Nave de carga Cygnus acoplada à ISS

SS Ellison Onizuka trouxe suprimentos para os astronautas

Cygnus próxima à estação, pouco antes do engate

Às 06:07 EDT (07:07 Brasília), a astronauta americana Megan McArthur usou o braço robótico Canadarm2 da Estação Espacial Internacional para capturar a espaçonave Northrop Grumman Cygnus NG-16 com o astronauta da Agência Espacial Europeia Thomas Pesquet monitorando os sistemas Cygnus durante sua aproximação. A espaçonave estava voando a 418,4 km acima do Oceano Atlântico a sudoeste de Lisboa, Portugal, no momento da captura.

Cygnus sendo guiado para a acoplagem

Em seguida, os controladores de solo comandaram o braço-robô para girar e instalar o Cygnus, batizado de SS Ellison Onizuka, na porta inferior CBM ativa do módulo Unity da estação. A Cygnus permanecerá “atracada” (‘berthed”, como se diz) por um período de três meses. A Cygnus foi lançada esta semana a partir de Wallops, na Virgínia, por um foguete Antares, também da Northrop Grumman.

Cygnus NG-16 acoplada, na porta CBM “nadir” do módulo Unity

Os americanos dão nomes diferentes dois tipos de acoplagens. “Docking” (atracação, docagem) é o termo usado quando a nave, por sua conta, aproxima-se e encaixa-se com uma porta passiva da estação espacial; “Berthing” (também atracação e doca) se usa quando a nave aproxima-se da estação por iniciativa própria mas estaciona a poucos metros e em seguida é capturada pelo Canadarm2, e é o braço-robô que faz a operação final de encaixe com a porta. No caso, a único tipo de “berthing” existente é com a porta CBM (Common Berthing Mechanism) existente nos módulos americanos, que na verdade são ativas. As CBMs ativas tem os mecanismos de encaixe e “aperto” (que forçam os selos de vedação na posição hermética), sendo que as naves que são manipuladas para o acoplamento tem portas CBM passivas, equipadas com mecanismos passivos, que servem como suporte de captura para os “dentes” do mecanismo CBM ativo.
Sempre que se prende um cabo de amarração de um barco a um píer, está-se atracando (berthing “amarrando”) o barco. No entanto, quando se prendem cabos de amarração do barco a uma rampa de embarque especificamente marcada, está-se atracando (docando, “docking”) o barco.

Cargas transportadas pela espaçonave

Em suma, em ambos os procedimentos, a espaçonave recem-chegada é acoplada à estação, mas isso pode ocorrer de dois modos diferentes, apenas no que se refere ao contato definitivo com a estação.

Enquanto isso, nenhuma nave espacial russa faz “berthing”. São todas ativas, e se acoplam automaticamente ou por controle remoto dos cosmonautas, não dispondo de suporte de fixação de braços-robôs.

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Autor: homemdoespacobrasil

Astronautics

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