Missão SpaceX Crew-3 decola dia 31 com sistema sanitário melhorado

Contaminação em voo anterior foi resolvida

Espaçonave Crew Dragon

A decolagem da espaçonave Crew Dragon C210 Endurance em seu foguete Falcon 9 v1.2 BL5 FT nºB1067.2 está programada para 31 de outubro. A missão de rotação de triulação amerciana USCV-3 (‘NASA Crew Flight 3’) decolará partir do Complexo de Lançamento Kennedy 39A, e a janela de lançamento abre entre 06:16 e 06:51 UTC, com uma data reserva para 03/04 de novembro com base nas notas NOTMARs. A posição de pouso do primeiro estágio do foguete será de cerca de 547 km “downrange” – a jusante do ponto de decolagem. Os destroços do segundo estágio irão reentrar no Oceano Índico na primeira órbita. Os astronautas Raja Chari, Thomas Marshburn, Kayla Barron e Matthias Maurer chegarão à estação espacial no dia seguinte, 1º de novembro, para uma missão científica de seis meses contratada para a NASA. Os astronautas da Crew-3 terão uma curta sobreposição com os astronautas que foram para a estação como parte da missão SpaceX Crew-2. O retorno dos astronautas da NASA Shane Kimbrough e Megan McArthur, junto com o astronauta da JAXA Akihiko Hoshide e o astronauta da ESA Thomas Pesquet, está planejado para o início de novembro. Uma amerrissagem em uma das sete zonas de pouso na costa da Flórida marcará a conclusão da missão Crew-2.

Espaçonave C210 ‘Endurance’ chega ao Cabo Canaveral

A Crew-3 é o terceiro vôo de rotação de tripulação para o Programa de Tripulação Comercial da agência e o primeiro vôo de uma nova nave Crew Dragon: a C210 foi construída nos ultimos meses como uma nova adiação à frota da SpaceX para voos cedidos à NASA e a clientes comerciais. Foi relatado que esta nave reutilizará o cone de proteção de nariz pela primeira vez. Levando em consideração a reutilização do escudo térmico frontal da cápsula da missão Demo-2 na missão cargueira CRS-22, pode-se esperar que a ampresa passa a fazer deste tipo de recambiamento uma tendência. Outro caso semelhante está na alternâncias de cápsulas reutilizáveis.

Maurer, Marshburn, Chari e Baron

Banheiro consertado

William Gerstenmaier, consultor sênior de engenharia de confiabilidade de voo da SpaceX, disse que o mecanismo do sistema sanitário da Crew Dragon foi redesenhado após os problemas na missão Inspiration4. O tubo que envia a urina para um recipiente se rompeu durante a missão e vazou para um ventilador, que borrifou urina em uma área abaixo do piso da cápsula. Gerst diz que o mecanismo do vaso sanitário da capsula foi redesenhado após os problemas. Gerst disse que a tripulação não percebeu nada durante o vôo; o problema afetou apenas a seção interna sob o piso. O redesenho envolveu um sistema totalmente soldado, sem juntas que possam se “desgrudar”, como aconteceu com o sistema na Inspiration4. A SpaceX, preocupada que os mesmos problemas de banheiro possam afetar seus outros veículos, fez com que astronautas usassem um boroscópio para investigar a nave do mesmo tipo (a C206 Endeavour) atualmente acoplada na ISS. Eles confirmaram as suspeitas e de fato encontraram contaminação semelhante sob a prancha de piso, disse Gerst. A urina dos astronautas é misturada com um composto de composto de remoção de amônia chamado oxone, e a SpaceX temia que isso pudesse corroer o mecanismo do Crew Dragon ao se acumular no sistema sem ser verificado por meses.

O peroximonossulfato de potássio (também conhecido como MPS, KMPS, monopersulfato de potássio, caroato de potássio, os nomes comerciais Caroat e Oxone, e como oxidação de choque na indústria de piscinas e spas) é amplamente utilizado como um agente oxidante. É um sal de potássio do ácido peroximonossulfúrico. O oxone é um produto granular branco que produz oxidação não clorada em uma ampla variedade de aplicações, tais como: processamento industrial, produção de papel e celulose, tratamento de águas residuais, limpeza industrial e doméstica, e na produção de óleo e gás.

Assim, a SpaceX fez “testes extensivos” que envolveram a imersão de peças de alumínio em uma mistura de oxone-urina. Por “um longo período de tempo”, as peças de alumínio embebidas em urina foram colocadas em uma câmara que imitava as condições de umidade na ISS. A empresa descobriu “que o crescimento da corrosão” causado pelo urina / oxone “se limitava ao ambiente de baixa umidade a bordo”. “Felizmente, ou propositalmente, escolhemos uma liga de alumínio que é algo resistente à corrosão.” O estudo prossegue: “Temos mais algumas amostras que retiraremos da câmara”.

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Autor: homemdoespacobrasil

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