Alcântara: Americanos e canadenses vão operar no CEA

Empresas dos EUA e do Canadá vão atuar no Centro Espacial de Alcântara

São quatro as empresas selecionadas, cada uma responsável por operar uma unidade do CEA. A Hyperion, dos Estados Unidos, vai operar a plataforma do antigo foguete VLS. A Orion Ast, também norte-americana, ficará responsável por trabalhar na plataforma de lançamento suborbital. A canadense C6 Launch foi escolhida para operar a Área do Perfilador, também plataforma de lançamento, e a Virgin Orbit, outra empresa dos EUA, atuará no aeroporto de Alcântara, que faz parte da base. A expectativa é que as primeiras operações de lançamento tenham início em 2022.   

A Força Aérea Brasileira anunciou hoje a seleção de quatro empresas para operar os lançamentos de satélites a partir do Centro Espacial de Alcântara (CEA), no Maranhão. Três empresas americanas e uma canadense avançaram para a fase de negociação contratual previsto no chamamento público realizado.

O presidente Jair Bolsonaro, durante o anunciou dos nomes das empresas selecionadas para parcerias no Programa Espacial de Alcântara.
O presidente Jair Bolsonaro, durante o anunciou dos nomes das empresas selecionadas para parcerias no Programa Espacial de Alcântara. – Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Cada uma das quatro empresas será responsável por operar uma unidade do CEA. A Hyperion, dos Estados Unidos , vai operar a plataforma do antigo foguete nacional VLS. A Orion Ast, também norte-americana, ficará responsável por atuar em lançadores suborbitais. A canadense C6 Launch foi escolhida para operar a Área do Perfilador, que também é um ponto de lançamento, e a Virgin Orbit, outra empresa americana, atuará no aeroporto de Alcântara, que faz parte da base. A expectativa é que as primeiras operações de lançamento tenham início em 2022.   

Quadro com as empresas selecionadas

Um outro edital, lançado no último dia 16 de abril, vai selecionar empresas para atuar na Área 4 do Centro Espacial. 

Segundo o comandante da FAB, tenente-brigadeiro do ar Batista Júnior, a operacionalização da Base de Alcântara vai ter impactos positivos no desenvolvimento do programa espacial brasileiro. 

“Para o Brasil, a implantação do Centro Espacial de Alcântara implicará ainda no intercâmbio de experiências, no aperfeiçoamento técnico de recursos humanos, da nossa infraestrutura, no desenvolvimento de novos projetos e processos e no aumento do nível de prontidão operacional, advindos da cadência de lançamentos esperada”, afirmou. Ele também espera maior  desenvolvimento do mercado de serviços e da indústria aeroespacial. 

“Nós lançamos, desde 2019 até agora, quatro satélites. Vêm outros pela frente. Essa é a decolagem do programa espacial brasileiro”, comemorou o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes.

Acordo de Salvaguardas

Em 2019, o Brasil e os Estados Unidos firmaram um Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST). Por meio desse acordo, o país tem a possibilidade de lançar foguetes e espaçonaves, nacionais ou estrangeiras, que contenham partes tecnológicas norte-americanas. Em contrapartida, o Brasil garante a proteção da tecnologia contida nesses equipamentos. Atualmente, aproximadamente 80% dos equipamentos espaciais do mundo possuem algum componente norte-americano.

O Centro Espacial de Alcântara está localizado em uma posição estratégica para o lançamento de satélites. A sua proximidade com a linha do equador pode reduzir em cerca de 30% o consumo de combustível. A amplitude de lançamento de mais de mais 100 graus permite inserir cargas úteis em órbitas polares e equatoriais. A região também apresenta condições climáticas favoráveis, com tempo estável ao longo do ano, baixa interferência de fenômenos atmosféricos e ausência de eventos como terremotos e furacões. Além disso, é uma região de baixa densidade demográfica e baixo tráfego aéreo e marítimo, também consideradas características vantajosas.

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Autor: homemdoespacobrasil

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