Anos atrasado, finalmente o ‘mega-foguete’ fará testes reais com o segmento de solo


O novo foguete lunar americano que estava em integração e testes Edifício de Montagem de Veículos em Kennedy já está em sua primeira jornada para a plataforma de lançamento. Composto pelo Space Launch System (SLS) e pela nave Orion, e assentado em seu lançador móvel, o foguete está pronto para ser ‘rolado’ (rollout, ou transferência) hoje, 17 de março, para o Complexo de Lançamento 39B para seu teste de ensaio abastecido (WDR – wet dress rehearsal) previsto para 1º de abril. O ensaio geral com destino a um voo em trajetória lunar demonstrará a capacidade da equipe de carregar mais de 2.649.788 litros de propelentes criogênicos na plataforma, praticar a contagem regressiva e drenar os fluidos para demonstrar a segurança de um lançamento. O SLS, desde suas primeiras iterações com outros nomes, está se arrastando há praticamente duas décadas (sendo que sua concepção ainda é mais antiga – datando dos anos 1990).

Nesta semana, a escotilha do Launch Abort System (LAS – sistema de aborto no lançamento) foi fechada e preparada após a verificação bem-sucedida da barreira de purga de fluidos da nave Orion. Essa barreira será usada na plataforma de lançamento quando as escotilhas do veículo estiverem abertas para mitigar qualquer propagação ascendente de nitrogênio gasoso na ‘sala branca’ do braço de acesso da tripulação (CAA, crew access arm). Após o fechamento da escotilha do LAS, o braço de acesso da tripulação foi girado para a posição de lançamento. A equipe de solo EGS continuou na preparação para o WDR e o lançamento.
Várias áreas do veículo foram fechadas com sucesso para implantação, incluindo Orion, o adaptador de estágio do veículo (CS) de lançamento e a saia dianteira (FS). O trabalho continuou esta semana no acesso interno da CS Engine Section (seção de motor – ES). A equipe também removeu as plataformas de acesso interno para frente e para trás do estágio ICPS , e os volumes internos foram fechados para o WDR. Após a instalação das portas no volume interno, a equipe concluiu as verificações de coneções elétricas energizadas no pós-fechamento.

Durante uma revisão de dados pósteste dos resultados do Flight Termination System (FTS) do teste de tensão parasita, foram descobertas medições de tensão anômalas. Após uma revisão adicional, as etapas de solução de problemas foram iniciadas para determinar se a tensão de deslocamento é causada por uma interação entre os sistemas de distribuição de energia de voo e o FTS. A conclusão bemsucedida do teste de tensão parasita é uma restrição para o fechamento da seção intertanque – Core Stage Intertank.
O teste será o topo de meses de montagem e testes para o SLS e a Orion, bem como preparativos pelas equipes de controle e engenharia de lançamento, e preparará o terreno para o primeiro lançamento do Artemis. A missão não tripulada Artemis I é o primeiro voo do SLS e da Orion juntos. Missões futuras enviarão pessoas para trabalhar na órbita e na superfície da Lua. Segundo o corolário politicamente correto da agência espacial americana , “…com as missões Artemis, a NASA pousará a primeira mulher e a primeira ‘pessoa de cor’ na Lua e estabelecerá uma exploração de longo prazo em preparação para missões a Marte.”
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