O segundo estágio do foguete reentrará no Oceano Atlântico, próximo à Cidade do Cabo.

ION, um rebocador-lançador espacial comercial

A empresa de transporte espacial e logística D-Orbit assinou um contrato de carga hospedada com a Ensign-Bickford Aerospace & Defense Company (EBAD) para a demonstração em órbita (IOD) de seu ejetor de satelite de 8 polegadas ‘NEA® 8” Payload Release Ring’ usando o ION Satellite Carrier. Disponível nos diâmetros de 8”, 15” e 24”, o sistema de separação será conectado a um simulador de satélite, que está preso ao rebocador da D-Orbit. O teste será realizado enquanto o ION SCV009 Eclectic Elena estiver operando em uma órbita de inclinação média com a 270 km. Ao liberar o simulador próximo ao perigeu, a D-Orbit garantirá que o rebocador se desintegrará na atmosfera dentro de quatro a oito semanas. Antes de elevar a órbita do ION, a D-Orbit é capaz de realizar experimentos em órbita muito baixa, abrindo oportunidades para uma gama de experimentos e, assim, reduzir o número de Cubesats que, de outra forma, permaneceriam em órbita por anos após a conclusão dos experimentos. “Este é um perfil de missão extremamente inovador para nós”, disse Renato Panesi, diretor comercial da empresa. “A mitigação de detritos espaciais sempre foi um objetivo importante para nós, por isso estamos entusiasmados em trabalhar em uma missão que liberará a órbita quase imediatamente.”

ION Satellite Carrier

“Esta importante missão demonstrará ainda mais a versatilidade do mecanismo de liberação de choque ultrabaixo “NEA”, integrando a tecnologia em uma configuração de anel de interface padrão”, disse Geoff Kaczynski, vice-presidente de desenvolvimento e estratégia de negócios da EBAD. “Como líder (sic) em sistemas de separação de espaçonaves, a EBAD continua avançando em suas tecnologias de separação para atender às necessidades em rápida evolução da indústria espacial.”

A flexibilidade do rebocador permitirá que a EBAD reduza o tempo necessário para qualificar o aparelho para menos de seis meses a partir da assinatura do contrato. Após a qualificação, o aparelho fará parte do catálogo da EBAD de sistemas de separação e liberação para os mercados de defesa e comercial.

A D-Orbit é um fruto da incubadora da Agência Espacial Europeia e a BIC Portugal, e as duas empresas colaboraram no Project Sunrise, um projeto ativo de remoção de detritos, em 2019. O rebocador ejeta CubeSats em sequência usando um mecanismo de liberação por mola, uma vez posicionado em uma órbita síncrona ao sol a 500 km. O dispensador cúbico de 60 cm permite várias combinações de tamanho, como 1U, 2U, 3U, 3U+, 6U, 6U+, 12U e 12U+ ao longo do eixo vertical. Após a conclusão da separação de até um mês, o rebocador inicia um estágio de validação de suas cargas úteis integradas diretamente na plataforma.

Starlinks

O lote de satélites é denominado Group 2-6, e faz parte da “concha” (shell) 2; a órbita-alvo é circular, com 540 km, e os satélites serão primeiro liberados em grupo numa órbita inicia de 336 x 232 km, inclinada em 70 graus em relação ao equador.

Cada satélite Starlink v.15 com link de laser inter-satélite, tem massa de 307 kg

Mais de dois mil satélites Starlink estão atualmente em órbita e funcionando, cerca de metade da rede planejada de primeira geração da SpaceX de 4.408 unidades. Os satélites serão distribuídos em cinco “conchas” orbitais diferentes em diferentes altitudes e inclinações, das quais a empresa pretende lançar até 42 mil unidades. A rede transmite sinais de internet de alta velocidade e baixa latência em todo o mundo, alcançando consumidores, comunidades carentes e outros usuários em potencial, como os militares dos EUA. A SpaceX diz que a rede já está disponível em 32 países.

O foguete F9 deverá ter uma massa na decolagem de 567 t

CONTAGEM REGRESSIVA

  • 00:38:00 Diretor de lançamento da SpaceX confere a prontidão para abastecimento
  • 00:35:00 Começa o abastecimento do RP-1 (querosene )
  • 00:35:00 Começa o abastecimento do 1º estágio com LOX (oxigênio líquido)
  • 00:16:00 Início do abastecimento de LOX do 2º estágio
  • 00:07:00 inicia-se o resfriamento dos motores (chilldown) antes do lançamento
  • 00:01:00 Computador de voo emite comando para verificações finais de pré-lançamento
  • 00:01:00 Começa a pressurização do tanque de propelente para a pressão de vôo
  • 00:00:45 Diretor de lançamento da SpaceX confere o lançamento
  • 00:00:03 O controlador comanda a sequência de ignição dos motores
  • 00:00:00 Decolagem do foguete

Lançamento, aterrissagem e liberação da carga útil
Todos os tempos aproximados

  • 00:01:12 Max Q (momento de máximo de estresse mecânico no foguete)
  • 00:02:27 Corte dos motores principais do 1º estágio (MECO)
  • 00:02:31 1° e 2° estágios separados
  • 00:02:38 ignição do motor do 2º estágio (SES-1)
  • 00:03:08 Liberação da carenagem
  • 00:06:21 Início da ignição de reentrada do 1º estágio
  • 00:06:40 Fim da ignição de reentrada
  • 00:08:12 ignição de aterrissagem começa
  • 00:08:32 Aterrissagem
  • 00:08:37 corte do motor do segundo estagio (SECO-1)
  • 00:53:25 2ª ignição do motor do 2º estágio (SES-2)
  • 00:53:27 corte do motor (SECO-2)
  • 00:57:28 O rebocador ION SCV009 Eclectic Elena da D-Orbit é liberado
  • 01:17:03 Liberação dos satélites Starlink

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Perfil de decolagem e aterrissagem na balsa-drone OCISLY no oceano Pacífico

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SpaceX lançou o lote ‘G5-2’ de ‘Starlinks’

Foguete colocou carga recorde de 56 satélites em órbita

O Falcon 9 decolou do Space Launch Complex 40 da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral

Um foguete da SpaceX, o Falcon9 v1.2 FT Block 5 nº B1067 lançou 56 satélites Starlink V1.5 (Starlink-69 / Starlink 5-2) em órbita baixa, a patir do Space Launch Complex 40 da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral na Flórida, em 26 de janeiro de 2023, às 09:32 UTC (06:32 Brasilia). Após a separação , o primeiro estágio  pousou na balsa-drone Just Read the Instructions, estacionada no Oceano Atlântico. O segundo estágio do foguete reentraria no Oceano Pacífico próximo à costa da Austrália. O conjunto dos satélites , seu adaptador e seus grampos de retenção pesou 17.400 kg, perfazendo a carga mais pesada já colocada em órbita pela empresa.

Imagem da câmera onboard mostrando os satélites ainda presos ao segundo estágio do foguete

O primeiro estágio B1067 anteriormente suportou oito missões: as das naves de carga CRS-22 e CRS-25, as tripuladas Crew-3 e Crew-4, os satélites Turksat-5B, Eutelsat HOTBIRD 13G, O3b mPOWER e um outro lote de Starlinks. Os satélites foram colocados numa órbita inicial de 300 km, inclinada em 43 graus, e serão depois elevados até sua altitude média de trabalho de 550 km.

Perfil de decolagem. O Falcon 9 teve um peso de decolagem de 568.478 kg.

LANÇAMENTO, POUSO E LIBERAÇÃO DOS SATÉLITES

Todos os tempos aproximados

Eventos

  • 00:01:12 Max Q (momento máximo tensão mecânica no foguete)
  • 00:02:28  corte do motor principal (MECO)
  • 00:02:31 primeiro e 2º estágios separados
  • 00:02:38 Ignição dos motores do 2º estágio (SES-1)
  • 00:02:42 Liberação da carenagem
  • 00:06:42 Queima de reentrada do primeiro estágio é iniciada
  • 00:07:00 Queima de reentrada do primeiro estágio termina
  • 00:08: 23 Queima de pouso do primeiro estágio começa
  • 00:08:43 Desligamento dos motores do 2º estágio (SECO-1)
  • 00:08:44 Aterrissagem do primeiro estágio
  • 00:18:49 Liberação dos satélites Starlink

Estatísticas do lançamento

  •  5º e 6º voo destas carenagens tipo 2.3
  •  6º lançamento do ano
  •  9º voo do ‘core’ Falcon 9 B1067
  •  44º pouso bem-sucedido na plataforma JRTI
  •  93º pouso bem-sucedido consecutivo
  •  128º pouso bem-sucedido em uma plataforma flutuante
  •  140ª missão com foguetes voados anteriormente
  •  149ª concha de carenagem de nariz reutilizada
  •  167ª aterrissagem bem-sucedida do primeiro estágio
  •  176ª missão consecutiva bem-sucedida da empresa
  •  199º lançamento do Falcon 9
  •  200ª missão programada do Falcon 9 (incluindo Amos-6 destruído em teste)
  •  209º lançamento da SpaceX
  •  O menor tempo entre um teste de ignição e o lançamento , de 19 horas e 2 minutos

Para os satélites Starlink:

  •  3.773 satélites lançados
  •  3.481  em órbita
  •  3.123 em operação

Starlinks

O foguete F9 B1063.8 deverá ter uma massa na decolagem de 568.478 kg

O lote de satélites foi denominado Group 5-2, e faz parte da “concha” (shell) 5; os satélites foram primeiro liberados em grupo em órbita inicial de 336 x 232 km, inclinada em 43 graus em relação ao equador.

Mais de dois mil satélites Starlink estão atualmente em órbita, cerca de metade da rede planejada de primeira geração de 4.408 unidades. Os satélites serão distribuídos em cinco “conchas” orbitais diferentes em diferentes altitudes e inclinações. A SpaceX pretende lançar até 42 mil satélites. A rede transmite sinais de internet de alta velocidade e baixa latência em todo o mundo, alcançando consumidores, comunidades carentes e outros usuários em potencial, como os militares dos EUA. A empresa diz que a rede já está disponível para consumidores em 32 países.

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Japão lançou o satélite militar IGS-Radar 7

Espaçonave fará espionagem sobre inimigos asiáticos

H-IIA 202 n° F46 decola de Tanegashima

O Japão lançou na noite de ontem para hoje, 25 para 26 de janeiro de 2023 as 01:49:20 UTC (22:49:20 de Brasília, dia 25), o satélite militar de reconhecimento por radar IGS Radar-7, usando o foguete H-IIA 202 n° F46, que decolou do centro espacial de Tanegashima, da plataforma LA-Y1 do Yoshinobu Launch Complex; A órbita-alvo da espaçonave de cerca de 4,000 kg era uma síncrona com o sol com cerca de 512 km por 514 km, inclinada em aproximadamente 97.46°.

O Information Gathering Satellite – satélite de coleta de informações (情報収集衛星, Jōhō Shūshū Eisei ) – faz parte do programa de satélites espiões japoneses. Foi iniciado como uma resposta ao teste de míssil norte-coreano de 1998 sobre o Japão. A principal missão do programa de satélites é oferecer alerta antecipado de lançamentos hostis iminentes na região. O Japão gastou cerca de 250 bilhões de ienes (US$ 2,2 bilhões) no programa IGS até o primeiro lançamento e esperava gastar 40 bilhões de ienes por ano a partir de então. Acredita-se que o preço de cada espaçonave seja de cerca de 50 bilhões de ienes. Outros 50 bilhões de ienes foram gastos no segmento terrestre de comando, controle e comunicações.

Os satélites são construídos pela Mitsubishi Electric (MELCO), operados pelo Cabinet Satellite Information Center – ou seja, oficialmente são satélites “não militares” para coletar “informações” em vez de aparelhos de inteligência militar pura. Este programa apresenta alguns quebra-cabeças. O primeiro lançamento, que foi bem-sucedido, e presumivelmente o segundo lançamento, que não foi, orbitaram um par de espaçonaves, uma com radar e outra eletro-óptica. Segundo um relato, o primeiro tinha uma massa um pouco abaixo de 1.000 kg e o último um pouco mais. Este programa está sob o controle direto do gabinete. Todos os satélites de coleta de informações foram lançados por foguetes H-IIA do Tanegashima Space Center. Em 28 de março de 2003, presumivelmente em parte em resposta ao lançamento da Coréia do Norte de um míssil Taepodong-1 sobre o Japão em 1998, e em parte para oferecer uma fonte de imagens de satélite além da cooperação com os EUA, que cobravam cerca de US $ 10.000 para cada imagem de satélite, o Japão lançou um satélite de radar e um espião óptico, oficialmente conhecidos como IGS 1A e IGS 1B. Esses satélites seguem um ao outro com 37 minutos de separação em uma órbita de 492 km, que passa sobre Pyongyang às 11h22 todos os dias, de acordo com observações coletadas.

O foguete H-IIA tem uma massa de lançamento de 291,3 toneladas (com cerca de 250 t de propelentes) e um comprimento de 52 metros.

O programa sofreu um revés quando o Japão perdeu o segundo par de satélites devido a uma falha no lançamento do H-IIA em 29 de novembro de 2003. Exceção ao satélite que falhou no lançamento, um segundo satélite de vigilância óptica IGS 3A foi lançado em 11 de setembro de 2006. Um terceiro satélite óptico IGS 4A e um segundo satélite radar, IGS 4B, foram lançados em 24 de fevereiro de 2007. O IGS 4A era um satélite óptico mais avançado e experimental. Um quarto óptico IGS 5A foi lançado em 28 de novembro de 2009. Este satélite tem uma resolução maior do que as gerações anteriores. No final de março de 2007, o primeiro satélite de abertura sintetica SAR da série, o IGS 1B, sofreu uma falha essencial de eletricidade. Desde então, observou-se que a espaçonave descia constantemente e claramente não estava mais sob controle. A reentrada descontrolada ocorreu em 26 de julho de 2012. Desde o verão de 2010, outro dos satélites SAR, o IGS 4B, também não conseguiu realizar suas funções de monitoramento. Em 9 de fevereiro de 2020, o Japão lançou o IGS-Optical 7. O lançamento foi adiado por doze dias devido a um vazamento de nitrogênio, localizado dentro de um sistema que oferecia ar condicionado ao foguete, descoberto algum tempo antes da contagem regressiva ser abortada em 27 de janeiro. Após a descoberta do vazamento, o foguete foi devolvido ao seu prédio de montagem vertical, onde passou por reparos. Após a conclusão dos reparos, o foguete foi instalado de volta na plataforma nº 1 em 7 de fevereiro, antes da segunda tentativa de lançamento programada.

H-IIA 202

O H-IIA (H2A) é um foguete descartável produzido pela Mitsubishi Heavy Industries (MHI) para a Japan Aerospace Exploration Agency. Os foguetes H-IIA de propelente líquido foram usados para lançar uma variedade de satélites em órbita geoestacionária, para lançar uma espaçonave em órbita lunar e para lançar a sonda Akatsuki, que estudou o planeta Vênus. Os lançamentos são feitos do Tanegashima Space Center.

O H-IIA (H2A) é produzido pela Mitsubishi Heavy Industries

A Mitsubishi Heavy Industries, Ltd. é uma empresa multinacional japonesa de engenharia, equipamentos elétricos e eletrônicos com sede em Tóquio, Japão. A MHI é uma das principais empresas do Grupo Mitsubishi. Os produtos da MHI incluem componentes aeroespaciais, condicionadores de ar, aeronaves, componentes automotivos, empilhadeiras, equipamentos hidráulicos, máquinas-ferramentas, mísseis, equipamentos de geração de energia, máquinas de impressão, navios e veículos de lançamento espacial. Por meio de suas atividades relacionadas à defesa, é o 23º maior contratante de defesa do mundo medido pelas receitas de defesa de 2011 e o maior com sede no Japão.

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Japão lança hoje à noite mais um satélite militar

IGS-7 usará radar para fazer reconhecimento

O foguete tem uma massa de lançamento de 291,3 toneladas (com cerca de 250 t de propelentes) e um comprimento de 52 metros.

A agência espacial japonesa irá lançar na noite de hoje para amanhã, 25 para 26 de janeiro de 2023 entre as 01:49:20 – 01:50:21 UTC do dia 26 (22:49:20 / 22:50:21 de Brasília, dia 25), o satélite militar de reconhecimento por radar IGS-7 (IGS Radar-7), usando o foguete H-IIA 202 número F46, que decolará do centro espacial de Tanegashima. O IGS-7 Information Gathering Satellite vai decolar da plataforma LA-Y1 do Yoshinobu Launch Complex em Tanegashima e deverá ser colocado numa órbita síncrona com o sol de cerca de 500 km.

O Information Gathering Satellite – satélite de coleta de informações (情報収集衛星, Jōhō Shūshū Eisei ) – faz parte do programa de satélites espiões japoneses. Foi iniciado como uma resposta ao teste de míssil norte-coreano de 1998 sobre o Japão. A principal missão do programa de satélites é oferecer alerta antecipado de lançamentos hostis iminentes na região. Este programa está sob o controle direto do gabinete. Todos os satélites de coleta de informações foram lançados por foguetes H-IIA do Tanegashima Space Center. Em 28 de março de 2003, presumivelmente em parte em resposta ao lançamento da Coréia do Norte de um míssil Taepodong-1 sobre o Japão em 1998, e em parte para oferecer uma fonte de imagens de satélite além da cooperação com os EUA, que cobravam cerca de US $ 10.000 para cada imagem de satélite, o Japão lançou um satélite de radar e um espião óptico, oficialmente conhecidos como IGS 1A e IGS 1B. Esses satélites seguem um ao outro com 37 minutos de separação em uma órbita de 492 km, que passa sobre Pyongyang às 11h22 todos os dias, de acordo com observações coletadas.

O programa sofreu um revés quando o Japão perdeu o segundo par de satélites devido a uma falha no lançamento do H-IIA em 29 de novembro de 2003. Exceção ao satélite que falhou no lançamento, um segundo satélite de vigilância óptica IGS 3A foi lançado em 11 de setembro de 2006. Um terceiro satélite óptico IGS 4A e um segundo satélite radar, IGS 4B, foram lançados em 24 de fevereiro de 2007. O IGS 4A era um satélite óptico mais avançado e experimental. Um quarto óptico IGS 5A foi lançado em 28 de novembro de 2009. Este satélite tem uma resolução maior do que as gerações anteriores. No final de março de 2007, o primeiro satélite de abertura sintetica SAR da série, o IGS 1B, sofreu uma falha essencial de eletricidade. Desde então, observou-se que a espaçonave descia constantemente e claramente não estava mais sob controle. A reentrada descontrolada ocorreu em 26 de julho de 2012. Desde o verão de 2010, outro dos satélites SAR, o IGS 4B, também não conseguiu realizar suas funções de monitoramento. Em 9 de fevereiro de 2020, o Japão lançou o IGS-Optical 7. O lançamento foi adiado por doze dias devido a um vazamento de nitrogênio, localizado dentro de um sistema que oferecia ar condicionado ao foguete, descoberto algum tempo antes da contagem regressiva ser abortada em 27 de janeiro. Após a descoberta do vazamento, o foguete foi devolvido ao seu prédio de montagem vertical, onde passou por reparos. Após a conclusão dos reparos, o foguete foi instalado de volta na plataforma nº 1 em 7 de fevereiro, antes da segunda tentativa de lançamento programada.

H-IIA 202

O H-IIA (H2A) é um foguete descartável produzido pela Mitsubishi Heavy Industries (MHI) para a Japan Aerospace Exploration Agency. Os foguetes H-IIA de propelente líquido foram usados para lançar uma variedade de satélites em órbita geoestacionária, para lançar uma espaçonave em órbita lunar e para lançar a sonda Akatsuki, que estudou o planeta Vênus. Os lançamentos são feitos do Tanegashima Space Center.

O H-IIA (H2A) é produzido pela Mitsubishi Heavy Industries

A Mitsubishi Heavy Industries, Ltd. é uma empresa multinacional japonesa de engenharia, equipamentos elétricos e eletrônicos com sede em Tóquio, Japão. A MHI é uma das principais empresas do Grupo Mitsubishi. Os produtos da MHI incluem componentes aeroespaciais, condicionadores de ar, aeronaves, componentes automotivos, empilhadeiras, equipamentos hidráulicos, máquinas-ferramentas, mísseis, equipamentos de geração de energia, máquinas de impressão, navios e veículos de lançamento espacial. Por meio de suas atividades relacionadas à defesa, é o 23º maior contratante de defesa do mundo medido pelas receitas de defesa de 2011 e o maior com sede no Japão.

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Rocketlab lança satélites espiões a partir dos EUA

Foguete Electron F33 colocou três Hawkeye360 em órbita

Foguete decola do Complexo de Lançamento 2 no Porto Espacial Regional Mid-Atlantic da Virginia Space dentro do Wallops Flight Facility da NASA – uma plataforma de lançamento desenvolvida para auxiliar missões do seu foguete de solo americano para clientes governamentais e comerciais.

Pela primeira vez, o foguete Electron da Rocket Lab decolou a partir do Complexo de Lançamento 2 no Mid-Atlantic Regional Spaceport (MARS) do Virginia Space dentro Wallops Flight Facility da NASA, em 24 de janeiro de 2023, às 23:00 UTC (20:00 Brasilia). A missão “Virginia is for Launch Lovers” usou o foguete número F33 e foi o 33º lançamento geral da Rocket Lab. Colocou no espaço três satélites (“A”,”B” e “C”) do provedor de análises geoespaciais de radiofrequência HawkEye 360. A missão foi o primeiro lançamento do Electron de Wallops. Os satélites HawkEye, em particular, podem ser usados ​​para monitorar áreas com alta atividade de rádio, sinais de RF intensos de guerra eletrônica e áreas de bloqueio de GPS. Com a ajuda deles, pode-se detectar fontes e locais de interferência de rádio no campo de batalha.

Perfil de lançamento

Os satélites de dupla finalidade foram projetados para determinar a localização de fontes de sinal de rádio na superfície da Terra. Aproximadamente uma hora após o lançamento, ao se separar do estágio superior Curie, as espaçonaves entraram na órbita padrão a uma altura de 550 km. Segundo a operadora norte-americana metade dos pedidos de dados virá do Pentágono e o restante de serviços de resgate e empresas comerciais. Em setembro passado, a HawkEye 360 ​​assinou um contrato de US$ 300 milhões com o US National Reconnaissance Office (NRO) para mapear os emissores de radiofrequência na superfície terrestre. É uma das seis empresas que recentemente firmaram acordos com o NRO para prover dados de RF via satélite como parte dos esforços para expandir o uso de informações geoespaciais disponíveis comercialmente. O HawkEye 360 ​​​​tem parceria com o NRO desde 2019.
Em agosto de 2022, também foi assinado um acordo de pesquisa e desenvolvimento com o US Space and Missile Defense Command.

Carga útil

Satélites Hawkeye no adaptador-dispensador

Cada microssatélite HawkEye carrega dois instrumentos, um rádio definido por software (SDR) e um módulo front-end de RF. O SDR consiste em dois componentes, um processador embutido e três processadores de sinal de banda base. Os processadores de sinal de banda base são transceptores de RF integrados, utilizando uma combinação de ADCs (conversor analógico para digital) e DACs (conversor digital para analógico), bem como amplificadores de RF, para processamento simultâneo de três canais receptores. O sistema de processador embarcado combina um processador ARM (Advanced RISC -Computador de conjunto de instruções reduzido) dual-core com um Kintex FPGA (Field Programmable Gate Array). Os dois componentes do sistema do processador são integrados em um único chip, permitindo comutação entre domínios simples entre o FPGA e as unidades do processador. O front-end de RF se conecta aos processadores de banda base, permitindo vários caminhos de RF exclusivos e antenas que suportam uma variedade de bandas e frequências. Filtros personalizados são aplicados em cada caminho selecionável com amplificadores de baixo ruído (LNA) e atenuadores fixados em bandas específicas, bem como um bloco de baixo ruído (LNB) para estender a faixa de frequência SDR.

Resumo da campanha de lançamento

Grande parte da indústria de inteligência geoespacial é dividida entre empresas que possuem satélites e coletam dados e empresas que compram esses dados e os convertem em inteligência. Em vez disso, a HawkEye se posicionou como totalmente integrado verticalmente desde o início, construindo a carga internamente, operando a espaçonave, processando os dados e aplicando sua própria análise de dados e vendendo essa inteligência aos clientes sob um modelo de software como serviço.

Para triangular e mapear com precisão os sinais, os satélites voam em uma formação facilitada por um novo sistema de propulsão a água. Cada satélite (também conhecido como Hawk) no ‘cluster’ tem um rádio definido por software (SDR) com a capacidade de detectar uma ampla gama de frequências de rádio e, uma vez que todos os três satélites tenham captado um sinal comum, eles podem triangular esse sinal com precisões dependentes do terreno, sinal e outros fatores. O segundo cluster de satélites inclui várias melhorias: têm a capacidade de coletar vários sinais ao mesmo tempo para criar camadas de informações de radiofrequencia (RF). Cada um dos satélites também possui um SDR melhorado, para que possam coletar dados de maior qualidade para geolocalização mais precisa. Além disso, os satélites têm processamento mais poderoso para lidar com mais dados.
Os dados coletados pelo HawkEye 360 podem ser usados para monitorar regiões de alto risco para atividades incomuns. Por exemplo, observou o aumento da atividade de RF no vale do rio Galwan, na fronteira China-Índia, permitindo tarefas de imagens de observação da Terra que revelaram um acúmulo militar chinês na área que estava contribuindo para a agitação regional, incluindo dezenas de baixas militares relatadas. Este monitoramento remoto permite que os operadores tenham a vantagem de uma compreensão mais abrangente de uma área antes de entrar. O HawkEye 360 pode ser usado para monitorar o uso do espectro de frequência, para permitir que os planejadores vejam com antecedência quais áreas têm a maior densidade de atividade de radiofrequencia e como os recursos do espectro podem ser distribuidos dinamicamente para uso nessa área. O monitoramento também pode eventualmente permitir que as empresas de telecomunicações determinem mais facilmente quais bandas são subutilizadas para implantar recursos de espectro com mais eficiência.

Os satélites se juntarão aos quinze veículos similares de geolocalização de sinais já em órbita. Isso aumentará a velocidade de aquisição e processamento de dados. Até 2024, a Rocket Lab terá que lançar mais doze satélites HawkEye, elevando sua constelação orbital para 30 veículos. A janela de lançamento foi definida seguindo o processo da NASA na certificação de seu software ‘NASA Autonomous Flight Termination Unit’ (NAFTU), necessário para permitir lançamentos privados da empresa neozelandesa na Virgínia.

Uma nova opção de lançamento, nos EUA

O Complexo de Lançamento 2 complementa o sítio existente, o Complexo de Lançamento 1 na Nova Zelândia, do qual trinta e duas missões já foram lançadas. Essa herança de lançamento faz do Electron o foguete-lançador de pequeno porte lançado com mais frequência em todo o mundo e, agora, com dois complexos de lançamento combinados, a Rocket Lab “pode oferecer suporte a mais de 130 oportunidades de lançamento todos os anos, oferecendo flexibilidade incomparável para lançamento rápido e responsivo para operadores de satélite governamentais e comerciais”. A plataforma de lançamento e o complexo de produção do grande veículo reutilizável Neutron também estarão localizados no Mid-Atlantic Regional Spaceport, simplificando as operações para pequenas e grandes cargas úteis.

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SpaceX lança o lote Starlink G 2-4

Foguete colocou 51 satélites em órbita

Foguete decolou de Vandenberg SLC-4E

A SpaceX lançou o seu lote de satélites Starlink Grupo 2-4 em 19 de janeiro de 2023 às 09:43:10 UTC (12:43:10 de Brasília) usando o foguete-portador Falcon9 v1.2 FT Block 5 nº B1075.1, a partir do Space Launch Complex 4 East (SLC-4E) na Vandenberg Space Force Base, na Califórnia. A liberação dos satélites ocorreria 29 minutos após a decolagem numa órbita inicial baixa, inclinada em 70°.

Resumo do lançamento
Perfil de decolagem e aterrissagem na balsa-drone OCISLY no oceano Pacífico

O foguete teve um peso de decolagem de 567.572 kg, e seu ‘core’ B1075 foi usado pela primeira vez. Após a separação , o ‘core’ retornou e pousou na balsa-drone Of Course I Still Love You estacionada no Oceano Pacífico a cerca de 650 km do local de disparo, junto ao navio de apoio NRC Quest. As conchas da carenagem de cabeça seriam recuperadas no mar. O segundo estágio reentraria mais tarde sobre o norte do Oceano Pacífico.

Live do lançamento no Canal do Homem do Espaço

CONTAGEM REGRESSIVA
hh:min:ss

  • 00:00:00 Decolagem
  • 00:01:12 Max Q (momento de tensão mecânica máxima no foguete)
  • 00:02:26 Corte do motor principal do 1º estágio (MECO)
  • 00:02:30 Separação do segundo estágio
  • 00:02:36 ignição do motor do 2º estágio (SES-1)
  • 00:02:41 Separação de carenagem
  • 00:06:43 ignição de reentrada do 1º estágio
  • 00:07:03 Fim da queima de reentrada do 1º estágio
  • 00:08:19 Começa a ignição de aterrissagem do 1º estágio
  • 00:08:39 Corte do motor do 2º estágio (SECO-1)
  • 00:08:43 aterrissagem do ‘core’ de primeiro estágio
  • 00:29:00 Separação dos satélites Starlink
O foguete F9 B1075.1 pousou na blasa-drone Of Course I love You no Pacífico

Starlinks

O lote de satélites é denominado Group 2-4, e faz parte da “concha” (shell) 2; a órbita-alvo é circular, com 540 km, e os satélites seriam primeiro liberados em grupo numa órbita inicia de 230 x 232 km, inclinada em 70 graus em relação ao equador.

Mais de dois mil satélites Starlink estão atualmente em órbita e funcionando, cerca de metade da rede planejada de primeira geração da SpaceX de 4.408 unidades. Os satélites serão distribuídos em cinco “conchas” orbitais diferentes em diferentes altitudes e inclinações, das quais a empresa pretende lançar até 42 mil unidades. A rede transmite sinais de internet de alta velocidade e baixa latência em todo o mundo, alcançando consumidores, comunidades carentes e outros usuários em potencial, como os militares dos EUA. A SpaceX diz que a rede já está disponível em 32 países.

Visão da câmera on-board do estágio já pousado

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SpaceX lançou o GPS III-06

Satélite será mais um elemento no sistema global civil-militar

Foguete B1077.2 na plataforma

A SpaceX lançou hoje, quarta-feira, 18 de janeiro de 2023 às 12h24 UTC, 09:24 Brasilia o foguete Falcon 9 v1.2 Ft BL 5 n° B1077.2 com o satélite GPS III SV06 a partir do SLC 40 da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral. Após a separação, o primeiro estágio (‘core’) pousou na balsa-drone A Shortfall of Gravitas, que estava estacionada no Oceano Atlântico a 637 km à jusante da Flórida. As metades da carenagem de cabeça tipo 2.3 seriam recuperadasmais além, a cerca de 767 km pelo navio de apoio ‘Doug’. Já o segundo estágio esgotado e neutralizado deve reentrar sobre o sul da África cerca de sete horas após o lançamento. O ‘core’ de primeiro estágio foi usado pela segunda vez -lançou anteriormente a missão tripulada Crew-5 para a estação espacial internacional.

O GPS III SV-06, apelidado Amelia Earhart em homenagem à famosa aviadora, tem massa de lançamento de 3.681kg e deverá ser colocado em uma órbita inicial de cerca de 186 x 20.200 km ( na primeira ignição do segundo estágio), para depois se estabelecer em 20.100 x 20.200 km, na segunda queima do motor.

O satélite foi construído sobre um chassi A2100, capaz de gerar 15 kW em sua configuração padrão com células solares tipo “sombras plissadas”, o uso de travelling wave tubes TWTAs resfriados por radiação de alta eficiência, o formato dos tubos de calor mais eficientes e radiadores dobráveis ​​e design avançado para dissipação térmica. Os engenheiros da empresa fazem uso extensivo de ferramentas CAD e afirmam que podem entregar um satélite que usa o chassi A2100 em 18 meses após o recebimento do pedido.

Os satélite GPS-III usam um chassi Lockheed série A2100

Os GPS III apresentam recursos para atender às demandas de usuários militares e civis. Ele traz a capacidade total de usar o M-Code em apoio às operações de combatentes. A capacidade nominal do código M do GPS III excede a máxima do código M do GPS IIF/IIR (potência flexível sem código P(Y)). Ele expande a cooperação internacional no cenário GNSS Sistema de Navegação Global por Satélite, colocando em campo o sinal L1C interoperável com o Galileo europeu, o Sistema de Satélite Quazi-Zenith QZSS do Japão e outros sistemas de posicionamento.

Foguete pousado na balsa A Shortfall of Gravitas após acelerar o segundo estágio

Em maio de 2008, o primeiro contrato de incremento do GPS III foi concedido à Lockheed Martin para o desenvolvimento e produção de dois veículos espaciais iniciais, com opções para até dez adicionais. O GPS III é necessário para concluir a disponibilidade dos recursos de sinal L2C e L5 que começaram com os GPS IIR-M e GPS IIF modernizados. Usando uma abordagem incremental, novas capacidades que requerem maturidade técnica ou têm maiores riscos de serem devidamente integradas são adiadas para os incrementos posteriores, garantindo baixo risco e alta confiança na entrega.

Foguete Falcon 9

Sequência de lançamento

CONTAGEM REGRESSIVA
Todos os tempos aproximados

00:38:00 Diretor de lançamento confirma o abastecimento de propelente
00:35:00 Começa o abastecimento do RP-1 (querosene)
00:35:00 Começa o abastecimento do 1º estágio de LOX (oxigênio líquido)
00:16:00 Início do abastecimento de LOX de 2º estágio
00:07:00 Falcon 9 começa a resfriar o motor antes do lançamento
00:01:00 Comando para decolagem no pré-lançamento
00:01:00 Começa a pressurização do tanque de propelente para a pressão de vôo
00:00:45 Diretor de lançamento da SpaceX verifica o lançamento
00:00:03 O controlador comanda a sequência de ignição dos motores
00:00:00 Decolagem do foguete

Fase de subida do Falcon 9 com retorno do core no mar – EleonX

LANÇAMENTO, ATERRISSAGEM E LIBERAÇÃO DA CARGA ÚTIL
Todos os tempos aproximados

00:01:12 Max Q (momento de máximo de estresse no foguete)
00:02:33 Corte dos motores principais do 1º estágio (MECO)
00:02:37 primeiro e segundo estágios separados
00:02:45 Partida dos motores do 2º estágio (SES-1)
00:03:30 Liberação da carenagem
00:06:19 Início da ignição de reentrada do 1º estágio
00:06:44 Fim da ignição de reentrada do 1º estágio
00:08:08 Corte do motor do segundo estágio (SECO-1)
00:08:09 ignição de aterrissagem
00:08:33 Aterrissagem do ‘1°’core’ de primeiro estágio na balsa-drone
01:03:32 ignição do motor do 2º estágio (SES-2)
01:04:16 segundo corte do motore 2º estágio (SECO-2)
01:29:17 GPS III 06 é liberado

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EUA lançam amanhã satélite militar de posicionamento GPS

SV-06 será mais um elemento no sistema global

Foguete B1077.2 na plataforma

A SpaceX deve lançar na quarta-feira, 18 de janeiro de 2023 às 7h24 ET (12h24 UTC, 09:24 Brasilia) o foguete Falcon 9 B1077.2 com o satélite GPS III Space Vehicle 06 a partir do do Space Launch Complex 40 na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. Uma oportunidade de reserva está disponível na quinta-feira, 19 de janeiro, às 7h05 ET (12h05 UTC, 09:15 Brasilia). O ‘core’ de primeiro estágio lançou anteriormente a missão tripulada Crew-5. Após a separação, o primeiro estágio pousará na balsa-drone A Shortfall of Gravitas, que ficará estacionada no Oceano Atlântico a 637 km a jusante da Flórida. As conchas da carenagem de cabeça tipo 2.3 serão recuperadas a cerca de 767 km. Já o segundo estágio esgotado e neutralizado deve reentrar sobre o sul da África cerca de sete horas após o lançamento. A meteorologia prevê, para os dias 18 e 19, um clima favorável de 90%.

O GPS III SV-06 tem massa de lançamento de 3.681kg e foi apelidado Amelia Earhart e deverá ser colocado em uma órbita inicial de cerca de 186 x 20.200 km, para depois se estabelecer em 20.100 x 20.200 km.

Seção de cabeça do foguete sendo transportada

O satélite é construído sobre um chassi A2100, que é capaz de gerar 15 kW em sua configuração padrão com células solares de maior eficiência tipo “persianas plissadas”, o uso de TWTAs resfriados por radiação de alta eficiência, o design de tubos de calor mais eficientes e radiadores dobráveis ​​e design avançado para dissipação térmica. Os engenheiros da empresa fazem uso extensivo de ferramentas CAD e afirmam que podem entregar um satélite que usa o chassi A2100 em 18 meses após o recebimento do pedido.

Os GPS III apresentam recursos para atender às demandas de usuários militares e civis. Ele traz a capacidade total de usar o M-Code em apoio às operações de combatentes. A capacidade nominal do código M do GPS III excede a máxima do código M do GPS IIF/IIR (potência flexível sem código P(Y)). Ele expande a cooperação internacional na arena GNSS do Sistema de Navegação Global por Satélite, colocando em campo o sinal L1C interoperável com o Galileo europeu, o Sistema de Satélite Quazi-Zenith QZSS do Japão e outros sistemas de posicionamento GNSS.

Satélite GPS usa um chassi Lockheed série A2100

Em maio de 2008, o primeiro contrato de incremento do GPS III foi concedido à Lockheed Martin para o desenvolvimento e produção de dois veículos espaciais iniciais, com opções para até dez unidades adicionais. O GPS III é necessário para concluir a disponibilidade dos recursos de sinal L2C e L5 que começaram com os satélites GPS IIR-M e GPS IIF modernizados. Usando uma abordagem incremental, novas capacidades que requerem maturidade técnica ou têm maiores riscos de serem devidamente integradas são adiadas para os incrementos posteriores, garantindo baixo risco e alta confiança na entrega.

Foguete Falcon 9

Sequência de lançamento

CONTAGEM REGRESSIVA
Todos os tempos aproximados

00:38:00 Diretor de lançamento confirma o abastecimento de propelente
00:35:00 Começa o abastecimento do RP-1 (querosene)
00:35:00 Começa o abastecimento do 1º estágio de LOX (oxigênio líquido)
00:16:00 Início do abastecimento de LOX de 2º estágio
00:07:00 Falcon 9 começa a resfriar o motor antes do lançamento
00:01:00 Comando para decolagem no pré-lançamento
00:01:00 Começa a pressurização do tanque de propelente para a pressão de vôo
00:00:45 Diretor de lançamento da SpaceX verifica o lançamento
00:00:03 O controlador comanda a sequência de ignição dos motores
00:00:00 Decolagem do foguete

Fase de subida do Falcon 9 com retorno do core no mar

LANÇAMENTO, ATERRISSAGEM E LIBERAÇÃO DA CARGA ÚTIL
Todos os tempos aproximados

00:01:12 Max Q (momento de máximo de estresse no foguete)
00:02:33 Corte dos motores principais do 1º estágio (MECO)
00:02:37 primeiro e segundo estágios separados
00:02:45 Partida dos motores do 2º estágio (SES-1)
00:03:30 Liberação da carenagem
00:06:19 Início da ignição de reentrada do 1º estágio
00:06:44 Fim da ignição de reentrada do 1º estágio
00:08:08 Corte do motor do 2º estágio (SECO-1)
00:08:09 ignição de aterrissagem
00:08:33 Aterrissagem do 1° estágio
01:03:32 ignição do motor do 2º estágio (SES-2)
01:04:16 segundo corte do motore 2º estágio (SECO-2)
01:29:17 GPS III 06 é liberado

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SpaceX lança dois satélites militares com o Falcon Heavy

FH lançou a USSF-67 em órbita geoestacionária

O Falcon Heavy n° 5 (B1070 e B1064/B1065) decolou da plataforma 39A

O foguete Falcon Heavy n°5 foi lançado do Complexo de Lançamento 39A na Base da Força Aérea de Cabo Canaveral, na Flórida, no domingo 15 de janeiro de 2023, às 17h56, horário da costa leste dos EUA (19h56, horário de Brasilia). Aproximadamente oito minutos após a decolagem, os propulsores laterais B1064 e B1065, que foram usados ​​pela segunda vez, fizeram um pouso vertical controlado nas plataformas LZ-1 e LZ-2 no local de lançamento (o ‘core’ central B1070 foi desintegrado no oceano após a fase de propulsão, já que era descartável). Como parte da missão, um satélite militar de comunicações CBAS-2 (Continuous Broadcast Augmenting SATCOM 2) será colocado em órbita geoestacionária.

Os dois propulsores laterais dispararam por dois minutos e meio antes de cair e voar de volta para pousos lado a lado sincronizados na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral. Anunciados como de costume por estrondos sônicos , os propulsores voaram pela primeira vez em um Falcon Heavy em novembro passado e ambos serão usados ​​novamente em uma próxima missão.

O núcleo ‘core’ B1070 funcionou por mais um minuto e meio antes de também cair, deixando o resto da subida para o segundo estágio . Ao contrário dos propulsores laterais, o central usou todo o seu propelente conforme planejado para completar a subida da atmosfera inferior e sua recuperação não foi possível.

Os ‘bosters’ B1064.2 e B1065.2 pousados próximos, nas zonas 1 e 2

O Falcon Heavy seguiu para o leste do Centro Espacial Kennedy para iniciar a ascensão de aproximadamente seis horas à órbita geossíncrona, onde o foguete liberaria suas cargas em tandem, uma de cada vez, a mais de 36.000 quilômetros sobre o equador, após a entrada em uma órbita inicial de 300 km x 35.800 km. O estágio 2 subirá pelos cinturões de radiação de Van Allen para atingir a altitude de injeção orbital alvo da missão onde completará seu terceiro e último disparo do motor antes da separação da carga útil. O motor do estágio superior terminará a tarefa de manobrar em órbita geossíncrona. Espera-se que o estágio acione seu motor três vezes, com uma parada de aproximadamente seis horas entre a segunda e a terceira ignição. Como de costume em lançamentos militares, os detalhes não foram divulgados.

Perfil de lançamento

Os satélites

De acordo com dados oficiais do Comando de Sistemas Espaciais dos Estados Unidos, o CBAS-2 (Continuous Broadcast Augmenting SATCOM – satelite de comunicações de Aumento de Transmissão Contínua, fabricado pela Boeing) expandirá as capacidades de comunicações via satélite entre as principais lideranças do país e os comandos de combate. Dados específicos sobre a espaçonave e sua órbita são estritamente classificados. Enquanto isso, segundo especialistas americanos, sua massa chega a três toneladas. O satélite deve ser colocado em órbita com geoestacionária a 35.000 km. Este é o segundo do tipo para a Força Espacial dos EUA. O primeiro é o CBAS-1, lançado em órbita em abril de 2018 usando o veículo de lançamento Atlas V da United Launch Alliance. O satélite CBAS tem uma massa de decolagem em torno de 2.000 a 3.000 kg.

Como carga secundária, o foguete também colocou em órbita um veículo LDPE-3A, projetado para realizar experimentos no espaço no interesse do Pentágono. É uma plataforma para seis minissatélites cujas missões não foram descritas em detalhes, além de que incluíam protótipos operacionais para “conscientização situacional aprimorada” e tecnologia de criptografia para comunicações espaço-terra. Duas outras cargas presumivelmente testarão sensores de clima espacial e possivelmente testarão equipamentos para monitorar outros satélites. Esta missão inclui duas cargas tipo SSC: o Catcher e WASSAT, e três cargas desenvolvidas pelo Space Rapid Capabilities Office (SRCO). As cargas do SRCO incluem dois protótipos operacionais para maior consciência situacional e uma carga útil de criptografia/interface de criptografia de protótipo operacional que oferece capacidade segura de comunicação espaço-terra. A espaçonave LDPE continuará a dar acesso ao espaço para vários experimentos de demonstração de experimentos e Tecnologia (C&T) do departamento de defesa, DoD. Será o terceiro lançamento desta versão do anel ESPA projetado pela Northrop Grumman. O primeiro foi em dezembro de 2021 em uma missão do Programa de Testes Espaciais STP-3 a bordo de um Atlas 5. O segundo foi o do USSF-44 em 2022, e marcou o primeiro lançamento de segurança nacional do Falcon Heavy..
O Catcher, construído pela da Aerospace Corporation, é um protótipo de sensor para oferecer insights de conscientização do domínio do espaço local, disse a Aerospace Corporation. Ele é baseado em um instrumento anterior desenvolvido pela Aerospace Corporation chamado Energetic Charged Particle-Lite, ou ECP-Lite, para demonstrar uma nova tecnologia miniaturizada que pode diagnosticar efeitos adversos de radiação, partículas carregadas e outros eventos climáticos espaciais em espaçonaves em órbita.
De acordo com o Sandia National Laboratories, o seu WASSAT é um protótipo de sensor de área ampla composto por quatro câmeras para procurar e rastrear outras espaçonaves e detritos espaciais em órbita geossíncrona, onde operam satélites de comunicação, detecção de mísseis, coleta de informações e monitoramento do clima.
O LDPE (Long Duration Propulsive Evolved Expendable Launch Vehicle Secondary Payload Adapter) de cerca de 1.875 kg, é “um trem de carga para o espaço para experimentos e protótipos em órbita geossíncrona que pode ser manifestado em qualquer missão de segurança nacional com margem de massa disponível”, disse o coronel Joseph Roth, diretor de inovação e prototipagem do Comando de Sistemas Espaciais. O LDPE-3A foi construído num chassi ESPAStar, que é semelhante a um anel ESPA, mas com propulsão, eletricidade e aviônicos adicionais para que possa operar como um satélite independente. O LDPE oferece um caminho acessível para o espaço para cargas úteis hospedadas e separáveis. “O design modular e as interfaces padrão do LDPE a fazem uma plataforma perfeita para hospedar uma ampla variedade de cargas em muitas áreas de missão.”

Resumo do lançamento

Lançamentos militares

Este voo 5 do Falcon Heavy é o primeiro do programa NSSL este ano e o primeiro lançamento da SpaceX do contrato NSSL Fase 2 . Os contratos da Fase 2 usam preços semelhantes aos comerciais, economizando significativamente o dinheiro dos contribuintes enquanto “fornecem estabilidade à base da indústria, contribuindo para práticas de compra mais eficientes, bem como flexibilidade manifesta que beneficia tanto o governo quanto os clientes comerciais”.

Zonas de exclusão para a manobra de boostback dos boosters

Uma inovação desenvolvida pela SpaceX e adotada pela Força Espacial dos EUA é a reutilização dos boosters. Os propulsores laterais do USSF-67 foram os mesmos usados ​​para o USSF-44, lançado em 1º de novembro de 2022. A eficiência obtida com a reutilização “beneficia os clientes, adicionando flexibilidade a uma lista de lançamento dinâmica e economia de custos.”, segundo divulgou o departamento de defesa dos EUA.

Zonas de exclusão para a queda dos boosters e do ‘core’

Estatísticas da missão:

  • 5º lançamento de um foguete Falcon Heavy
  • 206º da família de foguetes Falcon desde 2006
  • 60 lançamento da SpaceX da plataforma 39A
  • 154º lançamento em geral da plataforma 39A
  • 3º lançamento da SpaceX de 2023
  • 1º lançamento Falcon Heavy em 2023
  • 3ª tentativa de lançamento de Cabo Canaveral em geral em 2022
  • 2ª missão de lançamento de segurança nacional do Falcon Heavy
  • 2º voo para propulsores laterais B1064 e B1065
  • 1º voo para o estágio central B1070

A área de risco de falha da ignição de ‘boostback’ (a fase em que o ‘booster’ desacelera e volta para a Flórida) foi delimitada a cerca de 650 km à jusante, e área de queda do ‘core’ e das conchas da carenagem de cabeça ficam a cerca de 1.500 km de da costa. O barco de apoio ‘Bob‘ faria o resgate da coifa na água (a previsão era de ondas de 3,6 metros).

Space Systems Command

O Comando de Sistemas Espaciais é o comando de campo da Força Espacial dos EUA responsável por adquirir e oferecer capacidades de combate de guerra resilientes para proteger a vantagem estratégica de nossa nação dentro e fora do espaço. O SSC administra um orçamento de aquisição espacial de US$ 11 bilhões para o Departamento de Defesa e trabalha em parceria com forças conjuntas, indústria, agências governamentais, organizações acadêmicas e aliadas para acelerar a inovação e superar o que os militares americanos chamam de ameaças emergentes.

Falcon Heavy

Foguete Falcon Heavy separado nos componentes principais

A SpaceX estreou o foguete Falcon Heavy em um voo de teste em 6 de fevereiro de 2018, que enviou o Tesla Roadster de elon Musk ao espaço interplanetário. Duas missões voaram em 11 de abril de 2019 e 25 de junho de 2019 e colocaram em órbita um satélite comercial de comunicações Arabsat e 24 espaçonaves militares e da NASA, respectivamente. O próximo lançamento não decolou até três anos e meio depois, após atrasos na espaçonave designada. A missão USSF-44 de 1º de novembro foi o primeiro lançamento da SpaceX a estender cargas úteis diretamente na órbita geossíncrona. O perfil da missão de seis horas exigia que se fizesse algumas alterações no foguete, incluindo a adição de tinta cinza na parte externa do tanque de querosene do estágio superior para ajudar a garantir que o combustível não congelasse enquanto o foguete desacelerasse no ambiente frio de espaço. A mesma faixa de tinta cinza está no estágio superior deste Falcon Heavy para a missão USSF-67. A SpaceX e a Força Espacial concordaram em reformar e reutilizar os propelentes laterais das missões USSF-44 e USSF-67 para o próximo lançamento do Falcon Heavy para os militares. Esse lançamento, chamado USSF-52, está programado para decolar não antes de abril.

Modificações no foguete para missões prolongadas

O segundo estágio do Falcon Heavy terá com uma faixa cinza como parte do chamado MEK (Mission Extension Kit, kit de extensão de missão) para permitir que mais calor da luz solar seja absorvido para aquecer o tanque de querosene RP-1 durante o longo período de inércia para aquecer o combustível contido naquela parte do foguete. Quando fica muito frio, o querosene – que congela a uma temperatura muito mais alta do que o oxigênio líquido, e torna-se viscoso. Se ingerido, o combustível demasiadamente denso provavelmente impediria a ignição ou destruiria o motor. O pacote também possui um número maior de vasos de pressão revestidos com compósito (COPVs) para controle de pressurização e ampolas extras de TEA-TEB adicional para várias reignições do motor Merlin Vac D do segundo estágio. Espera-se que o Falcon Heavy coloque os satélites na órbita geossíncrona por meio de várias ignições. O perfil de voo do estágio superior incluirá um costeamento com duração de mais de cinco horas entre as ignições, tornando a missão um dos lançamentos mais exigentes da SpaceX até agora.

Numa das missões do Falcon Heavy, o estágio superior completou quatro ignições ao longo de três horas e meia em um voo de demonstração patrocinado pela Força Aérea. As complexas manobras orbitais durante a missão de junho de 2019 para o Programa de Testes Espaciais foram necessárias para colocar 24 satélites em três órbitas distintas. Eles também exerceram as capacidades do foguete e seu motor de estágio superior Merlin antes que os militares confiassem ao lançador cargas úteis de segurança nacional operacionais mais importantes e mais caras em voos futuros.

Foguete chega à plataforma para ser instalado junto com a mesa no ponto de decolagem – foto Michael Baylor

Contagem regressiva

hh/mm/ss Evento

  • 00:53:00 Diretor de lançamento verifica o abastecimento do propelente
  • 00:50:00 O abastecimento do RP-1 (querosene para foguete) inicia
  • 00:45:00 O abastecimento de LOX (oxigênio líquido) começa
  • 00:35:00 O abastecimento do 2º estágio com RP-1 começa
  • 00:18:30 Abastecimento do LOX do 2º estágio começa
  • 00:07:00 Falcon Heavy começa a resfriar o motor (chilldown)
  • 00:00:59 Computador comanda verificações finais de pré-lançamento
  • 00:00:45 Diretor de lançamento da SpaceX verifica aprovação para lançamento
  • 00:00:20 Tanques de propelente pressurizados para vôo
  • 00:00:06 O controlador comanda a sequência de ignição para decolagem
  • 00:00:00 Decolagem

Lançamento, aterrissagem e liberação da carga útil

Todos os tempos são aproximados

hh/mm/ss Evento

  • 00:01:11 Max Q (momento máximo de tensão mecânica no foguete)
  • 00:02:24 Corte dos motores dos ‘booster’s (BECO)
  • 00:02:28 ‘booster’s laterais separados
  • 00 :02:43 Início das ignições de ‘boostback’ dos ‘booster’s
  • 00:03:52 Fim das ignições de ‘booster’s laterais
  • 00:03:55 Corte dos motores principais do 1º estágio (MECO)
  • 00:03:59 1º e 2º estágios separados
  • 00:04:05 ignição dos motores do segundo estágio (SES)
  • 00:04:22 liberação da carenagem
  • 00:06:32 Início da ignição da reentrada dos boosters
  • 00:06:44 Fim da ignição de reentrada dos ‘booster’s
  • 00:07:42 Início da ignição da aterrissagem dos ‘booster’s
  • 00:08:00 Aterrissagem dos ‘booster’s
Falcon Heavy desta missão. O ‘core’ de primeiro estágio não tem trem de aterrissagem e não dispõe de aletas de grade, uma vez que será descartado no oceano

O Falcon Heavy deveria ter voltado ao serviço em junho de 2022, quando o foguete estava prestes a ser montado, mas a NASA anunciou no final daquele mês que o Jet Propulsion Laboratory e o fornecedor Maxar não conseguiram terminar o software de qualificação de sua espaçonave Psyche. Projetada para entrar em órbita ao redor do asteroide 16 Psyche, a trajetória necessária para alcançá-lo restringiu a missão a uma janela de lançamento em algum momento entre agosto e outubro. Quando o JPL e a Maxar não conseguiram testar adequadamente o software a tempo para essa janela, foram forçados a parar e esperar até a próxima janela mais próxima, em julho de 2023. Isso deixou o foguete com mais três cargas úteis possíveis para 2022, mas todos os três estavam cronicamente atrasados. No entanto, a carga útil mais atrasada acabou por ser preparada, abrindo uma oportunidade de lançamento em 2022.

A SpaceX, como parte dos preparativos de adaptação das instalações de lançamento, converteu o transportador/eretor móvel (T/E) da plataforma 39A, que estava previamente configurada para modelos Falcon 9.

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E-book Balsas-drone da SpaceX

China lança 14 novos satélites

Longa Marcha 2D Y71 decolou de Taiyuan

Foguete decolando de Taiyuan

A China lançou hoje, 15 de janeiro de 2023, com sucesso o foguete Longa Marcha-2D número de série Y71 no domingo, enviando quatorze satélites ao espaço. O foguete decolou do Centro de Lançamento de Satélites de Taiyuan, na província de Shanxi, norte do país, às 11h14 horário de Pequim (03:14UTC ou 00:14 Brasília). Os satélites, incluindo os Qilu-2 e Qilu-3, entraram na órbita inicial planejada de 488 km por 504 km, inclinada em 97.37° (mais tarde os parãmetros foram descritos como 482 x 496 km, período de 94.39 minutos e inclinação de 97.38°. Este lançamento é o 74º do foguete transportador Longa Marcha 2D, o 182º da série Longa Marcha de foguetes desenvolvidos pela Oitava Academia e o 462º lançamento da série em geral.

Painéis de isaolamento térmico se solta como planejado durante o início da subida

Esta missão enfrentou condições climáticas mais frias do ano no Centro de Lançamento Taiyuan; especialmente quando a data de lançamento se aproximava, a neve e a queda acentuada da temperatura foram um teste severo para o lançamento. Para garantir a execução da tarefa, a equipe organizou vários sistemas para realizar “preparação dupla” e checagens para encontrar elos fracos, adotando medidas para aumentar a proteção de equipamentos ao ar livre, adicionar isolamento ao compartimento dos motores fornecer ar na carenagem, aquecer os motores e aumentar a temperatura inicial do propelente. Isso foi feito retardando a retirada dos dutos de suprimento de ar vindos da plataforma antes do tiro e fazendo um plano de pré-tiro para garantir a funcionalidade do equipamento.

Satélites

A campanha de lançamento adotou o estilo “quatorze estrelas com uma flecha” (estrela = satélite, flecha = foguete); a (confusa) lista de espaçonaves inclui os:

Lista divulgada na internet dos satélites a bordo

Qilu-2 齐鲁二号, Qilu-3 齐鲁三号, Jinzijing-3 金紫荆三号, Jinzijing-4 金紫荆四号 e Jinzijing-6 金紫荆六号; Beiyou-1 北邮一号, Luojia-3 01 (Yantai-1) 珞珈三号01(烟台一号), Tianzhi-2D (Rizhao-3) 天智二号D (日照三号); Jilin-1 Gaofen 03A34 吉林一号高分03D34; Jilin-1 Mofang 02A03 吉林一号魔方02A03, Jilin-1 Mofang 02A04 吉林一号魔方02A04, Jilin-1 Mofang 02A07(Huashui-1) 吉林一号魔方02A07(华水一号), Jilin-1 Hongwai 02A03 (Wo Fu Man), 吉林一号红外A07(沃福曼号) e Jilin-1 Hongwai 02A03 (Haihe-1) 吉林一号红外A08(海河一号).

Um dos satélites foi identificado como “BUPT 1” e é um veículo teste/demonstrador de comunicações da Universidade de Correios e Telecomunicações de Pequim.

Jinzijing “Bauhinia Dourado 3”, Jinzijing “Bauhinia Dourado 4” e Jinzijing “Bauhinia Dourado 6” – Satélites do Grupo de Tecnologia Aeroespacial de Hong Kong para uma constelação de 165 unidades de sensoriamento remoto LEO equipados com sensores ópticos e de radar.

Jilin-1 de alta resolução 3D 34 (Jilin-1 GF3D 34) – Satélite de imagem multiespectral de alta resolução.

Jilin-1 MF02, Jilin-1 MF03 e Jilin-1 MF04 – Satélites de imageamento.

Luojia-3 01 (Shuangqing 1) – Pequeno satélite equipado com um sistema de imagem e um sistema de processamento inteligente para preparar os dados antes da transmissão ao solo. Também equipado com um sistema de comunicação (provavelmente a laser) para fornecer links para outros satélites.

Dois dos satélites colocados no adaptador do segundo estágio

Qilu 2 e Qilu 3 – Pequenos satélites equipados com um sistema de imageamento da Terra. Também carrega um sistema de comunicação a laser para links de satélite para satélite com o Qilu 1 lançado anteriormente.

Tianzhi 2 (Rizhao-3) – Satélite definido por software da Academia Chinesa de Ciências, carregando um sistema de imagem. O software é capaz de modificar a forma como o sistema opera e processar os dados a bordo antes de transmiti-los ao solo.

Jilin-1 Hongwai A08, também chamado TJ Hai He 01 – Satélite pequeno com um detector infravermelho, não claro se é para observação da Terra ou para astronomia.

Jilin-1 Hongwai A07, também chamado Wo Fu Man 01 – Satélite pequeno com um detector infravermelho – não ficou claro se é para observação da Terra ou para astronomia.

Esquema da estrutura do Longa Marcha usado neste voo

Esta missão foi usada para experimentar o modo de lançamento comercial “de carona” do foguete CZ-2D. Os 14 satélites vieram de sete unidades de pesquisa e desenvolvimento. De acordo com os vários requisitos de interface propostos por diferentes cientes, como montagem vertical, lateral e o formato dos satélites , o modelo foi adaptado. A carenagem foi adaptada para dar um jogo completo às vantagens de uma variedade de opções de montagem, e o recém-desenvolvido pequeno adaptador de satélite universal tipo ESPA possibilitou uma configuração combinada de multi-satélite em série, paralelos e montado na lateral, que resolveu o problema de configuração e layout do foguete. A filiosofia deu uma solução generalizada para lançamentos de grupos de satélites , encurtou o ciclo de projeto e produção, “com o intuito de responder rapidamente e atender à demanda cada vez mais vigorosa de micro e nano satélites” – anunciou a mídia oficial chinesa.

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Russos e americanos traçam plano para emergência na estação espacial

Franco Rubio voltaria à Terra na Crew Dragon C210; Prokopiev e Petelin, na ‘suspeita’ Soyuz MS-22

Nave Soyuz

Sobre as medidas para garantir a segurança da tripulação da ISS devido à situação com a espaçonave Soyuz MS-22, a Roskosmos e as agências espaciais dos países parceiros na Estação Espacial Internacional tomaram medidas para garantir o retorno seguro da tripulação à Terra em caso de avaria antes da chegada da espaçonave não tripulada Soyuz MS-23. Devido à situação de emergência com a espaçonave Soyuz MS-22, sua tripulação – os cosmonautas russos Sergey Prokopiev e Dmitry Petelin e o astronauta americano Franco Rubio – retornará à Terra na Soyuz MS-23, que deve acoplar na ISS em modo não tripulado em 22 de fevereiro de 2023.

Disposição dos assentos nomais da Crew Dragon C210
Forro do assento Kazbek-UM

Em dezembro do ano passado foi detectado um vazamento de líquido refrigerante vindo o circuito do radidor da nave, e foi mais tarde verificado que todo o conteúdo fora perdido. Assim, a capacidade de controle térmico da nave durante a fase de seperação e início da reentrada na atmosfera fica comprometido.

Os sistemas da ISS e da Soyuz MS-22 estão operando normalmente, mas em caso de acidente, a tripulação precisará de uma evacuação de emergência para a Terra antes que a Soyuz MS-23 chegue. Decidiu-se mudar temporariamente o forro do assento Kazbek-UM de Rubio da MS-22 para a nave Crew Dragon C210 Endurance (os trabalhos ocorrerão de 17 a 18 de janeiro). Se for necessária uma evacuação de emergência, Rubio retornará à Terra na Dragon e os cosmonautas na Soyuz MS-22. A descida de dois cosmonautas em vez de três será mais segura, pois ajudará a reduzir a temperatura e a umidade na cabine. Depois que a Soyuz MS-23 chegar à ISS, os alojamentos dos três cosmonautas, incluindo Rubio, serão transferidos para ela.

Forro encaixado no quadro de suporte do assento Kazbek

O forro do assento Kazbek (“Lodzhement“) é uma peça de espuma de poliuretano moldada de modo a se encaixar no corpo de cada tripulante, para auxiliar a suavizar o impacto da nave com o solo, e que é encaixada e aparafusada sobre o quadro de alumínio com amortecedor que o sustenta a bordo a cabine.

Foto de 1980 mostrando os cosmonautas Valery Kubasov e Bertalan Farkas mudando os forros dos assentos da Soyuz 36 para a Soyuz 35

Não foi especificado como o forro será preso na estrutura da Cew Dragon, pois na armação normal suporta apenas os quatro assentos normais, e a SpaceX anunciou desde o início do projeto com a NASA que assentos extras (do mesmo modelo) poderiam ser montados no piso, no lugar de alguns dos conteineres de carga, dando espaço para mais três pessoas. Mas a geometria dos forros é bem diferente das dos assentos da empresa americana, e os pontos de fixação no quadro de suporte são radicalmente distintos.

Quadro de sustentação dos assentos principais na cabine da nave americana Crew Dragon

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SpaceX adia lançamento do Falcon Heavy com satélites militares

FH decolará amanhã com a USSF-67

O Falcon Heavy desta missão será formado pelos ‘cores’ B1070 e B1064/B1065

O lançamento do foguete Falcon Heavy transportando dois satelites militares americanos foi adiado de hoje, 14 de janeiro de 2023, para amanhã, 15. A causa foi, segundo algumas fontes, um problema no abastecimento de nitrogênio, por parte da empresa Air Liquide para a plataforma LC-39. A solução seria conectar reboques com tanques extras de nitrogênio no circuito principal que vai do edificio de montagem VAB até a plataforma antes de virar para o sul para os Complexos de Lançamento 41, 40 e 37. Além de conectar os reboques, as operações de base também têm a opção de isolar partes específicas do circuito para ajudar a fornecer o suprimento necessário de nitrogênio para o Falcon Heavy.

O lançamento seria às 17h55 ET (22h55 UTC, 19:55 de Brasília), usando o foguete Falcon Heavy n° 5 da SpaceX – e agora a nova data é domingo, 15, às 17h56 ET (22h56 UTC 19:56 de Brasília). A missão, formalmente intitulada USSF-67, será a quinta do Falcon Heavy e a segunda do National Security Space Launch (NSSL) para este tipo de foguete. É composta por dois satélites: o Continuous Broadcast Augmenting SATCOM – satelite de comunicações de Aumento de Transmissão Contínua (CBAS-2, fabricado pela Boeing) e um anel ESPA Propulsivo de Longa Duração, uma rebocador que pode transportar até seis pequenos satélites. O satélite CBAS tem uma massa de decolagem em torno de 2.000 a 3.000 kg (suas características são secretas), enquanto o rebocado LPDE-3A pesa cerca de 1.875 kg.

A previsão do tempo favorável na Flórida para 14 de janeiro era de 80-90%, e para amanhã, acima de 90%.

Resumo do lançamento

O foguete é composto pelo ‘core’ central B1070, novo, e os dois ‘booster’s auxiliares reutilizados, os B1064.2 e B1065.2. O primeiro dos ‘booster’s pousará em solo, na LZ-1 no Cabo e o B1065 na LZ-2; já o core será destruído no oceano após a separação. Pois esgotará todo o propelente para dar impulso suficiente para acelear o segundo estágio e os satélites para a órbita inicial. O Falcon Heavy seguirá para o leste do Centro Espacial Kennedy para iniciar a ascensão de aproximadamente seis horas à órbita geossíncrona, onde o foguete liberará suas cargas em tandem, uma de cada vez, a mais de 36.000 quilômetros sobre o equador, após a entrada em uma órbita inicial de 300 km x 35.800 km. O foguete subirá pelos cinturões de radiação de Van Allen para atingir a altitude de injeção orbital alvo da missão onde completará seu terceiro e último disparo do motor antes da separação da carga útil. O motor do estágio superior terminará a tarefa de manobrar em órbita geossíncrona. Espera-se que o estágio acione seu motor três vezes, com uma parada de aproximadamente seis horas entre a segunda e a terceira ignição.

Os foguetes laterais serão separados do estágio central em cerca de dois minutos e meio de voo. Os dois ‘boosters’ vão virar para voar com a cauda para a frente e, em seguida, reacender tres de seus motores para os impulsionarem de volta ao Cabo Canaveral. Os foguetes farão pousos quase simultâneos nas zonas de recuperação da SpaceX na Estação da Força Espacial cerca de oito minutos após a decolagem. O estágio principal, que desacelerará seus motores para a primeiro fase do voo, funcionará mais quatro minutos antes de cair no Atlântico.

A área de risco de falha da ignição de ‘boostback’ (a fase em que o ‘booster’ desacelera e volta para a Flórida) foi delimitada a cerca de 650 km à jusante, e área de queda do ‘core’ e das conchas da carenagem de cabeça ficam a cerca de 1.500 km de da costa. Caso o lançamento fosse feito hoje, era possível que o barco de apoio ‘Bob‘ não fizesse o resgate da coifa na água por conta das ondas na região de queda; caso haja adiamento para amanhã, prevê-se ondas mais suaves e as conchas poderão ser capturadas (mesmo assim a previsão é de ondas de 3,6 metros).

Zonas de exclusão para a manobra de boostback dos boosters
Zonas de exclusão para a queda dos boosters e do ‘core’

Satélites a serem lançados

Foguete sendo transportado para a platafoma 39A

A espaçonave avançada CBAS -2 é destinada à órbita geossíncrona para oferecer retransmissão de comunicações em apoio aos líderes seniores e comandantes combatentes. A missão é aumentar as capacidades existentes de comunicação por satélite militar e transmitir continuamente dados militares através de links de retransmissão de satélite baseados no espaço.
A segunda espaçonave, a ESPA [*] Propulsada de Longa Duração (LDPE -3A), será usada para colocar cargas múltiplas e diversas em órbita e oferecer dados para informar e influenciar futuros programas da Força Espacial dos EUA. Esta missão inclui duas cargas tipo SSC: o Catcher e WASSAT, e três cargas desenvolvidas pelo Space Rapid Capabilities Office (SRCO). As cargas do SRCO incluem dois protótipos operacionais para maior consciência situacional e uma carga útil de criptografia/interface de criptografia de protótipo operacional que oferece capacidade segura de comunicação espaço-terra. A espaçonave LDPE continuará a dar acesso ao espaço para vários experimentos de demonstração de experimentos e Tecnologia (C&T) do departamento de defesa, DoD. Será o terceiro lançamento desta versão do anel ESPA projetado pela Northrop Grumman. O primeiro foi em dezembro de 2021 em uma missão do Programa de Testes Espaciais STP-3 a bordo de um Atlas 5. O segundo foi o do USSF-44 em 2022, e marcou o primeiro lançamento de segurança nacional do Falcon Heavy..
O Catcher, construído pela da Aerospace Corporation, é um protótipo de sensor para oferecer insights de conscientização do domínio do espaço local, disse a Aerospace Corporation. Ele é baseado em um instrumento anterior desenvolvido pela Aerospace Corporation chamado Energetic Charged Particle-Lite, ou ECP-Lite, para demonstrar uma nova tecnologia miniaturizada que pode diagnosticar efeitos adversos de radiação, partículas carregadas e outros eventos climáticos espaciais em espaçonaves em órbita.
De acordo com o Sandia National Laboratories, o seu WASSAT é um protótipo de sensor de área ampla composto por quatro câmeras para procurar e rastrear outras espaçonaves e detritos espaciais em órbita geossíncrona, onde operam satélites de comunicação, detecção de mísseis, coleta de informações e monitoramento do clima.
O Comando de Sistemas Espaciais disse que o LDPE-3A foi construído num chassi ESPAStar, que é semelhante a um anel ESPA, mas com propulsão, eletricidade e aviônicos adicionais para que possa operar como um satélite independente. O LDPE oferece um caminho acessível para o espaço para cargas úteis hospedadas e separáveis.

“Esta é uma missão complexa e representa o que é o acesso garantido ao espaço e é por isso que estamos tão entusiasmados com este próximo lançamento, nosso segundo Falcon Heavy em apenas alguns meses”, disse o major-general Stephen Purdy, do programa da Força Espacial executivo pelo acesso garantido ao espaço.

Programa NSSL

Este lançamento do Falcon Heavy será o primeiro do programa NSSL este ano e o primeiro da SpaceX do contrato NSSL Fase 2. Os contratos do estágio 2 usam contratos e preços semelhantes aos comerciais, economizando significativamente o dinheiro dos contribuintes enquanto oferecem estabilidade à base da indústria, contribuindo para práticas de compra mais eficientes, bem como flexibilidade manifesta que beneficia tanto o governo quanto os clientes comerciais.
Uma inovação desenvolvida pela SpaceX e adotada pela Força Espacial dos EUA é a reutilização dos ‘booster’s. Os propelentes laterais do USSF-67 foram os mesmos usados para o USSF-44, lançado da Costa Leste em 1º de novembro do ano passado. Segundo a SpaceX, a eficiência obtida com a reutilização beneficia os clientes, adicionando flexibilidade a uma fila de lançamento dinâmica e economia de custos.

Space Systems Command

O Comando de Sistemas Espaciais é o comando de campo da Força Espacial dos EUA responsável por adquirir e oferecer capacidades de combate de guerra resilientes para proteger a vantagem estratégica de nossa nação dentro e fora do espaço. O SSC administra um orçamento de aquisição espacial de US$ 11 bilhões para o Departamento de Defesa e trabalha em parceria com forças conjuntas, indústria, agências governamentais, organizações acadêmicas e aliadas para acelerar a inovação e superar o que os militares americanos chamam de ameaças emergentes.

Falcon Heavy

Foguete Falcon Heavy separado nos componentes principais

A SpaceX estreou o foguete Falcon Heavy em um voo de teste em 6 de fevereiro de 2018, que enviou o Tesla Roadster de elon Musk ao espaço interplanetário. Duas missões voaram em 11 de abril de 2019 e 25 de junho de 2019 e colocaram em órbita um satélite comercial de comunicações Arabsat e 24 espaçonaves militares e da NASA, respectivamente. O próximo lançamento não decolou até três anos e meio depois, após atrasos na espaçonave designada. A missão USSF-44 de 1º de novembro foi o primeiro lançamento da SpaceX a estender cargas úteis diretamente na órbita geossíncrona. O perfil da missão de seis horas exigia que se fizesse algumas alterações no foguete, incluindo a adição de tinta cinza na parte externa do tanque de querosene do estágio superior para ajudar a garantir que o combustível não congelasse enquanto o foguete desacelerasse no ambiente frio de espaço. A mesma faixa de tinta cinza está no estágio superior deste Falcon Heavy para a missão USSF-67. A SpaceX e a Força Espacial concordaram em reformar e reutilizar os propelentes laterais das missões USSF-44 e USSF-67 para o próximo lançamento do Falcon Heavy para os militares. Esse lançamento, chamado USSF-52, está programado para decolar não antes de abril.

Modificações no foguete para missões prolongadas

O segundo estágio do Falcon Heavy terá com uma faixa cinza como parte do chamado MEK (Mission Extension Kit, kit de extensão de missão) para permitir que mais calor da luz solar seja absorvido para aquecer o tanque de querosene RP-1 durante o longo período de inércia para aquecer o combustível contido naquela parte do foguete. Quando fica muito frio, o querosene – que congela a uma temperatura muito mais alta do que o oxigênio líquido, e torna-se viscoso. Se ingerido, o combustível demasiadamente denso provavelmente impediria a ignição ou destruiria o motor. O pacote também possui um número maior de vasos de pressão revestidos com compósito (COPVs) para controle de pressurização e ampolas extras de TEA-TEB adicional para várias reignições do motor Merlin Vac D do segundo estágio. Espera-se que o Falcon Heavy coloque os satélites na órbita geossíncrona por meio de várias ignições. O perfil de voo do estágio superior incluirá um costeamento com duração de mais de cinco horas entre as ignições, tornando a missão um dos lançamentos mais exigentes da SpaceX até agora.

Numa das missões do Falcon Heavy, o estágio superior completou quatro ignições ao longo de três horas e meia em um voo de demonstração patrocinado pela Força Aérea. As complexas manobras orbitais durante a missão de junho de 2019 para o Programa de Testes Espaciais foram necessárias para colocar 24 satélites em três órbitas distintas. Eles também exerceram as capacidades do foguete e seu motor de estágio superior Merlin antes que os militares confiassem ao lançador cargas úteis de segurança nacional operacionais mais importantes e mais caras em voos futuros.

Foguete chega à plataforma para ser instalado junto com a mesa no ponto de decolagem – foto Michael Baylor

Contagem regressiva

hh/mm/ss Evento

  • 00:53:00 Diretor de lançamento verifica o abastecimento do propelente
  • 00:50:00 O abastecimento do RP-1 (querosene para foguete) inicia
  • 00:45:00 O abastecimento de LOX (oxigênio líquido) começa
  • 00:35:00 O abastecimento do 2º estágio com RP-1 começa
  • 00:18:30 Abastecimento do LOX do 2º estágio começa
  • 00:07:00 Falcon Heavy começa a resfriar o motor (chilldown)
  • 00:00:59 Computador comanda verificações finais de pré-lançamento
  • 00:00:45 Diretor de lançamento da SpaceX verifica aprovação para lançamento
  • 00:00:20 Tanques de propelente pressurizados para vôo
  • 00:00:06 O controlador comanda a sequência de ignição para decolagem
  • 00:00:00 Decolagem
Perfil de lançamento

Lançamento, aterrissagem e liberação da carga útil

Todos os tempos são aproximados

hh/mm/ss Evento

  • 00:01:11 Max Q (momento máximo de tensão mecânica no foguete)
  • 00:02:24 Corte dos motores dos ‘booster’s (BECO)
  • 00:02:28 ‘booster’s laterais separados
  • 00 :02:43 Início das ignições de ‘boostback’ dos ‘booster’s
  • 00:03:52 Fim das ignições de ‘booster’s laterais
  • 00:03:55 Corte dos motores principais do 1º estágio (MECO)
  • 00:03:59 1º e 2º estágios separados
  • 00:04:05 ignição dos motores do segundo estágio (SES)
  • 00:04:22 liberação da carenagem
  • 00:06:32 Início da ignição da reentrada dos boosters
  • 00:06:44 Fim da ignição de reentrada dos ‘booster’s
  • 00:07:42 Início da ignição da aterrissagem dos ‘booster’s
  • 00:08:00 Aterrissagem dos ‘booster’s
Foguete Falcon Heavy sendo preparado nas oficina
Falcon Heavy desta missão. O ‘core’ de primeiro estágio não tem trem de aterrissagem e não dispõe de aletas de grade, uma vez que será descartado no oceano

O Falcon Heavy deveria ter voltado ao serviço em junho de 2022, quando o foguete estava prestes a ser montado, mas a NASA anunciou no final daquele mês que o Jet Propulsion Laboratory e o fornecedor Maxar não conseguiram terminar o software de qualificação de sua espaçonave Psyche. Projetada para entrar em órbita ao redor do asteroide 16 Psyche, a trajetória necessária para alcançá-lo restringiu a missão a uma janela de lançamento em algum momento entre agosto e outubro. Quando o JPL e a Maxar não conseguiram testar adequadamente o software a tempo para essa janela, foram forçados a parar e esperar até a próxima janela mais próxima, em julho de 2023. Isso deixou o foguete com mais três cargas úteis possíveis para 2022, mas todos os três estavam cronicamente atrasados. No entanto, a carga útil mais atrasada acabou por ser preparada, abrindo uma oportunidade de lançamento em 2022.

A SpaceX, como parte dos preparativos de adaptação das instalações de lançamento, converteu o transportador/eretor móvel (T/E) da plataforma 39A, que estava previamente configurada para modelos Falcon 9.

[*] – ESPA significa EELV Secondary Payload Adapter – EELV é a sigla para Foguete Evoluido Descartável. O conceito de EELV foi implementado pelos amercianos para simbolizar os foguetes descartáveis desenvolvidos nos anos 90 em diante para cargas comerciais e militares com tecnologia avançada e com abordagem comercial.

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SpaceX: Falcon Heavy lança hoje mais satélites militares americanos

FH de ‘core’ não recuperável lançará a USSF-67

O Comando de Sistemas Espaciais (SSC) anunciou que a próxima missão da Força Espacial dos EUA está programada para decolar hoje, 14 de janeiro de 2023, do Complexo de Lançamento 39A do Kennedy Space Center às 17h55 ET (22h55 UTC, 19:55 de Brasília), usando o foguete Falcon Heavy n° 5 da SpaceX. A missão, formalmente intitulada USSF-67, será a quinta do Falcon Heavy e a segunda do National Security Space Launch (NSSL) para este tipo de foguete. É composta por dois satélites: o Continuous Broadcast Augmenting SATCOM – satelite de comunicações de Aumento de Transmissão Contínua (CBAS-2, fabricado pela Boeing) e um anel ESPA Propulsivo de Longa Duração, uma rebocador que pode transportar até seis pequenos satélites. Uma oportunidade de reserva no domingo, 15, às 17h56 ET (22h56 UTC 19:56 de Brasília) – a previsão do tempo favorável na Flórida para 14 de janeiro é de 80-90%, e para o dia 15, acima de 90%.

Resumo do lançamento

O foguete é composto pelo ‘core’ central B1070, novo, e os dois ‘booster’s auxiliares reutilizados, os B1064.2 e B1065.2. O primeiro dos ‘booster’s pousará em solo, na LZ-1 no Cabo e o B1065 na LZ-2; já o core será destruído no oceano após a separação. Pois esgotará todo o propelente para dar impulso suficiente para acelear o segundo estágio e os satélites para a órbita inicial. O Falcon Heavy seguirá para o leste do Centro Espacial Kennedy para iniciar a ascensão de aproximadamente seis horas à órbita geossíncrona, onde o foguete liberará suas cargas em tandem, uma de cada vez, a mais de 36.000 quilômetros sobre o equador, após a entrada em uma órbita inicial de 300 km x 35.800 km. O foguete subirá pelos cinturões de radiação de Van Allen para atingir a altitude de injeção orbital alvo da missão onde completará seu terceiro e último disparo do motor antes da separação da carga útil. O motor do estágio superior terminará a tarefa de manobrar em órbita geossíncrona. Espera-se que o estágio acione seu motor três vezes, com uma parada de aproximadamente seis horas entre a segunda e a terceira ignição.

Os foguetes laterais serão separados do estágio central em cerca de dois minutos e meio de voo. Os dois ‘boosters’ vão virar para voar com a cauda para a frente e, em seguida, reacender tres de seus motores para os impulsionarem de volta ao Cabo Canaveral. Os foguetes farão pousos quase simultâneos nas zonas de recuperação da SpaceX na Estação da Força Espacial cerca de oito minutos após a decolagem. O estágio principal, que desacelerará seus motores para a primeiro fase do voo, funcionará mais quatro minutos antes de cair no Atlântico.

O Falcon Heavy desta missão será formado pelos ‘cores’ B1070 e B1064/B1065

A área de risco de falha da ignição de ‘boostback’ (a fase em que o ‘booster’ desacelera e volta para a Flórida) foi delimitada a cerca de 365 km à jusante, e área de queda do ‘core’ e das conchas da carenagem de cabeça ficam a cerca de 1.430 km de da costa. Caso o lançamento seja feito hoje, é possível que o barco de apoio ‘Doug‘ não faça o resgate da coifa na água por conta das ondas na região de queda; caso haja adiamento para amanhã, prevê-se ondas mais suaves e as conchas poderão ser capturadas.

“Esta é uma missão complexa e representa o que é o acesso garantido ao espaço e é por isso que estamos tão entusiasmados com este próximo lançamento, nosso segundo Falcon Heavy em apenas alguns meses”, disse o major-general Stephen Purdy, do programa da Força Espacial executivo pelo acesso garantido ao espaço.

Zonas de exclusão para a manobra de boostbak dos boosters
Zonas de exclusão para a queda dos boosters e do ‘core’

Satélites a serem lançados

A espaçonave avançada CBAS -2 é destinada à órbita geossíncrona para oferecer retransmissão de comunicações em apoio aos líderes seniores e comandantes combatentes. A missão é aumentar as capacidades existentes de comunicação por satélite militar e transmitir continuamente dados militares através de links de retransmissão de satélite baseados no espaço.
A segunda espaçonave, a ESPA [*] Propulsada de Longa Duração (LDPE -3A), será usada para colocar cargas múltiplas e diversas em órbita e oferecer dados para informar e influenciar futuros programas da Força Espacial dos EUA. Esta missão inclui duas cargas tipo SSC: o Catcher e WASSAT, e três cargas desenvolvidas pelo Space Rapid Capabilities Office (SRCO). As cargas do SRCO incluem dois protótipos operacionais para maior consciência situacional e uma carga útil de criptografia/interface de criptografia de protótipo operacional que oferece capacidade segura de comunicação espaço-terra. A espaçonave LDPE continuará a dar acesso ao espaço para vários experimentos de demonstração de experimentos e Tecnologia (C&T) do departamento de defesa, DoD. Será o terceiro lançamento desta versão do anel ESPA projetado pela Northrop Grumman. O primeiro foi em dezembro de 2021 em uma missão do Programa de Testes Espaciais STP-3 a bordo de um Atlas 5. O segundo foi o do USSF-44 em 2022, e marcou o primeiro lançamento de segurança nacional do Falcon Heavy..
O Catcher, construído pela da Aerospace Corporation, é um protótipo de sensor para oferecer insights de conscientização do domínio do espaço local, disse a Aerospace Corporation. Ele é baseado em um instrumento anterior desenvolvido pela Aerospace Corporation chamado Energetic Charged Particle-Lite, ou ECP-Lite, para demonstrar uma nova tecnologia miniaturizada que pode diagnosticar efeitos adversos de radiação, partículas carregadas e outros eventos climáticos espaciais em espaçonaves em órbita.
De acordo com o Sandia National Laboratories, o seu WASSAT é um protótipo de sensor de área ampla composto por quatro câmeras para procurar e rastrear outras espaçonaves e detritos espaciais em órbita geossíncrona, onde operam satélites de comunicação, detecção de mísseis, coleta de informações e monitoramento do clima.
O Comando de Sistemas Espaciais disse que o LDPE-3A foi construído num chassi ESPAStar, que é semelhante a um anel ESPA, mas com propulsão, eletricidade e aviônicos adicionais para que possa operar como um satélite independente. O LDPE oferece um caminho acessível para o espaço para cargas úteis hospedadas e separáveis.

Foguete sendo transportado para a platafoma 39A

Programa NSSL

Este lançamento do Falcon Heavy será o primeiro do programa NSSL este ano e o primeiro da SpaceX do contrato NSSL Fase 2. Os contratos do estágio 2 usam contratos e preços semelhantes aos comerciais, economizando significativamente o dinheiro dos contribuintes enquanto oferecem estabilidade à base da indústria, contribuindo para práticas de compra mais eficientes, bem como flexibilidade manifesta que beneficia tanto o governo quanto os clientes comerciais.
Uma inovação desenvolvida pela SpaceX e adotada pela Força Espacial dos EUA é a reutilização dos ‘booster’s. Os propelentes laterais do USSF-67 foram os mesmos usados para o USSF-44, lançado da Costa Leste em 1º de novembro do ano passado. Segundo a SpaceX, a eficiência obtida com a reutilização beneficia os clientes, adicionando flexibilidade a uma fila de lançamento dinâmica e economia de custos.

Space Systems Command

O Comando de Sistemas Espaciais é o comando de campo da Força Espacial dos EUA responsável por adquirir e oferecer capacidades de combate de guerra resilientes para proteger a vantagem estratégica de nossa nação dentro e fora do espaço. O SSC administra um orçamento de aquisição espacial de US$ 11 bilhões para o Departamento de Defesa e trabalha em parceria com forças conjuntas, indústria, agências governamentais, organizações acadêmicas e aliadas para acelerar a inovação e superar o que os militares americanos chamam de ameaças emergentes.

Falcon Heavy

Foguete Falcon Heavy separado nos componentes principais

A SpaceX estreou o foguete Falcon Heavy em um voo de teste em 6 de fevereiro de 2018, que enviou o Tesla Roadster de elon Musk ao espaço interplanetário. Duas missões voaram em 11 de abril de 2019 e 25 de junho de 2019 e colocaram em órbita um satélite comercial de comunicações Arabsat e 24 espaçonaves militares e da NASA, respectivamente. O próximo lançamento não decolou até três anos e meio depois, após atrasos na espaçonave designada. A missão USSF-44 de 1º de novembro foi o primeiro lançamento da SpaceX a estender cargas úteis diretamente na órbita geossíncrona. O perfil da missão de seis horas exigia que se fizesse algumas alterações no foguete, incluindo a adição de tinta cinza na parte externa do tanque de querosene do estágio superior para ajudar a garantir que o combustível não congelasse enquanto o foguete desacelerasse no ambiente frio de espaço. A mesma faixa de tinta cinza está no estágio superior deste Falcon Heavy para a missão USSF-67. A SpaceX e a Força Espacial concordaram em reformar e reutilizar os propelentes laterais das missões USSF-44 e USSF-67 para o próximo lançamento do Falcon Heavy para os militares. Esse lançamento, chamado USSF-52, está programado para decolar não antes de abril.

Modificações no foguete para missões prolongadas

O segundo estágio do Falcon Heavy terá com uma faixa cinza como parte do chamado MEK (Mission Extension Kit, kit de extensão de missão) para permitir que mais calor da luz solar seja absorvido para aquecer o tanque de querosene RP-1 durante o longo período de inércia para aquecer o combustível contido naquela parte do foguete. Quando fica muito frio, o querosene – que congela a uma temperatura muito mais alta do que o oxigênio líquido, e torna-se viscoso. Se ingerido, o combustível demasiadamente denso provavelmente impediria a ignição ou destruiria o motor. O pacote também possui um número maior de vasos de pressão revestidos com compósito (COPVs) para controle de pressurização e ampolas extras de TEA-TEB adicional para várias reignições do motor Merlin Vac D do segundo estágio. Espera-se que o Falcon Heavy coloque os satélites na órbita geossíncrona por meio de várias ignições. O perfil de voo do estágio superior incluirá um costeamento com duração de mais de cinco horas entre as ignições, tornando a missão um dos lançamentos mais exigentes da SpaceX até agora.

Numa das missões do Falcon Heavy, o estágio superior completou quatro ignições ao longo de três horas e meia em um voo de demonstração patrocinado pela Força Aérea. As complexas manobras orbitais durante a missão de junho de 2019 para o Programa de Testes Espaciais foram necessárias para colocar 24 satélites em três órbitas distintas. Eles também exerceram as capacidades do foguete e seu motor de estágio superior Merlin antes que os militares confiassem ao lançador cargas úteis de segurança nacional operacionais mais importantes e mais caras em voos futuros.

Foguete chega à plataforma para ser instalado junto com a mesa no ponto de decolagem – foto Michael Baylor

Contagem regressiva

hh/mm/ss Evento

  • 00:53:00 Diretor de lançamento da SpaceX verifica o abastecimento de propelente
  • 00:50:00 1º estágio e ‘booster’s laterais RP-1 (querosene grau foguete) são abastecidos
  • 00:45:00 O abastecimento do 1º estágio e dos ‘booster’s laterais com LOX é regulado
  • 00:35:00 Abastecimento do 2º estágio com RP-1 (querosene de foguete) começa
  • 00:18:30 O abastecimento do LOX do 2º estágio começa
  • 00:07:00 Falcon Heavy inicia o resfriamento dos motores ( chilldown )
  • 00:00:59 Computador faz as verificações finais de pré-lançamento
  • 00:00:45 O Diretor de lançamento verifica a prontidão
  • 00:00:20 Tanques de propelente pressurizados para voo
  • 00:00:06 O controlador comanda a sequência de ignição para decolagem
  • 00:00:00 Decolagem do Falcon Heavy
Perfil de lançamento

Lançamento, aterrissagem e liberação da carga útil

Todos os tempos são aproximados

hh/mm/ss Evento

  • 00:01:11 Max Q (momento de máximo de estresse mecânico no foguete)
  • 00:02:24 Corte dos motores dos boosters laterais (BECO)
  • 00:02:28 ‘booster’s laterais separados
  • 00:02:45 Começam as queimas de ‘boostback’ dos ‘booster’s laterais
  • 00:03:53 Os ‘booster’s desligam
  • 00:03:54 Corte dos motores principais do 1º estágio (MECO)
  • 00:03:58 core central e 2º estágios separados
  • 00:04:04 Ignição do motor do 2º estágio
  • 00:04:18 Liberação da carenagem
  • 00:06:48 Começam as ignições de reentrada dos ‘booster’s laterais
  • 00:07:03 Ignições de entrada ‘‘booster’’s concluídas
  • 00:08:00 Começam as ignições de aterrissagem dos ‘booster’s
  • 00:08:11 Pouso boosters
Foguete Falcon Heavy sendo preparado nas oficina
Falcon Heavy desta missão. O ‘core’ de primeiro estágio não tem trem de aterrissagem e não dispõe de aletas de grade, uma vez que será descartado no oceano

O Falcon Heavy deveria ter voltado ao serviço em junho de 2022, quando o foguete estava prestes a ser montado, mas a NASA anunciou no final daquele mês que o Jet Propulsion Laboratory e o fornecedor Maxar não conseguiram terminar o software de qualificação de sua espaçonave Psyche. Projetada para entrar em órbita ao redor do asteroide 16 Psyche, a trajetória necessária para alcançá-lo restringiu a missão a uma janela de lançamento em algum momento entre agosto e outubro. Quando o JPL e a Maxar não conseguiram testar adequadamente o software a tempo para essa janela, foram forçados a parar e esperar até a próxima janela mais próxima, em julho de 2023. Isso deixou o foguete com mais três cargas úteis possíveis para 2022, mas todos os três estavam cronicamente atrasados. No entanto, a carga útil mais atrasada acabou por ser preparada, abrindo uma oportunidade de lançamento em 2022.

A SpaceX, como parte dos preparativos de adaptação das instalações de lançamento, converteu o transportador/eretor móvel (T/E) da plataforma 39A, que estava previamente configurada para modelos Falcon 9.

[*] – ESPA significa EELV Secondary Payload Adapter – EELV é a sigla para Foguete Evoluido Descartável. O conceito de EELV foi implementado pelos amercianos para simbolizar os foguetes descartáveis desenvolvidos nos anos 90 em diante para cargas comerciais e militares com tecnologia avançada e com abordagem comercial.

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China lança mais três satélites

Yaogan 37 , Shijian 22A e 22B entraram em órbita hoje

Longa Marcha 2D decola de Jiuquan

Um foguete Longa Marcha 2D lançou com sucesso o satélite de Sensoriamento Remoto 37 (YaoGan-37) e mais dois Shijian às 15:00 locais (07:00 UTC) do dia 13 de janeiro de 2023, a partir do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan. Posteriormente, o foguete colocou com sucesso o Yaogan e mais dois pequenos satélites para a órbita predeterminada, e a missão de lançamento foi um sucesso . O YaoGan-37 (Yáogǎn Sānshí Qī 37) será usado para testes de verificação em órbita de novas tecnologias, como monitoramento do ambiente espacial.

O foguete CZ-2D e Yaogan 37 foram desenvolvidos pela CASC. Quanto aos dois outros pequenos satélites lançados, o Shiyan 22A (Shìyàn Ershí’èr Hào A) foi desenvolvida pela CASC e o Shiyan 22B (Shìyàn Ershí’èr Hào B) pela Academia Chinesa de Ciências, respectivamente. A nave “A” será usada principalmente para censo nacional de terras, áreas como planejamento urbano e prevenção e mitigação de desastres; já a “B” principalmente para detecção de neblina, monitoramento de poluição da água, observação de desenvolvimento da agricultura e censo de recursos terrestres, entre outros campos.

Anteriormente os SJ-20A e 20B haviam sido citados como tendo sido lançados pelo foguete Longa Marcha 7A que colocou no espaço o SJ-23.

Este foi o 461º lançamento da série Longa Marcha de veículos lançadores, em suas várias versões.

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China lança o ‘APStar 6E’ para serviços de telecomunicação

País investe em satélites de baixo custo com o chassi DFH-3E

Longa Marcha 2C de 244 toneladas decola de Xichang

A China lançou com sucesso o satélite Ásia-Pacífico APStar 6E às 02:10 de 13 de janeiro de 2023 (18:10 UTC no dia 12), usando o foguete Longa Marcha 2C número Y61 (CZ-2C), que decolou da plataforma LC-3 do Xichang Satellite Launch Center. O satélite proverá serviços de comunicação de banda larga e de alta velocidade para o Sudeste Asiático, preenchendo uma lacuna no mercado de comunicação de banda larga na região, com vinte e cinco feixes pontuais de banda Ku e três feixes de gateway. A capacidade total de comunicação é superior a 30 Gbps. O satélite tem massa de 4.300 kg incluindo o estágio propulsor (2.090kg do satélite e o módulo de propulsão com 2.210kg). O conjunto foi colocado numa órbita inicial de 200 km x 500 km com inclinação de 28,5°.

Satélite na oficina de checagem e montagem

O APStar 6E foi construído sobre um chassi de classe de 1,3 tonelada, o DFH-3E da CAST (leve a médio para os padrões de satélites de seu tipo), tem dois painéis de grande envergadura ( 18,10 metros) para alimentar seus transponders e o motor elétrico; tem uma vida útil de 15 anos. O DFH-3E serve para atender a demandas de satélites de comunicação geoestacionários de baixo custo de países em desenvolvimento. O estágio orbital fará a inserção na transferencia GTO (um processo que pode levar 10 horas e meia) e a partir daí o satélite levará dez meses para alcançar a posição geoestacionária em 134° leste usando seu motor elétrico.

Satélite e o motor de transferência GTO

Enquanto firmas concorrentes como Astranis e Saturn estão construindo pequenos satelites estacionarios com algumas centenas de quilos, o DFH-3E tem tamanho mais próximo de um satélite regular, mas com propulsão elétrica e uma carga útil menor. De acordo com fontes oficiais chinesas o DFH-3E pode chegar a uma massa de lançamento de 3.200kg, que é 60% do tamanho de um satélite GEO padrão; porém o satélite Apstar-6E com 1.300 kg, se adequa à capacidade do CZ-2C em transferencia geoestacionária. O custo total do satélite e do lançamento está em torno de US$ 137,59 milhões, com entrega prevista para 31 de agosto de 2023. O satélite tem capacidade HTS de banda Ku, o que deve permitir aumentar a capacidade do recém-lançado Apstar-6D, que também usa HTS de banda Ku.

Este foi o 460º lançamento de um foguete com nome “Longa Marcha” de veículos lançadores, somando todas as suas versões.

CZ-2C Y61 na mesa de disparo

APStar

O APStar 6E é equipado com capacidades de alto desempenho HTS de banda Ku

A APT Satellite Company Ltd. (AP Satellite Co. ou APSTAR) é uma subsidiária integral da APT Satellite Holdings Ltd, empresa listada na Bolsa de Valores de Hong Kong, sendo uma operadora de satélite na região da Ásia-Pacífico. A APSTAR atualmente possui e opera cinco satélites em órbita: APSTAR-5C, APSTAR-6C, APSTAR-7, APSTAR-9A e APSTAR-6D, cobrindo regiões na Ásia, Europa, África, Austrália e ilhas do Pacífico que contêm aproximadamente 75% da a população mundial. A empresa também está alugando capacidades do Chinasat-12 (APSTAR-7B) da operadora ChinaSat. A APSTAR é uma operadora em rápido crescimento com sede em Hong Kong. A APT Satellite registrou uma receita de 1,24 bilhão de dólares de Hong Kong (160 milhões de dólares) em 2018, um aumento de 2,5% em relação ao ano anterior. A empresa tem dois concorrentes regionais, AsiaSat, uma operadora de satélite baseada em Hong Kong e Thaicom, operadora de satélite baseada na Tailândia.

O DFH-3E tem painéis solares alongados para aumentar a conversão de energia

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‘RS-1’ da ABL explode no voo inaugural

Empresa americana esperava colocar dois satélites em órbita em seu voo inaugural

O foguete decolou às 23:27:31 UTC da LP-3C do Pacific Spaceport Complex na Ilha Kodiak

A tentativa de lançar o foguete RS1 da ABL Space Systems em seu voo de teste terminou em avaria catastrófica ontem, 10 de janeiro de 2023 às 23:27:31 UTC. O curto voo de alguns segundos resultou na destruição do veículo e de parte da infraestrutura no espaçoporto Kodiak no Alasca. Após a ignição e decolagem, os motores E2 do primeiro estágio pararam de funcionar e perderam empuxo, fazendo que com o míssil de 27 metros caísse sobre a área LP-3C e se destruísse numa explosão. A campanha de lançamento “DEMO-1” recebeu a designação P-139A. O foguete carregava um par de satélites de demonstração de tecnologia VariSat projetados para prover comunicações de dados marítimos de alta frequência – os VariSat 1A e 1B, de 11 kg cada – e que completariam uma rede de três satélites operada pela VariSat LLC, dos quais o VariSat 1C já está em órbita desde em maio do ano passado. A órbita-alvo seria de 200 km x 350 km, inclinada em 87°.

Segundo a ABL, “… a infraestrutura de lançamento ficou danificada, mas o pessoal técnico está seguro”. “Marcaremos o próximo voo assim que o experimento for concluída. Obrigado a todas as partes interessadas e à comunidade espacial pelo apoio”.

A ABL inicialmente tentou lançar o foguete em meados de novembro, mas experimentou vários abortos durante a janela de uma semana. Outra tentativa foi cancelada em 8 de dezembro, no segundo dia da próxima janela de lançamento, após o trailer de controle receber dados anormais da telemetria por cabo de fibra óptica. A campanha de lançamento foi interrompida 9 de janeiro para os reparos, depois atrasou a decolagem por mais um dia devido ao clima.

A empresa americana assinou um contrato para dois satélites da L2 Aerospace previsto originalmente para acontecer na primavera de 2021. Eles seriam usados ​​para testar novas tecnologias e eventos de treinamento.

O foguete

O RS1 é um pequeno veículo de lançamento capaz de colocar até 1.350 kg de carga na órbita baixa e que está no estágio final de desenvolvimento. Tem dois estágios, e o corpo principal dos dois elementos é feito de liga de alumínio e seus motores E2 são impressos em 3D a partir de três partes.. Cada um deles usa motores E2: nove deles são instalados no primeiro estágio e um no segundo. Eles são alimentados por querosene RP-1 e oxigênio líquido (LOX). O estágio superior foi testado em outubro de 2020. Segundo o fabricante, o RS-1 tem como características distintivas a relativa simplicidade e baixo custo.

O foguete na mesa modular de lançamento, com os tanques e conteineres do sistema de suporte de solo ao fundo, na ilha Kodiak

O lançador tem 27 metros de comprimento e 1,8 m de diâmetro e está entre o Electron da Rocket Lab, que tem um lançamento estimado em US$ 7 milhões, e o Falcon 9 da SpaceX, que custa aproximadamente US$ 50 milhões. Também visa competir com os foguetes da Virgin Orbit, Relativity Space e Firefly Aerospace.

ABL Space Systems foi fundada em 2017 e sediada em El Segundo, Califórnia e atualmente conta com 105 funcionários e aproximadamente 8.000 m² de espaço em El Segundo, no condado de Los Angeles, além de instalações de teste na Edwards Air Force Base e no Spaceport America no Novo México: “Podemos construir um veículo de lançamento aproximadamente a cada 30 dias. São cerca de oito ou nove mísseis por ano”, disse o executivo financeiro da empresa, Dan Piemont. A empresa recebeu contratos no valor de US$ 44,5 milhões da Força Aérea dos Estados Unidos,bem como financiamento privado no valor de US$ 49 milhões.

Os satélites a bordo, Varisat 1A e 1B, pertenciam à OmniTeq, uma empresa com sede no Texas que planeja uma constelação aparelhos para oferecer serviços de comunicações marítimas. A missão também deveria demonstrar a ignição do OmniTeq Equalizer, um motor projetado para colocar um CubeSat em órbita em lançamentos cooperativos de pequenos satélites e compativel com vários tipos de foguetes.

resumo do lançamento

Cronograma da missão

  • T-00:02: Ignição dos motores do primeiro estágio
  • T+00:00: Decolagem
  • T+01:17: Mach 1 (foguete em regime supersônico)
  • T+01:35: Max-Q (pressão aerodinâmica máxima)
  • T+02:38: MECO (desligamento dos motores principais)
  • T+02:44: Separação do 1° estágio
  • T+02:46: Ignição do segundo estágio
  • T+03:14: Separação da carenagem de carga útil
  • T+09:46: SECO (corte do motor do segundo estágio)
  • T+12:31: Primeira separação de carga útil
  • T+14:10: Separação da segunda carga útil

O foguete

O foguete tem dois estágios e uma carenagem de cabeça em alumínio

O RS1 (de 27 metros de comprimento e 1,8 m de diâmetro) pode usar dois tipos de combustíveis, ou seja, querosene RP-1 ou querosene Jet-A, dos quais o último está disponível em aeródromos em todo o mundo – e um único oxidante, oxigênio líquido (LOX). O E2 é um motor com gerador a gás, produzindo 5.488 kgf (58,32 kiloNewtons) de empuxo, com nove unidades no primeiro estágio, totalizando 60.381,3 kgf (529,11 kN) de empuxo. O primeiro estágio é semelhante ao Falcon 9 da SpaceX, Electron da Rocket Lab e o Terran 1 da Relativity Space. O segundo estágio do RS1 usa uma única versão otimizada para vácuo do E2, produzindo 5.896,7 kgf (57,82 kN) de impulso. No voo de ontem, primeiro estágio funcionaria por cerca de dois minutos e meio, e depois deveria cair no Oceano Pacífico, dando lugar ao segundo estágio movido pelo único motor E2. A carenagem de cabeça do foguete seria descartada após mais de três minutos de vôo, e o motor desligaria quase 10 minutos após a decolagem. Se tudo corresse conforme o planejado, dois satélites da OmniTeq seriam ejetados a 12 e 14 minutos após o lançamento. A órbita-alvo teria um apogeu de 350 quilômetros, perigeu de 250 km e inclinação de 87,3 graus em relação ao equador. Após a liberação, como parte dos testes, estava prevista a reativação do segundo estágio para arredondar a órbita para 350 x 350 km.

A ABL produziu uma estrutura modular de sistema de suporte de solo que exige apenas uma pista concretada para nela dispor seus elementos de suporte ao foguete, como geradoes, condicionadores, tanques, sistemas de alimentação, telemetria, ligação umbilical, circuitos de gás e fluidos.

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Vazamento da Soyuz MS-22: Rússia decide lançar nave não tripulada para trazer cosmonautas

Soyuz MS-23 decola em fevereiro sem pilotos para acoplar à estação espacial

O radiador da Soyuz (parte branca no compatimento de propulsão e equipamentos) vazou devido a um impacto de partícula

O vazamento do radiador da nave espacial russa Soyuz MS-22, lançada em setembro passado, foi considerado um impedimento ao retorno seguro de sua tripulação à Terra pela agência espacial Roskosmos, e a próxima nave, Soyuz MS-23, será lançada sem tripulantes no dia 20 de fevereiro de 2023. Segundo o site russianspaceweb, esta nave servirá para trazer de volta à Terra os cosmonautas Sergey Prokopiev, Dmitry Petelin e astronauta da NASA Francisco Rubio.

Em 8 de janeiro a agência espacial prometeu tomar uma decisão sobre a situação no dia 11. Segundo relatos não-oficiais, a nave retornaria sem tripulação, enquanto a Soyuz MS-23 decolaria em fevereiro com um cosmonauta, Oleg Kononenko e a Soyuz MS-22 retornaria em modo não tripulado. Os outros dois assentos ficariam vazios para que os cosmonautas Prokopiev e Petelin pudessem retornar junto com Kononenko (seus colegas de tripulação Nikolai Chub e Loral O’Hara (americana) permaneceriam no solo para liberar assentos de retorno para os dois russos da Soyuz MS-22). O astronauta americano Rubio retornaria na nave Crew Dragon. Mas, para esse fim, a próxima nave americana voaria com três, não quatro, pessoas a bordo. O cosmonauta russo Andrey Fedyaev, que tinha assento reservado na nave dos EUA, teria que esperar pela próxima oportunidade. O assento permaneceria vazio e haveria apenas um traje espacial extra americano, que Rubio poderia usar para retornar à Terra na nave da SpaceX. Como resultado, os russos da tripulação do Soyuz MS-22 retornariam à Terra em um nave russa e os americanos em uma nave americana.

Mas no dia seguinte a agência russa negou que tal plano tivesse sido aprovado. De acordo com outras fontes, várias opções foram revisadas e o cenário preferido foi aprovado pela Comissão presidida pelo diretor da Roskosmos, Yuri Borisov, no dia seguinte.

Nave espacial Soyuz MS

Hoje, 11 de janeiro, a agência divulgou um vídeo de Borisov anunciando que o plano aprovado previa o lançamento da Soyuz MS-23 em 20 de fevereiro, em modo automatico para o eventual retorno de todos os três cosmonautas da MS-22 depois de um voo prolongado em mais seis meses. A Soyuz danificada aterrissaria vazia, porque foi considerada imprópria para transportar a tripulação “com base na análise da condição, simulações térmicas e documentação técnica”, segundo a declaração oficial. A Soyuz MS-22 seria usada para pousar com tripulação apenas em “circunstâncias especialmente críticas a bordo da ISS e mediante decisão separada da Comissão Estatal”, disse Borisov.

De acordo com o diretor, os representantes da NASA, que participaram da reunião do conselho na RKK Energia (fabricante da nave) no dia 10, concordaram e apoiaram o plano. Ele confirmou que o cenário envolvendo o lançamento da Soyuz MS-23 com apenas um homem foi avaliado, mas rejeitado devido ao tempo necessário para configurar o veículo, preparar a documentação e treinar o piloto, o que atrasaria o lançamento até o início de março. Os russos aproveitarão para usar a Soyuz MS-23 para transportar carga para a estação.

Borisov também afirmou que a investigação concluiu que um impacto de micrometeorito causou a violação. Segundo os cálculos, um buraco no compartimento de instrumentos da espaçonave pode ter sido causado por uma partícula de um milímetro que atingiu com uma velocidade de cerca de 7.000 metros por segundo. O diretor também afirmou que a possibilidade de um defeito de fabricação também foi avaliada, mas não foi confirmada.

Segundo o que se comenta, não é desejável que uma Soyuz MS voe no modo não-tripulado, pois o sistema de acoplamento automático Kurs pode sofrer panes – por isso, segundo eles, é necessário ter pelo menos um cosmonauta a bordo [*].

A nave Soyuz é composta por três compartimentos. O circuito do radiador está na parte branca do compartimento de montagem instrumentos PAO; O veículo de descida (ou cápsula) é a parte que retorna à Terra com a tripulação. O compartimento de habitação BO é usado para levar cargas, abrigar o banheiro e servir de área extra.

[*] – Apesar de terem ocorrido falhas ocasionais do sistema automático, sempre que uma nave Soyuz foi lançada para fazer uma acoplagem sem tripulantes, o resultado foi bem-sucedido (Kosmos 186/ 188, Kosmos 212/213, Soyuz 20, Soyuz 34, Soyuz T-1, Soyuz TM-1 e Soyuz MS-14; as três primeiras usaram o antigo sistema Igla, e as outras, o Kurs); Exceção feita à Soyuz 2, lançada sem tripulantes para se acoplar à Soyuz 3 tripulada por um cosmonauta – mas neste caso ela estava em modo passivo; a Soyuz MS-14 teve seu acoplamento adiado devido a um cabo solto dentro da estação espacial, e não por conta de defeito na nave (mais tarde, uma falha foi localizada no amplificador de sinal do sistema Kurs no compartimento Poisk da estação). Há quase quatro décadas, em 1979, a nave de transporte Soyuz 32, que estava acoplada na estação orbital Salyut 6 com os cosmonautas Vladimir Lyakhov e Valery Ryumin, foi considerada “insegura” para reentrada devido a uma possível falha do motor principal depois que a nave-visitante Soyuz 33 (com uma tripulação internacional soviético-búlgara) apresentou defeito no seu motor; A missão de visita seguinte (URSS-Hungria), foi cancelada e no seu lugar a nave Soyuz 34 foi enviada sem tripulação, com motores revisados, acoplada automaticamente à Salyut e finalmente trouxe Lyakhov e Ryumin de volta normalmente em agosto daquele ano após um recorde de 175 dias voo na Salyut 6. (A Soyuz 32, com os motores ‘suspeitos’, foi desacoplada em modo automatico e voltou à Terra desocupada, pousando normalmente).

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E-Book espaçonave Crew Dragon

E-book Balsas-drone da SpaceX

Nave cargueira da SpaceX volta à Terra

Cápsula da CRS-26 amerrissou no Golfo do México

Espaçonave Cargo Dragon

A nave espacial de carga reutilizável Cargo Dragon C211 SpX-26 (CRS-26) pousou na costa do estado norte-americano da Flórida, de acordo com a NASA. A espaçonave desacoplou com sucesso da Estação Espacial Internacional (ISS) e, após sair de órbita, pousou no mar na terça-feira, 11 de janeiro de 2023. A C211 desencaixou do módulo Harmony na segunda-feira, dia 9, às 17:05, horário da Costa Leste dos EUA (22:05 UTC, ou 19:05 horário de Brasília) e amerrissou no Golfo do México nas proximidades de Tampa, Flórida. A Cargo Dragon trouxe de volta cerca de duas toneladas de carga à Terra, incluindo os resultados de experimentos científicos. No total, a espaçonave, lançada em órbita em 26 de novembro do ano passado, permaneceu em voo por 43 dias, 9 horas e 26 minutos.

A espaçonave reutilizável Dragon é o único veículo não-tripulado que traz carga da órbita para a Terra. Ele faz seu pouso na água, o que torna as condições climáticas na área de amerrissagem cruciais para seu voo.

A Dragon transportou 3.528 kg no total (2.332 kg no compartimento pressurizado e 1.196 kg no porta-malas ‘trunk’ – correspondendo a dois painéis solares extensíveis tipo iROSA). Os paineis iROSA tem desenho de “lingua de sogra”, usando dois extensores cilindricos achatados que desenrolam os painéis flexíveis de modo similar ao brinquedo de festa infantil.

Manifesto de cargas transportadas

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SpaceX adia lançamento do Starlink Grupo 2-4

Foguete colocará 51 satélites em órbita

Perfil de decolagem e aterrissagem na balsa-drone OCISLY no oceano Pacífico

A SpaceX adiou o lançamento do seu Starlink Grupo 2-4 para amanhã, 12 de janeiro de 2023 às 03:48:10 UTC (00:48:10 de Brasília) com liberação dos satélites às 04:17:15.680 UTC, 01:17:15.680 Brasília. O adiamento foi devido às condições meteorológicas na área da Califórnia. O foguete-portador Falcon9 v1.2 FT Block 5 nº B1075.1 transportando ciquenta e um satélites para uma órbita baixa com inclinada em 70° decolará do Space Launch Complex 4 East (SLC-4E) na Vandenberg Space Force Base, na Califórnia.

Resumo do lançamento

O foguete deverá ter um peso de decolagem de 567.572 kg, e seu ‘core’ B1075 será usado pela primeira vez. Após a separação , o ‘core’ de primeiro estágio retornará à Terra e pousará na balsa-drone Of Course I Still Love You estacionada no Oceano Pacífico a cerca de 650 km do local de disparo, junto ao navio de apoio NRC Quest. As conchas da carenagem de cabeça serão recuperadas no mar. O segundo estágio reentrará no Oceano Pacífico.

Live do lançamento no Canal do Homem do Espaço

CONTAGEM REGRESSIVA
hh:min:ss

  • 00:00:00 Decolagem
  • 00:01:12 Max Q (momento de tensão mecânica máxima no foguete)
  • 00:02:26 Corte do motor principal do 1º estágio (MECO)
  • 00:02:30 Separação do segundo estágio
  • 00:02:36 ignição do motor do 2º estágio (SES-1)
  • 00:02:41 Separação de carenagem
  • 00:06:43 ignição de reentrada do 1º estágio
  • 00:07:03 Fim da queima de reentrada do 1º estágio
  • 00:08:19 Começa a ignição de aterrissagem do 1º estágio
  • 00:08:39 Corte do motor do 2º estágio (SECO-1)
  • 00:08:43 aterrissagem do ‘core’ de primeiro estágio
  • 00:29:00 Separação dos satélites Starlink
O foguete F9 B1075.1 deverá ter uma massa na decolagem de 567 t

Starlinks

O lote de satélites é denominado Group 2-4, e faz parte da “concha” (shell) 2; a órbita-alvo é circular, com 540 km, e os satélites serão primeiro liberados em grupo numa órbita inicia de 336 x 232 km, inclinada em 70 graus em relação ao equador.

Mais de dois mil satélites Starlink estão atualmente em órbita e funcionando, cerca de metade da rede planejada de primeira geração da SpaceX de 4.408 unidades. Os satélites serão distribuídos em cinco “conchas” orbitais diferentes em diferentes altitudes e inclinações, das quais a empresa pretende lançar até 42 mil unidades. A rede transmite sinais de internet de alta velocidade e baixa latência em todo o mundo, alcançando consumidores, comunidades carentes e outros usuários em potencial, como os militares dos EUA. A SpaceX diz que a rede já está disponível em 32 países.

Cada satélite Starlink v.15 com link de laser inter-satélite, tem massa de 307 kg

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SpaceX lançou seu segundo lote de Onewebs

Foguete decolou de Cabo Canaveral e colocou 40 satélites em órbita

Foguete decola de Cabo Canaveral
Falcon 9 tem capacidade de colocar 22,8 toneladas em órbita baixa, porém a carga da Oneweb para esta missão foi de 5.880 kg

O segundo lançamento de um lote de satélites OneWeb, o F16, pela SpaceX foi feito na de segunda para terça-feira, 9 para 10 de janeiro de 2023, com o foguete Falcon 9 v1.2 BL5 n° B1076.2 colocando quarenta satélites OneWeb Launch 16 em órbita a partir do Complexo de Lançamento Espacial 40 (SLC-40) na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. A decolagem ocorreu às 23h50 ET (04h50 UTC ou 01:50 hora de Brasilia de 10 de janeiro). Com 542 satélites agora em órbita, a OneWeb tem mais de 80% de sua constelação de primeira geração lançada. Com este lançamento, a OneWeb inicia sua campanha ‘Countdown to Global Connectivity’ marcando os lançamentos finais restantes para completar sua constelação de primeira geração que promete oferecer soluções de conectividade de alta velocidade e baixa latência. Cada satélite pesava 147 kg – levando a uma massa total de 5.880 kg.

O ‘core’ do primeiro estágio B1076.2 lançou anteriormente a nave de carga CRS-26 para a estação espacial internacional. Após a separação, este estágio pousou na Zona de aterrissagem 1 (LZ-1) na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral. A carenagem de cabeça seria recuperada no oceano pelo navio de apoio ‘Doug’.

Momento do descarte da carenagem

CONTAGEM REGRESSIVA

Todos os tempos são aproximados

  • 00:38:00 Diretor de lançamento aprova o abastecimento de propelente
  • 00:35:00 Começa o carregamento do RP-1 (refined petroleum one)
  • 00:35:00 O abastecimento de LOX (oxigênio líquido) do 1º estágio começa
  • 00:16:00 Carregamento de LOX de 2º estágio começa
  • 00:07:00 começa a resfriar o motor (chilldown)
  • 00:01:00 computador de vôo inicia as verificações finais de pré-lançamento
  • 00:01:00 A pressurização dos tanques para a pressão de vôo começa
  • 00:00:45 Diretor aprova o lançamento
  • 00:00:03 O controlador comanda a sequência de ignição para decolagem
  • 00:00:00 Decolagem do Falcon 9
Fase inicial de lançamento até as duas ignições do segundo estágio

LANÇAMENTO, ATERRISSAGEM E LIBERAÇÃO
hh:min:ss Evento

  • 00:01:12 Max Q (momento máximo de tensão mecânica no foguete)
  • 00:02:18 Corte dos motores principais do 1º estágio (MECO)
  • 00:02:21 Separação do segundo estágio
  • 00:02:28 Ignição do motor do 2º estágio
  • 00:02:34 começa a queima de boostback do 1º estágio
  • 00:03:21 Fim da queima de boostback
  • 00:03:34 Separação da carenagem
  • 00:06:20 ignição de reentrada do 1º estágio
  • 00:06:36 Fim da ignição de reentrada
  • 00:07:27 Início da queima de aterrissagem do 1º estágio
  • 00:07:56 aterrissagem na zona de pouso LZ-1
  • 00:08:32 Corte do motor de 2º estágio (SECO-1)
  • 00:55:14 Segunda ignição do motor do 2º estágio (SES-2)
  • 00:55:17 Corte do motor de 2º estágio (SECO-2)
  • 00:58:49 Liberação do primeiro e segundo satélites
  • 00:59:12 Liberação do terceiro e quarto satélite OneWeb
  • 01:00:13 Liberação do quinto e sexto satélites
  • 01:00:34 Liberação do sétimo e oitavo satélites
  • 01:01:05 Liberação do nono e décimo satélite
  • 01:02:40 Liberação dos 11º e 12º satélites
  • 01:04:27 Liberação dos 13º e 14º satélites
  • 01:14:21 Liberação dos 15º e 16º satélites
  • 01:14:37 Liberação do 17º satélite OneWeb
  • 01:15:40 Liberação dos 18º e 19º satélites
  • 01:17:29 Liberação dos 20º e 21º satélites
  • 01:18:00 Liberação dos 22º e 23º satélites
  • 01:19:13 Liberação dos 24º e 25º satélites
  • 01:19:52 Liberação dos 26º e 27º satélites
  • 01:29:39 Liberação dos 28º e 29º satélites
  • 01:30:41 Liberação do 30º satélite OneWeb
  • 01:31:05 Liberação dos 31º e 32º satélites
  • 01:32:10 Liberação do 33º satélite
  • 01:32:18 Liberação do 34º satélite
  • 01:33:13 Liberação do 35º e 36º satélites OneWeb

Uma rede global de comunicação

Satélite Oneweb

Cada veículo deve ter uma largura de banda de pelo menos oito gigabits por segundo para oferecer acesso à Internet para usuários de linhas fixas e plataformas móveis. Os satélites foram fabricados pela Airbus e devem operar em órbita 1.200 km acima da superfície da Terra por pelo menos sete anos.
A OneWeb entrou em 2022 esperando alcançar cobertura global em agosto. No entanto, a invasão da Ucrânia pela Rússia interrompeu os seis lançamentos do Soyuz com os quais a operadora de constelação de banda larga contava para completar sua constelação de 648 unidades este ano. “Com esses planos de lançamento, estamos a caminho de terminar de construir nossa frota completa de satélites e oferecer conectividade robusta, rápida e segura em todo o mundo”, disse o CEO da OneWeb, Neil Masterson, em comunicado por escrito.

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Virgin fracassa com “Start me Up” e perde nove satélites

Problema de pressurização colocou a empresa de Sir Richard Branson em ainda mais dificuldades

Cosmic Girl decola de Mojave

O primeiro lançamento de satélites por meio de avião e com contrato comercial do Reino Unido terminou em fracasso depois que o foguete LauncherOne da empresa americana Virgin Orbit não conseguiu colocar cinco satélites em órbita. O foguete deveria colocar os satélites numa órbita de 555 km com 97,6 graus de inclinação em órbita síncrona do Sol. Na missão “Start Me Up” da Virgin, a aeronave Boeing 747 “Cosmic Girl” decolou do Spaceport Cornwall, Reino Unido, em 9 de janeiro de 2023, às 22:02 UTC . O avião-portador viajou ao largo da costa da Irlanda a cerca de 9,6 km de altitude, depois liberou o foguete LauncherOne. O foguete LauncherOne foi disparado em um ponto designado sobre o Oceano Atlântico, na costa dos condados irlandeses de Cork e Kerry, a uma altitude de 10,5 km. O motor do primeiro estágio disparou quatro segundos após e funcionou pelos três minutos prescritos antes que o estágio se separasse. Posteriormente, o segundo estágio deveria se desprender após a fase propulsiva, mas isso não aconteceu. Em algum momento durante o disparo do motor de segundo estágio e viajando a uma velocidade de mais de 18.000 km/h, o sistema apresentou uma anomalia, encerrando a missão prematuramente. As razões exatas para o fracasso ainda não foram divulgadas – porém a julgar pela telemetria aberta na transmissao ao vivo, um dos sistemas de alimentação de propelente sofreu perda de pressão. Das cinco missões LauncherOne transportando cargas úteis para empresas privadas e agências governamentais, esta foi a segunda a não entregar suas cargas úteis à sua órbita alvo. A Virgin Orbit passa por dificuldades financeiras e o fracasso de ontem fez as ações da empresa caírem mais de 23 por cento nas bolsas de valores.

Emblema da missão

Entre os clientes com satélites a bordo estavam o Ministério da Defesa, o sultanato de Omã, o Escritório Nacional de Reconhecimento dos EUA e startups britânicas, incluindo a Space Forge, que está desenvolvendo satélites reutilizáveis. A Agência Espacial britânica disse que caberia à Virgin Orbit discutir a compensação pela perda dos satélites. O LauncheOne deveria colocar no espaço sete cargas úteis: os Prometheus-2, o AMAN (primeiro satélite de Omã), o CIRCE (Coordinated Ionospheric Reconstruction CubeSat Experiment Reconstrução Ionosférica Coordenada ), DOVER, ForgeStar-0, IOD-3 AMBER (também conhecido como IOD-3) e STORK-6. A missão Start Me Up foi anunciada como o início de uma nova era espacial para o Reino Unido.

O Cosmic Girl, pilotada pelo piloto de testes da RAF Sqn Ldr Matthew Stannard, decolou logo após as 22h e realizou um “movimento de barbatana” para limpar o gelo do LauncherOne sobre o Atlântico. Chegou ao seu destino ao sul da Irlanda e seguiu um padrão de “pista de corrida” em loop enquanto a tripulação esperava pela chamada final ‘go/no-go’. De volta à Cornualha, os espectadores fizeram uma dança “conga” em torno de uma réplica do foguete no perímetro do espaçoporto, enquanto até 75.000 pessoas assistiam a uma transmissão ao vivo do voo. Quando a chamada “go” ‘aprovado’ veio às 23h10, o LauncherOne foi lançado a 10.700 metros caindo por alguns segundos antes de acionar o motor e disparar para o sul, ganhando velocidade e altitude enquanto se dirigia para as Ilhas Canárias. O Boeing então desviou para afastar-se do foguete, enquanto espectadores na Cornualha, assistindo através de uma tela grande, gritaram enquanto o avião voltava para o Reino Unido. O avião já havia voltado para Newquay, onde ainda estavam estacionados vários milhares de residentes que viajaram para a Cornualha especificamente para observar o momento histórico para o Reino Unido. O primeiro satélite britânico, na verdade, foi lançado em 1967 – o Prospero – por um foguete Black Arrow, disparado da base de Woomera na Australia.

“Parece que encontramos uma anomalia que nos impediu de alcançar a órbita. Estamos avaliando as informações”, disse a empresa em um comunicado no Twitter. A Virgin Orbit acrescentou que removeu uma postagem publicada anteriormente sobre um lançamento bem-sucedido do LauncherOne. Sob gritos e aplausos de uma multidão que se reuniu no Spaceport Cornwall para assistir ao lançamento, o Boeing 747 convertido decolou na noite de segunda-feira e cruzou o Atlântico. Ele lançou com sucesso seu foguete, carregando os satélites na costa sul da Irlanda. Mas pouco depois a Virgin Orbit anunciou que houve “uma anomalia” e que o foguete não conseguira atingir a altitude necessária. O foguete e os satélites foram perdidos, mas a Agência Espacial do Reino Unido insistiu que eles não representavam perigo e que deveriam queimar ou se desintegrar sobre Atlântico Norte. Matt Archer, diretor de voos espaciais comerciais da Agência Espacial do Reino Unido, disse estar extremamente desapontado com o fracasso da missão – mas ainda satisfeito com o fato de o primeiro lançamento comercial de satélites da Europa ter ocorrido em solo britânico. Ele disse que a primeira parte do lançamento correu bem, mas o segundo estágio falhou e não atingiu a altitude e a órbita necessárias. “Não sabemos o que causou a anomalia, mas conseguimos um lançamento”, disse ele. “Muitos pontos positivos foram alcançados. O espaço é difícil. Sabíamos que isso corria o risco de falhar. Lançamentos nem sempre funcionam. Criamos aqui as condições para o lançamento. Mostramos que podemos fazer isso e vamos tentar fazer isso de novo”

Archer confirmou que o foguete e os satélites foram perdidos. Ele disse que a trajetória sugeria que não haveria risco para as pessoas. “A trajetória o coloca sobre os principais corpos de água, por isso é totalmente seguro”, disse ele. A Agência Espacial estava orgulhosa com a perspectiva do Reino Unido lançar os primeiros satélites na Europa em modo comercial, por um foguete de lançamento por avião. Archer insistiu: “Lançamos. Existem muitos aspectos positivos. Vamos levar isso adiante.”

O LauncherOne fez uma manobra de rolagem em torno do eixo longitudinal para controle térmico. Os satélites deveriam ser liberados do LauncherOne cerca de uma hora depois. A Virgin Orbit inicialmente twittou: “LauncherOne … alcançou com sucesso a órbita da Terra! Nossa missão ainda não acabou, mas nossos parabéns ao povo do Reino Unido! Esta já é a primeira missão orbital de solo britânico – uma enorme conquista.” Vinte e oito minutos depois, corrigou : “Parece que temos uma anomalia que nos impediu de atingir a órbita. Estamos avaliando as informações.” E removeu o tweet anterior.

Melissa Thorpe, chefe do Spaceport Cornwall, expressou desapontamento, mas acrescentou: “Somos uma equipe resiliente. Esta não é a primeira vez que fomos nocauteados, mas esta é definitivamente a maior. Vamos levantar e vamos de novo. “É absolutamente devastador, e colocamos nossos corações e alma nisso. Da próxima vez que formos, será ainda melhor.” O astronauta britânico Tim Peake twittou: “Tão decepcionante – mas chegar ao espaço é difícil e lições valiosas serão aprendidas”. Dan Hart, CEO da Virgin Orbit, disse: “Embora estejamos muito orgulhosos das muitas coisas que alcançamos com sucesso como parte desta missão, estamos cientes de que falhamos em fornecer aos nossos clientes o serviço de lançamento que eles merecem. A natureza inicial desta missão adicionou camadas de complexidade que nossa equipe administrou profissionalmente; no entanto, no final, uma falha técnica parece ter nos impedido de entregar a órbita final. Trabalharemos incansavelmente para entender a natureza da falha, tomar ações corretivas e retornar à órbita assim que concluirmos uma investigação completa e um processo de garantia da missão”.

O espaçoporto de Cornwall

Cosmic Girl decola de Mojave

O Spaceport Cornwall – que apenas algumas semanas atrás foi transformada de uma mera laje de cimento vazia em um aeroporto comercial para o mais novo centro de operações de lançamento espacial do mundo. O espaçoporto recebeu há cerca de um ano a licença para o primeiro lançamento de um satélite em órbita no país. O anúncio foi feito pela Civil Aviation Authority do Reino Unido (Civil Aviation Authority, CAA). O diretor da CAA, Richard Moriarty, chamou isso de “um marco importante que permitirá ao reino se tornar uma das principais potências espaciais”. O governo britânico planeja construir mais seis locais para lançamento de espaçonaves no país. De acordo com especialistas, os lançamentos espaciais trarão à economia £ 3,8 bilhões (US$ 4,3 bilhões) e gerarão 47.000 empregos.

Os satélites perdidos

Prometeus

Os Prometheus 2A e 2B (dois CubeSat 6U que seriam uma plataforma de teste para monitorar sinais de rádio, incluindo GPS e imagens sofisticadas) . Construídospela In-Space Missions Ltd, com sede em Hampshire, e projetados com a Airbus Defence and Space, os Prometheus-2 eram uma colaboração entre o Ministério da Defesa do Reino Unido e parceiros internacionais, incluindo o National Reconnaissance Office (NRO) dos EUA.

IDO AMBER

O IOD-AMBER ou IOD 3 era um CubeSat 6U- britânico que transportava uma carga experimental para a Horizon Technologies. A carga AMBER seria capaz de localizar e rastrear embarcações em todo o mundo captando suas emissões de RF usando o pacote de sensor de detecção de telefone por satélite L-Band derivado do sistema FlyingFish™ da Horizon Technologies, combinado com sensores X e de banda S e um receptor AIS para detectar, localizar geograficamente e correlacionar esses sinais com a presença de sinalizadores AIS.

ForgeStar-0

O ForgeStar-0, um pequeno satélite da Space Forge seria o primeiro desenvolvido no País de Gales e tinha como objetivo desenvolver ainda mais as tecnologias e técnicas para fabricação dedicada no espaço, juntamente com testes de retorno confiáveis, o satélite permitiria o estudo de microgravidade, vácuo e temperatura, para criar produtos impossíveis de fabricar na Terra.

O AMAN, primeiro satélite de Omã, era um CubeSat 3U e foi desenvolvido após um memorando de entendimento entre o Sultanato de Omã, o fabricante e operador polonês de pequenos satélites SatRev, os especialistas em análise de dados de IA da Polônia TUATARA e o inovador de tecnologia de fusão de Omã ETCO. O acordo inclui pequenos satélites planejados adicionais, incluindo este.

CIRCE

Os CIRCE 1 e 2 tinham cargas úteis fornecidas pela academia e indústria do Reino Unido: O Mullard Space Science Laboratory (UCL/MSSL) da University College London contribui com o Espectrômetro de Massa Neutra e Iônica (INMS). O objetivo era melhorar a compreensão da variabilidade do arrasto atmosférico, a química da termosfera e o impacto do clima espacial na atmosfera superior. A Surrey Satellite Technology Ltd (SSTL)/Universidade de Surrey contribui com a carga útil de monitoramento de radiação RadMon. A Universidade de Bath contribui com a tomografia assistida por computador da ionosfera TOPside (TOPCAT II), um receptor GPS de banda tripla que mede o atraso de propagação do sinal para mapear a ionosfera.
A carga útil dos EUA consistia em dois instrumentos idênticos em cada satélite: TRI-TIP (Tiny Ionospheric Photometer): A região F da ionosfera, ocupando altitudes de ~ 150 a 500 km, emite vários comprimentos de onda discretos de luz ultravioleta distante (FUV). Observar essas emissões de sensores baseados no espaço é ideal, pois a atmosfera inferior da Terra absorve completamente os comprimentos de onda FUV, evitando assim que qualquer luz de fundo da superfície interfira nas observações. Essas emissões de FUV são conhecidas como “brilho noturno” e são frequentemente usadas para observar e caracterizar a ionosfera.

DOVER

O DOVER era um CubeSat 3U britânico projetado pela Open Cosmos e operado pelo RHEA Group como um pioneiro para soluções resilientes de posicionamento, navegação e temporização (PNT) baseadas em GNSS. Transmitiria um novo sinal, especialmente projetado por engenheiros da RHEA, para fornecer dados do espaço que podessem ser usados ​​no solo para obter uma posição ou um tempo preciso. Ele transmitiria esses sinais para que seu desempenho pudesse ser testado como parte do projeto de pesquisa. A DOVER forneceria resultados de pesquisa para uma forma de onda desenvolvida por engenheiros do RHEA que seria usado pela equipe do RHEA para confirmar o desempenho de uma solução para resiliência de serviços PNT baseados em GNSS.

STORK

O STORK faria parte de uma constelação polonesa de Cubesat para observação da Terra e teste de tecnologia construída pela SatRelvolution. O STORK 3U CubeSats apresenta a camera Vision-300 com uma resolução terrestre de até 5 m. Os volumes restantes do satélite estavm disponíveis para hospedar cargas de tecnologia de outros clientes. A constelação STORK consistiria em 14 satélites.

A telemetria errática

Informações telemétricas no início do voo

O webcast da Virgin incluiu como sempre a reprodução da tela do software que acompanha a telemetria do foguete e mostra um grafico simulando o desempenho do foguete, com informações não-secretas para o público. Segundo essa tela, o voo transcorreu da seguinte forma:
A T+ 0:00 Ignição, e o volume de oxigenio liquido logo caiu de 100% para 95%
A T+ 0:19 Combustível a 90% e LOX a 85%.
A T+ 2:59 Ignição do segundo estágio. Combustível de primeiro estágio a 2% e LOX a 1%. O LOX do segundo estágio cai para 99%.
A T+ 3:28 Combustível a 93% e LOX a 85%.
A T+ 4:35 Combustível a 78% e LOX a 29%! A velocidade é de 4.130 m/s e a altitude é de 157.322 m.
A T+ 6:03 A velocidade marca 5.077 m/s e a altitude de 180.556 m.
A T+ 6:04 A velocidade mostrada é absurda, fruto de erro de leitura, e a altitude é de 181.254 m.
A T+ 6:08 A velocidade marca 4.030 m/s e a altitude de 181.569 m.
A T+ 6:14 A velocidade é de 5187 m/s e altitude de 181.780 m. Mensagem de erro de falta de memória, dois segundos após a última telemetria válida.
A T+ 6:16 A velocidade marca zero e a altitude é 181.780 m.

Gráfico da Virgin simulando a performance do foguete

Segundo o anúncio oficial da Agencia espacial britânica, “… embora a missão não tenha alcançado sua órbita final, ao alcançar o espaço e alcançar inúmeras conquistas significativas pela primeira vez, ela representa um importante passo à frente. O esforço por trás do voo reuniu novas parcerias e colaboração integrada de uma ampla gama de parceiros, incluindo a Agência Espacial do Reino Unido, a Força Aérea Real, a Autoridade de Aviação Civil, a Administração Federal de Aviação dos EUA, o Escritório Nacional de Reconhecimento e demonstrou que o lançamento espacial é alcançável a partir do solo do Reino Unido.”

Rota de voo do avião-portador e do foguete

O LauncherOne

O foguete tem 21,3 metros de comprimento, é capaz de lançar satélites com peso de até 500 kg no espaço em órbita baixa de cerca de 250 km. A empresa acredita que seu método de colocação de cargas em órbita proporciona maior mobilidade – o Boeing pode decolar de aeroportos de qualquer país – e é mais barato que os concorrentes.

Foguete Launcherone

Em vez de lançar a partir de uma plataforma fixa no solo, a Virgin Orbit carrega seu foguete sob a asa da aeronave 747 modificada e, como esta voa longe sobre o oceano, consegue alcançar uma trajetória impossivel para um lançamento feito a partir do solo naquela região. Essa injeção direta na órbita -alvo economizou aos satélites meses de tempo de vida em órbita e quilos de combustível que poderiam ter gasto corrigindo sua órbita do que um local de lançamento fora do litoral poderia permitir.

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Starship/SuperHeavy: a promessa agora é dia 31

‘Relatórios’ preveem voo de teste este mês, mas – como sempre – Musk tergiversa

Perfil de voo simplificado de ascensão inicial, separação do ‘booster’ (com sua queda no mar) e também a queda controlada e destrutiva do protótipo SN24 Ship 24 no oceano

Fontes ligadas à SpaceX ou a seus ‘fanboys’ ou jornalistas e bloqueiros contratados relatam que “31 de janeiro está programado o lançamento de teste do foguete superpesado Super Heavy ‘Booster 7’ B7 a partir de Starbase, no Texas, transportando o segundo estágio protótipo Starship S24” da SpaceX. Mas o CEO Elon Musk, em resposta à especulação sobre o lançamento no dia 31 limitou-se a comentar que “(…) temos uma chance real (de lançar o Starship) no final de fevereiro. Uma tentativa de lançamento em março parece muito provável”.
Em Starbase, os engenheiros e técnicos da SpaceX esperam pelos resultados do funcionamento conjunto dos trinta e três motores e da primeira voo, para conferir o sistema de supressão de vibração e som composto por um anel com ejetores para a cortina de água e um sistema de extinção de incêndio, considerado ainda experimental e sujeito a modificações.

O teste está planejado para ser um vôo orbital para testar os sistemas da mesa de lançamento, da torre umbilical e de serviços, dos motores Raptor 2 do booster. Também será uma oportunidade de certificar que a Starship pode fazer o voo orbital em configuração não tripulada.

O foguete de primeiro estágio desenvolve 7 milhões de quilogramas-força, com uma massa de decolagem em torno de 5.000 toneladas junto com o segundo estágio – e um dos testes envolverá a guiagem do veículo numa aproximação simulada com a torre de serviço para ensaiar a captura do cilindro de nove por 69,9 metros pelos braços de retenção. Uma vez feito o teste de seis motores basculantes centrais simulando a verticalização e aproximação suave com a torre, o B7 será lançado em queda livre sobre o oceano, nas proximidades da costa do Golfo do México.

A própria nave S24 viajará ao longo de uma trajetória balística, em velocidades de órbita fracionada, almejando um corredor de reentrada visando um ponto de queda no Oceano Pacífico. Se for bem-sucedido, atingirá a água a cerca de 100 quilômetros da costa de Kauai, no Havaí. As autoridades ambientais das municipalidades de Brownsville, Port Isabel e South Padre Island.”

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SpaceX deve fazer seu segundo lançamento de Onewebs

Foguete decolará de Cabo Canaveral com 40 satélites

Fase inicial de lançamento até as duas ignições do segundo estágio

O segundo lançamento de um lote de satélites OneWeb F16 pela SpaceX está programado para a noite de hoje para amanhã, segunda para terça-feira, 9 para 10 de janeiro, o lançamento do foguete Falcon 9 v1.2 BL5 n° B1076.2 com quarenta satélites da campanha OneWeb Launch 16 para a órbita baixa a partir do Complexo de Lançamento Espacial 40 (SLC-40) na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. A decolagem está prevista para as 23h50 ET (04h50 UTC ou 01:50 hora de Brasilia de 10 de janeiro). Cada satélite pesa 147 kg – levando a uma massa total de 5.880 kg.

O ‘core’ do primeiro estágio B1076.2 desta missão lançou anteriormente a nave de carga CRS-26 para a estação espacial internacional. Após a separação, o primeiro estágio pousará na Zona de aterrissagem 1 (LZ-1) na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral. A carenagem de cabeça será recuperada no oceano pelo navio de apoio ‘Doug’.

CONTAGEM REGRESSIVA

Todos os tempos são aproximados

  • 00:38:00 Diretor de lançamento aprova o abastecimento de propelente
  • 00:35:00 Começa o carregamento do RP-1 (refined petroleum one)
  • 00:35:00 O abastecimento de LOX (oxigênio líquido) do 1º estágio começa
  • 00:16:00 Carregamento de LOX de 2º estágio começa
  • 00:07:00 começa a resfriar o motor (chilldown)
  • 00:01:00 computador de vôo inicia as verificações finais de pré-lançamento
  • 00:01:00 A pressurização dos tanques para a pressão de vôo começa
  • 00:00:45 Diretor aprova o lançamento
  • 00:00:03 O controlador comanda a sequência de ignição para decolagem
  • 00:00:00 Decolagem do Falcon 9

LANÇAMENTO, ATERRISSAGEM E LIBERAÇÃO
hh:min:ss Evento

  • 00:01:12 Max Q (momento máximo de tensão mecânica no foguete)
  • 00:02:18 Corte dos motores principais do 1º estágio (MECO)
  • 00:02:21 Separação do segundo estágio
  • 00:02:28 Ignição do motor do 2º estágio
  • 00:02:34 começa a queima de boostback do 1º estágio
  • 00:03:21 Fim da queima de boostback
  • 00:03:34 Separação da carenagem
  • 00:06:20 ignição de reentrada do 1º estágio
  • 00:06:36 Fim da ignição de reentrada
  • 00:07:27 Início da queima de aterrissagem do 1º estágio
  • 00:07:56 aterrissagem na zona de pouso LZ-1
  • 00:08:32 Corte do motor de 2º estágio (SECO-1)
  • 00:55:14 Segunda ignição do motor do 2º estágio (SES-2)
  • 00:55:17 Corte do motor de 2º estágio (SECO-2)
  • 00:58:49 Liberação do primeiro e segundo satélites
  • 00:59:12 Liberação do terceiro e quarto satélite OneWeb
  • 01:00:13 Liberação do quinto e sexto satélites
  • 01:00:34 Liberação do sétimo e oitavo satélites
  • 01:01:05 Liberação do nono e décimo satélite
  • 01:02:40 Liberação dos 11º e 12º satélites
  • 01:04:27 Liberação dos 13º e 14º satélites
  • 01:14:21 Liberação dos 15º e 16º satélites
  • 01:14:37 Liberação do 17º satélite OneWeb
  • 01:15:40 Liberação dos 18º e 19º satélites
  • 01:17:29 Liberação dos 20º e 21º satélites
  • 01:18:00 Liberação dos 22º e 23º satélites
  • 01:19:13 Liberação dos 24º e 25º satélites
  • 01:19:52 Liberação dos 26º e 27º satélites
  • 01:29:39 Liberação dos 28º e 29º satélites
  • 01:30:41 Liberação do 30º satélite OneWeb
  • 01:31:05 Liberação dos 31º e 32º satélites
  • 01:32:10 Liberação do 33º satélite
  • 01:32:18 Liberação do 34º satélite
  • 01:33:13 Liberação do 35º e 36º satélites OneWeb

Uma rede global de comunicação

Satélite Oneweb

Cada veículo deve ter uma largura de banda de pelo menos oito gigabits por segundo para oferecer acesso à Internet para usuários de linhas fixas e plataformas móveis. Os satélites foram fabricados pela Airbus e devem operar em órbita 1.200 km acima da superfície da Terra por pelo menos sete anos.
A OneWeb entrou em 2022 esperando alcançar cobertura global em agosto. No entanto, a invasão da Ucrânia pela Rússia interrompeu os seis lançamentos do Soyuz com os quais a operadora de constelação de banda larga contava para completar sua constelação de 648 unidades este ano. “Com esses planos de lançamento, estamos a caminho de terminar de construir nossa frota completa de satélites e oferecer conectividade robusta, rápida e segura em todo o mundo”, disse o CEO da OneWeb, Neil Masterson, em comunicado por escrito.

Falcon 9 tem capacidade de colocar 22,8 toneladas em órbita baixa, porém a carga da Oneweb para esta missão será de 5.880 kg

Em 21 de março passado, a empresa britânico-indiana anunciou que encerrou o negócio com os russos e fechou contrato com a SpaceX americana para lançar sua constelação. A OneWeb (apoiada pelo SoftBank – uma rival do sistema Starlink da mesma SpaceX) disse que os lançamentos com a empresa de elon Musk começariam ainda este ano. A Rússia há muito desempenha um papel descomunal no negócio espacial, lançando inúmeras missões do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. Mas agora, a reação contra a invasão da Ucrânia colocou esse papel em risco. Em fevereiro, a empresa de internet dissera em uma declaração que seu conselho “votou para suspender todos os lançamentos de Baikonur”.

Naquela época, a agência espacial russa disse que o foguete Soyuz-2.1b – que já estava instalado na plataforma de lançamento – não poderia decolar a menos que o governo britânico alienasse sua participação de 45% na OneWeb, que comprou por US $ 500 milhões há alguns anos como parte de um plano de resgate para a empresa falida. A agência russa também exigiu uma garantia de que os satélites do lançamento não seriam usados ​​para fins militares. De fato, os russos sabiam que essas exigências não seriam atendidas – o que leva a crer que foram feitas com o objetivo de efetivamente encerrar a parceria, apesar das perdas monetárias.

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SpaceX lançará grupo 2-4 de ‘Starlinks’

Falcon 9 n° B1075.1 colocará 51 satélites em órbita – a depender da meteorologia

Resumo do lançamento

A SpaceX deve lançar na noite de segunda para terça-feira, 9 a 10 de janeiro de 2023, o foguete-portador Falcon9 v1.2 FT Block 5 nº B1075.1 transportando ciquenta e um satélites Starlink V1.5 G2-4 para a órbita baixa (inclinada em 70°) a partir do Space Launch Complex 4 East (SLC-4E) na Vandenberg Space Force Base, na Califórnia. A janela de lançamento abre às 20:15 hora do pacífico (04:15 UTC, 01:15 de Brasília em 10 de janeiro) e uma oportunidade de reserva está disponível na terça-feira, 10 de janeiro, às 04:02 UTC. A meteorologia indica que o oceano está com clima chuvoso, com previsão de 30% de aprovação para o lançamento.

O foguete deverá ter um peso de decolagem de 567.572 kg. Após a separação , o ‘core’ de primeiro estágio do foguete retornará à Terra e pousará na balsa-drone Of Course I Still Love You estacionada no Oceano Pacífico a cerca de 650 km do local de disparo, junto ao navio de apoio NRC Quest. As conchas da carenagem de cabeça serão recuperadas no mar. O segundo estágio do foguete reentrará no Oceano Pacífico. O ‘core’ B1075 desta missão será usado pela primeira vez.

Live do lançamento no Canal do Homem do Espaço

CONTAGEM REGRESSIVA
hh:min:ss

  • 00:00:00 Decolagem
  • 00:01:12 Max Q (momento de tensão mecânica máxima no foguete)
  • 00:02:26 Corte do motor principal do 1º estágio (MECO)
  • 00:02:30 Separação do segundo estágio
  • 00:02:36 ignição do motor do 2º estágio (SES-1)
  • 00:02:41 Separação de carenagem
  • 00:06:43 ignição de reentrada do 1º estágio
  • 00:07:03 Fim da queima de reentrada do 1º estágio
  • 00:08:19 Começa a ignição de aterrissagem do 1º estágio
  • 00:08:39 Corte do motor do 2º estágio (SECO-1)
  • 00:08:43 aterrissagem do ‘core’ de primeiro estágio
  • 00:29:00 Separação dos satélites Starlink
Perfil de decolagem e aterrissagem na balsa-drone OCISLY no oceano Pacífico
O foguete F9 B1075.1 deverá ter uma massa na decolagem de 567 t

Starlinks

O lote de satélites é denominado Group 2-4, e faz parte da “concha” (shell) 2; a órbita-alvo é circular, com 540 km, e os satélites serão primeiro liberados em grupo numa órbita inicia de 336 x 232 km, inclinada em 70 graus em relação ao equador.

Mais de dois mil satélites Starlink estão atualmente em órbita e funcionando, cerca de metade da rede planejada de primeira geração da SpaceX de 4.408 unidades. Os satélites serão distribuídos em cinco “conchas” orbitais diferentes em diferentes altitudes e inclinações, das quais a empresa pretende lançar até 42 mil unidades. A rede transmite sinais de internet de alta velocidade e baixa latência em todo o mundo, alcançando consumidores, comunidades carentes e outros usuários em potencial, como os militares dos EUA. A SpaceX diz que a rede já está disponível em 32 países.

Cada satélite Starlink v.15 com link de laser inter-satélite, tem massa de 307 kg

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Empresa privada chinesa lança mais um Ceres-1

Foguete colocou cinco satélites em órbita

Ceres-1 número Y5 decola de Jiuquan

Às 13h04 locais de 9 de janeiro de 2023, a Galactic Energy Aerospace Co., Ltd. lançou com sucesso o foguete transportador Ceres 1 Y5 (número ‘Yao’ 5, código da missão: Give me Five) no Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan. O foguete colocou cinco satélites em órbita: o 科技壹号卫星 (Kējì Yī hào wèixīng, SciTech-1), o 天启星座13星 ( Tiānqǐ Xīngzuò Tianqi-13), o 天目一号气象星座01/02星 (Tiānmù Yī hào Qìxiàng Xīngzuò 01/02 xīng, veículos da constelação de meteorologia Tianmu 01 e 02) e o 南通中学号卫星 (Nántōng Zhōngxué hào wèixīng, para a escola de ensino médio de Nantong).

O satélite Xiamen Science and Technology No. 1, usado ​​principalmente para realizar tarefas de observação da Terra, coletar dados e baixá-los e conduzir pesquisas científicas correspondentes; Xiyong Microelectronics Park No. 1 (Tianmu-1 Meteorological Constellation 01 ) e Xiyong Microelectronics Park No. 2 (Tianmu-1 Meteorological Constellation 02) serão usados ​​para detectar vários dados ambientais do espaço atmosférico e marinho, como oceanos, atmosfera e ionosfera; Apocalypse Constellation 13 (Tianqi-13 ou Alxa No. 1), usado para prover serviços de coleta de dados em escala global, resolvendo problemas de acesso à rede da Internet das Coisas no mar, ar e áreas remotas que não podem ser cobertas por redes terrestres; e o satélite da Nantong Middle School, usado para o Instituto Provincial de Jiangsu de Levantamento e Mapeamento, para sensoriamento remoto e projetos de popularização da ciência aeroespacial.

Decoração do foguete promovendo o Festival de Cinema

O foguete foi decorado com adesivos de vinil com a programação visual da promoção do novo filme do Festival da Primavera de Zhang Yimou, “Manjianghong”. A arte significa que em 2023, “a indústria aeroespacial comercial da China terá um bom começo e os filmes chineses terão boa bilheteria.”

Esta missão foi o quinto lançamento bem-sucedido consecutivo do foguete comercial Ceres-1. Até agora, a Galactic Energy completou cinco missões com dezenove satélites comerciais, estabelecendo um novo recorde para os foguetes comerciais privados na China, como parte do Galactic Aerospace em 2023 .

Segundo anunciado pela Galactic, “…embora a estrada seja longa, ela chegará em breve; embora seja difícil, ela será feita. Em 2023, a Xinghe Power Aerospace continuará a seguir o estilo de trabalho rigoroso e meticuloso e a atitude de caminhar sobre gelo fino para garantir que 8-10 lançamentos da série “Ceres” de veículos de lançamento sejam concluídos conforme planejado e ao mesmo tempo, a série de foguetes de propelentes líquidos “Zhishen” será constantemente promovida. O primeiro voo do veículo de lançamento reutilizável está em fase final de testes e contribuiu com sua própria força modesta para o desenvolvimento da indústria aeroespacial comercial da China.”

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China lança satélite ShiJian

Foguete CZ-7A n° Y4 foi o primeiro do ano pelo país

Foguete Longa Macha 7A decolou de Wenchang

A China lançou a partir de Wenchang o foguete Longa Macha 7A (CZ-7A) número Y4 com um satélite, o Shijian-23. O foguete de 60,1 metros e 600 toneladas decolou do espaçoporto da província de Hainan, China, em 8 de janeiro de 2023, às 22h UTC (9 de janeiro, às 06h, horário local). Segundo fontes oficiais, o satélite entrou em sua órbita planejada de transferência geoestacionária com sucesso. O satélite estabeleceu-se em uma órbita com parâmetros de 209 km x 35.793 km, inclinada em 16,42° e com 631,4 minutos de período. O Shijian-23 (实践二十三, Shíjiàn Er Shí Sān) será usado principalmente “para experimentos científicos e verificação técnica”. O SJ-23 é um satélite possivelmente construído sobre um chassi DFH-4E, para verificação de tecnologias de telecominicações, com aplicações civis e militares. Shijian, ou “teste”, “prática” é uma série de satélites com objetivos de testes em órbita, execução manobras orbitais incomuns e operações de proximidade de encontro, ou rendezvous, incluindo inspeção minuciosa e captura de outros satélites.

Mais tarde, os centros de rastreio oficiais americanos e observadores independentes rastrearam um objeto, possivelmente o último estágio criogênico do foguete , em 149 km x 34.126 km com inclinação de 16,43°. A órbita do aparelho deve ser circularizada para uma geoestacionária a cerca de 36.000 km.

Fases de voo do CZ-7A Y4 até a entrada em órbita

Anteriormemnte a mídia oficial chinesa havia anunciado que outros dois satélites, Shiyan-22A e Shiyan-22B estavam a bordo e sriam usados ​​para “testes de verificação em órbita de novas tecnologias, como monitoramento do ambiente espacial”.

Foguete Longa Macha 7A é semelhante ao CZ-7 padrão mas com um terceiro estágio de alta performance para lançamentos em órbitas de alta excentricidade ou geoestacionárias – render Homem do Espaço

Este lançamento foi o 459º consecutivo para lançadores com o nome Longa Marcha, em suas várias versões. O Centro de Lançamento de Wenchang, localizado na Ilha de Hainan, é chamado de ‘porto espacial da China para a Lua).

Rota de ascensão do CZ-7A Y4 depois da decolagem da Ilha de Hainan
Foguete na mesa móvel de lançamento

A China Aerospace Science and Technology Corporation (CASC, Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China) é a principal contratante do programa espacial chinês. É estatal e possui várias entidades subordinadas que projetam, desenvolvem e fabricam uma variedade de espaçonaves, veículos de lançamento, sistemas de mísseis estratégicos e táticos e equipamentos terrestres. Foi oficialmente estabelecido em julho de 1999 como parte de uma campanha de reforma do governo chinês, tendo anteriormente feito parte da antiga China Aerospace Corporation. Várias iterações do programa datam de 1956.

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Rússia e EUA teriam plano de contingência para a ISS

Proposta que circula extraoficialmente envolveria lançar Soyuz MS-23 com apenas um tripulante

Nave espacial Soyuz MS

Correm versões em diversas fontes que NASA e a Roskosmos decidiram trazer de volta a tripulação internacional da nave Soyuz MS-22, lançada em setembro passado, composta pelos cosmonautas Sergey Prokopiev, Dmitry Petelin e pelo astronauta da NASA Francisco Rubio em duas etapas, usando também uma nave americana como parte do plano. A agência espacial russa anunciou no domingo, 8 de janeiro de 2023, que a decisão deve ser anunciada no dia 11, oficialmente, mas jornalistas informam que o plano incluiria a redução das tripulações dos próximas naves dos EUA e da Rússia, respectivamente da próxima Crew Dragon e da Soyuz MS-23. A Soyuz MS-22 sofreu um vazamento no sistema de termorregulação em dezembro passado e sua capacidade de retornar à terra com segurança está em dúvida. Aqui está o que relatam o especialista Ilya Kharlamov e o jornalista Anatoly Zak (proprietário do site RussianSpaceWeb):

A decisão teria sido tomada com base nos seguintes fatos: Prokopiev, Petelin e Rubio foram chegaram à ISS pela nave Soyuz MS-22, mas agora esta espaçonave está danificada e não pode trazê-los de volta à Terra. As espaçonaves russas Soyuz são equipadas para três assentos, e as americanas Crew Dragons são de quatro. Segundo o que se comenta, não é desejável que uma Soyuz MS voe no modo não-tripulado, pois o sistema de acoplamento automático Kurs pode sofrer panes – por isso, segundo eles, é necessário ter pelo menos um cosmonauta a bordo [*]. Ademais, Rubio, Prokopiev e Petelin têm trajes espaciais russos Sokol, que não são compatíveis com a nave americana – nela os trajes espaciais são privados, americanos.

A nave Soyuz é composta por três compartimentos. O circuito do radiador está na parte branca do compartimento de montagem instrumentos PAO; O veículo de descida (ou cápsula) é a parte que retorna à Terra com a tripulação. O compartimento de habitação BO é usado para levar cargas, abrigar o banheiro e servir de área extra.

A solução seria a seguinte: A Soyuz MS-22 retornaria em modo não tripulado. Como sua termorregulação está prejudicada, o pouso pode não ser bem-sucedido. Já espaçonave Soyuz MS-23, que deveria decolar em março, decolaria um mês antes, em fevereiro. A bordo estará um cosmonauta solitário, Oleg Kononenko. Os outros dois assentos ficarão vazios para que os cosmonautas Prokopiev e Petelin possam retornar à Terra depois de seis meses no espaço junto com Kononenko. O astronauta americano Rubio retornará na nave Crew Dragon. Mas, para esse fim, a próxima nave americana voará com três, não quatro, pessoas a bordo. O cosmonauta russo Andrey Fedyaev, que tinha assento reservado, terá que esperar pela próxima oportunidade. O assento permanecerá vazio e haverá apenas um traje espacial americano, que Rubio pode vestir para retornar à Terra na nave da SpaceX. Como resultado, os membros russos da tripulação do Soyuz MS-22 retornarão à Terra em um nave russa e os americanos em uma nave americana.

[*] – Apesar de terem ocorrido falhas ocasionais do sistema automático, sempre que uma nave Soyuz foi lançada para fazer uma acoplagem sem tripulantes, o resultado foi bem-sucedido (Kosmos 186/ 188, Kosmos 212/213, Soyuz 20, Soyuz 34, Soyuz T-1, Soyuz TM-1 e Soyuz MS-14; as três primeiras usaram o antigo sistema Igla, e as outras, o Kurs); Exceção feita à Soyuz 2, lançada sem tripulantes para se acoplar à Soyuz 3 tripulada por um cosmonauta – mas neste caso ela estava em modo passivo. Há quase quatro décadas, em 1979, a nave de transporte Soyuz 32, que estava acoplada na estação orbital Salyut 6 com os cosmonautas Vladimir Lyakhov e Valery Ryumin, foi considerada “insegura” para reentrada devido a uma possível falha do motor principal depois que a nave-visitante Soyuz 33 (com uma tripulação internacional soviético-búlgara) apresentou defeito no seu motor; A missão de visita seguinte (URSS-Hungria), foi cancelada e no seu lugar a nave Soyuz 34 foi enviada sem tripulação, com motores revisados, acoplada automaticamente à Salyut e finalmente trouxe Lyakhov e Ryumin de volta normalmente em agosto daquele ano após um recorde de 175 dias voo na Salyut 6. (A Soyuz 32, com os motores ‘suspeitos’, foi desacoplada em modo automatico e voltou à Terra desocupada, pousando normalmente).

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China planeja lançar ShiJian-23 no domingo

Foguete de nova geração CZ-7A fará seu quarto voo

Fases de voo do CZ-7A Y4 até a entrada em órbita

Na noite de 8 para 9 de janeiro de 2023, entre 21:00 UTC e 02:30 UTC, a China deve lançar o foguete Longa Macha 7A (CZ-7A) número Y4 transportando o satélite ShiJian-23.

Foguete Longa Macha 7A é semelhante ao CZ-7 padrão mas com um terceiro estágio de alta performance para lançamentos em órbitas de alta excentricidade ou geoestacionárias – render Homem do Espaço

O lançamento do foguete da CASC será realizado a partir do Centro de Lançamento de Wenchang, localizado na Ilha de Hainan, o ‘porto espacial da China para a Lua). O SJ-23 é um satélite possivelmente construído sobre um chassi DFH-4E, para verificação de tecnologias de telecominicações, com aplicações civis e militares. Shijian, ou “teste”, “prática” é uma série de satélites com objetivos de testes em órbita, execução manobras orbitais incomuns e operações de proximidade de encontro , ou rendezvous, incluindo inspeção minuciosa e captura de outros satélites. satélites

Rota de ascensão do CZ-7A Y4 depois da decolagem da Ilha de Hainan

A China Aerospace Science and Technology Corporation (CASC, Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China) é a principal contratante do programa espacial chinês. É estatal e possui várias entidades subordinadas que projetam, desenvolvem e fabricam uma variedade de espaçonaves, veículos de lançamento, sistemas de mísseis estratégicos e táticos e equipamentos terrestres. Foi oficialmente estabelecido em julho de 1999 como parte de uma campanha de reforma do governo chinês, tendo anteriormente feito parte da antiga China Aerospace Corporation. Várias iterações do programa datam de 1956.

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E-book Compêndio Satélites Militares

E-book Compêndio da missão Soyuz 9

E-Book espaçonave Crew Dragon

E-book Balsas-drone da SpaceX

‘Transporter 6’ é o primeiro lançamento de 2023

Falcon 9 B1060.15 decolou de Cabo Canaveral com mais de cem satélites

Foguete decolou da SLC-40 no Cabo Canaveral

A SpaceX lançou ao espaço 114 cargas úteis às 09:56 ET (14:55:55.990 UTC, 11:55:55 de Brasília) hoje, terça-feira 3 de janeiro de 2023, com a decolagem do foguete-portador Falcon 9 Block 5 v1.2 FT n° B1060. 15 na missão Transporter-6. O foguete de 568 toneladas partiu do Complexo SLC-40 na Estação da Força Espacial do Cabo Canaveral na Flórida. Após a separação, o ‘core’ B1060 pousou na Zona de Aterrissagem 1 (LZ-1), em solo, no mesmo Cabo Canaveral. A órbita-alvo inicial teve perigeu de 229 km, circularizada em duas queimas do motor de segundo estágio para 525 +/- 25km, inclinada em 97.5 +/- 0.1 graus em relação ao equador.

A recuperação das conchas da carenagem deveria ocorrer a cerca de 600 km a jusante do local de disparo, no oceano, próximo às bahamas, pelo navio de apoio Bob. O segundo estágio deve fazer sua reentrada sobre o Pacífico, próximo a Madagascar, a meio-caminho de sua terceira revolução.

Primeiro estágio desce para o pouso propulsado por seu motor Merlin 1D Plus central. Este estágio ‘core’ lançou anteriormente os satélites GPS III-3, Turksat 5A, o voo Transporter-2, os Intelsat G-33/G-34 e dez lotes Starlink.

A Transporter 6 é uma missão de compartilhamento de satelites dedicada no Programa SmallSat Rideshare da SpaceX que oferece a pequenos operadores de satélite missões de compartilhamento regularmente programadas para órbitas sincronas com o Sol, ou SSO, para cargas úteis de classe ESPA por US$ 275.000 por missão, incluindo até 50 kg de massa de carga útil individual. Existem pelo menos 114 cargas neste voo, incluindo cubesats, microsats, picosats e veículos de transferência orbital que transportarão espaçonaves para serem liberadas posteriormente, entre 15:54:20.690 UTC e 16:27:06.290 UTC..

Fases do lançamento até a entrada na órbita-alvo
Imagem de uma das duas cameras on-board do segundo estágio mostrando o suporte de fixação e os satélites montados em ejetores individuais e um dos dispensadores conjuntos ExoPod, logo após a entrada na órbita inicial

Cargas úteis na missão

A lista de intermediadores para esta missão inclui empresas como a Spaceflight um provedor de serviços de lançamento e gerenciamento de missões que promete acesso rotineiro e econômico ao espaço ; a ISL , a Launcher com um veículo de transferência orbital (OTV) para colocar pequenos satélites em órbita por meio de lançamento dedicado e compartilhado ; a Momentus Inc. empresa espacial comercial dos EUA que oferece transporte e outros serviços de infraestrutura espacial, a Orbit D e a própria SpaceX.

As cargas (satélites, equipamentos embutidos, experimentos expostos, rebocadores, ejetores etc) a serem transportadas numa missão deste tipo devem, por solicitação da SpaceX, atender a requisitos como:
As cargas úteis devem ser limpas de acordo com os padrões VCHS de acordo com o padrão NASA SNC005D antes da integração.
Os materiais não metálicos utilizados na construção do satelite, que serão expostos ao vácuo, devem não exceder uma perda total de massa de 1,0% e a matéria condensável volátil deve ser inferior a 0,1% quando testado em padrão ASTM E595. Isso inclui evitar o uso de marcadores, canetas e canetas de tinta para marcar a carga útil. Uma lista completa de materiais não metálicos expostos ao vácuo, incluindo quantidades (área de superfície ou massa) deve ser entregue à SpaceX para análise. Qualquer excesso será avaliado e aprovado caso a caso.
Materiais metálicos – a seleção de materiais metálicos pelo cliente inclui consideração de corrosão, desgaste produtos, derramamento e descamação, a fim de reduzir a contaminação por partículas. Metais ‘exóticos’ são evitados a menos que estejam adequadamente protegido contra a corrosão galvânica.
O satelite não criará partículas durante o ambiente de subida vibroacústica – ou seja, a espaçonave não deve soltar fragmentos ou partículas se submetido a vibração no lançamento, para não contaminar o interior da coifa. O acionamento de qualquer mecanismo de separação próximo a qualquer outro satelite ou mecanismo do foguete não deve criar sujeira.
Liberação de carga útil: o sistema de ejeção não incluirá o uso de pirotecnia incontida (por exemplo, parafusos frangiveis). Os sistemas de propulsão dos satélites não serão operados nas proximidades (dentro de 1 km) dos demais aparelhos passageiros.
Entre os materiais que não devem ser usados: estão partes de cádmio, peças banhadas a cádmio, zincagem, mercúrio, compostos contendo mercúrio estanho puro ou galvanoplastia (exceto quando ligado com chumbo, antimônio ou bismuto); Quanto à sensibilidade de silicone, todas as borrachas de silicone ou silicones RTV com probabilidade de transferência para os outros satelites ou ao segundo estágio do foguete Falcon exigem aprovação, coordenação e notificação da SpaceX antes do uso.

Adaptador e ejetores da missão

Os seguintes satélites/ cargas serão lançados na Transporter 6:

Launcher Orbiter SN1
* TRL11
* Stanford Student Space Initiative
* Bronco Space | Cal Poly Pomona
* Innova Space
* NPC Spacemind
* Logitech Mevo
* Alba Orbital
* Beyond Burials
Cargas embutidas:
*(CesiumAstro NG1)
*(Beyond Burials)
*(TRL11)
*(não revelado)
Spaceflight
*Cornicen (40kg, Hedron)
ISILaunch
*KSF 3A-3D (4x 6U, Kleos)
Satélite-ejetor D-Orbit ION
*Astrocast (4x 3U)
Momentus VR-5 (massa total das cargas, 363kg)
*SSPD-1 (carga embutida com cerca de 50 kg, Caltech, USA)
*ZEUS-1 (Cubesat tamanho 3UXL, Qosmosys/Orient G, Singapore)
Skycraft (Ejetor de 300kg com cinco pequenos Skycraft Block II)
Alba Orbital Cluster 6
*URESAT-1
Tomorrow-R1, -R2 (dois satelites de 75kg, Tomorrow.io, Astro Digital bus)
Blackjack (4x smallsat)
Gama Alpha (6U, chassi Nanoavionics)
Lynk Tower 2/3/4 (tres microsatelites)
PredaSAR
Umbra (dois)
Geometric-1 (tres cubsats tamanho 6U integrados pela Maverick Space Systems)
*GENMAT-1
*NOCLIP-1
*MOXY-1
Star Vibe (cubesat 6U, Scanway)
YAM-5 (microsat de 87kg, Loft Orbital)
RROCI (cubesat 12U, Orion Space)
Menut (cubesat 6U, Open Cosmos)
Kelpie? (cubesat 3U, AAC Clyde Space)
*Spire LEMURs (sete cubesats tamanho 3U)
*QBUA01
*BDSAT-2

CRONOGRAMA DE LANÇAMENTO

Todos os tempos aproximados

hh:min:ss Evento

  • 00:00:00 Decolagem
  • 00:01:12 Max Q (momento de máximo estresse no foguete)
  • 00:02:17 Corte dos motores principais do primeiro estágio (MECO)
  • 00:02:20 primeiro e segundo estágios separados
  • 00:02:28 Ignição do motor do segundo estágio
  • 00:02:33 A ignição de ‘boostback’ do primeiro estágio inicia-se
  • 00:03:20 Fim da ignição de ‘boostback’ do primeiro estágio
  • 00:03:46 Liberação da carenagem de cabeça
  • 00:06:44 Ignição de reentrada do primeiro estágio começa
  • 00:07:07 Fim da ignição de reentrada do primeiro estágio
  • 00:07:58 Começa a ignição de aterrissagem do primeiro estágio
  • 00:08:23 Corte do motor de segundo estágio (SECO)
  • 00:08:30 Aterrissagem do core de primeiro estágio
  • 00:55:20 Re-ligamento do motor do segundo estágio (SES-2)
  • 00:55:22 2° corte do motor do segundo estágio (SECO-2)
  • 00:58:24 KuwaitSat-1 liberado
  • 00:58:34 Ejeção do BDSat-2
  • 00:58:35 Liberação do SharedSat 2211
  • 00:58:44 Liberação do LEMUR 2 EMMACULATE
  • 00:58:55 LEMUR 2 FUENTETAJA-01 é liberado
  • 00:59:51 Connecta T1.2 é liberado
  • 01:00:00 GAMA Alpha liberado
  • 01:00:01 BRO-8 é liberado
  • 01:00:12 Menut é liberado
  • 01:00:18 Huygens é liberado
  • 01:00:24 LEMUR 2 DISCLAIMER é liberado
  • 01:00:35 Liberação do STAR VIBE
  • 01:00:55 Liberação do LEMUR 2 STEVEALBERS
  • 01:01:11 ISILAUNCH Kleos KSF3-A é liberado
  • 01:02:02 Birkeland é liberado
  • 01:02:07 SPACEBEE-156/167 são liberados
  • 01:02:47 Ejeção do LEMUR 2 MMOLO
  • 01:02:54 ISILAUNCH Kleos KSF3-B é liberado
  • 01:03:25 ISILAUNCH Kleos KSF3-C é liberado
  • 01:04:47 LEMUR 2 PHILARI é liberado
  • 01:05:02 ISILAUNCH Kleos KSF3-D é liberado
  • 01:05:03 Liberação do primeiro Flock 4Y
  • 01:05:11 Ejeção do EWS RROCI
  • 01:05:12 SpaceBD ISILAUNCH PolyItan de Kiev é liberado
  • 01:05:14 Ejeção do segundo Flock 4Y
  • 01:05:23 Liberação do Guardian-alpha
  • 01:05:25 Liberação do Terceiro Flock 4Y
  • 01:05:36 Liberação do quarto Flock 4Y
  • 01:05:40 Liberação do SpaceBD Sony Sphere-1
  • 01:05:50 ISILAUNCH ClydeSpace NSLSat-2 é liberado
  • 01:06:30 ISILAUNCH Sternula-1 é liberado
  • 01:06:35 Liberação do quinto Flock 4Y
  • 01:06:45 Liberação do sexto Flock 4Y
  • 01:06:58 Liberação do sétimo Flock 4Y
  • 01:07:50 Liberação do oitavo Flock 4Y
  • 01:08:33 Liberação do nono Flock 4Y
  • 01:08:45 Liberação do 10º Flock 4Y
  • 01:09:17 Liberação do 11° Flock 4Y
  • 01:09:28 Liberação do 12° Flock 4Y
  • 01:09:38 Liberação do 13º Flock 4Y
  • 01:10:24 Liberação do 14º Flock 4Y
  • 01:10:42 Liberação do 15º Flock 4Y
  • 01:10:55 Liberação do 16º Flock 4Y
  • 01:11:21 Liberação do 17º Flock 4Y
  • 01:11:32 Liberação do 18º Flock 4Y
  • 01:11:43 Liberação do 19º Flock 4Y
  • 01:12:30 Ejeção do 20º Flock 4Y
  • 01:12:41 Ejeção do 21º Flock 4Y
  • 01:12:53 Ejeção do 22º Flock 4Y
  • 01:13:26 Liberação do 23º Flock 4Y
  • 01:13:36 Liberação do 24º Flock 4Y
  • 01:13:54 Liberação do 25º Flock 4Y
  • 01:14:40 Liberação do 26º Flock 4Y
  • 01:14:50 Liberação do 27º Flock 4Y
  • 01:15:40 Liberação do 28º Flock 4Y
  • 01:15:52 Liberação do 29º Flock 4Y
  • 01:16:38 Ejeção do 30º Flock 4Y
  • 01:16:49 Liberação do 31º Flock 4Y
  • 01:17:40 Ejeção do 32° Flock 4Y
  • 01:17:50 Liberação do 33º Flock 4Y
  • 01:18:41 Liberação do 34º Flock 4Y
  • 01:18:52 Liberação do 35º Flock 4Y
  • 01:19:42 Liberação do 36º Flock 4Y
  • 01:19:46 Liberação do Lynk Tower 3
  • 01:20:00 Albânia 1 é liberado
  • 01:20:02 Liberação do Lync Tower 4
  • 01:20:42 Ejeção do YAM-5
  • 01:21:48 Liberação do NewSat 34
  • 01:22:03 Albânia 2 é liberado
  • 01:22:58 Ejeção do X22
  • 01:23:04 Ejeção do X21
  • 01:23:46 Liberação do primeiro Umbra
  • 01:23:50 Liberação do segundo Umbra
  • 01:24:47 Liberação do NewSat 35
  • 01:24:59 Liberação a partir do ION SCV-007 “GLORIOUS GRATIA”
  • 01:26:05 Liberação a partir do ION SCV-008 “FIERCE FRANCIS”
  • 01:26:11 Orbiter SN1 liberado
  • 01:27:31 Ejeção do X27
  • 01:27:34 Skykraft 1 liberado
  • 01:28:10 Liberação do Vigoride 5
  • 01:28:54 CHIMERA LEO 1 liberado
  • 01:31:10 Ejeção do EOS SAT-1

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SpaceX lança ‘Transporter 6’ amanhã

Decolagem será feita a partir de Cabo Canaveral

texto

A SpaceX programou para as 09:56 ET (14:56 UTC, 11:56 de Brasília) na terça-feira, 3 de janeiro de 2023, o lançamento do foguete Falcon 9 Block 5 v1.2 FT número B1060. 15 da missão Transporter-6 a partir do Complexo de Lançamento Espacial 40 (SLC-40) na Estação Espacial de Cabo Canaveral na Flórida. A Transporter 6 é uma missão de compartilhamento de satelites dedicada no Programa SmallSat Rideshare da SpaceX que oferece a pequenos operadores de satélite missões de compartilhamento regularmente programadas para órbitas sincronas com o Sol, ou SSO, para cargas úteis de classe ESPA por US$ 275.000 por missão, incluindo até 50 kg de massa de carga útil individual. Haverá 114 cargas úteis neste voo, incluindo CubeSats, microsats, picosats e veículos de transferência orbital que transportarão espaçonaves para serem liberadas posteriormente. A órbita-alvo inicial será circular com 525 +/- 25km, inclinada em 97.5 +/- 0.1 graus em relação ao equador. A previsão do tempo mostra 80% favorável para os dias 3 e 4 de janeiro. O risco de vento de cisalhamento de nível superior é baixo a moderado para o dia 4, e todos os outros critérios de risco adicionais são baixos.

O primeiro estágio ‘‘booster’’ desta missão lançou anteriormente os satélites GPS III-3, Turksat 5A, o voo Transporter-2, os Intelsat G-33/G-34 e dez lotes Starlink. Após a separação, o ‘core’ B1060 pousará na Zona de Aterrissagem 1 (LZ-1), em solo na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral.

A recuperação das conchas da carenagem deve ocorrer a cerca de 600 km a jusante do Cabo, próximo às bahamas, pelo navio de apoio Bob. O segundo estágio deve fazer sua reentrada sobre o Pacífico, próximo a Madagascar.

Cargas úteis na missão

A lista de intermediadores para esta missão inclui empresas como a Spaceflight um provedor de serviços de lançamento e gerenciamento de missões que promete acesso rotineiro e econômico ao espaço ; a ISL , a Launcher com um veículo de transferência orbital (OTV) para colocar pequenos satélites em órbita por meio de lançamento dedicado e compartilhado ; a Momentus Inc. empresa espacial comercial dos EUA que oferece transporte e outros serviços de infraestrutura espacial, a Orbit D e a própria SpaceX.

Adaptador e ejetores da missão

As cargas (satélites, equipamentos embutidos, experimentos expostos, rebocadores, ejetores etc) a serem transportadas numa missão deste tipo devem, por solicitação da SpaceX, atender a requisitos como:
As cargas úteis devem ser limpas de acordo com os padrões VCHS de acordo com o padrão NASA SNC005D antes da integração.
Os materiais não metálicos utilizados na construção do satelite, que serão expostos ao vácuo, devem não exceder uma perda total de massa de 1,0% e a matéria condensável volátil deve ser inferior a 0,1% quando testado em padrão ASTM E595. Isso inclui evitar o uso de marcadores, canetas e canetas de tinta para marcar a carga útil. Uma lista completa de materiais não metálicos expostos ao vácuo, incluindo quantidades (área de superfície ou massa) deve ser entregue à SpaceX para análise. Qualquer excesso será avaliado e aprovado caso a caso.
Materiais metálicos – a seleção de materiais metálicos pelo cliente inclui consideração de corrosão, desgaste produtos, derramamento e descamação, a fim de reduzir a contaminação por partículas. Metais ‘exóticos’ são evitados a menos que estejam adequadamente protegido contra a corrosão galvânica.
O satelite não criará partículas durante o ambiente de subida vibroacústica – ou seja, a espaçonave não deve soltar fragmentos ou partículas se submetido a vibração no lançamento, para não contaminar o interior da coifa. O acionamento de qualquer mecanismo de separação próximo a qualquer outro satelite ou mecanismo do foguete não deve criar sujeira.
Liberação de carga útil: o sistema de ejeção não incluirá o uso de pirotecnia incontida (por exemplo, parafusos frangiveis). Os sistemas de propulsão dos satélites não serão operados nas proximidades (dentro de 1 km) dos demais aparelhos passageiros.
Entre os materiais que não devem ser usados: estão partes de cádmio, peças banhadas a cádmio, zincagem, mercúrio, compostos contendo mercúrio estanho puro ou galvanoplastia (exceto quando ligado com chumbo, antimônio ou bismuto); Quanto à sensibilidade de silicone, todas as borrachas de silicone ou silicones RTV com probabilidade de transferência para os outros satelites ou ao segundo estágio do foguete Falcon exigem aprovação, coordenação e notificação da SpaceX antes do uso.

Os seguintes satélites/ cargas serão lançados na Transporter 6:

Launcher Orbiter SN1
* TRL11
* Stanford Student Space Initiative
* Bronco Space | Cal Poly Pomona
* Innova Space
* NPC Spacemind
* Logitech Mevo
* Alba Orbital
* Beyond Burials
Cargas embutidas:
*(CesiumAstro NG1)
*(Beyond Burials)
*(TRL11)
*(não revelado)
Spaceflight
*Cornicen (40kg, Hedron)
ISILaunch
*KSF 3A-3D (4x 6U, Kleos)
Satélite-ejetor D-Orbit ION
*Astrocast (4x 3U)
Momentus VR-5 (massa total das cargas, 363kg)
*SSPD-1 (carga embutida com cerca de 50 kg, Caltech, USA)
*ZEUS-1 (Cubesat tamanho 3UXL, Qosmosys/Orient G, Singapore)
Skycraft (Ejetor de 300kg com cinco pequenos Skycraft Block II)
Alba Orbital Cluster 6
*URESAT-1
Tomorrow-R1, -R2 (dois satelites de 75kg, Tomorrow.io, Astro Digital bus)
Blackjack (4x smallsat)
Gama Alpha (6U, chassi Nanoavionics)
Lynk Tower 2/3/4 (tres microsatelites)
PredaSAR
Umbra (dois)
Geometric-1 (tres cubsats tamanho 6U integrados pela Maverick Space Systems)
*GENMAT-1
*NOCLIP-1
*MOXY-1
Star Vibe (cubesat 6U, Scanway)
YAM-5 (microsat de 87kg, Loft Orbital)
RROCI (cubesat 12U, Orion Space)
Menut (cubesat 6U, Open Cosmos)
Kelpie? (cubesat 3U, AAC Clyde Space)
*Spire LEMURs (sete cubesats tamanho 3U)
*QBUA01
*BDSAT-2

Fases do lançamento até a entrada na órbita-alvo

CRONOGRAMA DE LANÇAMENTO

Todos os tempos aproximados

hh:min:ss Evento

  • 00:00:00 Decolagem
  • 00:01:12 Max Q (momento de máximo estresse no foguete)
  • 00:02:17 Corte dos motores principais do primeiro estágio (MECO)
  • 00:02:20 primeiro e segundo estágios separados
  • 00:02:28 Ignição do motor do segundo estágio
  • 00:02:33 A ignição de ‘boostback’ do primeiro estágio inicia-se
  • 00:03:20 Fim da ignição de ‘boostback’ do primeiro estágio
  • 00:03:46 Liberação da carenagem de cabeça
  • 00:06:44 Ignição de reentrada do primeiro estágio começa
  • 00:07:07 Fim da ignição de reentrada do primeiro estágio
  • 00:07:58 Começa a ignição de aterrissagem do primeiro estágio
  • 00:08:23 Corte do motor de segundo estágio (SECO)
  • 00:08:30 Aterrissagem do core de primeiro estágio
  • 00:55:20 Re-ligamento do motor do segundo estágio (SES-2)
  • 00:55:22 2° corte do motor do segundo estágio (SECO-2)
  • 00:58:24 KuwaitSat-1 liberado
  • 00:58:34 Ejeção do BDSat-2
  • 00:58:35 Liberação do SharedSat 2211
  • 00:58:44 Liberação do LEMUR 2 EMMACULATE
  • 00:58:55 LEMUR 2 FUENTETAJA-01 é liberado
  • 00:59:51 Connecta T1.2 é liberado
  • 01:00:00 GAMA Alpha liberado
  • 01:00:01 BRO-8 é liberado
  • 01:00:12 Menut é liberado
  • 01:00:18 Huygens é liberado
  • 01:00:24 LEMUR 2 DISCLAIMER é liberado
  • 01:00:35 Liberação do STAR VIBE
  • 01:00:55 Liberação do LEMUR 2 STEVEALBERS
  • 01:01:11 ISILAUNCH Kleos KSF3-A é liberado
  • 01:02:02 Birkeland é liberado
  • 01:02:07 SPACEBEE-156/167 são liberados
  • 01:02:47 Ejeção do LEMUR 2 MMOLO
  • 01:02:54 ISILAUNCH Kleos KSF3-B é liberado
  • 01:03:25 ISILAUNCH Kleos KSF3-C é liberado
  • 01:04:47 LEMUR 2 PHILARI é liberado
  • 01:05:02 ISILAUNCH Kleos KSF3-D é liberado
  • 01:05:03 Liberação do primeiro Flock 4Y
  • 01:05:11 Ejeção do EWS RROCI
  • 01:05:12 SpaceBD ISILAUNCH PolyItan de Kiev é liberado
  • 01:05:14 Ejeção do segundo Flock 4Y
  • 01:05:23 Liberação do Guardian-alpha
  • 01:05:25 Liberação do Terceiro Flock 4Y
  • 01:05:36 Liberação do quarto Flock 4Y
  • 01:05:40 Liberação do SpaceBD Sony Sphere-1
  • 01:05:50 ISILAUNCH ClydeSpace NSLSat-2 é liberado
  • 01:06:30 ISILAUNCH Sternula-1 é liberado
  • 01:06:35 Liberação do quinto Flock 4Y
  • 01:06:45 Liberação do sexto Flock 4Y
  • 01:06:58 Liberação do sétimo Flock 4Y
  • 01:07:50 Liberação do oitavo Flock 4Y
  • 01:08:33 Liberação do nono Flock 4Y
  • 01:08:45 Liberação do 10º Flock 4Y
  • 01:09:17 Liberação do 11° Flock 4Y
  • 01:09:28 Liberação do 12° Flock 4Y
  • 01:09:38 Liberação do 13º Flock 4Y
  • 01:10:24 Liberação do 14º Flock 4Y
  • 01:10:42 Liberação do 15º Flock 4Y
  • 01:10:55 Liberação do 16º Flock 4Y
  • 01:11:21 Liberação do 17º Flock 4Y
  • 01:11:32 Liberação do 18º Flock 4Y
  • 01:11:43 Liberação do 19º Flock 4Y
  • 01:12:30 Ejeção do 20º Flock 4Y
  • 01:12:41 Ejeção do 21º Flock 4Y
  • 01:12:53 Ejeção do 22º Flock 4Y
  • 01:13:26 Liberação do 23º Flock 4Y
  • 01:13:36 Liberação do 24º Flock 4Y
  • 01:13:54 Liberação do 25º Flock 4Y
  • 01:14:40 Liberação do 26º Flock 4Y
  • 01:14:50 Liberação do 27º Flock 4Y
  • 01:15:40 Liberação do 28º Flock 4Y
  • 01:15:52 Liberação do 29º Flock 4Y
  • 01:16:38 Ejeção do 30º Flock 4Y
  • 01:16:49 Liberação do 31º Flock 4Y
  • 01:17:40 Ejeção do 32° Flock 4Y
  • 01:17:50 Liberação do 33º Flock 4Y
  • 01:18:41 Liberação do 34º Flock 4Y
  • 01:18:52 Liberação do 35º Flock 4Y
  • 01:19:42 Liberação do 36º Flock 4Y
  • 01:19:46 Liberação do Lynk Tower 3
  • 01:20:00 Albânia 1 é liberado
  • 01:20:02 Liberação do Lync Tower 4
  • 01:20:42 Ejeção do YAM-5
  • 01:21:48 Liberação do NewSat 34
  • 01:22:03 Albânia 2 é liberado
  • 01:22:58 Ejeção do X22
  • 01:23:04 Ejeção do X21
  • 01:23:46 Liberação do primeiro Umbra
  • 01:23:50 Liberação do segundo Umbra
  • 01:24:47 Liberação do NewSat 35
  • 01:24:59 Liberação a partir do ION SCV-007 “GLORIOUS GRATIA”
  • 01:26:05 Liberação a partir do ION SCV-008 “FIERCE FRANCIS”
  • 01:26:11 Orbiter SN1 liberado
  • 01:27:31 Ejeção do X27
  • 01:27:34 Skykraft 1 liberado
  • 01:28:10 Liberação do Vigoride 5
  • 01:28:54 CHIMERA LEO 1 liberado
  • 01:31:10 Ejeção do EOS SAT-1

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