China lança terceiro módulo para estação espacial

‘MengTian’ será acoplado ao complexo Tiangong

Fase de lançamento do MengTian pelo foguete Longa Marcha 5B a partir da ilha de Hainan

O foguete chinês Longa Marcha-5B número Y4 foi lançado hoje, 31 de outubro de 2022 às 07:37:23.191 UTC (04:37:23.191 hora de Brasília, 15:37:23.191 locais) transportando o módulo-laboratório Mengtian para a estação espacial Tiangong. O lançamento foi feito a partir de Wenchang, centro de lançamentos na província insular de Hainan. Cerca de oito minutos depois da decolagem, o Mengtian se separou estágio central do foguete e entrou na órbita predefinida (apogeu de 339 km, perigeu de 170 km e inclinação de 41,5°). Às 15:52 de Pequim, a antena de retransmissão foi estendida e por volta das 16:30, os painéis solares também foram estendidos. Mais tarde, a órbita foi alterada para periodo de 90,77 minutos, inclinação de 41,52 graus e apogeu de 333 km por um perigeu de 291 km.

O foguete CZ-5B n° Y4, de 53,66 metros de comprimento e 838,3 toneladas, decolou de Wenchang

 A agência de voos espaciais tripulados CMSA declarou o lançamento um sucesso total, sendo é a 25ª missão desde que o programa espacial tripulado do país (Projeto 921) foi aprovado e iniciado em 1992. O Mengtian (Mèng Tiān Shíyàn Cāng, 梦天实验舱, “Sonho dos Céus”) é o terceiro módulo geral da estação chinesa (Zhōngguó Kōngjiānzhàn, 中国空间站) e o segundo módulo científico; será acoplado ao módulo-base TianHe cerca de treze horas após o lançamento.

Transmissão ao vivo no canal do Homem do Espaço

O módulo tem forma cilíndrica com 17,9 metros de comprimento por
4,20 metros de diâmetro. Dispõe de 32 metros cúbicos de volume interno pressurizado, e é divido em quatro seções principais: compartimento pressurizado frontal, compatimento de experimentos, câmara estanque e compartimento de motores. O Mengtian tem um peso de decolagem de 23.000 kg e foi certificado para uma vida operacional de não menos de dez anos.

O compartimento pressurizado principal tem 9,3 metros de comprimento (sendo o segmento cilíndrico de 6,6 metros) e 4,20 m de diâmetro. Dividido em três segmentos ( trabalho, exercício e armazenamento), pode acomodar treze racks de experimentos – dos quais dez já estão instalados.

No interior do compartimento de cargas úteis está a câmara estanque de 2,30 metros de comprimento por 2,20 metros de diâmetro, dispondo de cerca de 8 metros cúbicos de volume. Podem ser acomodados contêineres e plataformas científicas de 1,15 m por 1,2 m por 0,9 m com massa máxima de 400 kg para serem transferidos para o exterior do módulo.

Antenas e painéis solares estendidos após a entrada em órbita

O compartimento de carga útil tem 4,5 metros de comprimento por 4,10 m de diâmetro, com duas plataformas de 2 por 2,5 metros para fixação de cargas externas. Estão montados no exterior trinta e sete suportes para cargas úteis.

O equipamento científico será usado para estudar a microgravidade e realizar experimentos nas áreas de física dos fluidos, ciências dos materiais, ciências da combustão, física fundamental e projetos hidrofísico.

Os taikonautas Chen Dong, Liu Yang e Cai Xuzhe assistiram ao lançamento ao vivo enquanto estão a bordo da estação espacial

O módulo transporta a CSSARC, uma carga útil de rádio amador proposta pela Amateur Radio Branch da China Radio Association (CRAC), o Shanghai Institute of Astronautical Systems Engineering (ASES) e o Harbin Institute of Technology (HIT). O sistema utiliza a banda de rádio amador em VHF e UHF para voz da tripulação V/V ou U/U; repetidor FM V/U ou U/V; repetidor AFSK V/V ou U/U 1k2 digital; e V/V ou U/U SSTV ou imagem digital.

Resumo do lançamento

A bordo da estação Tiangong, neste momento formada pelo módulo-base TianHe, o módulo de laboratório Wentian, a espaçonave de transporte Shenzhou-14 e o cargueiro espacial Tianzhou-4, os taikonautas Chen Dong, Liu Yang e Cai Xuzhe trabalham em um extenso programa científico. Agora, a estação assume o formato de letra ‘L’, assimétrico, e permanecerá assim até que o novo módulo seja acoplado à frente do TianHe e depois seja movido para o lado esquerdo, completando a construção do complexo orbital chinês. A estação orbital tem uma massa de cerca de 62 toneladas (os módulos TianHe e WenTian pesam 20 toneladas cada, a espaçonave de transporte Shenzhou 14 tem 8 toneladas e o cargueiro espacial Tianzhou-4, cerca de 14 toneladas). Durante a segunda metade de sua estada de seis meses no espaço, eles testemunharão o acoplamento do Mengtian, bem como participarão da primeira rotação de astronautas na estação, quando a tripulação da Shenzhou-15 chegar.

Aspecto exterior do módulo, construído em estrutura de alumínio L10 e com painéis de proteção de micrometeoritos
O módulo é dividido em quatro seções: o compartimento de energia, a eclusa de saída extraveicular cilíndrica, que fica alojada no compartimento de trabalho externo e o compartimento selado principal
Interior do compartimento pessurizado principal com cargas para consumo da tripulação
Compartimento cilíndrico principal
Barril do compartimento de experimentos externos com os painéis de fixação de experimentos a serem instalados por um manipulador remoto
Racks-padrão para experimentos científicos intercambiáveis

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China deve lançar módulo para sua estação espacial amanhã

‘MengTian’ será o segundo elemento do complexo orbital

Transmissão ao vivo no canal do Homem do Espaço

O foguete chinês Longa Marcha-5B número Y4, com o módulo-laboratório Mengtian para a estação espacial da China, está programado decolar em 31 de outubro de 2022 às 07:37UTC (04:37 hora de Brasília). O lançamento será feito a partir do espaçoporto de Wenchang, na província insular de Hainan. O Mengtian (Mèng Tiān Shíyàn Cāng, 梦天实验舱, “Sonho dos Céus”) é o segundo bloco científico da estação espacial chinesa (Zhōngguó Kōngjiānzhàn, 中国空间站), e será acoplado ao módulo-base TianHe horas depois.

Fase de lançamento do MengTian pelo foguete Longa Marcha 5B a partir da ilha de Hainan

O módulo é uma espaçonave cilíndrica de 17,9 metros de comprimento e
4,20 metros de diâmetro. Dispõe de 110 metros cúbicos de volume interno pressurizado, e é divido em quatro seções principais: compartimento pressurizado frontal, compatimento de experimentos, câmara estanque e compartimento de motores. O Mengtian tem um peso de decolagem de 23.000 kg e foi certificado para uma vida operacional de não menos de dez anos.

O compartimento pressurizado principal tem 9,3 metros de comprimento (sendo o segmento cilíndrico de 6,6 metros) e 4,20 m de diâmetro. Dividido em três segmentos ( trabalho, exercício e armazenamento), pode acomodar treze racks de experimentos – dos quais dez já estão instalados.

No interior do compartimento de cargas úteis está a câmara estanque de 2,30 metros de comprimento por 2,20 metros de diâmetro, dispondo de cerca de 8 metros cúbicos de volume. Podem ser acomodados contêineres e plataformas científicas de 1,15 m por 1,2 m por 0,9 m com massa máxima de 400 kg para serem transferidos para o exterior do módulo.

O compartimento de carga útil tem 4,5 metros de comprimento por 4,10 m de diâmetro, com duas plataformas de 2 por 2,5 metros para fixação de cargas externas. Estão montados no exterior trinta e sete suportes para cargas úteis.

O equipamento científico do Mengtian, o segundo módulo-laboratório da estação chinesa em construção, será usado para estudar a microgravidade e realizar experimentos nas áreas de física dos fluidos, ciências dos materiais, ciências da combustão, física fundamental e projetos hidrofísico.

Administração do Programa de Voo Espacial Tripulado da China anunciara em 11 de outubro que especialistas do espaçoporto completaram o abastecimento do módulo. Segundo a CMSA, desde o início de agosto, quando o Mengtian foi entregue em Wenchang, o módulo foi configurado, passou nos testes de solo e a seguir,passou por uma verificação abrangente junto com seu veículo de lançamento. O módulo chegou ao porto de Qinglan da ilha em um navio em 6 de agosto. Já o Longa Marcha-5B Y4 foi entregue no início de setembro.

Resumo do lançamento

A bordo da estação Tiangong, neste momento formada pelo módulo-base TianHe, o módulo de laboratório Wentian, a espaçonave de transporte Shenzhou-14 e o cargueiro espacial Tianzhou-4, os taikonautas Chen Dong, Liu Yang e Cai Xuzhe trabalham em um extenso programa científico. Agora, a estação assume o formato de letra ‘L’, assimétrico, e permanecerá assim até que o novo módulo seja acoplado à frente do TianHe e depois seja movido para o lado esquerdo, completando a construção do complexo orbital chinês. A estação orbital tem uma massa de cerca de 62 toneladas (os módulos TianHe e WenTian pesam 20 toneladas cada, a espaçonave de transporte Shenzhou 14 tem 8 toneladas e o cargueiro espacial Tianzhou-4, cerca de 14 toneladas). Durante a segunda metade de sua estada de seis meses no espaço, eles testemunharão o acoplamento do Mengtian, bem como participarão da primeira rotação de astronautas na estação, quando a tripulação da Shenzhou-15 chegar.

Aspecto exterior do módulo, construído em estrutura de alumínio L10 e com painéis de proteção de micrometeoritos
O módulo é dividido em quatro seções: o compartimento de energia, a eclusa de saída extraveicular cilíndrica, que fica alojada no compartimento de trabalho externo e o compartimento selado principal
Interior do compartimento pessurizado principal com cargas para consumo da tripulação
Compartimento cilíndrico principal
Barril do compartimento de experimentos externos com os painéis de fixação de experimentos a serem instalados por um manipulador remoto
Racks-padrão para experimentos científicos intercambiáveis
O Longa Marcha 5B é um foguete-portador de um estágio e meio usado para lançar módulos pesados da estação espacial chinesa

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China lança satélite de teste

Shiyan- 20C entrou em órbita rara para satélites chineses

Um foguete-portador chinês Longa Marcha-2D (CZ-2D nº Y72) decolou em 29 de outubro de 2022 às 09:01 horário de Pequim (01:01 UTC) da plataforma 94 do Centro de Lançamento Espacial de Jiuquan, colocando em órbita o satélite experimental Shiyan- 20C (试验二十号C卫星, Shìyàn èrshí hào C wèixīng), com os parâmetros iniciais de inclinação de 59,99°; perigeu 749,8 km, apogeu de 796,0 km e período de de 100,30 minutos. O lançamento foi o 490º na história dos lançadores chineses, incluindo o 445º da família de foguetes Longa Marcha, o 173º para o seu subgrupo de Shangai e o 69º para o CZ-2D. Em menos de um ano, doze desses foguetes já foram lançados.

Uma órbita com inclinação de cerca de 60° nunca foi usada por satélites chineses antes. A partir disso, imediatamente se supôs que o novo satélite não estava de forma alguma conectado com projetos anteriores e deveria funcionar de forma independente. Mais tarde, o sistema de rastreio de objetos espaciais detectaram o satélite e o último estágio do foguete em órbitas de 796 x 749 km, inclinada em 60,00 e período de 100,30 minutos e 799 x 761 km, inclinada em 59,91 graus e período de 100,45 minutos.

A capacidade de carga oficial do CZ-2D em uma órbita síncrona do sol a uma altitude de 700 km é de 1.300 kg. Neste caso, no entanto, a massa da espaçonave excedeu as capacidades do transportador. Para ainda enviá-lo em órbita, duas configurações não padronizadas foram tomadas. Primeiramente, a melhor trajetória de lançamento foi selecionada por meio de simulação numérica, o que resultou na escolha da área onde caiu o primeiro estágio. Em segundo lugar, o sistema de controle de atitude foi removido do segundo estágio do foguete, atribuindo suas funções a motores de baixa propulsão, que normalmente são usados ​​para trajetórias precisas. Isso permitiu reduzir o peso final do estágio em cerca de 100 kg e aumentar a capacidade de carga na mesma quantidade.

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SpaceX lançou os ‘Starlinks’ do lote 4-31

Foguete n° B1063.8 colocou 53 satélites em órbita

O foguete F9 B1063.8 decolou de Vandenberg

A SpaceX lançou na quinta-feira, 27 de outubro de 2022, o foguete-portador Falcon9 v1.2 FT Block 5 nº B1063.8 com cinquenta e três satélites Starlink V1.5 para órbita baixa. O foguete de 568.178 kg decolou do Complexo de Lançamento Espacial 4E (SLC-4E) da Base da Força Espacial Vandenberg, na Califórnia às 18h14 PT (22:14 hora de Brasília, 01:14 UTC na sexta-feira, 28 de outubro). Os satélites foram primeiro liberados em uma pilha única numa órbita inicial de 336 x 232 km, inclinada em 53,22 graus em relação ao equador.

O ‘core’ do primeiro estágio B1063.8 desta missão lançou anteriormente os satélites Sentinel-6 Michael Freilich, a sonda de impacto DART e cinco lotes de Starlink. Após a separação, o estágio pousou na balsa-drone Of Course I Still Love You, que estava estacionada no Oceano Pacífico junto com o navio de apoio NRC Quest. As duas conchas da carenagem nariz foram recuperadas no mar. O segundo estágio reentrou no Oceano Pacífico, próximo à costa da Austrália.

Live do lançamento no Canal do Homem do Espaço
Resumo do lançamento

Starlinks

O lote de satélites (exemplares n° 1.724 a 1.776) totalizando 16.271 kg) foi denominado Group 4-31, e faz parte da “concha” (shell) 4; a órbita-alvo é circular, com 540 km.

Mais de dois mil satélites Starlink estão atualmente em órbita e funcionando, cerca de metade da rede planejada de primeira geração da SpaceX de 4.408 unidades. Os aparelhos serão distribuídos em cinco “conchas” orbitais diferentes em diferentes altitudes e inclinações. A SpaceX pretende lançar até 42 mil satélites. A rede transmite sinais de internet de alta velocidade e baixa latência em todo o mundo, alcançando consumidores, comunidades carentes e outros usuários em potencial, como os militares dos EUA. A SpaceX diz que a rede já está disponível para consumidores em 32 países.

Perfil de decolagem

CONTAGEM REGRESSIVA

hh: min:ss            Evento

  • 00:38:00               O diretor de lançamento da SpaceX verifica a carga de propelentes
  • 00:35:00               RP-1 (querosene de grau de foguete) sendo abastecido nos tanques
  • 00:35:00               abastecimento de LOX no primeiro estágio em andamento
  • 00:16:00               Carregamento de LOX do 2º estágio em andamento
  • 00:07:00               Falcon 9 inicia resfriamento dos motores (chilldown)
  • 00:01:00               Computador de voo dá comando para decolagem as verificações finais de pré-lançamento
  • 00:01:00               A pressurização do tanque para a pressão de voo é regulada e conferida
  • 00:00:45               Diretor de lançamento da SpaceX verifica o lançamento
  • 00:00:03               O controlador comanda a sequência de ignição dos motores para decolagem
  • 00:00:00               Decolagem do Falcon 9

LANÇAMENTO, ATERRISSAGEM E LIBERAÇÃO DA CARGA ÚTIL

Todos os tempos aproximados

hh: min ss            Evento

  • 00:01:12               Max Q (momento de máximo de estresse mecânico no foguete)
  • 00:02:27               Corte dos motores principais do 1º estágio (MECO)
  • 00:02:31               1° e 2° estágios separados
  • 00:02:37               Partida do motor do 2º estágio
  • 00:02:45               Liberação de carenagem
  • 00:06:46               Início da queima de entrada do 1º estágio
  • 00:07:05               Queima de entrada do 1º estágio concluída
  • 00:08:27               Início da queima de pouso do 1º estágio
  • 00:08:40               Corte dos motores do 2º estágio (SECO-1)
  • 00:08:48               pouso do 1° estágio
  • 00:15:25               Os satélites Starlink são liberados
Cada satélite Starlink v.15 com link de laser inter-satélite, tem massa de 307 kg

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Nave cargueira russa acoplou-se à ISS

Progress MS-21 trouxe três toneladas para os cosmonautas

Transmissão ao vivo

Na sexta-feira, 28 de outubro de 2022, às 05:48:54, horário de Moscou (2348:54 hora de Brasília no dia 27) a espaçonave de carga Progress MS-21 acoplou no módulo MIM-2 Poisk do segmento russo da Estação Espacial Internacional. A nave entregou cerca de três toneladas de carga para a tripulação da Expedição 68. A nave teve seu lançamento feito na noite do dia 26, decolando do cosmódromo de Baikonur.

Na estação estão os cosmonautas da russos Sergey Prokopiev, Dmitry Petelin e Anna Kikina, os americanos Francisco Rubio, Nicole Mann e Josh Kassada, e o japonês Koichi Wakata.

A nave Progress MS fotografada ao se aproximar da estação

No compartimento pressurizado estavam 1.357 kg de equipamentos para os sistemas do segmento russo, materiais de proteção individual, controle médico, sanitários e higiênicos, roupas, rações e alimentos frescos. Também foram levados cartuchos para experimentos científicos Splanks, Neiroimunitet, Korrektsia, Impakt, Terminator e 3D Pechat. 2.520 kg de cargas, incluindo: No compartimento de tanques de reabastecimento estão 702 quilos de propelentes, 420 kg de água potável no sistema Rodnik e 41 kg de nitrogênio comprimido a serem transferidos para o módulo Zvezda. No total, são 2.520 kg de cargas.

De acordo com o programa russo, as seguintes cargas científicas serão enviadas para a estação:

  • A pilhas Splanks para estudar as peculiaridades do estado do sistema digestivo dos astronautas durante uma longa permanência na ausência de peso;
  • Pilhas Saliva-Immuno e Cosmocard-KRM para a realização o experimentos Neiroimunitet, para estudar as especificidades das respostas imunes em humanos durante e após o vôo orbital; embalagem com consumíveis para o experimento bioquímico Korrektsia, para estudar os mecanismos de alterações nos tecidos ósseos humanos no ambiente espacial; instalação do experimento Impakt, para determinar a contaminação de equipamentos científicos e de serviço localizados fora da estação, para controlar sua condição técnica e segurança toxicológica; um conjunto de câmeras de vídeo para monitorar as camadas superiores da atmosfera na faixa do infravermelho sob o programa do experimento geofísico Terminator. Além disso, as cargas alvo incluem o empilhamento de filamentos em carretéis para a impressora 3D criada na RKK Energia para o desenvolvimento prático de tecnologias de manufatura aditiva no programa 3D Pechat de experimentos de impressão 3D.

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SpaceX lança hoje o grupo 4-31 de ‘Starlinks’

Falcon 9 n° B1063.8 colocará 53 satélites em órbita

Live do lançamento no Canal do Homem do Espaço

A SpaceX marcou para hoje quinta-feira, 27 de outubro de 2022, o lançamento do foguete-portador Falcon9 v1.2 FT Block 5 nº B1063.8 com cinquenta e três satélites Starlink V1.5 para a órbita baixa terrestre. A decolagem será a partir do Complexo de Lançamento Espacial 4E (SLC-4E) na Base da Força Espacial Vandenberg, na Califórnia. A janela de lançamento instantâneo é às 18h14 PT (22:14 hora de Brasília, 01:14 UTC na sexta-feira, 28 de outubro), e uma oportunidade reserva está disponível na sexta-feira, 28 de outubro às 17h52 PT (21:52 hora de Brasília ou 00:52 UTC no sábado, 29 de outubro).

O ‘core’ do primeiro estágio B1063.8 desta missão lançou anteriormente os satélites Sentinel-6 Michael Freilich, a sonda de impacto DART e cinco lotes de Starlink. Após a separação, o estágio pousará na balsa-drone Of Course I Still Love You, que está estacionada no Oceano Pacífico junto com o navio de apoio NRC Quest. O foguete deverá ter um peso de decolagem de 568.178 kg.

As conchas da carenagem de cabeça serão recuperadas no mar. O segundo estágio do foguete reentrará no Oceano Pacífico próximo à costa da Austrália.

Perfil de decolagem
Resumo do lançamento
O foguete F9 B1063.8 deverá ter uma massa na decolagem de 568.178 kg

Starlinks

O lote de satélites (exemplares n° 1.724 a 1.776) totalizando 16.271 kg) é denominado Group 4-31, e faz parte da “concha” (shell) 4; a órbita-alvo é circular, com 540 km, e os satélites serão primeiro liberados em grupo numa órbita inicia de 336 x 232 km, inclinada em 53,22 graus em relação ao equador.

Mais de dois mil satélites Starlink estão atualmente em órbita e funcionando, cerca de metade da rede planejada de primeira geração da SpaceX de 4.408 unidades. Os satélites serão distribuídos em cinco “conchas” orbitais diferentes em diferentes altitudes e inclinações. A SpaceX pretende lançar até 42 mil satélites. A rede transmite sinais de internet de alta velocidade e baixa latência em todo o mundo, alcançando consumidores, comunidades carentes e outros usuários em potencial, como os militares dos EUA. A SpaceX diz que a rede já está disponível para consumidores em 32 países.

CONTAGEM REGRESSIVA

hh: min:ss            Evento

  • 00:38:00               O diretor de lançamento da SpaceX verifica a carga de propelentes
  • 00:35:00               RP-1 (querosene de grau de foguete) sendo abastecido nos tanques
  • 00:35:00               abastecimento de LOX no primeiro estágio em andamento
  • 00:16:00               Carregamento de LOX do 2º estágio em andamento
  • 00:07:00               Falcon 9 inicia resfriamento dos motores (chilldown)
  • 00:01:00               Computador de voo dá comando para decolagem as verificações finais de pré-lançamento
  • 00:01:00               A pressurização do tanque para a pressão de voo é regulada e conferida
  • 00:00:45               Diretor de lançamento da SpaceX verifica o lançamento
  • 00:00:03               O controlador comanda a sequência de ignição dos motores para decolagem
  • 00:00:00               Decolagem do Falcon 9

LANÇAMENTO, ATERRISSAGEM E LIBERAÇÃO DA CARGA ÚTIL

Todos os tempos são aproximados

hh: min ss            Evento

  • 00:01:12               Max Q (momento de máximo de estresse mecânico no foguete)
  • 00:02:27               Corte dos motores principais do 1º estágio (MECO)
  • 00:02:31               1° e 2° estágios separados
  • 00:02:37               Partida do motor do 2º estágio
  • 00:02:45               Liberação de carenagem
  • 00:06:46               Início da queima de entrada do 1º estágio
  • 00:07:05               Queima de entrada do 1º estágio concluída
  • 00:08:27               Início da queima de pouso do 1º estágio
  • 00:08:40               Corte dos motores do 2º estágio (SECO-1)
  • 00:08:48               pouso do 1° estágio
  • 00:15:25               Os satélites Starlink são liberados
Cada satélite Starlink v.15 com link de laser inter-satélite, tem massa de 307 kg

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Progress MS-21 acopla-se hoje à ISS

Nave russa trará três toneladas para a estação espacial

Transmissão ao vivo

A nave espacial cargueira russa Progress MS-21 deverá se acoplar à Estação Espacial Internacional na noite de quinta para sexta-feira, 27 a 28 de outubro de 2022 às 05:49 horário de Moscou (23:49 de Brasília no dia 27). A nave entregará cerca de três toneladas de alimentos, propelente e suprimentos para a tripulação da Expedição 68 a bordo da estação. Desde o seu lançamento na noite do dia 26, a nave fez testes de sistema de controle remoto TORU, seguidos de uma manobra de correção de órbita de um impulso às 04:09:43 UTC produzindo um diferencial de velocidade de ΔV=1,126 m/s. A nave entrou em uma órbita de período de 89,87 minutos, inclinação de 51,67 graus, perigeu de 257,17 km e apogeu de 292,75 km. A Progress assumiu o chamado modo de orientação solar com com o eixo vertical girando em relação ao Sol.

Na ISS, estão a bordo os cosmonautas da Roskosmos Sergey Prokopiev, Dmitry Petelin e Anna Kikina, os astronautas da NASA Francisco Rubio, Nicole Mann e Josh Kassada, bem como o astronauta da JAXA japonesa Koichi Wakata.

Progress MS “11F615A61” do modelo atual

O cargueiro transporta 2.520 kg de cargas, incluindo: 702 kg de propelentes de reabastecimento, 420 kg de água potável nos tanques do sistema Rodnik e 41 kg de nitrogênio comprimido, 1.357 kg de equipamentos, materiais e alimentos. A ISS receberá equipamentos para os sistemas do segmento russo, equipamentos de proteção individual, controle médico e sanitários e higiênicos, roupas, rações e alimentos frescos. Também serão entregues embalagens para experimentos científicos Splanks, Neiroimunitet, Korrektsia, Impakt, Terminator e 3D Pechat.

De acordo com o programa russo, as seguintes cargas científicas serão enviadas para a estação:

  • A pilhas Splanks para estudar as peculiaridades do estado do sistema digestivo dos astronautas durante uma longa permanência na ausência de peso;
  • Pilhas Saliva-Immuno e Cosmocard-KRM para a realização o experimentos Neiroimunitet, para estudar as especificidades das respostas imunes em humanos durante e após o vôo orbital; embalagem com consumíveis para o experimento bioquímico Korrektsia, para estudar os mecanismos de alterações nos tecidos ósseos humanos no ambiente espacial; instalação do experimento Impakt, para determinar a contaminação de equipamentos científicos e de serviço localizados fora da estação, para controlar sua condição técnica e segurança toxicológica; um conjunto de câmeras de vídeo para monitorar as camadas superiores da atmosfera na faixa do infravermelho sob o programa do experimento geofísico Terminator. Além disso, as cargas alvo incluem o empilhamento de filamentos em carretéis para a impressora 3D criada na RKK Energia para o desenvolvimento prático de tecnologias de manufatura aditiva no programa 3D Pechat de experimentos de impressão 3D.

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China deve lançar módulo MengTian no dia 31

Será o segundo elemento da estação espacial chinesa

Fase de lançamento do MengTian pelo foguete Longa Marcha 5B a partir da ilha de Hainan

O foguete Longa Marcha-5B número Y4, com o módulo-laboratório Mengtian como carga útil, foi transportado para sua plataforma de lançamento no espaçoporto chinês de Wenchang, na província insular de Hainan, em 25 outubro de 2022. O Mengtian (Mèng Tiān Shíyàn Cāng, 梦天实验舱, “Sonho dos Céus”) é o segundo bloco científico da estação espacial chinesa (Zhōngguó Kōngjiānzhàn, 中国空间站), e está programado para ser lançado no dia 31 de outubro e acoplado ao módulo-base TianHe horas depois.

A combinação do módulo com o Longa Marcha-5B Y4 foi entregue em Wenchang, na ilha de Hainan para ser processada no prédio de integração e teste pelas equipes da agência de voos espaciais tripulados chinesa CMSA, que anunciou que as instalações e equipamentos do espaçoporto estão em boas condições, estando todas as unidades envolvidas no projeto a realizar os trabalhos preparatórios finais.

O equipamento científico do Mengtian, o segundo módulo-laboratório da estação chinesa em construção, será usado para estudar a microgravidade e realizar experimentos nas áreas de física dos fluidos, ciências dos materiais, ciências da combustão, física fundamental e projetos hidrofísico.

Administração do Programa de Voo Espacial Tripulado da China anunciara em 11 de outubro que especialistas do espaçoporto completaram o abastecimento do módulo. Segundo a CMSA, desde o início de agosto, quando o Mengtian foi entregue em Wenchang, o módulo foi configurado, passou nos testes de solo e a seguir,passou por uma verificação abrangente junto com seu veículo de lançamento. O módulo chegou ao porto de Qinglan da ilha em um navio em 6 de agosto. Já o Longa Marcha-5B Y4 foi entregue no início de setembro.

O Longa Marcha 5B é um foguete-portador de um estágio e meio usado para lançar módulos pesados da estação espacial chinesa
Configuração atual da estação espacial chinesa

A bordo da estação Tiangong, neste momento formada pelo módulo-base TianHe, o módulo de laboratório Wentian, a espaçonave de transporte Shenzhou-14 e o cargueiro espacial Tianzhou-4, os taikonautas Chen Dong, Liu Yang e Cai Xuzhe trabalham em um extenso programa científico. Agora, a estação assume o formato de letra ‘L’, assimétrico, e permanecerá assim até que o novo módulo seja acoplado à frente do TianHe e depois seja movido para o lado esquerdo, completando a construção do complexo orbital chinês. A estação orbital tem uma massa de cerca de 62 toneladas (os módulos TianHe e WenTian pesam 20 toneladas cada, a espaçonave de transporte Shenzhou 14 tem 8 toneladas e o cargueiro espacial Tianzhou-4, cerca de 14 toneladas). Atualmente, o trabalho está indo bem para os tripulantes, que estão em órbita desde 5 de junho. Durante a segunda metade de sua estada de seis meses no espaço, eles testemunharão o acoplamento do Mengtian, bem como participarão da primeira rotação de astronautas na estação, quando a tripulação da Shenzhou-15 chegar.

Transmissão ao vivo no canal do Homem do Espaço

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Rússia lança a Progress MS-21 para a ISS

Nave leva 3 toneladas de carga para a estação espacial

Foguete decola da plataforma 31/6 do complexo Vostok, em Baikonur

Um foguete Soyuz-2.1a lançou a nave Progress MS-21 para reabastecer a Estação Espacial Internacional na noite de terça para quarta-feira, 25 a 26 de outubro de 2022, às 03:20:09 UTC (21:20:29 Brasília no dia 25). O foguete número S15000-057 decolou da plataforma 31/6 do do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. A Progress MS-21 (espaçonave 751) entregará cerca de três toneladas de alimentos, propelente e suprimentos para a tripulação da Expedição 68 a bordo da estação , sendo programada para uma viagem de dois dias e acoplando em 28 de outubro de 2022, às 02:49 UTC (27 de outubro às 23:49 de Brasília).

O lançamento da nave, sua separação do terceiro estágio do foguete, entrada na órbita-alvo inicial de 257 por 282 quilômetros, com período de 89.90 minutos e 51.65° de inclinação a abertura das antenas e painéis solares ocorreram em modo normal.

Fase de lançamento até a entrada em órbita da Progress

O cargueiro deverá entregar à ISS uma carga de 2.520 kg, incluindo: 702 kg de propelentes de reabastecimento, 420 kg de água potável nos tanques do sistema Rodnik e 41 kg de nitrogênio comprimido – bem como 1.357 kg de equipamentos, materiais e alimentos para a Expedição 68 que está a bordo da estação. A ISS receberá equipamentos para os sistemas do segmento russo, equipamentos de proteção individual, controle médico e sanitários e higiênicos, roupas, rações e alimentos frescos. Também serão entregues embalagens para experimentos científicos Splanks, Neiroimunitet, Korrektsia, Impakt, Terminator e 3D Pechat.

Na ISS, a tripulação da 68ª expedição de longa duração composta pelos cosmonautas da Roskosmos Sergey Prokopiev, Dmitry Petelin e Anna Kikina, os astronautas da NASA Francisco Rubio, Nicole Mann e Josh Kassada, bem como o astronauta da JAXA japonesa Koichi Wakata estão esperando os suprimentos chegarem.

Transmissão ao vivo

Este foi o 19º lançamento de um veículo lançador russo em 2022, incluindo o terceiro com um cargueiro Progress. Para o Soyuz-2.1a, este voo foi o 56º, e para as naves da família Progress, o 174º da história (dos quais oitenta e cinco destinados à ISS).
O Soyuz-2.1a é fabricado pela RKTs Progress em Samara, e a espaçonave pela RKK Korolev Energia Raketno Kosmicheskii Korporatisiya.

Resumo do lançamento

De acordo com o programa russo de pesquisa, as seguintes cargas científicas serão enviadas para a estação:

  • A pilhas Splanks para estudar as peculiaridades do estado do sistema digestivo dos astronautas durante uma longa permanência na ausência de peso;
  • Pilhas Saliva-Immuno e Cosmocard-KRM para a realização o experimentos Neiroimunitet, para estudar as especificidades das respostas imunes em humanos durante e após o vôo orbital; embalagem com consumíveis para o experimento bioquímico Korrektsia, para estudar os mecanismos de alterações nos tecidos ósseos humanos no ambiente espacial; instalação do experimento Impakt, para determinar a contaminação de equipamentos científicos e de serviço localizados fora da estação, para controlar sua condição técnica e segurança toxicológica; um conjunto de câmeras de vídeo para monitorar as camadas superiores da atmosfera na faixa do infravermelho sob o programa do experimento geofísico Terminator. Além disso, as cargas alvo incluem o empilhamento de filamentos em carretéis para a impressora 3D criada na RKK Energia para o desenvolvimento prático de tecnologias de manufatura aditiva no programa 3D Pechat de experimentos de impressão 3D.
Foguete Soyuz 2.1a pesa 313 toneladas na decolagem e seus motores RD-107A e RD-108A geram 420 toneladas-força de empuxo inicial

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Brasil lança foguete para experimentos de microgravidade

VSB-30 V29 decolou de Alcântara

Foguete decolou de Alcântara para voo suborbital
Camapanha de lançamento Santa Branca

No Dia do Aviador e Dia da Força Aérea Brasileira, 23 de outubro de 2022, engenheiros do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, lançaram o foguete-portador suborbital VSB-30, carregando a Plataforma Suborbital de Microgravidade PSM, desenvolvida pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE).O foguete decolouàs 14:20 hora de Brasília e atingiuapogeu de 227 km a T+ 4 min 1 s, e o voo durou 7 minutos e 44 segundos. A cabeça de carga útil caiu a 185 quilômetros da costa, e militares da FAB, num esquadrão de helicópteros, recuperaram o dispositivo no oceano Atlântico. A campanha de lançamento foi batizada Operação Santa Branca. O veículo VSB-30 V29 foi composto pelos dois estágios de propulão e o módulo de carga útil do Modelo de Qualificação da Plataforma Suborbital de Microgravidade (MQ-PSM). Como parte da carga alojada na cabeça, estava instalado o experimento científico Forno Multiusuários, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). “O Brasil já poderá prover, de forma autônoma, serviços de experimentação em ambiente microgravidade, usando o Centro Espacial de Alcântara, o foguete VSB-30 e a PSM. Abriremos, também, um mercado para a indústria espacial brasileira, para os empreendedores e para as Instituições de Ciência e Tecnologia”, explicou o presidente da AEB.

Fooguete VSB-30

Pesquisa em microgravidade

Recuperação de carga útil no oceano

O Programa Microgravidade foi criado em outubro de 1998, por meio da Resolução nº 36, do Conselho Superior da AEB. Teve sua última reestruturação em janeiro de 2015. O objetivo é viabilizar a realização de experimentos científicos e de desenvolvimento tecnológico, por meio de seleção, com base no mérito científico-acadêmico-tecnológico, de propostas submetidas a Anúncios de Oportunidades (AOs). APSM foi desenvolvida por meio de uma parceria entre a Agência Espacial Brasileira, aOrbital Engenharia, a Financiadora de Estudos e ProjetosFinepe oIAE.Após a qualificação, a plataformajá poderá ser utilizada para experimentos em microgravidade. “Ressalta-se que desde a concepção da PSM, houve intensos esforços de desenvolvimento de tecnologia no mercado nacional. Há interesse em prover serviços de experimentos em microgravidade no Brasil”.

A PSM é composta pelomódulo de controle, módulo de gás frio e módulo de recuperação sendo uma caixa hermética que tem compartimentos pressurizados ou vazados, e que permite a opção de serviço tardio em condições especiais. Cada módulo a ser montado nas gavetas de experimentos pode ter uma massa de até 30 kg, com um total de até 60 kg para configuração mínima e de até 75kg para outrasb configurações. O compartimento na configuração básicaé um cilindro de 6 metros de comprimento e 43,8 centímetros de diâmetro dependendo da quantidade de módulos montados. A PSM é uma estrutura de suporte físico e alimentação de energia para os experimentos modulares transportados, e possui um sistema integrado de telemetria que faz a transmissãode dados do voo e da situação dos experimentos, e representa a estréia do Brasil na construção deste tipo de plataforma – pois ante hoje o país usava a plataforma “MicroG” desenvolvida pela agência espacial alemãDLR.

Comitiva oficial de autoridades presentes ao lançamento

Segundo a mídia oficial do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação,o MinistroPaulo Alvim e comitiva composta de diretores, secretários e chefes de gabinetes, assistiu ao lançamento em Alcântara, junto com o presidente da Agência Espacial Brasileira Carlos Augusto Teixeira de Moura. “Primeiramente, temos que comemorar o sucesso da Operação Santa Branca. É motivo de orgulho vermos a competência dos profissionais brasileiros, que não desistiram do sonho de realizar lançamentos aqui no CLA. O VSB-30 é um foguete brasileiro e, isso será o início de um ciclo de muitas conquistas que, com certeza, virão”, disse o ministroAlvim. “A Operação Santa Branca se concretizou com sucesso. Houve uma grande preparação com as equipes do Instituto de Aeronáutica e Espaço e da Empresa ORBITAL, que fizeram a PSM, um experimento que estamos em processo de homologação. Foram meses de preparação para esse momento e, para nós do CLA, é uma sensação de dever cumprido. Agora temos todos os dados necessários para apresentar às empresas lançadoras”, relatou o Diretor do CLA, Fernando Benitez Leal.

As pesquisas conduzidas em ambientes de microgravidade geralmente se concentram em aparelhos instalados em espaçonaves em órbita. No entanto, experimentos em ambientes de baixa gravidade estão produzindo cada vez mais dados científicos – desde a expansão da compreensão da composição microbiana até a criação de materiais eficientes e adaptados para aplicações cotidianas. Veículos suborbitais comerciais estão se tornando plataformas comuns para pesquisa em muitas áreas, incluindo física fundamental. O surgimento de plataformas comerciais de pesquisa suborbital está permitindo acesso sem precedentes ao ambiente espacial para cientistas, pesquisadores e estudantes conduzirem pesquisas de ponta. Unicamente, provedores suborbitais comerciais podem oferecer a pesquisadores e cientistas vários minutos de microgravidade de alta qualidade, acesso à carga no mesmo dia, flexibilidade de instrumentos e cadência de voo frequente a um custo significativamente reduzido.

Segurança no polígono de lançamento

“A fim de garantir o total sucesso da Operação Santa Branca, diversas medidas de segurança foram tomadas. Para a população que mora na região do CLA, a FAB emitiu comunicados alertando toda a população. Além disso, pescadores e ribeirinhos foram orientados quanto a pesca no local. O mesmo cuidado foi feito com relação ao espaço aéreo, que estava bloqueado para voos na região. De acordo com o Tenente-Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo, a segurança é o item fundamental para o sucesso da operação. Na questão orgânica, o Grupo de Segurança e Defesa (GSD) fez toda a escolta do foguete até chegar à área de integração do veículo. “Fizemos toda vigilância de área, com o controle de acesso e de imagens. Fizemos um trabalho perimetral com a colocação de barreiras que pudessem garantir a total segurança de todas as pessoas”, explicou o oficial. Já com relação à segurança do lançamento, o cuidado foi criterioso, principalmente pelo fato de, aproximadamente, 95% da carga ser composta por combustível. Nessa questão, o Tenente-Coronel Moreira relatou que o foguete do Programa Espacial Brasileiro trabalha com combustível sólido, assim, para evitar incidentes, foram realizados testes de descargas eletrostáticas e o isolamento total da aérea de lançamento. “Fizemos o monitoramento de todas as questões possíveis que poderiam ocorrer e eliminamos todas elas. Além disso, nos resguardamos para que qualquer situação fosse resolvida e sanada. Com todos esses cuidados, atingimos o nosso objetivo e a missão foi um sucesso”.

VSB-30

O veículo de sondagem VSB-30 é um foguete suborbital com dois estágios de propelente sólido com capacidade de transportar cargas úteis científicas e tecnológicas de 400 kg, para experimentos na faixa de 270 km de altitude. Para experimentos em ambiente de microgravidade, o foguete permite que a carga útil permaneça cerca de seis minutos acima da altitude de 110 km. O VSB-30 surgiu de uma consulta do Centro Espacial Alemão (DLR) ao Instituto de Aeronáutica e Espaço do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial DCTA sobre a possibilidade de desenvolver um propulsor a ser utilizado como booster (motor de decolagem) para o veículo de sondagem VS-30, de forma a incrementar sua performance para emprego no Programa Europeu de Microgravidade e do interesse da Agência Espacial Brasileira em desenvolver experimentos na área de microgravidade. O seu desenvolvimento iniciou em 2001 e o primeiro voo ocorreu em 23 de outubro de 2004, de Alcântara , durante a Operação Cajuana. Sua primeira missão operacional ocorreu em novembro de 2005, quando o VSB-30 V02 decolou de ESRANGE , na Suécia, levando a carga TEXUS 42 . O processo de certificação do VSB-30 ocorreu junto ao Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), este que é Órgão Certificador Espacial (OCE) delegado pela AEB.

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Russos lançarão a Progress MS-21 hoje à noite

Cargueiro espacial levará mais material para cosmonautas em órbita

Fase de lançamento até a entrada em órbita da espaçonave

O lançamento do foguete russo Soyuz-2.1a com a espaçonave cargueira Progress MS-21 está programado para a noite de 25 para 26 de outubro de 2022 às 03:20:09 UTC (21:20:29 Brasília, dia 25). O programa de voo prevê um esquema de encontro autônomo padrão de dois dias até a acoplagem com a estação espacial internacional. O cargueiro (máquina 11F615A61 número 451) deverá entregar à ISS uma carga de 2.520 kg, incluindo: 702 kg de propelentes de reabastecimento, 420 kg de água potável nos tanques do sistema Rodnik e 41 kg de nitrogênio comprimido – bem como 1.357 kg de equipamentos, materiais e alimentos para a Expedição 68 que está a bordo da estação. A ISS receberá equipamentos para os sistemas do segmento russo, equipamentos de proteção individual, controle médico e sanitários e higiênicos, roupas, rações e alimentos frescos. Também serão entregues embalagens para experimentos científicos Splanks, Neiroimunitet, Korrektsia, Impakt, Terminator e 3D Pechat.

Transmissão ao vivo
Resumo do lançamento

O foguete Soyuz (máquina 14A14 2.1A), número de série S15000-057, decolará do complexo de lançamento Vostok, plataforma 31/6 do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.

De acordo com o programa russo de pesquisa, as seguintes cargas científicas serão enviadas para a estação:

  • A pilhas Splanks para estudar as peculiaridades do estado do sistema digestivo dos astronautas durante uma longa permanência na ausência de peso;
  • Pilhas Saliva-Immuno e Cosmocard-KRM para a realização o experimentos Neiroimunitet, para estudar as especificidades das respostas imunes em humanos durante e após o vôo orbital; embalagem com consumíveis para o experimento bioquímico Korrektsia, para estudar os mecanismos de alterações nos tecidos ósseos humanos no ambiente espacial; instalação do experimento Impakt, para determinar a contaminação de equipamentos científicos e de serviço localizados fora da estação, para controlar sua condição técnica e segurança toxicológica; um conjunto de câmeras de vídeo para monitorar as camadas superiores da atmosfera na faixa do infravermelho sob o programa do experimento geofísico Terminator. Além disso, as cargas alvo incluem o empilhamento de filamentos em carretéis para a impressora 3D criada na RKK Energia para o desenvolvimento prático de tecnologias de manufatura aditiva no programa 3D Pechat de experimentos de impressão 3D.
Foguete instalado na plataforma 31/6 do complexo Vostok, em Baikonur
Foguete Soyuz 2.1a tem 313 toneladas na decolagem e 420 toneladas-força de empuxo inicial

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Rússia lança quatro satélites usando novo combustível

Três Gonets M e um Skif-D decolaram de Vostochniy

Foguete é transportado em carreta ferroviária para a plataforma em Vostochniy

O foguete Soyuz-2.1b número Kh15000-011 foi lançado do cosmódromo de Vostochniy com três satélites de comunicação Gonets-M e o primeiro satélite do projeto Sfera. O foguete, com um estágio superior Fregat-M, decolou hoje, 22 de outubro de 2022, às 22h57 horário de Moscou (16:57 de Brasília). Os satélites do sistema de comunicações Gonets M Bloco 18 nº 33, 34 e 35 e o Skif-D do Sfera foram inseridos pelo estágio Fregat em um órbita circular, circumpolar com inclinação de 82,5˚, com apogeu/ perigeu de até 1.500 km. O período de revolução deve ser de 116 minutos. O foguete foi construído pelo TsSKB Progress, o estágio Fregat pela Lavochkin e os satélites pela Reshetnev.

Transmissão ao vivo do Homem do Espaço

Este foi o primeiro lançamento do de um Soyuz-2 inteiramente usando um combustível novo e altamente ecológico, o naftil. Anteriormente, apenas o terceiro estágio dos Soyuz-2.1b e o segundo do modelo Soyuz-2.1v eram abastecidos com este propelente. O naftil é um tipo de combustível de hidrocarboneto ambientalmente seguro usando aditivos poliméricos. Suas vantagens são a redução de emissões nocivas e um aumento nas cargas úteis que podem ser lançadas em órbita. Uma das principais razões para mudar de querosene para naftil foi o esgotamento do campo Anastasievsko-Troitskoye no território de Krasnodar.

Fases iniciais do voo do foguete, da decolagem à separação do bloco acelerador Fregat

Gonets

Gonets-M é parte do Sistemas de Comunicação por Satélite de Baixa Órbita Terrestre – Nizkoorbital’nyye Sputnikovyye Sistemy Svyazi (NSSS)

O Gonets é um “sistema de comunicação pessoal por satélite multifuncional”, ou Mnogofunktsional’naya Sistema Personal’noy Sputnikovoy Svyazi (MSPSS) . O sistema está sendo desenvolvido por ordem da agência espacial Roskosmos. O desenvolvedor líder é a M. F. Reshetnev Information Satellite Systems e o operador é a Gonets Satellite System JSC (AO Sputnikovaya Sistema Gonets). Os satélites de órbita baixa são projetados para transmitir dados e dar serviços de comunicações móveis para assinantes móveis e estacionários em qualquer lugar da Terra. Desde 2005, vinte e dois satélites deste tipo foram colocados em órbita. Em 2015, entrou em operação o sistema multifuncional de comunicação Gonets-D1M usando modelos Gonets-M. Cada espaçonave tem uma massa de 280kg e um tempo de vida ativa de cerca de 5 anos. A potência do sistema de eletricidade é de 200 Watts.

A escolha da estrutura orbital do sistema Gonets foi desenhada para prover um número mínimo de satélites que ofereçam cobertura contínua única (com probabilidade ‘P’) e global, sob as seguintes restrições:

  • As altitudes de todas as espaçonaves são iguais a 1.500 km e todas as órbitas têm a mesma excentricidade e inclinação nominal;
  • Três satélites em cada plano;
  • Para manter as características espaço-temporais da constelação orbital durante todo o período de existência ativa da espaçonave cada uma tem um suprimento de “corpo de trabalho” suficiente para corrigir a órbita de acordo com os comandos da Terra por cinco a sete anos.
  • A formação adotada da constelação com doze espaçonaves Gonets-M em órbita baixa , três em quatro planos, deve garantir o tempo mínimo de espera de comunicação em um ângulo de elevação igual ou maior a 10 graus e uma probabilidade de P=0,9.
Resumo do lançamento

Skif-D

Skif-D

Já o satélite de demonstração Skif-D foi desenhado para testar soluções técnicas para acesso à Internet de alta velocidade e proteção do recurso de frequência orbital. A massa do satélite é de 200 kg e seu consumo de energia de cerca de 250 watts. Ele será colocado órbita circular média a uma altitude de 8.070 km, com prazo de existência ativa de três anos. A área total das baterias solares é de 1,65 metros quadrados, e a potência no final da vida ativa deve ser de cerca de 200 watts. É o primeiro veículo do projeto federal Sfera, que incluirá cinco constelações de comunicações por satélite (Yamal, Express-RV, Express, Skif e Marathon) e cinco constelações de satélites de sensoriamento remoto (Berkut-X, Berkut-O, Berkut-VD, Berkut-S e Smotr). O Skif-D foi fabricado pela empresa ISS para resolver as tarefas prioritárias do projeto Sfera. Ele abrirá o caminho para um sistema de comunicações via satélite em grande escala em órbitas médias, e será usado para desenvolver tecnologias para fornecer acesso à Internet de banda larga em toda a Rússia, incluindo o Extremo Norte e o Ártico. Graças ao trabalho a internet via satélite estará disponível em todas as áreas escassamente povoadas do país onde não há linhas de comunicação terrestre.
A espaçonave Skif-D será o primeiro satélite russo a operar a uma altitude de 8.000 quilômetros. Comparada com a órbita geoestacionária, este tipo de órbita tem uma série de vantagens. Em particular, a transferência de uma grande quantidade de dados com atrasos mínimos. Durante os testes do Skif-D, está previsto investigar sua estabilidade, bem como o nível de radiação que o afetará nessas altitudes. Além disso, entre as tarefas do demonstrador está a qualificação de voo de novos equipamentos russos para sistemas de serviço e carga útil, incluindo canais transceptores de banda Ka.

A Ruselektroniks Holding da Rostec State Corporation (Gosudarstvennaya Korporatsiya po Sodeystviyu Razrabotke, Corporação Estatal de Assistência ao Desenvolvimento, Produção e Exportação de Produtos Industriais de Alta Tecnologia) instalou um novo tipo de tubo de ondas viajantes TWT na espaçonave. Uma TWT é o principal elemento de um amplificador de potência instalado em um satélite de comunicação e projetado para retransmitir um sinal de rádio da superfície da Terra. O tubo de onda viajante (travelling wave tubes – TWT) A-2015 , o principal elemento do amplificador de potência, foi desenvolvido e fabricado pela NPP Almaz, parte da Ruselektroniks, no interesse da JSC Russian Space Systems, uma empresa da Roskosmos. O TWT opera na banda Ka, tem um peso de menos de 1 kg e uma vida útil de até 15 anos.

O foguete 14A14 2.1B ‘Soyuz 2.1b’ tem 46,3 metros de comprimento e 316 toneladas de massa na decolagem. Para a colocação precisa de satélites em órbitas-alvo, usa um estágio Fregat-M para inserção final

“LBV A-2015 é uma continuação da nossa linha leve de alto desempenho. Eles são totalmente compatíveis com outros novos produtos da empresa para o espaço, como elementos de microondas – interruptores e adaptadores. Assim, estamos expandindo ainda mais a gama de produtos para completar as naves espaciais russas com uma base de componentes eletrônicos nacionais. Os maiores fabricantes de equipamentos de bordo já se interessaram por novos tipos de TWTs e elementos de micro-ondas, e já estão em andamento negociações sobre o fornecimento de produtos para a conclusão de naves espaciais, cujo lançamento está previsto para 2024-2027”, disse Mikhail Apin , Diretor Geral da NPP Almaz . A NPP Almaz é desenvolvedora de 36 tipos de tubos de ondas TWT para veículos espaciais. Até o momento, a empresa fabricou e entregou mais de 1.500 produtos, cujo tempo total de operação no espaço é superior a 36 milhões de horas.

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LVM3 Bahubali lançou 36 Onewebs

… e o foguete indiano pesado entra no mercado comercial de satélites

O veículo de lançamento indiano LVM3 número M2 foi lançado no sábado, 22 de outubro de 2022, com 36 satélites de comunicações para a constelação da empresa britânica OneWeb. O lançamento foi transmitido pela Organização de Pesquisa Espacial Indiana (ISRO) e foi realizado às 00:07, hora local (15:37, horário de Brasilia) da plataforma 2 do Centro Espacial Satish Dhawan, localizado na ilha de Sriharikota, no sudeste da Índia. Os satélites foram colocados em uma incial inclinada em 87,4° em relação ao equador, a 601 km de altitude média. O lançamento é parte de um contrato assinado em abril entre a OneWeb e a unidade comercial NewSpace India da ISRO. De acordo com a OneWeb, os dispositivos farão parte de uma constelação em órbita baixa da Terra, que conta atualmente com 428 satélites. O número total do grupo deve ser de 648 unidades.

Foguete LVM-3 ‘Bahubali’ decolou de Shriharikota

O foguete de 644 toneladas decolou apontando para um azimute de lançamento de 176,3°, para a seguir fazer uma manobra de ‘perna-de-cachorro’ (dog-leg) para o sul e assumir a inclinação desejada.

Fases de lançamento, até a separação da carga útil
O foguete tem uma capacidade de desempenho de 4.300 kg para transferencia geoestacionária GTO; capacidade de 10.000 kg em órbita baixa

A NewSpace India Limited (NSIL), um empresa sob o Departamento de Espaço e o braço comercial da ISRO), assinou dois contratos de serviço de lançamento com a OneWeb, uma empresa anglo-indiana, pelo lançamento dos satélites de comunicação de banda larga. É o primeiro lançamento comercial do LVM3 sob demanda através da NSIL. Este contrato com a OneWeb é um marco para a NSIL e a ISRO, pois o foguete Bahubali (“Garoto Forte”) está entrando no mercado global de serviços de lançamento comercial. A OneWeb é uma rede global de comunicações partir do espaço, permitindo conectividade para governos, empresas e comunidades, e está implementando uma constelação de satélites de órbita terrestre baixa. A firma Bharti, da Índia, atua como grande investidor e acionista.

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Rússia lança quatro satélites hoje

Três Gonets M e um Skif-D decolarão de Vostochniy

Transmissão ao vivo do Homem do Espaço

O foguete Soyuz 2.1b Soyuz-2.1b número Kh15000-011 com um estágio superior Fregat deve ser lançado hoje, 22 de outubro de 2022, às 22h57 horário de Moscou (16:57 de Brasília), a partir do cosmódromo de Vostochniy. Os satélites do sistema de comunicações Gonets M Bloco 18 nº 33, 34 e 35 e o Skif-D serão colocados em órbita. O lançamento do trio de veículos com números 33, 34 e 35 deve aumentar a constelação regular do sistema sendo inseridos em órbita circular, circumpolar com inclinação de 82,5˚, com apogeu/ perigeu de até 1.500 km. O período de revolução deve ser de 116 minutos. Os satélites serão lançados em um dos quatro planos orbitais do sistema e fazem parte do Programa Espacial Federal Russo para 2016-2025, que inclui a manutenção da constelação orbital. O aumento da constelação com novos satélites permite manter continuamente o sistema em estado de prontidão operacional. O foguete foi construído pelo TsSKB Progress, o estágio superior Fregat pela Lavochkin e os satélites pela Reshetnev.

Fases iniciais do voo do foguete, da decolagem à separação do bloco acelerador Fregat

Este será o primeiro lançamento do de um Soyuz-2 inteiramente usando um combustível novo e altamente ecológico, o naftil. Anteriormente, apenas o terceiro estágio dos Soyuz-2.1b e o segundo do modelo Soyuz-2.1v eram abastecidos com este propelente. O último Soyuz-2 de Vostochniy, com o primeiro e segundo estágios usando querosene tradicional, foi lançado em outubro de 2021.

O naftil é um tipo de combustível de hidrocarboneto ambientalmente seguro usando aditivos poliméricos. Suas vantagens são a redução de emissões nocivas e um aumento nas cargas úteis que podem ser lançadas em órbita. Uma das principais razões para mudar de querosene para naftil foi o esgotamento do campo Anastasievsko-Troitskoye no território de Krasnodar.

Foguete é transportado em carreta ferroviária para a plataforma em Vostochniy

Gonets

Gonets-M é parte do Sistemas de Comunicação por Satélite de Baixa Órbita Terrestre – Nizkoorbital’nyye Sputnikovyye Sistemy Svyazi (NSSS)

O Gonets é um “sistema de comunicação pessoal por satélite multifuncional”, ou Mnogofunktsional’naya Sistema Personal’noy Sputnikovoy Svyazi (MSPSS) . O sistema está sendo desenvolvido por ordem da agência espacial Roskosmos. O desenvolvedor líder é a M. F. Reshetnev Information Satellite Systems e o operador é a Gonets Satellite System JSC (AO Sputnikovaya Sistema Gonets). Os satélites de órbita baixa são projetados para transmitir dados e dar serviços de comunicações móveis para assinantes móveis e estacionários em qualquer lugar da Terra. Desde 2005, vinte e dois satélites deste tipo foram colocados em órbita. Em 2015, entrou em operação o sistema multifuncional de comunicação Gonets-D1M usando modelos Gonets-M. Cada espaçonave tem uma massa de 280kg e um tempo de vida ativa de cerca de 5 anos. A potência do sistema de eletricidade é de 200 Watts.

A escolha da estrutura orbital do sistema Gonets foi desenhada para prover um número mínimo de satélites que ofereçam cobertura contínua única (com probabilidade ‘P’) e global, sob as seguintes restrições:

  • As altitudes de todas as espaçonaves são iguais a 1.500 km e todas as órbitas têm a mesma excentricidade e inclinação nominal;
  • Três satélites em cada plano;
  • Para manter as características espaço-temporais da constelação orbital durante todo o período de existência ativa da espaçonave cada uma tem um suprimento de “corpo de trabalho” suficiente para corrigir a órbita de acordo com os comandos da Terra por cinco a sete anos.
  • A formação adotada da constelação com doze espaçonaves Gonets-M em órbita baixa , três em quatro planos, deve garantir o tempo mínimo de espera de comunicação em um ângulo de elevação igual ou maior a 10 graus e uma probabilidade de P=0,9.

Skif-D

Skif-D

Já o satélite de demonstração Skif-D foi desenhado para testar soluções técnicas para acesso à Internet de alta velocidade e proteção do recurso de frequência orbital. É o primeiro veículo do projeto federal Sfera, que incluirá cinco constelações de comunicações por satélite (Yamal, Express-RV, Express, Skif e Marathon) e cinco constelações de satélites de sensoriamento remoto (Berkut-X, Berkut-O, Berkut-VD, Berkut-S e Smotr). O satélite demonstrador Skif-D foi fabricado pela empresa ISS em pouco tempo para resolver as tarefas prioritárias do projeto Sfera. Ele abrirá o caminho para a implantação de um sistema de comunicações via satélite em grande escala em órbitas médias, e será usado para desenvolver tecnologias para fornecer acesso à Internet de banda larga em toda a Rússia, incluindo o Extremo Norte e o Ártico. Graças ao trabalho da espaçonave do sistema Skif, a internet via satélite estará disponível em todas as áreas escassamente povoadas do país onde não há linhas de comunicação terrestre.
A espaçonave Skif-D é “única em seu propósito”, segundo a mídia russa. Será o primeiro satélite russo a operar a uma altitude de 8.000 quilômetros. Comparada com a órbita geoestacionária, este tipo de órbita tem uma série de vantagens. Em particular, a transferência de uma grande quantidade de dados com atrasos de tempo mínimos. Durante os testes de voo do aparelho Skif-D, está previsto investigar sua estabilidade, bem como o nível de radiação que o afetará nessas altitudes. Além disso, entre as tarefas do satélite demonstrador está a qualificação de voo de novos equipamentos russos para sistemas de serviço e carga útil, incluindo canais transceptores de banda Ka.

O foguete 14A14 2.1B ‘Soyuz 2.1b’ tem 46,3 metros de comprimento e 316 toneladas de massa na decolagem. Para a colocação precisa de satélites em órbitas-alvo, usa um estágio Fregat-M para inserção final

A massa do satélite é de 200 kg e seu consumo de energia de cerca de 250 watts. Ele será colocado órbita circular média a uma altitude de 8.070 km, com prazo de existência ativa de três anos. A área total das baterias solares é de 1,65 metros quadrados, e a potência no final da vida ativa deve ser de cerca de 200 watts.

A Ruselektroniks Holding da Rostec State Corporation (Gosudarstvennaya Korporatsiya po Sodeystviyu Razrabotke, Corporação Estatal de Assistência ao Desenvolvimento, Produção e Exportação de Produtos Industriais de Alta Tecnologia) instalou um novo tipo de tubo de ondas viajantes TWT na espaçonave. Uma TWT é o principal elemento de um amplificador de potência instalado em um satélite de comunicação e projetado para retransmitir um sinal de rádio da superfície da Terra. O tubo de onda viajante (travelling wave tubes – TWT) A-2015 , o principal elemento do amplificador de potência, foi desenvolvido e fabricado pela NPP Almaz, parte da Ruselektroniks, no interesse da JSC Russian Space Systems, uma empresa da Roskosmos. O TWT opera na banda Ka, tem um peso de menos de 1 kg e uma vida útil de até 15 anos.

“LBV A-2015 é uma continuação da nossa linha leve de alto desempenho. Eles são totalmente compatíveis com outros novos produtos da empresa para o espaço, como elementos de microondas – interruptores e adaptadores. Assim, estamos expandindo ainda mais a gama de produtos para completar as naves espaciais russas com uma base de componentes eletrônicos nacionais. Os maiores fabricantes de equipamentos de bordo já se interessaram por novos tipos de TWTs e elementos de micro-ondas, e já estão em andamento negociações sobre o fornecimento de produtos para a conclusão de naves espaciais, cujo lançamento está previsto para 2024-2027”, disse Mikhail Apin , Diretor Geral da NPP Almaz . A NPP Almaz é desenvolvedora de 36 tipos de tubos de ondas TWT para veículos espaciais. Até o momento, a empresa fabricou e entregou mais de 1.500 produtos, cujo tempo total de operação no espaço é superior a 36 milhões de horas.

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Bahubali indiano lança Onewebs hoje

Foguete assume lançamentos da operadora de internet

O foguete mais possante da Organização Indiana de Pesquisa Espacial, Indian Space Research Organisation ISRO, o LVM3 número M2, lançará trinta e seis satélites de banda larga da start-up britânica OneWeb a partir do centro espacial de Sriharikota, na costa leste da Índia. O lançamento está marcado para hoje, 22 de outubro de 2022 às 18:37 UTC (15:37 de Brasília). Os satélites serão colocados em órbita incial inclinada em 87,4° em relação ao equador, a 601 km de altitude média. O foguete de 640 toneladas decolará apontando para um azimute de lançamento de 176,3°, apara a seguir fazer uma manobra de ‘perna-de-cachorro’ (dog-leg) para o sul e assumir a inclinação desejada.

O foguete tem uma capacidade de desempenho de 4.300 kg para transferencia geoestacionária GTO; capacidade de 10.000 kg em órbita baixa
Fases de lançamento, até a separação da carga útil
O foguete tem uma capacidade de desempenho de 4.300 kg para transferencia geoestacionária GTO; capacidade de 10.000 kg em órbita baixa

A NewSpace India Limited (NSIL), um empresa sob o Departamento de Espaço e o braço comercial da ISRO), assinou dois contratos de serviço de lançamento com a OneWeb, uma empresa anglo-indiana, pelo lançamento dos satélites de comunicação de banda larga. É o primeiro lançamento comercial do LVM3 sob demanda através da NSIL. Este contrato com a OneWeb é um marco para a NSIL e a ISRO, pois o foguete Bahubali (“Garoto Forte”) está entrando no mercado global de serviços de lançamento comercial. A OneWeb é uma rede global de comunicações partir do espaço, permitindo conectividade para governos, empresas e comunidades, e está implementando uma constelação de satélites de órbita terrestre baixa. A firma Bharti, da Índia, atua como grande investidor e acionista.

Satélites sendo encapsulados na coifa de cabeça do foguete

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Rússia lança satélites militares

Cosmos 2561 e 2562 foram lançados de Plesetsk

Foguete Soyuz 2.1v decola de Plesetsk

Um foguete Soyuz-2.1v foi lançado do cosmódromo de Plesetsk, na região de Arkhangelsk, com dois satélites militares secretos que foram batizados com o nomes de fantasia Cosmos-2561 e Cosmos-2562. O lançamento foi feito por volta das 22.20:15, horário de Moscou (16.20:15 hora de Brasília). As espaçonaves entrou na órbita alvo no tempo estimado, o lançamento ocorreu no modo normal. De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, “a conexão de telemetria estável fooi mantida no dispositivo, os sistemas de bordo estão funcionando normalmente”. As metas e objetivos dos satélite militares são secretos.

O sistema norte-americano de detecção de objetos em órbita rastreou os satélites e o estágio superior Volga, relatando os objetos nos seguintes parâmetros orbitais: Cosmos-2561 em apogeu de 407 x perigeu de 420 km, inclinado em 97,08°, Cosmos-2562 em 407 x 419 km x 97,08° e o terceiro – o estágio Volga – em 188 x 403 km x 97,08.

Trajetória de lançamento

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Soyuz 2.1 usando naftil

Motores adaptados ao combustível para os foguetes Soyuz-2 são padrão agora

Os testes do motor RD-108A funcionando com naftil foram concluídos, segundo a Obyedinennaya Dvigatelestroitelnaya Korporatsiya, ODK, associada à empresa estatal Rostekh Rostekhnologii.

O motor para & nbsp; "Soyuz-2" funcionando com & nbsp; novo combustível foi testado

O combustível naftil em vez de querosene foi usado pela primeira vez em novembro de 2017 – quando um Soyuz-2 foi lançado de Vostochny, com o terceiro estágio do foguete foi abastecido com ele. Decolagens usando naftil no primeiro e segundo estágios da Soyuz não foram realizados antes.

A substituição do querosene por naftil faz parte do programa de modernização do foguete Soyuz-2 para lançamentos de Vostochny. A agência relata que o primeiro e o segundo estágios de todos os foguetes da família Soyuz foram equipados com motores RD-107 / RD-108 por 60 anos. Todo esse tempo, os motores funcionam com querosene, e oxigênio como oxidante. O naftil é um tipo de combustível de hidrocarboneto que não agride o meio ambiente com o uso de aditivos de polímero. Seu uso aumenta a carga útil de veículos lançadores de classe média de três estágios lançados em órbitas de todos os tipos.

Anteriormente, foi relatado que o naftil “não é uma mistura de ‘hidrogênio, oxigênio e querosene’, mas um combustível hidrocarboneto com características de querosene bem purificado (…) desde 1985”. Assim escreveu o então vice-chefe da Roskosmos, Alexander Lopatin em 2013. Lopatin também observou que o naftil difere do querosene T-1 então usado no Soyuz por ter um teor relativamente menor de compostos aromáticos e um teor maior de naftenos. As propriedades físico-químicas e tóxicas do querosene T-1 e do naftil (o RG-1) são aproximadamente as mesmas. O motivo do anúncio era, então, a insatisfação dos moradores da Região de Amur com a construção do cosmódromo de Vostochny e o provável uso de propelentes hipergólicos tóxicos em veículos lançados a partir dele.

Rússia vai lançar mais quatro satélites no sábado

Três Gonets M e um Skif-D decolam num Soyuz 2.1b movido a naftil

Fases iniciais do voo do foguete, da decolagem à separação do bloco acelerador Fregat

O lançamento de quatro espaçonaves russas pelo foguete Soyuz-2.1b número Kh15000-011 com um estágio superior Fregat está programado para 22 de outubro de 2022, às 22h57 horário de Moscou (16:57 de Brasília), do cosmódromo de Vostochniy. Os satélites Gonets M Bloco 18 nº 33, 34 e 35 e o Skif-D serão colocados em órbita. Na quarta-feira, 19 de outubro, o Soyuz-2.1b foi transportado para o complexo de lançamento da Área 1S do cosmódromo de Vostochniy. Depois que o foguete foi instalado na posição vertical, especialistas das empresas afiliadas da Roskosmos começaram a prepação para lançamento. O foguete foi construído pelo TsSKB Progress, o estágio superior Fregat pela Lavochkin e os satélites pela Reshetnev.

Transmissão ao vivo do Homem do Espaço

Este será o primeiro lançamento do foguete Soyuz-2 inteiramente usando um combustível novo e altamente ecológico, o naftil. Anteriormente, apenas o terceiro estágio do Soyuz-2.1b e o segundo do modelo Soyuz-2.1v eram abastecidos com este propelente. O último Soyuz-2 de Vostochniy, com o primeiro e segundo estágios abastecidos com querosene tradicional, foi lançado em outubro de 2021. O naftil é um tipo de combustível de hidrocarboneto ambientalmente seguro usando aditivos poliméricos. Suas vantagens são a redução de emissões nocivas e um aumento nas cargas úteis que podem ser lançadas em órbita. Uma das principais razões para mudar de querosene para naftil foi o esgotamento do campo Anastasievsko-Troitskoye no território de Krasnodar.

Foguete é transportado em carreta ferroviária para a plataforma em Vostochniy

Gonets

Gonets-M

O Gonets é um sistema de comunicação por satélite pessoal multifuncional russo (MSPSS) . O sistema está sendo desenvolvido por ordem da agência espacial da Rússia. O desenvolvedor líder é a M. F. Reshetnev Information Satellite Systems e o operador é o Gonets Satellite System JSC. Os satélites de órbita baixa são projetados para transmitir dados e dar serviços de comunicações móveis para assinantes móveis e estacionários em qualquer lugar da Terra. Desde 2005, vinte e dois satélites deste tipo foram colocados em órbita. Em 2015, entrou em operação o sistema multifuncional de comunicação Gonets-D1M usando satélites Gonets-M. O operador do sistema é o Gonets Satellite System. Os satélites são colocados em órbita circular, circumpolar, com inclinação de 82,5˚, com apogeu/ perigeu de até 1.500 km, em quatro planos orbitais. O período de revolução é de 116 minutos com usualmente três naves por plano, cobrindo todo o globo; Cada espaçonave tem uma massa de 280kg e um tempo de vida ativa de cerca de 5 anos. A potência do sistema de eletricidade é de 200 Watts.

Skif-D

Skif-D

Já o satélite de demonstração Skif-D foi desenhado para testar soluções técnicas para acesso à Internet de alta velocidade e proteção do recurso de frequência orbital. É o primeiro veículo do projeto federal Sfera, que incluirá cinco constelações de comunicações por satélite (Yamal, Express-RV, Express, Skif e Marathon) e cinco constelações de satélites de sensoriamento remoto (Berkut-X, Berkut-O, Berkut-VD, Berkut-S e Smotr). O satélite demonstrador Skif-D foi fabricado pela empresa ISS em pouco tempo para resolver as tarefas prioritárias do projeto Sfera. Ele abrirá o caminho para a implantação de um sistema de comunicações via satélite em grande escala em órbitas médias, e será usado para desenvolver tecnologias para fornecer acesso à Internet de banda larga em toda a Rússia, incluindo o Extremo Norte e o Ártico. Graças ao trabalho da espaçonave do sistema Skif, a internet via satélite estará disponível em todas as áreas escassamente povoadas do país onde não há linhas de comunicação terrestre.
A espaçonave Skif-D é “única em seu propósito”, segundo a mídia russa. Será o primeiro satélite russo a operar a uma altitude de 8.000 quilômetros. Comparada com a órbita geoestacionária, este tipo de órbita tem uma série de vantagens. Em particular, a transferência de uma grande quantidade de dados com atrasos de tempo mínimos. Durante os testes de voo do aparelho Skif-D, está previsto investigar sua estabilidade, bem como o nível de radiação que o afetará nessas altitudes. Além disso, entre as tarefas do satélite demonstrador está a qualificação de voo de novos equipamentos russos para sistemas de serviço e carga útil, incluindo canais transceptores de banda Ka.

A massa do satélite é de 200 kg e seu consumo de energia de cerca de 250 watts. Ele será colocado órbita circular média a uma altitude de 8.070 km, com prazo de existência ativa de três anos. A área total das baterias solares é de 1,65 metros quadrados, e a potência no final da vida ativa deve ser de cerca de 200 watts.

A Ruselektroniks Holding da Rostec State Corporation (Gosudarstvennaya Korporatsiya po Sodeystviyu Razrabotke, Corporação Estatal de Assistência ao Desenvolvimento, Produção e Exportação de Produtos Industriais de Alta Tecnologia) instalou um novo tipo de tubo de ondas viajantes TWT na espaçonave. Uma TWT é o principal elemento de um amplificador de potência instalado em um satélite de comunicação e projetado para retransmitir um sinal de rádio da superfície da Terra. O tubo de onda viajante (travelling wave tubes – TWT) A-2015 , o principal elemento do amplificador de potência, foi desenvolvido e fabricado pela NPP Almaz, parte da Ruselektroniks, no interesse da JSC Russian Space Systems, uma empresa da Roskosmos. O TWT opera na banda Ka, tem um peso de menos de 1 kg e uma vida útil de até 15 anos.

“LBV A-2015 é uma continuação da nossa linha leve de alto desempenho. Eles são totalmente compatíveis com outros novos produtos da empresa para o espaço, como elementos de microondas – interruptores e adaptadores. Assim, estamos expandindo ainda mais a gama de produtos para completar as naves espaciais russas com uma base de componentes eletrônicos nacionais. Os maiores fabricantes de equipamentos de bordo já se interessaram por novos tipos de TWTs e elementos de micro-ondas, e já estão em andamento negociações sobre o fornecimento de produtos para a conclusão de naves espaciais, cujo lançamento está previsto para 2024-2027”, disse Mikhail Apin , Diretor Geral da NPP Almaz . A NPP Almaz é desenvolvedora de 36 tipos de tubos de ondas TWT para veículos espaciais. Até o momento, a empresa fabricou e entregou mais de 1.500 produtos, cujo tempo total de operação no espaço é superior a 36 milhões de horas.

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SpaceX lançou mais ‘Starlinks’

Grupo 4-36 somou mais 54 satélites em órbita

Foguete decola de Cabo Canaveral

A SpaceX lançou hoje, quinta-feira, 20 de setembro de 2022 às 14:50:08.700 UTC (11:50:08.700 hora de Brasília), o foguete Falcon9 v1.2 FT Block 5 nº B1062.10 com cinquenta e quatro satélites Starlink V1.5 do Grupo 4-36 em órbita terrestre a partir do Space Launch Complex 40 (SLC-40) na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida.

O core do primeiro estágio desta missão lançou anteriormente os satélites GPS III Space Vehicle 04, GPS III Space Vehicle 05, as missões tripuladas Inspiration4 e Ax-1, o Nilesat 301 e quatro outras missões Starlink. Após o estagiamento, o foguete pousou na balsa-drone A Shortfall of Gravitas, que estava estacionada no Oceano Atlântico a 656 km do Cabo Canaveral junto ao navio de apoio Doug; as conchas da carenagem de cabeça foram recuperadas no mar. O segundo estágio do foguete seguiu para um curso que previa sua reentrada no Oceano Pacífico próximo à costa da Austrália. O foguete teve um peso de decolagem de 568.478 kg.

Perfil de decolagem

Starlinks

O lote de satélites (exemplares n° 1.670 a 1.723) totalizando 16.578 kg) foi denominado Group 4-36, e faz parte da “concha” (shell) 4; a órbita-alvo é circular, com 540 km, e os satélites foram primeiro liberados em grupo numa órbita inicia de 336 x 232 km, inclinada em 53,22 graus em relação ao equador.

Resumo do lançamento
Live do lançamento no Canal do Homem do Espaço

CONTAGEM REGRESSIVA

hh/min/ss           EVENTO

  • 00:35:00               RP-1 sendo abastecido nos tanques
  • 00:38:00               Diretor de lançamento da SpaceX verifica o abastecimento
  • 00:35:00               LOX sendo abastecido nos tanques
  • 00:16:00               Abastecimento de LOX do 2º estágio
  • 00:07:00               Falcon 9 inicia resfriamento dos motores (“chilldown”)
  • 00:01:00               Computador de voo emite comando para verificações finais de pré-lançamento
  • 00:01:00               Pressurização dos tanques para a pressão de voo é regulada
  • 00:00:45               Diretor de lançamento da SpaceX verifica o lançamento
  • 00:00:03               Controlador comanda a sequência de ignição para decolagem
  • 00:00:00               Decolagem

LANÇAMENTO, ATERRISSAGEM E LIBERAÇÃO

Todos os tempos são aproximados

hh/min/ss           EVENTO

  • 00:01:12               Max Q (momento de máximo de estresse mecânico no foguete)
  • 00:02:27               Corte do motor principal do 1º estágio (MECO)
  • 00:02:31               1º e 2º estágios separados (estagiamento)
  • 00:02:38               Ignição do motor do 2º estágio
  • 00:02:42               Liberação de carenagem
  • 00:06:50               Início da ignição de reentrada do 1º estágio
  • 00:07:09               Ignição de reentrada do 1º estágio concluída
  • 00:08:29               Início da queima de pouso do 1º estágio
  • 00:08:42               Corte do motor do 2º estágio (SECO-1)
  • 00:08:49               Pouso do primeiro estágio
  • 00:15:23               Satélites Starlink são liberados
Cada satélite Starlink v.15 com link de laser inter-satélite, tem massa de 307 kg

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Falcon Heavy deve lançar satélite militar no fim do mês

Missão USSF-44 inclui duas espaçonaves

Perfil de lançamento

A SpaceX deve lançar seu foguete pesado Falcon Heavy no fim deste mês transportando pelo menos dois satélites para os militares americanos, marcando o retorno do lançador à atividade desde junho de 2019. O Falcon Heavy deveria ter voltado ao serviço em junho de 2022, quando o foguete estava prestes a ser montado, mas a NASA anunciou no final daquele mês que o Jet Propulsion Laboratory e o fornecedor Maxar não conseguiram terminar o software de qualificação de sua espaçonave Psyche. Projetada para entrar em órbita ao redor do asteroide 16 Psyche, a trajetória necessária para alcançá-lo restringiu a missão a uma janela de lançamento em algum momento entre agosto e outubro. Quando o JPL e a Maxar não conseguiram testar adequadamente o software a tempo para essa janela, foram forçados a parar e esperar até a próxima janela mais próxima, em julho de 2023. Isso deixou o foguete com mais três cargas úteis possíveis para 2022, mas todos os três estavam cronicamente atrasados. No entanto, a carga útil mais atrasada acabou por ser preparada, abrindo uma oportunidade de lançamento em 2022.

Recentemente, uma declaração oficial da Força Espacial dos EUA confirmou que um parceiro não especificado da indústria resolveu problemas de carga útil que atrasaram a missão USSF -44 por dois anos, anunciando a data de lançamento para fins de outubro próximo. Em 7 de outubro, a SpaceX enviou um e-mail confirmando que o Falcon Heavy está programado para lançar o USSF-44 em algum momento de outubro e pedindo aos repórteres que se registrem para acesso ao local de imprensa e oportunidades de configuração remota de câmeras. Os militares dos EUA ofereceram repetidamente alvos de lançamento confusos com pouca ou nenhuma explicação oficial para os atrasos.

Falcon Heavy

O foguete será composto por dois ‘boosters’ laterais novos, os B1064 e B1065, e um ‘core’ de primeiro estágio B1066, todos novos. Os boosters voltarão à Terra pousando em solo (nas zonas “Landing Zone” 1 e 2) e o ‘core’ será descartado sobre o oceano Atlântico.

Espera-se que o Falcon Heavy coloque os satélites na órbita geossíncrona por meio de várias ignições. O perfil de voo do estágio superior incluirá um costeamento com duração de mais de cinco horas entre as ignições, tornando a missão um dos lançamentos mais exigentes da SpaceX até agora.

Na missão mais recente do Falcon Heavy, o estágio superior completou quatro ignições ao longo de três horas e meia em um voo de demonstração patrocinado pela Força Aérea. As complexas manobras orbitais durante a missão de junho de 2019 para o Programa de Testes Espaciais dos militares foram necessárias para colocar 24 cargas de satélite em três órbitas distintas. Eles também exerceram as capacidades do Falcon Heavy e seu motor de estágio superior Merlin antes que os militares confiassem ao lançador cargas úteis de segurança nacional operacionais mais importantes e mais caras em voos futuros.

A SpaceX, como parte dos preparativos de adaptação das instalações de lançamento, converteu o transportador/eretor móvel (T/E) da plataforma Pad 39A, que estava previamente configurada para modelos Falcon 9.

O próximo passo da missão foi a montagem do Falcon Heavy dentro do hangar principal da SpaceX em sua plataforma LC-39A do Centro Espacial Kennedy. Fotos que a SpaceX compartilhou no mês passado e no início deste mês dos preparativos para a missão Crew-5 mostraram pelo menos dois dos quatro estágios principais já estava no hangar. Um dos dois novos boosters laterais do Falcon Heavy foi claramente visto em 30 de setembro. O estágio superior também foi visível em 23 de setembro com uma banda cinza ao redor da parte inferior de sua estrutura. Em julho de 2019, a SpaceX testara outro estágio superior com a mesma banda, que que deveria melhorar a longevidade do estágio em órbita.

Emblema da campanha de lançamento

Longos costeamentos orbitais de seis ou mais horas são necessárias para algumas das trajetórias de lançamento. Lançamentos geoestacionários diretos são o tipo mais comum de missão que requer capacidades de longa fase costeamento e são frequentemente exigidos pelos militares dos EUA. O objetivo da banda é aumentar a quantidade de calor absorvida da luz solar para aquecer o combustível contido naquela parte do foguete. Quando fica muito frio, o querosene – que congela a uma temperatura muito mais alta do que o oxigênio líquido, e torna-se viscoso. Se ingerido, o combustível demasiadamente denso provavelmente impediria a ignição ou destruiria o motor. O USSF-44 será a primeira tentativa de lançamento geoestacionário direto da SpaceX, levando à utilização da banda cinza. O terceiro e último lançamento do Falcon Heavy ocorreu em junho de 2019, apenas um mês antes do teste de estágio superior. Para permitir o alto desempenho necessário para a missão, o USSF-44 também descartará intencionalmente um core pela primeira vez. Os dois propulsores laterais novos retornarão à Flórida e pousarão lado a lado nas LZ-1 e LZ-2.

As cargas úteis

A declaração de aquisição original que o Pentágono divulgou a possíveis fornecedores de lançamento para a USSF-44 indicava que incluiria duas espaçonaves. Mas isso foi há quatro anos, e a Força Espacial não divulgou nenhuma atualização sobre o número final de satélites. Na solicitação de propostas para o lançamento, a Força Aérea disse aos possíveis fornecedores de lançamento que supusessem que a massa combinada das duas cargas úteis fosse inferior a cerca de 3,7 toneladas. O satélite TETRA 1 representaria uma pequena fração dessa massa. Construído pela Millennium Space Systems, uma subsidiária da Boeing com sede em El Segundo, Califórnia, a pequena espaçonave foi projetada para “prototipar missões e táticas, técnicas e procedimentos dentro e ao redor da órbita geossíncrona da Terra”, disseram oficiais da Força Espacial, e não divulgaram detalhes adicionais.

A maioria dos componentes do TETRA-1 foi fabricada aproveitando os recursos internos do Millennium, baseados na linha de produtos para seus pequenos satélites da classe ALTAIR. É o primeiro chassi ALTAIR a se qualificar para operações no ambiente espacial de órbita geossíncrona, a 35.786 quilômetros. Foi o primeiro projeto premiado em 2018 pelo Space Enterprise Consortium do Space and Missile Systems Center da Força Espacial dos EUA sob a carta da Autoridade Espacial. O consórcio selecionou a Millennium Space Systems, subsidiária da Boeing Phantom Works, e a Blue Canyon Technologies para desenvolver protótipos dos Tetra para experimentos em órbita geossíncrona. Os satélites apoiarão a experimentação e o desenvolvimento de Táticas, Técnicas e Procedimentos (TTP) neste tipo de órbita alta, GEO.

Foguete Falcon Heavy separado nos componentes principais

Segundo uma declaração da Força Espacial dos EUA, “… à medida que as arquiteturas espaciais usem um número maior de satélites pequenos, o papel das operações autônomas se torna mais pronunciado. Aumentar a autonomia dos satélites reduz a carga do operador e acelera as operações da missão, permitindo que os satélites coordenem uns com os outros sem um supervisor no circuito cooperativo, autônomo, manobrável; pequenos satélites reabastecíveis permitirão novas capacidades espaciais em apoio ao Comando de Sistemas Espaciais (SSC) de combate conjunto”. Esta entidade, com sede na Base Aérea de Los Angeles em El Segundo, Califórnia, é o comando de campo da Força Espacial dos EUA responsável por desenvolver, adquirir, equipar, colocar em campo e sustentar rapidamente capacidades espaciais. As áreas de capacidade do SSC incluem aquisição e operações de lançamento, comunicações e posicionamento, navegação e tempo (positioning, navigation and timing, PNT), detecção espacial, comando de gerenciamento de batalha, controle e comunicações (battle management command, control and communications, BMC3) e consciência de domínio espacial e poder de combate.

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SpaceX lança hoje grupo 4-36 de ‘Starlinks’

Foguete Falcon 9 B1062.10 colocará 54 satélites em órbita

Perfil de decolagem

A SpaceX marcou para hoje, quinta-feira, 20 de setembro de 2022 às 14:50:08.700 UTC (11:50:08.700 hora de Brasília), o lançamento do o foguete Falcon9 v1.2 FT Block 5 nº B1062.10 com cinquenta e quatro satélites Starlink V1.5 do Grupo 4-36 para a órbita terrestre a partir do Space Launch Complex 40 (SLC-40) na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. O foguete deverá ter um peso de decolagem de 568.478 kg.

O core do primeiro estágio desta missão lançou anteriormente os satélites GPS III Space Vehicle 04, GPS III Space Vehicle 05, as missões tripuladas Inspiration4 e Ax-1, o Nilesat 301 e quatro outras missões Starlink. Após a separação dos estágios, o B1062.10 pousará na balsa-drone A Shortfall of Gravitas, que está estacionada no Oceano Atlântico a 656 km do Cabo Canaveral junto ao navio de apoio Doug; as conchas da carenagem de cabeça serão recuperadas no mar. O segundo estágio do foguete reentrará no Oceano Pacífico próximo à costa da Austrália.

Resumo do lançamento
O foguete F9 B1062.10 deverá ter uma massa na decolagem de 568.478 kg

Starlinks

O lote de satélites (exemplares n° 1.670 a 1.723) totalizando 16.578 kg) é denominado Group 4-36, e faz parte da “concha” (shell) 4; a órbita-alvo é circular, com 540 km, e os satélites serão primeiro liberados em grupo numa órbita inicia de 336 x 232 km, inclinada em 53,22 graus em relação ao equador.

Mais de 2.200 satélites Starlink estão atualmente em órbita e funcionando, cerca de metade da rede planejada de primeira geração da SpaceX de 4.408 unidades. Os satélites serão distribuídos em cinco “conchas” orbitais diferentes em diferentes altitudes e inclinações. A SpaceX pretende lançar até 42 mil satélites. A rede transmite sinais de internet de alta velocidade e baixa latência em todo o mundo, alcançando consumidores, comunidades carentes e outros usuários em potencial, como os militares dos EUA. A SpaceX diz que a rede já está disponível para consumidores em 32 países.

Live do lançamento no Canal do Homem do Espaço

CONTAGEM REGRESSIVA

hh/min/ss           EVENTO

  • 00:35:00               RP-1 sendo abastecido nos tanques
  • 00:38:00               Diretor de lançamento da SpaceX verifica o abastecimento
  • 00:35:00               LOX sendo abastecido nos tanques
  • 00:16:00               Abastecimento de LOX do 2º estágio
  • 00:07:00               Falcon 9 inicia resfriamento dos motores (“chilldown”)
  • 00:01:00               Computador de voo emite comando para verificações finais de pré-lançamento
  • 00:01:00               Pressurização dos tanques para a pressão de voo é regulada
  • 00:00:45               Diretor de lançamento da SpaceX verifica o lançamento
  • 00:00:03               Controlador comanda a sequência de ignição para decolagem
  • 00:00:00               Decolagem

LANÇAMENTO, ATERRISSAGEM E LIBERAÇÃO

Todos os tempos são aproximados

hh/min/ss           EVENTO

  • 00:01:12               Max Q (momento de máximo de estresse mecânico no foguete)
  • 00:02:27               Corte do motor principal do 1º estágio (MECO)
  • 00:02:31               1º e 2º estágios separados (estagiamento)
  • 00:02:38               Ignição do motor do 2º estágio
  • 00:02:42               Liberação de carenagem
  • 00:06:50               Início da ignição de reentrada do 1º estágio
  • 00:07:09               Ignição de reentrada do 1º estágio concluída
  • 00:08:29               Início da queima de pouso do 1º estágio
  • 00:08:42               Corte do motor do 2º estágio (SECO-1)
  • 00:08:49               Pouso do primeiro estágio
  • 00:15:23               Satélites Starlink são liberados
Cada satélite Starlink v.15 com link de laser inter-satélite, tem massa de 307 kg

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Nave russa afasta a ISS de detritos espaciais

Manobra rotineira corrige a órbita da estação

Espaçonave Progress é baseada na Soyuz tripulada e tem quase 8 toneladas, sendo capaz de transportar 2,5 toneladas de cargas variadas

Na segunda-feira, 17 de outubro de 2022, a órbita da Estação Espacial Internacional foi ajustada para evitar uma colisão com detritos espaciais.
O motor SKD da nave de carga russa Progress MS-20 acoplada ao módulo de serviço Zvezda do segmento russo da ISS foram ligados às 22h27, horário de Moscou. Ele trabalhou por 630,8 segundos e deu um impulso de 1 m / s. Segundo dados preliminares, após a manobra, a altura média da órbita da estação aumentou 1,75 km e atingiu 417,9 km.

Anteriormente, na quinta-feira, 15 de setembro quando a órbita da foi ajustada para dar condições balísticas antes do lançamento da espaçonave tripulada Soyuz MS-22 e do pouso da Soyuz MS- 21. Os motores da Progress MS-20 foram ligados às 21h10, horário de Moscou. Eles trabalharam por 118,6 segundos e emitiram um impulso de 0,22 m / s. Após a manobra, a altura média da órbita da estação aumentou 410 metros e atingiu 416,25 km.

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Japoneses comentam falha do Epsilon

Foguete lançado dia 12 deveria colocar oito satélites em órbita

O Epsilon Rocket No. 6 decola do Centro Espacial Uchinoura na cidade de Kimotsuki às 09h50 locais do dia 12

A Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) está investigando as causa da falha no lançamento do seu foguete Epsilon n° 6 no último dia 12, quando uma avaria obrigou que o sistema de autodestruição fosse acionado durante a fase de subida. A JAXA lançou o foguete de combustível sólido às 09h50 (00:50 UTC) do dia 12 de outubro de 2022 do Centro Espacial Uchinoura na cidade de Kimotsuki, Prefeitura de Kagoshima. Às 09:57:11, um sinal de destruição foi enviado ao foguete e o lançamento falhou. O foguete deveria colocar oito satélites em órbita, incluindo os dois de seus primeiros clientes comerciais: o RAISE-3 (RApid Innovative payload demonstration SatellitE-3), cinco cubesats (MAGNARO, MITSUBA, KOSEN-2, WASEDA-SAT-ZERO, FSI-SAT) e os comerciais Amateru-I QPS-SAR-3 e Amateru-II QPS-SAR-4. O lançamento estava originalmente programado para o dia 7, mas foi adiado devido à possibilidade de que a relação entre o foguete e o satélite de posicionamento não fosse ajustada e a trajetória não pudesse ser determinada com precisão.

O Epsilon Rocket No. 6 decola do Centro Espacial Uchinoura na cidade de Kimotsuki às 09h50 locais do dia 12

O Grupo IHI Aerospace Co., Ltd. de Koto-ku, Tóquio anunciou que a JAXA está investigando a causa do incidente. O IHI é responsável pelo desenvolvimento e fabricação do sistema de fuselagem do Epsilon No. 6, e será responsável por investigar a causa junto com a JAXA.
“Continuaremos a envidar esforços para fornecer serviços de transporte de lançamento de satélites.” – disse a empresa em uma nota.

Epusiron Rakketu ( Foguete Epsilon)

Foguetes Epsilon (Ipushiron Rokketo) foram lançados com sucesso cinco vezes. Esta versão com capacidade de lançamento melhorada será a versão final. O Epsilon ‘unidade 6’ tinha 26 metros de comprimento e pesa cerca de 75 toneladas.

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Russia lança mais uma espaçonave de teste

‘Pequeno satélite’ decolou num Angara 1.2

Foguete decola de Plesetsk, centro espacial militar situado a norte de Moscou, em Archangelsky

No sábado, 15 de outubro de 2022 às 19.55.15.411 UTC ou 16:55.15.411 de Brasília, do cosmódromo de teste estatal de Plesetsk, um foguete Angara-1.2 n° 2L/AM (n° 71603) foi lançado com uma espaçonave tipo EO-MKA para o Ministério da Defesa da Rússia. O satélite recebeu o nome de fantasia Cosmos-2560, e tem uma massa de aproximadamente 150 kg, sendo colocado numa órbita síncrona do sol de 328 km por 344 km, com de inclinação de 96.35°. Segundo algumas fontes, trata-se de uma espaçonave de teste leve tipo MKA com equipamento de reconhecimento óptico (MKA significa Malyye Kosmicheskiye Apparaty ou pequena espaçonave ). O foguete usou uma carenagem de cabeça modelo 14S733.

Foto atribuída ao foguete n° 71603 lançado hoje, ainda na plataforma com a torre de serviço em posição de trabalho

O foguete decolou do ‘Cosmódromo Norte’ a partir da plataforma 1 da Área 35. O Angara pertence a uma família de veículos de lançamento de várias classes. Inclui versões as leves Angara-1.2, as pesadas Angara-A5 e as modernizadas Angara-A5M e uma variante de capacidade de carga Angara-A5V. O modelo Angara-1.2 tem um massa de decolagem de 171 toneladas, carga útil para a órbita terrestre baixa de 200 quilômetros inclinada em 63,1 graus a partir de Plesetsk, de 3,8 toneladas ; para órbita síncrona do Sol, SSO, de 2,4 toneladas; Seu comprimento total é de 42,2 metros e tem um diâmetro principal de 2,9 metros.

O veículo lançador Angara é o primeiro construído na Rússia após o colapso da URSS que não é uma modificação ou reformulação dos veículos lançadores existentes. Criado para substituir várias gerações de mísseis, incluindo os Proton-M, Zenit e Rokot, seu programa de desenvolvimento começou em 1995 e inclui diversas versões.

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‘Garoto Forte’ da Índia lançará 36 Onewebs dia 22

Foguete indiano mais possante assume lançamentos da operadora de internet

O foguete tem uma capacidade de desempenho de 4.300 kg para transferencia geoestacionária GTO; capacidade de 10.000 kg em órbita baixa. A capacidade de carga será aumentada em até 6.000 kg para GTO pela introdução de um estágio de alta performance (estágio semi-criogênico SC120) em vez do atual L110, e também pelo aumento da carga de propelentes do estágio criogênico.

O foguete-portador mais pesado da Organização Indiana de Pesquisa Espacial, ISRO , o LVM3 número M2, lançará trinta e seis satélites de banda larga da start-up britânica OneWeb a partir do espaçoporto de Sriharikota, na costa leste da Índia. O lançamento está pevisto para 22 de outubro de 2022 às 18:37 UTC (15:37 de Brasília). Os satélites OneWeb serão colocados em órbita inclinada em 86,4° em relação ao equador. O foguete de 640 toneladas decolará apontando para um azimute de lançamento de 176,3°, apara a seguir fazer uma manobra de ‘perna-de-cachorro’ para o sul e assumir a inclinação desejada.

A NewSpace India Limited (NSIL), um empresa sob o Departamento de Espaço e o braço comercial da ISRO), assinou dois contratos de serviço de lançamento com a M/s Network Access Associated Limited (a OneWeb, empresa anglo-indiana), pelo lançamento dos satélites de comunicação de banda larga a bordo do lançador LVM3 (anteriormente chamado GSLV-Mk3). É o primeiro lançamento comercial do LVM3 sob demanda através da NSIL. Este contrato com a OneWeb é um marco histórico para a NSIL e a ISRO, pois o foguete pesado Bahubali (“Garoto Forte”) está entrando no mercado global de serviços de lançamento comercial. A OneWeb é uma rede global de comunicações partir do espaço, permitindo conectividade para governos, empresas e comunidades, e está implementando uma constelação de satélites de órbita terrestre baixa. A firma Bharti, da Índia, atua como grande investidor e acionista da OneWeb.

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SpaceX lança satélite Hotbird 13F

Retransmissor de HD para a Eutelsat fará cobertura em 13°

Decolagem do complexo de lançamento 40 de Cabo Canaveral

A Eutelsat Communications anunciou que seu satélite Eutelsat Hotbird 13F foi lançado com sucesso em órbita de transferencia geostacionaria pelo provedor de lançamento americano SpaceX usando um foguete Falcon9 v1.2 FT Block 5 nº B1069.3 que decolou do Space launch Complex 40 do Cabo Canaveral, Flórida, EUA às 01.22 pm hora do leste em 15 de outubro de 2022 (05h22 UTC ou 02:22 de Brasília). A separação do satélite ocorreu após um voo de 35 minutos e a inicialização dos sistemas da espaçonave foi concluída com sucesso em um período de 3 horas. A órbita inicial tinha perigeu de 397 km, apogeu de 56.040 km, com período de 1.067,34 minutos e inclinação de 26.87 graus.

O Eutelsat Hotbird 13F é um dos dois satélites construídos pela Airbus Defence and Space, sendo o primeiro desenvolvido no âmbito do programa Eurostar Neo em parceria da Airbus e a ESA, e seu tempo de operação em órbita será de mais de 15 anos. Espera-se que em novembro se junte a ele o satélite irmão Hotbird 13G, que também será lançado em um Falcon 9. O Hotbird 13F é baseado no chassi de telecomunicações Eurostar Neo, concebido para “promover a inovação e competitividade na indústria espacial europeia”.

Separação do satélite

O foguete de primeiro estágio pousou na balsa-drone Just Read the Instructions, que estava estacionada a cerca de 663 km do Cabo, rebocada pelo navio de apoio ‘Doug‘. As conchas da carenagem de cabeça do foguete deveriam ser recuperadas no oceano após pousarem de parafoil a cerca de 718 km do local de lançamento.

Hotbird 13F e G

Os Hotbird 13F e 13G foram encomendados em agosto de 2018 à Airbus Defence and Space para serem construídos com base “ônibus” Eurostar-Neo com uma massa de lançamento de 4.500 kg e uma potência elétrica de 22 kW. Eles têm propulsão totalmente elétrica, permitindo um aumento na carga útil, de modo que dois satélites oferecem a mesma capacidade em banda Ku que o atual trio de satélites Hotbird, com maior resistência a interferência de sinal. Os dois foram encomendados para substituir Hotbird 8, 9 e 10 na posição 13° Leste.

O 13F irá, com o seu gemeo 13G, reforçar e melhorar a transmissão de mais de mil canais de televisão em residências em toda a Europa, Norte de África e Médio Oriente. Além disso, os satélites oferecerão recursos avançados em termos de proteção e resiliência do sinal de uplink. Pascal Homsy, Diretor Técnico da Eutelsat, disse: “Nossos parabéns às equipes Eutelsat, Airbus e SpaceX por lançarem com sucesso nosso satélite 13F em órbita geoestacionária em grau Leste e confirma uma parceria de longo prazo entre a Airbus e a Eutelsat.”

Resumo da campanha de lançamento

Com uma cobertura pan-europeia, os satélites de alta potência em 13° Leste formam um dos maiores sistemas de transmissão da EMEA, oferecendo 1.000 canais de televisão para mais de 160 milhões de residências de TV na Europa, Norte da África e Oriente Médio. Líder na função de DTH, cabo, IP e TDT na região EMEA, o canal de vídeo abriga dez plataformas DTH premium e atinge quase 100% de penetração de cabo e IPTV na região. Mais de 600 canais de TV paga, 300 canais abertos, 450 canais HDTV e 14 canais UHD são transmitidos a partir de 13° Leste. Além dos serviços de transmissão de televisão, o sistema oferece mais de 500 estações de rádio e serviços multimídia.

Este foi o 47º lançamento do ano e o 100º lançamento da SpaceX do SLC-40.

LANÇAMENTO, ATERRISSAGEM E LIBERAÇÃO DO SATÉLITE
Todos os horários são aproximados
hh: min:ss Evento
00:00:00 Decolagem
00:01:12 Max Q (momento de máximo de estresse mecânico no foguete)
00:02:32 Corte dos motores principais do 1º estágio (MECO)
00:02: 35 1º e 2º estágios separados
00:02:42 Ignição do 2º estágio (SES-1)
00:03:22 Descarte da carenagem
00:06:29 Início da ignição de reentrada do 1º estágio B1069
00:06:57 Ignição de entrada do 1º estágio concluída
00:08 :07 1° Corte do motor do 2º estágio (SECO)
00:08:22 Início da ignição de pouso do 1º estágio
00:08:45 Pouso do 1º estágio
00:29:12 2ª Ignição do motor do 2º estágio (SES-2)
00:30:10 2°Corte do motor do 2º estágio (SECO-2)
00:36:11 Eutelsat HOTBIRD 13F é ejetado

Estatísticas da missão Eutelsat Hotbird 13F

  • 3º vôo do Falcon 9 B1069
  • 40º pouso bem-sucedido na plataforma JRTI
  • 47º lançamento do ano
  • 73º pouso bem-sucedido de booster seguido
  • 100º lançamento da SpaceX do SLC-40
  • 120º missão em boosters voados anteriormente
  • 118º pouso bem-sucedido em plataforma marítima
  • 147º pouso bem-sucedido do primeiro estágio
  • 156º lançamento bem-sucedido da empresa em sequência
  • 181º lançamento do Falcon 9
  • 189º lançamento da SpaceX.
    A taxa atual de lançamentos é de um missão em 6,1 dias. Assim, a SpaceX pode realizar 60 lançamentos até o final deste ano.

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Astronautas da Crew-4 voltam à Terra

Cápsula pouso no Atlântico após voo de seis meses

Cápsula amerrissa no Atlântico após voo de 170 dias

Os astronautas da NASA Kjell Lindgren, Bob Hines e Jessica Watkins, juntamente com a astronauta italiana Samantha Cristoforetti da Agência Espacial Européia , retornaram à Terra na sexta-feira, 14 de outubro de 2022 no Crew Dragon C212 Freedom. Os tripulantes da missão Crew-4 desceram de paraquedas às 16h55. EDT (2055 GMT, 17:55 hora de Brasília) amerrissando no Oceano Atlântico, a leste de Jacksonville. Os quatro passaram quase seis meses (170 dias, 13 horas e 3 minutos) na Estação Espacial Internacional. “Obrigado por um voo incrível para a órbita e um passeio incrível para casa. Estou feliz por estar de volta”, Lindgren transmitiu por rádio ao controle da missão da SpaceX depois de amerrissar. A nave havia sido lançada em abril, para fazer a rotação de tripulação do segmento americano da ISS.

Narração ao vivo do Homem do Espaço
Tripulantes saem da cabine através de uma prancha

O barco de de recuperação da SpaceX “Megan” estava estacionado nas proximidades e foi rapidamente ao lado da cápsula para içá-la para seu deck. Após neutralizar o sistema de propulsão e elétrico da espaçonave, a escotilha foi aberta e os astronautas foram retirados do cockpit por meio de uma pracha e colocados em cadeiras reclinadas, para a seguir passar por exames médicos iniciais.

Navio de resgate se aproxima da cápsula para içamento

Os quatro serão levados para terra de helicóptero, onde um jato da NASA está esperando para levá-los ao Aeroporto de Ellington, em Houston. De lá, Lindgren, Hines e Watkins retornarão aos aposentos no Johnson Space Center enquanto Cristoforetti embarcará em outro avião para retornar à unidade da ESA em Colônia, Alemanha.

Fase final da missão, com a separação do compartimento traseiro, queima de desaceleração, fechamento do cone de nariz, reentrada e pouso da cápsula no oceano

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Retorno da ‘Crew-4’ é adiado

Clima na Flórida adia o retorno da nave Freedom

Fase final da missão, com a separação do compartimento traseiro, queima de desaceleração, fechamento do cone de nariz, reentrada e pouso da cápsula no oceano

Os controladores de missão da NASA e da SpaceX cancelaram a partida da espaçonave Crew Dragon C212 Freedom da estação espacial internacional prevista para hoje, 13 de outubro de 2022, devido a preocupações com o clima no local da amerrissagem da Flórida. Em seguida, anunciaram que seria avaliada a possibilidade de fazer o retorno da tripulação da missão Crew-4 amanhã, sexta-feira, 14. A nave foi lançada em abril deve trazer de volta à Terra os astronautas americanos Kjell Lindgren, Bob Hines, Jessica Watkins (da NASA) e a italiana Samantha Cristoforetti (da ESA). A amerrissagem de paraquedas no Oceano Atlântico, na costa da Flórida, deve ocorrer cinco horas e meia após o desengate –  a próxima oportunidade de desacoplamento disponível ocorrerá não antes das 11:35 ET (12:35 hora de Brasília) . Os astronautas já configuraram sua nave para o retorno, checando os sistemas de suporte vital e concluindo o empacotamento das cargas nas prateleiras situadas abaixo dos assentos.

Fase de desacoplagem e regresso à Terra

Na semana passada, a tripulação Crew-5 foi lançada na Crew Dragon C210 Endurance, e acoplou na estação espacial para passar 145 dias realizando pesquisas. A tripulação é composta pelos astronautas americanos Nicole Mann e Josh Cassada, o astronauta japonês Koichi Wakata, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão e a cosmonauta russa Anna Kikina da Roskosmos.

Pacotes de carga de retorno amarrados aos suportes no cockpit

A cerimônia de despedida da Crew-4, mudança de comando, fechamento de escotilhas, desengate e cobertura da amerrissagem serão transmitidos ao vivo na NASA Television, no aplicativo da NASA e no site da agência. A NASA também sediará uma teleconferência de notícias pós-amerrissagem apenas em áudio.

A programação para quinta-feira, dia 13, prevê:
08:00 EDT – Cobertura do fechamento das escotilhas entre a Crew Dragon Freedom e a Estação Espacial
9:45 – Cobertura da desacoplagem programada às 10h05 EDT
17:43 – Amerrissagem da Freedom na costa da Flórida
19:00 – Teleconferência de mídia com a tripulação

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‘Crew-4’ retorna à Terra hoje

Cápsula Freedom da SpaceX pousará no Atlântico

A espaçonave Crew Dragon C212 Freedom deve retornar à Terra hoje, 13 de outubro de 2022, às 17:43 ET – 18:43 Brasilia, depois de seis meses na estação espacial internacional. A cápsula da tripulação da Crew-4 (lançada em abril) deve trazer os astronautas americanos Kjell Lindgren, Bob Hines, Jessica Watkins (da NASA) e a italiana Samantha Cristoforetti (da ESA). A desacoplagem da nave da estação espacial foi adiado para as 10:05 ET (11:05 Brasilia). A amerrissagem de paraquedas no Oceano Atlântico, na costa da Flórida, deve ocorrer cinco horas e meia após o desengate. O clima continua sendo um item em aberto, pois as equipes acompanham o progresso de uma frente fria pelas áreas de amerrissagem nas costas do Golfo e do Atlântico da Flórida. As equipes da missão continuarão monitorando as condições de reentrada e recuperação com outra revisão do tempo seis horas antes do desacoplamento. Os motores de espaçonave foram testados antes do desengate e confirmou-se o seu perfeito funcionamento.

Fase de desacoplagem e regresso à Terra
Fase final da missão, com a separação do compartimento traseiro, queima de desaceleração, fechamento do cone de nariz, reentrada e pouso da cápsula no oceano

Na semana passada, a tripulação Crew-5 foi lançada na Crew Dragon C210 Endurance, e acoplou na estação espacial para passar 145 dias realizando pesquisas. A tripulação é composta pelos astronautas americanos Nicole Mann e Josh Cassada, o astronauta japonês Koichi Wakata, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão e a cosmonauta russa Anna Kikina da Roskosmos.

Pacotes de carga de retorno amarrados aos suportes no cockpit

A cerimônia de despedida da Crew-4, mudança de comando, fechamento de escotilhas, desengate e cobertura da amerrissagem serão transmitidos ao vivo na NASA Television, no aplicativo da NASA e no site da agência. A NASA também sediará uma teleconferência de notícias pós-amerrissagem apenas em áudio.

A programação para quinta-feira, dia 13, prevê:
08:00 EDT – Cobertura do fechamento das escotilhas entre a Crew Dragon Freedom e a Estação Espacial
9:45 – Cobertura da desacoplagem programada às 10h05 EDT
17:43 – Amerrissagem da Freedom na costa da Flórida
19:00 – Teleconferência de mídia com a tripulação

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‘Crew-4’ deixa a ISS amanhã

Nave C212 Freedom pousará depois de seis meses em órbita

A espaçonave Crew Dragon C212 Freedom deve retornar à Terra amanhã, 13 de outubro de 2022, às 17:43 ET – 18:43 Brasilia, depois de seis meses na estação espacial internacional. A meteorologia para as zonas de amerrissagem principal e alternativas na costa da Flórida está desfavorável, adiando o pouso da data original (dia 12). A desacoplagem da estação espacial foi adiado até amanhã, 13 de outubro, às 10:05 ET (11:05 Brasilia). A trajetória de retorno é mais favorável, de modo que a cápsula pousará apenas dois minutos mais tarde do que teriam no plano original, apenas 5 horas e meia após o desengate. O clima continua sendo um item em aberto, pois as equipes acompanham o progresso de uma frente fria passar pelas áreas de amerrissagem nas costas do Golfo e do Atlântico da Flórida. As equipes da missão continuarão monitorando as condições de reentrada e recuperação com outra revisão do tempo seis horas antes do desacoplamento. A tripulação da Crew-4 (lançada em abril) é composta pelos astronautas americanos Kjell Lindgren, Bob Hines, Jessica Watkins (da NASA) e a italiana Samantha Cristoforetti (da ESA). Os motores de espaçonave foram testados antes do desengate e confirmou-se o seu perfeito funcionamento.

Watkins, Lindgren, Cristoforetti e Hines

Na semana passada, a tripulação Crew-5 foi lançada na Crew Dragon C210 Endurance, e acoplou na estação espacial para passar 145 dias realizando pesquisas. A tripulação é composta pelos astronautas americanos Nicole Mann e Josh Cassada, o astronauta japonês Koichi Wakata, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão e a cosmonauta russa Anna Kikina da Roskosmos.

A cerimônia de despedida da Crew-4, mudança de comando, fechamento de escotilha, desengate e cobertura de amerrissagem serão transmitidos ao vivo na NASA Television, no aplicativo da NASA e no site da agência. A NASA também sediará uma teleconferência de notícias pós-amerrissagem apenas em áudio.

Fase de desacoplagem e regresso à Terra

A programação para quinta-feira, dia 13, prevê:
08:00 EDT – Cobertura do fechamento das escotilhas entre a Crew Dragon Freedom e a Estação Espacial
9:45 – Cobertura da desacoplagem programada às 10h05 EDT
17:43 – Amerrissagem da Freedom na costa da Flórida
19:00 – Teleconferência de mídia com a tripulação

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Russos lançam satélite de Angola

Foguete Proton-M com o ‘Angosat-2’ decolou de Baikonur

O Proton decola da plataforma 81/24 do cosmódromo de Baikour, no Cazaquistão

O satélite angolano geoestacionário de telecomunicações Angosat-2 foi lançado, hoje 12 de outubro de 2022 às 15:00 UTC (12:00 hora de Brasília), pelo foguete Proton-M n° 93571/estágio DM-03 a partir do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. O foguete russo de 700 toneladas e 59,23 metros de comprimento decolou da plataforma 81/24 e cerca de 9 minutos e 45 segundos depois a combinação satélite/estágio superior DM-03 entrou na órbita inicial -para então prosseguir com as mudanças de perigeu e apogeu até que o Angosat fosse deixado na trajetória de transferencia geoestacionária.

Transmissão do Homem do Espaço

O Angosat-2 deve ser colocado na posição orbital de 23°E, para cobrir todo o continente africano e países europeus com serviços de telecomunicações fixas e móveis, transmissão de televisão e rádio digital e acesso à Internet de alta velocidade.

A espaçonave é baseada no chassi Express-1000N projetado pela Reshetnev, uma plataforma universal de tamanho médio. Sua massa é de cerca de 1.750 kg, com potência de eletricidade de 7.600W, equipada com sistema de de atitude ativo em três eixos, um tempo de vida estimado em 15 anos. É um satélite de alto rendimento (HTS), equipado com 24 transponders de banda Ku , seis de banda C e um de banda Ka e fornecendo 13 gigabytes em cada região de alcance do seu sinal, com destaque para a África Austral. Sua construção não tem custos para Angola devido ao pacote de seguros do contrato de US$ 300 milhões do Angosat-1, que foi perdido após o lançamento. O satélite foi criado em dois anos, um período recorde para a indústria espacial russa, segundo a mídia oficial.

O Angosat-2 foi construído com base nas modernas plataformas Express-1000N

A carga útil pode ser desenvolvida e fornecida pela empresa canadense MDA e as divisões francesa e italiana da Thales Alenia. As características desta plataforma de satélite são: estrutura não-pressurizada; sistema de controle térmico combinado: a remoção de calor da carga útil é realizada usando um tubo central isogrid. Além disso, um circuito de fluido totalmente redundante é usado para melhorar a transferência de calor entre os vários elementos estruturais ; baterias solares de alto desempenho baseadas em fotoconversores de arsenieto de gálio de três estágios produzidos pela NPP Kvant; Baterias de íons de lítio Saft VS 180 SA para satélites comerciais ou baterias de níquel-hidrogênio fabricadas na Rússia para satélites militares; propulsores de plasma estacionários SPD-100 e SPD-140 fabricados pela OKB Fakel para propulsão e correção em órbita

Resumo do lançamento

Rússia e Angola concordaram em criar o Angosat-2 para substituir o aparelho perdido Angosat-1, que foi lançado em dezembro de 2017 a partir de Baikonur, mas cuja comunicação foi perdida no dia seguinte. Os trabalhos de criação da carga util e o lançamento do satélite, para substituir o aparelho Angosat-1 avariado, foram transferidos da contratada original RKK Energiya para a M. F. Reshetnev Informatsionnyye Sputnikovyye Sistemy (Sistemas de Satélite de Informação).

O Proton-M tem massa de decolagem de 705 toneladas e desenvolve 990 toneladas-força de empuxo de lançamento

O ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social de Angola, Mário Oliveira, disse que pretende “reduzir o fosso digital do país e do continente, com relevância na estratégia espacial nacional, que permitirá levar os serviços de telecomunicações às zonas mais remotas, a preços competitivos.

O satélite é construído sobre um chassi Ekspress 1000N

Ele destacou que o governo tem, após um trabalho conjunto de três anos realizado pela agência espacial americana NASA, MIT e GGPEN, o desenho de um sistema de apoio à decisão e informação para mitigar os efeitos da seca no sul do país. O ministro disse que Angola saiu de um país desconhecido, no setor espacial, e hoje ocupa uma posição firme entre os países emergentes do mundo e do continente.

Foguete com a seção de cabeça separada nas duas conchas, mostrando o satélite no topo do quarto estágio Blok DM-3

Angosat-1
A história do Angosat-1 começou em 2008, quando Rússia e Angola celebraram um contrato para a criação e lançamento de um satélite de radiodifusão. Em 2011, o Vnesheconombank, o VTB Bank e o Rosekhimbank concederam ao Ministério das Finanças da República de Angola empréstimos no valor de cerca de 280 milhões de dólares por até 13 anos e, um ano depois, iniciaram-se os trabalhos de execução do contrato.

O lançamento, num foguete Zenit, ocorreu em 26 de dezembro de 2017, e controlado por uma equipe conjunta de especialistas ucranianos do Yuzhnoye Design Bureau e funcionários da empresa russa S7 Space. Em poucos minutos, imediatamente após a separação do aparelho do estágio superior Fregat-SB, começaram os problemas técnicos. A conexão foi estabelecida com o satélite, mas depois de um tempo ele desapareceu. Os especialistas da RKK Energia conseguiram receber a telemetria do aparelho apenas no dia 29, após o que se seguiu um comunicado: “as informações recebidas mostram que todos os parâmetros dos sistemas de bordo do veículo estão normais”. Seguiu-se uma mensagem do chefe da Energia, Vladimir Solntsev: “O dispositivo foi lançado em órbita, e o lançamento foi realizado pelo estágio superior Fregat-SB, conforme planejado, com alta precisão em órbita, ligeiramente superior ao geoestacionário. Nele, testamos o funcionamento de motores e outros sistemas de satélite antes de chegar ao ponto de operação em órbita geoestacionária. Antenas e painéis solares abertos no modo normal. Ao mesmo tempo, houve alguns problemas com a fonte de alimentação, por causa dos quais fomos forçados a colocar o dispositivo no modo de economia de energia ou “modo de segurança”.

Angosat-2
O desenvolvimento do Angosat-2 começou em 24 de abril de 2018 no âmbito do Acordo assinado em 23 de abril de 2018 entre Angola e Russia. Depois do acontecido em 2017, seguiram-se longas investigações e negociações, durante as quais o lado russo admitiu que o satélite foi perdido devido a problemas na unidade de distribuição de energia. O aparelho estava segurado pela Sogaz e VTB Insurance por 121 milhões de dólares (50/50), estando a parte angolana satisfeita que a Federação Russa se comprometesse a fabricar e pôr em órbita um novo satélite. Em junho de 2021, os meios de comunicação noticiaram que “os Estados Unidos não autorizam a empresa europeia Airbus a fornecer à Rússia um módulo de carga útil (MPN) com equipamento de retransmissão para o satélite angolano Angosat-2 devido à presença de um componente eletrônico americano base nele.” Com o argumento de que, desde maio de 2021, os Estados Unidos proibiram o fornecimento à Rússia de eletrônicos espaciais americanos que estão sujeitos aos requisitos das regras de exportação do ITAR para bens e serviços de defesa. Ou seja, o lançamento do aparelho acabou sendo uma grande questão. Enquanto isso, a prática da “compra em regime turnkey”, quando o país cliente participa financeiramente da melhor forma e vê com satisfação o lançamento de seu satélite nos monitores de televisão, parece estar desaparecendo. Os países africanos ainda não possuem tecnologias próprias, mas a tendência para o desenvolvimento de tais programas é óbvia – existe mesmo a ideia de criar uma Agência Espacial Africana. De acordo com o Relatório Anual da Indústria Espacial Africana de 2019, a indústria espacial da África atingiu US$ 7,37 bilhões e está projetada para ultrapassar US$ 10,29 bilhões até 2023.

Um total de trinta e quatro empresas estão representadas no relatório, sendo: 26 privadas, cinco públicas e três subsidiárias de institutos universitários de pesquisa. 21 dessas empresas estão localizadas na África do Sul, quatro na Nigéria e nas Ilhas Maurício. O Egito abriga duas dessas empresas, enquanto Quênia, Sudão e Tunísia têm uma empresa espacial cada. O relatório também traz informações sobre seus serviços e áreas de atuação: Onze dessas empresas atendem os mercados nacionais dos países em que estão sediadas, sete atendem a clientes em todo o continente, e as 16 restantes já fornecem produtos e serviços para o mercado mundial.

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Proton-M lança hoje satélite angolano

Angosat-2 vai “unificar e desenvolver a África”

O foguete Proton-M n° 93571 com um estágio superior DM-03 vai lançar hoje o satélite angolano geoestacionário de telecomunicações Angosat-2 hoje, 12 de outubro de 2022 às 15:05 UTC (12:05 hora de Brasília), a partir do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. O foguete russo de 700 toneladas e 59,23 metros de comprimento decolará da plataforma 81/24 do maior espaçoporto do mundo com a previsão do tempo indicando clima ameno nas estepes cazaques.

O Angosat-2 deve ser colocado em órbita geoestacionária na posição orbital de 23°E, para cobrir todo o continente africano e países europeus com serviços de telecomunicações fixas e móveis, transmissão de televisão e rádio digital e acesso à Internet de alta velocidade. O satélite foi criado em dois anos, um período recorde para a indústria espacial russa, segundo a mídia oficial.

A espaçonave é baseada no chassi Express-1000N projetado pela Reshetnev, uma plataforma universal de tamanho médio. Sua massa é de cerca de 1.700 kg, com potência de eletricidade de 7.600W, equipada com sistema de de atitude ativo em três eixos, um tempo de vida estimado em 15 anos. É um satélite de alto rendimento (HTS), equipado com 24 transponders de banda Ku , seis de banda C e um de banda Ka e fornecendo 13 gigabytes em cada região de alcance do seu sinal, com destaque para a África Austral. Sua construção não tem custos para Angola devido ao pacote de seguros do contrato de US$ 300 milhões do Angosat-1, que foi perdido após o lançamento. Existem três datas de lançamento reserva, em 13, 14 e 15 de outubro.

Resumo do lançamento

Segundo o diretor-geral do Gabinete Nacional de Gestão do Programa Espacial Angolano (GGPEN), Zolana João, o Angosat-2 será sete vezes mais rápido que o seu antecessor com um amplo feixe de comunicação, independentemente da localização. Angola pretende melhorar a infraestrutura de transmissão por satélite e o seu programa de Observação da Terra no quadro da sua Estratégia Espacial Nacional. Isso também se estenderá ao investimento em infraestrutura nacional de banda larga por meio de fibra óptica submarina e terrestre.

Rússia e Angola concordaram em criar o Angosat-2 para substituir o aparelho perdido Angosat-1, que foi lançado em dezembro de 2017 a partir de Baikonur, mas cuja comunicação foi perdida no dia seguinte. Os trabalhos de criação da carga util e o lançamento do satélite, para substituir o aparelho Angosat-1 avariado, foram transferidos da contratada original RKK Energiya para a M. F. Reshetnev Informatsionnyye Sputnikovyye Sistemy (Sistemas de Satélite de Informação).

O Proton-M tem massa de decolagem de 700 toneladas e desenvolve 990 toneladas-força de empuxo de lançamento

O ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social de Angola, Mário Oliveira, disse que pretende “reduzir o fosso digital do país e do continente, com relevância na estratégia espacial nacional, que permitirá levar os serviços de telecomunicações às zonas mais remotas, a preços competitivos. O Angosat-2 cobrirá todo o continente africano e parte da Europa, constituindo também uma fonte de receitas para o Estado angolano”, destacou.

O satélite é construído sobre um chassi Ekspress 1000N

Ele destacou que o governo tem, após um trabalho conjunto de três anos realizado pela agência espacial americana NASA, MIT e GGPEN, o desenho de um sistema de apoio à decisão e informação para mitigar os efeitos da seca no sul do país. O ministro disse que Angola saiu de um país desconhecido, no setor espacial, e hoje ocupa uma posição firme entre os países emergentes do mundo e do continente. “Neste momento, o país está entre os oito estados emergentes na área espacial do continente, que mais avançaram neste setor”, disse.

Este satélite é construído com base nas modernas plataformas Express-1000/2000. A carga útil pode ser desenvolvida e fornecida pela empresa canadense MDA e as divisões francesa e italiana da Thales Alenia. As características desta plataforma de satélite são: estrutura não-pressurizada; sistema de controle térmico combinado: a remoção de calor da carga útil é realizada usando um tubo central isogrid. Além disso, um circuito de fluido totalmente redundante é usado para melhorar a transferência de calor entre os vários elementos estruturais ; baterias solares de alto desempenho baseadas em fotoconversores de arsenieto de gálio de três estágios produzidos pela NPP Kvant; Baterias de íons de lítio Saft VS 180 SA para satélites comerciais ou baterias de níquel-hidrogênio fabricadas na Rússia para satélites militares; propulsores de plasma estacionários SPD-100 e SPD-140 fabricados pela OKB Fakel para propulsão e correção em órbita

Um dos projetos internacionais mais problemáticos da Rússia no setor espacial, a fabricação da carga útil foi transferida da RKK Energia para Reshetnev de Zheleznogorsk. A decisão foi tomada com base nas competências de cada empresa: para a Reshetnev, a produção de satélites de telecomunicações é central, e para a Energia, os satélites são mais como um apêndice de programas tripulados e criação de estágios superiores. Além disso, a empresa de Zheleznogorsk é muito mais estável financeiramente e a Energia se envolvera no projeto de lançamento de plataforma no mar (Sea Launch) que trouxe perdas de cerca de 21 bilhões de rublos. A Reshetnev já estabelecera laços com a Airbus Defence and Space, que desenvolveu a carga útil do AngoSat-2. Então, Energia e Reshetnev tiveram que trabalhar juntas no processo de transferir o trabalho do satélite para Zheleznogorsk. Na época, o representante oficial da Roskosmos se absteve de comentar. No âmbito da construção do satélite, entre 25 de março e 5 de abril de 2019, dezessete especialistas angolanos do Gabinete de Gerenciamento de Programas Espaciais (GGPEN), participaram de um treinamento em Portsmouth, na Inglaterra, realizado pela Energia (enquanto esta estava ainda a cargo do Angosat) em parceria com a Airbus DS. O treinamento foi sobre o projeto do “Módulo 2” necessário para a carga útil do satélite, responsável pela comunicação bidirecional (satélite – Centro de Controle e Missão construído em Funda, Luanda e Centro de Controle e Missão – satélite). Esta formação permitiu aos especialistas angolanos melhorar os conhecimentos já adquiridos. Durante a formação, os angolanos foram informados de como foi concebida a carga útil. Além disso, foi realizada a contextualização da indústria espacial, levando em consideração as principais tendências e problemas do mercado de satélites. A formação teve também como objetivo a preparação de técnicos angolanos para a operação do satélite que se tornará uma das infra-estruturas de telecomunicações que servirá para fornecer serviços de telefonia, Internet, televisão digital, etc. A formação foi ministrada por especialistas da Airbus e todos envolvidos na criação do satélite. No âmbito da formação, os especialistas angolanos tiveram prioridade para visitar a oficina de montagem, observar a integração e testagem da carga útil dos satélites criados pela Airbus. Foram fornecidas informações sobre o funcionamento da instalação onde podem ser operados simultaneamente 4-5 satélites de grande porte (mais de 2.000 kg), bem como sobre os procedimentos de gestão a seguir na gestão do complexo, como a construção do satélite.

Foguete com a seção de cabeça separada nas duas conchas, mostrando o satélite no topo do quarto estágio Blok DM-3

Angosat-1
A história do Angosat-1 começou em 2008, quando Rússia e Angola celebraram um contrato para a criação e lançamento de um satélite de radiodifusão. Em 2011, o Vnesheconombank, o VTB Bank e o Rosekhimbank concederam ao Ministério das Finanças da República de Angola empréstimos no valor de cerca de 280 milhões de dólares por até 13 anos e, um ano depois, iniciaram-se os trabalhos de execução do contrato. De acordo com um ditado popular entre os enxadristas, “o grande mestre pensou no primeiro lance por duas horas”. Esta circunstância por si só deveria ter alertado os angolanos, mas eles consideraram que ninguém poderia lidar melhor com esta tarefa do que os herdeiros de Mikhail Yangel e Sergei Korolev.
Enquanto isso, os “herdeiros” foram lentamente analisando as opções de lançamento do satélite – seja pelo veículo de lançamento Angara-A5 do cosmódromo de Plesetsk, ou pelo Zenit-3SL da plataforma flutuante Odyssey da empresa Sea Launch. Como resultado, decidiu-se lançar a plataforma de lançamento nº 45 do Cosmódromo de Baikonur do complexo de lançamento Zenit-SM, embora o local estivesse ocioso por um longo tempo, e o foguete Zenit-3SLBF usado para este lançamento foi fabricado até 2014, ficou em Baikonur por cerca de 3 anos e foi projetado para um satélite completamente diferente.

Seção de cabeça do Angosat-1 sendo instalada no topo do segundo estágio do foguete Zenit 3SLBF

O lançamento ocorreu em 26 de dezembro de 2017, e controlado por uma equipe conjunta de especialistas ucranianos do Yuzhnoye Design Bureau e funcionários da empresa russa S7 Space. Em poucos minutos, imediatamente após a separação do aparelho do estágio superior Fregat-SB, começaram os problemas técnicos. Uma conexão foi estabelecida com o satélite, mas depois de um tempo ele desapareceu. Os especialistas da RKK Energia conseguiram receber a telemetria do aparelho apenas no dia 29 de dezembro, após o que se seguiu um comunicado: “as informações recebidas mostram que todos os parâmetros dos sistemas de bordo do veículo estão normais”. Seguiu-se uma mensagem do chefe da Energia, Vladimir Solntsev: “O dispositivo foi lançado em órbita, e o lançamento foi realizado pelo estágio superior Fregat-SB, conforme planejado, com alta precisão em órbita, ligeiramente superior ao geoestacionário. Nele, testamos o funcionamento de motores e outros sistemas de satélite antes de chegar ao ponto de operação em órbita geoestacionária. Antenas e painéis solares abertos no modo normal. Ao mesmo tempo, houve alguns problemas com a fonte de alimentação, por causa dos quais fomos forçados a colocar o dispositivo no modo de economia de energia ou “modo de segurança”.


Formalmente, o primeiro satélite africano foi o Nilesat 101, criado e lançado pela Agência Espacial Européia em 1998 por ordem do Egito. Apesar de não ter sido feito e lançado de forma independente, duas estações terrestres foram construídas no Egito para trabalhar com ele, que empregou pessoal local, e a Nilesat ainda está operando com sucesso e fornecendo serviços de televisão por satélite com outros dispositivos. Em 1999, o SUNSAT foi lançado em órbita, projetado e fabricado na Universidade Stellenbosch da África do Sul, o satélite operou com sucesso por 696 dias e enriqueceu os criadores com experiência.

Em 2002 e 2003, foram ao espaço satélites de Argélia e Nigéria, criados pela empresa britânica SSTL para sensoriamento remoto da Terra e monitoramento de situações de emergência. Em 2017, o GhanaSat-1 cubesat de Gana, desenvolvido com a ajuda do Instituto Japonês de Tecnologia Kyushu, foi lançado da ISS; em 2018, um satélite queniano semelhante 1KUNS-PF, também criado com a ajuda do Japão, foi lançado a partir do estação. Em fevereiro de 2019, um satélite de comunicações de Ruanda fabricado pela empresa britânica de telecomunicações OneWeb e projetado para fornecer Internet de banda larga foi lançado do espaçoporto Kourou, na Guiana Francesa.

Angosat-2
O desenvolvimento do Angosat-2 começou em 24 de abril de 2018 no âmbito do Acordo assinado em 23 de abril de 2018 entre Angola e Russia. Depois do acontecido em 2017, seguiram-se longas investigações e negociações, durante as quais o lado russo admitiu que o satélite foi perdido devido a problemas na unidade de distribuição de energia. Ou seja, a culpa do intérprete. O aparelho estava segurado pela Sogaz e VTB Insurance por 121 milhões de dólares (50/50), estando a parte angolana satisfeita que a Federação Russa se comprometesse a fabricar e pôr em órbita um novo satélite. Em junho de 2021, os meios de comunicação noticiaram que “os Estados Unidos não autorizam a empresa europeia Airbus a fornecer à Rússia um módulo de carga útil (MPN) com equipamento de retransmissão para o satélite angolano Angosat-2 devido à presença de um componente eletrônico americano base nele.” Com o argumento de que, desde maio de 2021, os Estados Unidos proibiram o fornecimento à Rússia de eletrônicos espaciais americanos que estão sujeitos aos requisitos das regras de exportação do ITAR para bens e serviços de defesa. Ou seja, o lançamento do aparelho acabou sendo uma grande questão. Enquanto isso, a prática da “compra em regime turnkey”, quando o país cliente participa financeiramente da melhor forma e vê com satisfação o lançamento de seu satélite nos monitores de televisão, parece estar desaparecendo. Os países africanos ainda não possuem tecnologias próprias, mas a tendência para o desenvolvimento de tais programas é óbvia – existe mesmo a ideia de criar uma Agência Espacial Africana. De acordo com o Relatório Anual da Indústria Espacial Africana de 2019, a indústria espacial da África atingiu US$ 7,37 bilhões e está projetada para ultrapassar US$ 10,29 bilhões até 2023.

Um total de trinta e quatro empresas estão representadas no relatório, sendo: 26 privadas, cinco públicas e três subsidiárias de institutos universitários de pesquisa. 21 dessas empresas estão localizadas na África do Sul, quatro na Nigéria e nas Ilhas Maurício. O Egito abriga duas dessas empresas, enquanto Quênia, Sudão e Tunísia têm uma empresa espacial cada. O relatório também traz informações sobre seus serviços e áreas de atuação: Onze dessas empresas atendem os mercados nacionais dos países em que estão sediadas, sete atendem a clientes em todo o continente, e as 16 restantes já fornecem produtos e serviços para o mercado mundial. Atribui-se grande importância ao desenvolvimento de programas pan-africanos, nos quais jovens cientistas são ativamente estimulados, ajudando-os a encontrar financiamento ou a continuar a sua investigação nas melhores universidades ou laboratórios. Alguns dos mais conhecidos são o Kwame-Nkrumah Science Prize (concedido pela União Africana), o Obasanjo Science Prize (African Academy of Sciences, Nairobi) e o Africa Prize for Science in Space Science.

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Chineses preparam novo módulo para sua estação espacial

‘Mengtian’ está nos preparativos finais para lançamento no fim do mês

Módulo Mengtian no prédio de montagem e teste, já acoplado ao adaptador de ligação com o segundo estágio do foguete
Foguete Longa Marcha 5B em comparação com o Longa Marcha ‘padrão’

A Administração do Programa de Voo Espacial Tripulado da China (CMSA) anunciou ontem, 11 de outubro de 2022, que especialistas do espaçoporto de Wenchang, na Ilha de Hainan, completaram o abastecimento do módulo-laboratório Mengtian, que em breve será lançado para se acoplar à estação espacial chinesa. Segundo a CMSA, desde o início de agosto, quando o Mengtian foi entregue em Wenchang, o módulo foi configurado com sucesso e passou nos testes de solo. A seguir, o laboratório passou por uma verificação abrangente junto com seu veículo de lançamento Longa Marcha-5B número Y4. O módulo chegou ao porto de Qinglan da ilha em um navio de carga em 6 de agosto. Já o Longa Marcha-5B Y4 foi entregue no início de setembro.

De acordo com a administração, o trabalho está sendo realizado na plataforma de lançamento de acordo com o cronograma. O Mengtian (梦天) é o segundo módulo de pesquisa da estação espacial chinesa. Ele será usado principalmente para ciência de materiais de microgravidade e projetos hidrofísicos. O primeiro laboratório, Wentian, projetado principalmente para experimentos biológicos, foi lançado em 24 de julho.

Trabalho a bordo da estação prossegue

A bordo da estação Tiangong, neste momento formada pelo módulo-base TianHe, o módulo de laboratório Wentian, a espaçonave de transporte Shenzhou-14 e o cargueiro espacial Tianzhou-4, os taikonautas Chen Dong, Liu Yang e Cai Xuzhe trabalham em um extenso programa científico. Para marcar seus 100 dias em órbita como parte da missão de seis meses, o CMSA compartilhou várias fotos nas mídias sociais nas últimas semanas. Eles mostram os três astronautas testando escafandros espaciais, brincando com comida e se exercitando em condições de microgravidade a bordo. Recentemente, em 2 de setembro, dois dos três tripulantes da espaçonave Shenzhou-14, Chen Dong e Liu Yang, deixaram o módulo Wentian da estação para atividades extraveiculares. O terceiro astronauta Cai Xuzhe estava dentro do módulo e forneceu suporte para seu trabalho no espaço. Eles concluíram tarefas como instalar bombas adicionais e levantar uma câmera panorâmica. Os astronautas também se tornaram os primeiros chineses a celebrar o Festival do Meio Outono no espaço, que é um dos feriados tradicionais mais importantes da China e simboliza a reunificação familiar.

Configuração atual da estação espacial chinesa

Atualmente, todo o trabalho está indo bem para os tripulantes da Shenzhou-14, que estão em órbita desde 5 de junho. Durante a segunda metade de sua estada de seis meses no espaço, eles testemunharão o acoplamento do Mengtian, bem como participarão da primeira rotação de astronautas na estação, quando a tripulação da nave Shenzhou-15 chegar.

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Rússia lança mais um GLONASS

Foguete Soyuz decolou do ‘Cosmódromo Norte’

Foguete decola de Plesetsk

Em Arkhangelsk, na segunda-feira, 10 de outubro de 2022 às 05:52 horário de Moscou (22:52 de Brasilia no domingo dia 9), no Cosmódromo Estatal do Ministério da Defesa da Federação Russa (Plesetsk), as equipes de combate das das Forças Aeroespaciais lançaram com sucesso um foguete Soyuz-2.1b com o satélite de navegação Glonass-K n° 17L, batizado Kosmos-2559. O lançamento da espaçonave na órbita inicial ocorreu no modo normal. O estágio superior Fregat-M fez duas ignições de seu motor colocá-lo na trajetória para a órbita de cerca de 19,5 mil km.
O Soyuz-2.1b (foguete 14A14-1B) foi acompanhado por controles de solo do Centro Espacial de Teste Principal Gherman Titov. No tempo estimado, a espaçonave foi lançada na órbita alvo e aceita para controle das instalações terrestres das Forças Espaciais das Forças Aeroespaciais russas. “A conexão de telemetria estável foi estabelecida e mantida com a espaçonave, e seus sistemas de bordo estão operando no modo normal” – disse o Minitério da Defesa russo.

Foguete Soyuz 2.1b com uma carenagem de cabeça tipo 14S737 №112-14

Depois que a espaçonave, No. 17L/Bloco K6s, foi colocada em órbita inicial com o estágio superior Fregat, oficiais do Centro Principal de Inteligência Espacial inseriram informações sobre ela no catálogo de objetos espaciais do sistema de controle espacial russo e começaram a analisar e processar informações. Além da função de navegação, essas espaçonaves também são capazes de transmitir informações de balizamento de emergência do Sistema Internacional de Busca e Salvamento Espacial COSPAS-SARSAT.

No total, mais de 40 estações de medição terrestre e mais de setenta equipes de combate do 15º Corpo das Forças Especiais Aeroespaciais estiveram envolvidos para garantir o lançamento da espaçonave do Ministério da Defesa da Rússia.

Resumo da campanha de lançamento

GLONASS

O GLONASS K tem uma vida útil de dez anos e um peso de apenas 750 kg (permitindo seu lançamento aos pares do Cosmódromo de Plesetsk nos Soyuz-2.1a ou 1b). Esta nova geração de satélites inclui, pela primeira vez, sinais de acesso múltiplo por divisão de código (CDMA) que acompanham os sinais de acesso múltiplo por divisão de frequência.

GLONASS-K

O segmento espacial de navegação GLONASS (GLObalnaya NAvigatsionnaya Sputnikovaya Sistema, sistema global de navegação por satélite) é composto nominalmente por 24 satélites operacionais, distribuídos em três planos orbitais. A longitude do nó ascendente difere em 120 graus de plano para plano. Há oito satélites por plano, separados 45 graus em argumento de latitude. A diferença no argumento de latitude de satélites em slots equivalentes em dois planos orbitais diferentes é de 15 graus. Cada satélite é identificado por seu número de slot, que define o plano orbital e sua localização dentro do plano. O segmento espacial do concorrente americano GPS também é composto por 24 satélites nominalmente, que são, no entanto, distribuídos em seis planos orbitais, diferindo de plano para plano em 60 graus de longitude do nó ascendente. Os satélites carregam relógios atômicos e a carga útil necessária para manipular (receber, processar e transmitir) dados de navegação. Eles também têm refletores para permitir que o laser faça telemetria até estações terrestres dedicadas.

Os satélites operam em órbitas circulares a uma altitude de 19.100 km, uma inclinação de 64,8 graus e cada um completa a órbita em aproximadamente 11 horas e 15 minutos. Isso significa que, para um observador estacionário, o mesmo satélite é visível no mesmo ponto do céu a cada oito dias siderais. Como existem oito satélites em cada plano orbital, as posições dos satélites no céu são repetidas cada uma (embora por satélites diferentes). Com o período orbital de 11 h 58 min para satélites GPS, o mesmo satélite GPS é visível no mesmo ponto no céu todos os dias (siderais).

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Rússia lançará satélite de Angola na quarta-feira

Angosat-2 fará cobertura de telecomunicações “para unificar e desenvolver a África”

Resumo do lançamento

O satélite angolano geoestacionário de telecomunicações Angosat-2 deve ser lançado pelo foguete Proton-M n° 93571 com um estágio superior DM-03 no dia 12 de outubro de 2022 às 15:05 UTC (12:05 hora de Brasília), a partir do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. O Angosat-2 deve ser colocado em órbita geoestacionária na posição orbital de 23°E, sendo capaz de cobrir todo o continente africano e países europeus com serviços de telecomunicações fixas e móveis, transmissão de televisão e rádio digital e acesso à Internet de alta velocidade. O satélite foi criado em dois anos, um período recorde para a indústria espacial russa, segundo a mídia oficial. A espaçonave é baseada no chassi Express-1000N projetado pela Reshetnev, uma plataforma universal de tamanho médio. Tem um período de qualificação de voo de quinze anos. A massa é de cerca de 1.700 kg, com potência de eletricidade de 7.600W, equipada com sistema de de atitude ativo em três eixos, um tempo de vida estimado em 15 anos. É um satélite de alto rendimento (HTS), equipado com 24 transponders de banda Ku , seis de banda C e um de banda Ka e fornecendo 13 gigabytes em cada região de alcance do seu sinal com destaque para a África Austral. Sua construção não tem custos para Angola devido ao pacote de seguros do contrato de US$ 300 milhões do Angosat-1, que foi perdido após o lançamento. Existem três datas de lançamento reserva, em 13, 14 e 15 de outubro.

Segundo o diretor-geral do Gabinete Nacional de Gestão do Programa Espacial Angolano (GGPEN), Zolana João, o Angosat-2 será sete vezes mais rápido que o seu antecessor com um amplo feixe de comunicação, independentemente da localização. . Com isso, Angola pode minimizar o problema da exclusão digital, permitindo igual acesso de todos os angolanos aos benefícios oferecidos pelas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).

Segundo o ministro, Angola pretende melhorar a infraestrutura de transmissão por satélite e o seu programa de Observação da Terra no quadro da sua Estratégia Espacial Nacional. Isso também se estenderá ao investimento em infraestrutura nacional de banda larga por meio de fibra óptica submarina e terrestre. Ele também acrescentou que investir em tecnologia espacial contribuirá para unificar e desenvolver a África. “Queremos ter uma indústria espacial nacional forte, que sirva os interesses da nossa economia e traga benefícios, não só para Angola, mas como forma de criar sinergias na nossa região e ao mesmo tempo promover o estabelecimento de uma África unida”, disse.

Rússia e Angola concordaram em criar o Angosat-2 para substituir o aparelho perdido Angosat-1, que foi lançado em dezembro de 2017 a partir de Baikonur, mas cuja comunicação foi perdida no dia seguinte. Os trabalhos de criação da carga util e o lançamento do satélite, para substituir o aparelho Angosat-1 avariado, foram transferidos da contratada original RKK Energiya para a M. F. Reshetnev Informatsionnyye Sputnikovyye Sistemy (Sistemas de Satélite de Informação).

O ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social de Angola, Mário Oliveira, disse que pretende “reduzir o fosso digital do país e do continente, com relevância na estratégia espacial nacional, que permitirá levar os serviços de telecomunicações às zonas mais remotas, a preços competitivos. O Angosat-2 cobrirá todo o continente africano e parte da Europa, constituindo também uma fonte de receitas para o Estado angolano”, destacou.

O satélite é construído sobre um chassi Ekspress 1000N

O ministro disse que, com o lançamento do Angosat-2, outros países africanos serão também assistidos por serviços na área da tecnologia espacial, sobretudo na área das telecomunicações. “Temos contactos com países africanos, nomeadamente da nossa região, e já recebemos a manifestação de alguns interessados ​​em utilizar os serviços do Angosat-2”, sublinhou. Acrescentou que estão a ser efectuados contactos no âmbito de uma política de interacção, tendo em conta que Angola está a liderar o projecto de partilha de satélites da SADC e, nesse contexto, está a ser desenvolvido o trabalho de apresentação do Angosat-2 aos países de região. Relativamente aos custos de acesso aos serviços, o ministro Mário Oliveira referiu ser necessário, sobretudo, olhar para os benefícios que o Angosat-2 trará ao país, nomeadamente a expansão das telecomunicações, telemedicina e teletrabalho, atividades apoiadas pela Internet. Acrescentou que, com a aquisição do satélite, os preços serão justos e compatíveis com as necessidades do mercado nacional. O ministro citou, a título de exemplo, que o trabalho desenvolvido pela Gerência do Programa Espacial Nacional (GGPEN) permitiu a implementação do programa de observação da Terra, com recurso a imagens de satélite para o acompanhamento de derrames de petróleo e navios, a produtividade agrícola do país e projetos de reordenamento territorial.

Este satélite é construído com base nas modernas plataformas Express-1000/2000. A carga útil pode ser desenvolvida e fornecida pela empresa canadense MDA e as divisões francesa e italiana da Thales Alenia. As características desta plataforma de satélite são: estrutura não-pressurizada; sistema de controle térmico combinado: a remoção de calor da carga útil é realizada usando um tubo central isogrid. Além disso, um circuito de fluido totalmente redundante é usado para melhorar a transferência de calor entre os vários elementos estruturais ; baterias solares de alto desempenho baseadas em fotoconversores de arsenieto de gálio de três estágios produzidos pela NPP Kvant; Baterias de íons de lítio Saft VS 180 SA para satélites comerciais ou baterias de níquel-hidrogênio fabricadas na Rússia para satélites militares; propulsores de plasma estacionários SPD-100 e SPD-140 fabricados pela OKB Fakel para propulsão e correção em órbita

Ele destacou que o governo tem, após um trabalho conjunto de três anos realizado pela agência espacial americana NASA, MIT e GGPEN, o desenho de um sistema de apoio à decisão e informação para mitigar os efeitos da seca no sul do país. O ministro disse que Angola saiu de um país desconhecido, no setor espacial, e hoje ocupa uma posição firme entre os países emergentes do mundo e do continente. “Neste momento, o país está entre os oito estados emergentes na área espacial do continente, que mais avançaram neste setor”, disse.

Foguete com a seção de cabeça separada nas duas conchas, mostrando o satélite no topo do quarto estágio Blok DM-3

Um dos projetos internacionais mais problemáticos da Rússia no setor espacial, a fabricação da carga útil foi transferida da RKK Energia para Reshetnev de Zheleznogorsk. A decisão foi tomada com base nas competências de cada empresa: para a Reshetnev, a produção de satélites de telecomunicações é central, e para a Energia, os satélites são mais como um apêndice de programas tripulados e criação de estágios superiores. Além disso, a empresa de Zheleznogorsk é muito mais estável financeiramente e a Energia se envolvera no projeto de lançamento de plataforma no mar (Sea Launch) que trouxe perdas de cerca de 21 bilhões de rublos. A Reshetnev já estabelecera laços com a Airbus Defence and Space, que desenvolveu a carga útil do AngoSat-2. Então, Energia e Reshetnev tiveram que trabalhar juntas no processo de transferir o trabalho do satélite para Zheleznogorsk. Na época, o representante oficial da Roskosmos se absteve de comentar. No âmbito da construção do satélite, entre 25 de março e 5 de abril de 2019, dezessete especialistas angolanos do Gabinete de Gerenciamento de Programas Espaciais (GGPEN), participaram de um treinamento em Portsmouth, na Inglaterra, realizado pela Energia (enquanto esta estava ainda a cargo do Angosat) em parceria com a Airbus DS. O treinamento foi sobre o projeto do “Módulo 2” necessário para a carga útil do satélite, responsável pela comunicação bidirecional (satélite – Centro de Controle e Missão construído em Funda, Luanda e Centro de Controle e Missão – satélite). Esta formação permitiu aos especialistas angolanos melhorar os conhecimentos já adquiridos. Durante a formação, os angolanos foram informados de como foi concebida a carga útil. Além disso, foi realizada a contextualização da indústria espacial, levando em consideração as principais tendências e problemas do mercado de satélites. A formação teve também como objetivo a preparação de técnicos angolanos para a operação do satélite que se tornará uma das infra-estruturas de telecomunicações que servirá para fornecer serviços de telefonia, Internet, televisão digital, etc. A formação foi ministrada por especialistas da Airbus e todos envolvidos na criação do satélite. No âmbito da formação, os especialistas angolanos tiveram prioridade para visitar a oficina de montagem, observar a integração e testagem da carga útil dos satélites criados pela Airbus. Foram fornecidas informações sobre o funcionamento da instalação onde podem ser operados simultaneamente 4-5 satélites de grande porte (mais de 2.000 kg), bem como sobre os procedimentos de gestão a seguir na gestão do complexo, como a construção do satélite.

Seção de cabeça do Angosat-1 sendo instalada no topo do segundo estágio do foguete Zenit 3SLBF

Angosat-1
A história do Angosat-1 começou em 2008, quando Rússia e Angola celebraram um contrato para a criação e lançamento de um satélite de radiodifusão. Em 2011, o Vnesheconombank, o VTB Bank e o Rosekhimbank concederam ao Ministério das Finanças da República de Angola empréstimos no valor de cerca de 280 milhões de dólares por até 13 anos e, um ano depois, iniciaram-se os trabalhos de execução do contrato. De acordo com um ditado popular entre os enxadristas, “o grande mestre pensou no primeiro lance por duas horas”. Esta circunstância por si só deveria ter alertado os angolanos, mas eles consideraram que ninguém poderia lidar melhor com esta tarefa do que os herdeiros de Yangel e Korolev.
Enquanto isso, os “herdeiros” foram lentamente analisando as opções de lançamento do satélite – seja pelo veículo de lançamento Angara-A5 do cosmódromo de Plesetsk, ou pelo Zenit-3SL da plataforma flutuante Odyssey da empresa Sea Launch. Como resultado, decidiu-se lançar a plataforma de lançamento nº 45 do Cosmódromo de Baikonur do complexo de lançamento Zenit-SM, embora o local estivesse ocioso por um longo tempo, e o foguete Zenit-3SLBF usado para este lançamento foi fabricado até 2014, ficou em Baikonur por cerca de 3 anos e foi projetado para um satélite completamente diferente.
O lançamento ocorreu em 26 de dezembro de 2017, e o lançamento foi controlado por uma equipe conjunta de especialistas ucranianos do Yuzhnoye Design Bureau e funcionários da empresa russa S7 Space.
Em poucos minutos, imediatamente após a separação do aparelho do estágio superior do Fregat-SB, começaram os problemas técnicos. Uma conexão foi estabelecida com o satélite, mas depois de um tempo ele desapareceu. Os especialistas da RKK Energia conseguiram receber a telemetria do aparelho apenas no dia 29 de dezembro, após o que se seguiu um comunicado: “as informações recebidas mostram que todos os parâmetros dos sistemas de bordo do veículo estão normais”. Seguiu-se uma mensagem do chefe da Energia, Vladimir Solntsev: “O dispositivo foi lançado em órbita, e o lançamento foi realizado pelo estágio superior Fregat-SB, conforme planejado, com alta precisão em órbita, ligeiramente superior ao geoestacionário. Nele, testamos o funcionamento de motores e outros sistemas de satélite antes de chegar ao ponto de operação em órbita geoestacionária. Antenas e painéis solares abertos no modo normal. Ao mesmo tempo, houve alguns problemas com a fonte de alimentação, por causa dos quais fomos forçados a colocar o dispositivo no modo de economia de energia ou, como o chamamos, “modo de segurança”.

O Proton-M tem massa de decolagem de 700 toneladas e desenvolve 990 toneladas-força de empuxo de lançamento

Solntsev especificou que os especialistas da Energia estudariam as informações telemétricas para entender as causas do incidente. O próprio dispositivo, segundo ele, está agora à deriva para o oeste e em breve sairá da zona de visibilidade de rádio, e cairá novamente em meados de abril. E então os testes de voo do Angosat-1 devem ser retomados. No entanto, a 29 de dezembro, o governo russo enviou um telegrama ao embaixador angolano na Rússia, Joaquim Augusto de Lemos, afirmando que “este evento será um passo importante na cooperação bilateral no domínio das altas tecnologias e do espaço”.
A 3 de janeiro, o Jornal de Angola, citando o embaixador russo no país, Vladimir Tararov, escreveu que “o lançamento bem sucedido do Angosat-1 e o seu comissionamento significa que Angola entrou no clube das potências espaciais”.
De fato, o clube das potências espaciais inclui países que lançaram um dispositivo de seu próprio design, seu próprio transportador e de sua própria plataforma de lançamento – aparentemente, ele se referiu ao clube africano de países que têm satélites em órbita.
Formalmente, o primeiro satélite africano foi o Nilesat 101, criado e lançado pela Agência Espacial Européia em 1998 por ordem do Egito. Apesar de não ter sido feito e lançado de forma independente, duas estações terrestres foram construídas no Egito para trabalhar com ele, que empregou pessoal local, e a Nilesat ainda está operando com sucesso e fornecendo serviços de televisão por satélite com outros dispositivos. Em 1999, o SUNSAT foi lançado em órbita, projetado e fabricado na Universidade Stellenbosch da África do Sul, o satélite operou com sucesso por 696 dias e enriqueceu os criadores com experiência.

Em 2002 e 2003, foram ao espaço satélites de Argélia e Nigéria, criados pela empresa britânica SSTL para sensoriamento remoto da Terra e monitoramento de situações de emergência. Em 2017, o GhanaSat-1 cubesat de Gana, desenvolvido com a ajuda do Instituto Japonês de Tecnologia Kyushu, foi lançado da ISS; em 2018, um satélite queniano semelhante 1KUNS-PF, também criado com a ajuda do Japão, foi lançado a partir do estação. Em fevereiro de 2019, um satélite de comunicações de Ruanda fabricado pela empresa britânica de telecomunicações OneWeb e projetado para fornecer Internet de banda larga foi lançado do espaçoporto Kourou, na Guiana Francesa.

Angosat-2
O desenvolvimento do Angosat-2 começou em 24 de abril de 2018 no âmbito do Acordo assinado em 23 de abril de 2018 entre Angola e Russia. Depois do acontecido em 2017, seguiram-se longas investigações e negociações, durante as quais o lado russo admitiu que o satélite foi perdido devido a problemas na unidade de distribuição de energia. Ou seja, a culpa do intérprete. O aparelho estava segurado pela Sogaz e VTB Insurance por 121 milhões de dólares (50/50), estando a parte angolana satisfeita que a Federação Russa se comprometesse a fabricar e pôr em órbita um novo satélite. Em junho de 2021, os meios de comunicação noticiaram que “os Estados Unidos não autorizam a empresa europeia Airbus a fornecer à Rússia um módulo de carga útil (MPN) com equipamento de retransmissão para o satélite angolano Angosat-2 devido à presença de um componente eletrônico americano base nele.” Com o argumento de que, desde maio de 2021, os Estados Unidos proibiram o fornecimento à Rússia de eletrônicos espaciais americanos que estão sujeitos aos requisitos das regras de exportação do ITAR para bens e serviços de defesa. Ou seja, o lançamento do aparelho acabou sendo uma grande questão. Enquanto isso, a prática da “compra em regime turnkey”, quando o país cliente participa financeiramente da melhor forma e vê com satisfação o lançamento de seu satélite nos monitores de televisão, parece estar desaparecendo. Os países africanos ainda não possuem tecnologias próprias, mas a tendência para o desenvolvimento de tais programas é óbvia – existe mesmo a ideia de criar uma Agência Espacial Africana. De acordo com o Relatório Anual da Indústria Espacial Africana de 2019, a indústria espacial da África atingiu US$ 7,37 bilhões e está projetada para ultrapassar US$ 10,29 bilhões até 2023.

Um total de trinta e quatro empresas estão representadas no relatório, sendo: 26 privadas, cinco públicas e três subsidiárias de institutos universitários de pesquisa. 21 dessas empresas estão localizadas na África do Sul, quatro na Nigéria e nas Ilhas Maurício. O Egito abriga duas dessas empresas, enquanto Quênia, Sudão e Tunísia têm uma empresa espacial cada. O relatório também traz informações sobre seus serviços e áreas de atuação: Onze dessas empresas atendem os mercados nacionais dos países em que estão sediadas, sete atendem a clientes em todo o continente, e as 16 restantes já fornecem produtos e serviços para o mercado mundial. Atribui-se grande importância ao desenvolvimento de programas pan-africanos, nos quais jovens cientistas são ativamente estimulados, ajudando-o